Bobeou, o Rexona papou
Rexona-Ades 3x1 Vôlei Nestlé
Mais um clássico para testar os corações dos torcedores. Este segundo confronto nos iludiu o tempo todo. Quando o momento parecia favorável a um time, o outro revertia a tendência. Com exceção do último set, nada esteve definido até o ponto final de cada set.
E o Rexona soube jogar melhor neste vai-e-vem porque não pecou nos momentos finais. O terceiro set é o melhor exemplo disso. Erros de escolha da Roberta e da Thompson em contra-ataques comprometeram a recuperação do time no set, mas foram as decisões erradas da Dani, mesmo contando com um bom passe, e as precipitações da Gabi que acabaram por definir a vitória do Rexona.
O Osasco bobeou demais para quem encara um líder do campeonato - um líder que, vamos combinar, tem dado chances além do normal ao adversário, tamanho o número de erros não forçados que tem cometido. A vantagem que abriu no início do segundo set era para colocar o Rexona no bolso. A moral estava toda com o Osasco enquanto o Rexona estava perdido e atordoado. No terceiro set, novamente o Osasco teve a oportunidade de colocar o Rexona numa situação delicadíssima e de pressão depois de ter saído atrás no set e ter chegado ao final dele com a vantagem de 21 a 17.
Mais um clássico para testar os corações dos torcedores. Este segundo confronto nos iludiu o tempo todo. Quando o momento parecia favorável a um time, o outro revertia a tendência. Com exceção do último set, nada esteve definido até o ponto final de cada set.
E o Rexona soube jogar melhor neste vai-e-vem porque não pecou nos momentos finais. O terceiro set é o melhor exemplo disso. Erros de escolha da Roberta e da Thompson em contra-ataques comprometeram a recuperação do time no set, mas foram as decisões erradas da Dani, mesmo contando com um bom passe, e as precipitações da Gabi que acabaram por definir a vitória do Rexona.
O Osasco bobeou demais para quem encara um líder do campeonato - um líder que, vamos combinar, tem dado chances além do normal ao adversário, tamanho o número de erros não forçados que tem cometido. A vantagem que abriu no início do segundo set era para colocar o Rexona no bolso. A moral estava toda com o Osasco enquanto o Rexona estava perdido e atordoado. No terceiro set, novamente o Osasco teve a oportunidade de colocar o Rexona numa situação delicadíssima e de pressão depois de ter saído atrás no set e ter chegado ao final dele com a vantagem de 21 a 17.
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Mas o trem passou, o Osasco não entrou e o Rexona tomou o comando da viagem. E quem colocou o time carioca no comando foi a levantadora Roberta. A entrada dela mudou, assim como no primeiro confronto, a cara do jogo carioca. E não foi somente o ataque, com a maior variação das jogadas, que deu um salto de qualidade. Ao se encontrar no ataque, o time melhorou também o sistema defensivo.
Já havíamos comentado aqui no Papo a limitação da Thompson. Até o momento, porém, o fato de ela não ter segurança com as centrais e preferir sempre uma chutada na entrada não tinha comprometido. Isso até chegar o Osasc e, com sua marcação perfeita sobre o jogo da norte-americana, anular o jogo carioca.
Bernardinho demorou demais para colocar a Roberta. Por mim, ela teria entrado logo no primeiro set. A Thompson já dava sinais de um jogo lento e previsível, além de apresentar uma dificuldade em consertar os passes ruins. A levantadora reserva colocou a Jucy e a Monique no jogo, além de tornar as bolas mais à maneira de Natália e Gabi.
Acho que é o caso do Bernardinho começar a terceira partida com a Roberta em quadra. A questão é que, certamente, o Osasco virá mais preparado para isso e ajustará sua marcação ao estilo de jogo da jovem levantadora. Ainda assim, manter a Thompson é sacrificar o ataque, pois o Osasco faz uma leitura perfeita do jogo da levantadora titular.
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Falando em levantadoras, esta posição acabou sendo a protagonista da história deste jogo. No Rexona, pela troca que comentamos acima, que trouxe o time de volta ao jogo. No Osasco, pela atuação meia-boca da Dani Lins. Acho que faltou sensibilidade ao insistir demais com a Gabi quando a ponteira esteve sobre pressão na recepção o tempo inteiro. É muito peso para alguém que não tem esta responsabilidade de pontuar no time.
A Adenízia foi esquecida quando poderia ter sido acionada numa china, ainda que o passe não fosse o ideal. Sabemos que a levantadora tem habilidade e que o entrosamento com as centrais é bom o suficiente para forçar jogadas com elas mesmo quando os passe não ajuda. Em resumo, esperava mais da levantadora. Quando o momento esteve favorável, a Dani brilhou. Quando complicou, ficou devendo.
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Pê ésse:
- Nestas semifinais, tem dado gosto de ver a defesa do Osasco, liderada pela Camila Brait, jogar. É o sistema defensivo que tem tornado este duelo tão equilibrado. Afinal, o Rexona sempre desafiou o adversário a jogar, a trocar bolas, confiando na sua defesa e contra-ataque. Mas o Osasco tem usado esta mesma arma e tem feito Natália e cia suarem no ataque.
- Vimos a Carol durante a SL inteira fazer a diferença nas partidas com seu saque, além do bloqueio. Só que o fundamento não tem sido um forte nem da equipe nem da central nestas semifinais. O curioso é que a Jucy, que não costuma se destacar neste fundamento, tem compensado a fraca atuação da colega com sequências boas de saque e que têm resultado em momentos de recuperação para o time.
Comentários
Pra quem já leu meus comentários por aqui sabe que não dos maiores defensores da Dani e que já a critiquei muito, mas desde o ouro em Londres eu tenho me esforçado para não criticá-la desnecessariamente para não ser injusto com a jogadora. A Dani nunca me encheu os olhos, embora a considere hoje a melhor opção para a seleção ao lado da Fabíola, é uma jogadora com técnica muito apurada, mas que ao meu ver não consegue comandar um time e nessa temporada, pra mim, ela tem deixado a desejar tanto na técnica quanto na estratégia. No jogo de ontem, com o set na mão ela deixou o set escapar após levantar sucessivas bolas para a Gabi que não vinha virando. Nessa sequência de bolas levantadas, a única que ela não mandou para Gabi foi ponto de Osasco e durante o tempo técnico o Jefferson pediu para a ela chamar a Adenízia na china ou alguém pelo fundo, mas ela insistiu na Gabi o que acabou custando o set. O time como um todo deu suas bobeadas ontem, mas eu coloco 50% da derrota na conta da Dani. Como torcedor, espero que ela não cometa os mesmos erros na segunda e que Osasco consiga a classificação!
Nossa o que a ROBERTA jogou foi fenomenal, entrou em quadra e pôs a JUCIELY e a MONIQUE para jogar, enquanto a THOMPSON estava sobrecarregando NATALIA e GABI.
Parabéns à ROBERTA, ao BERNARDINHO que pôs ela em quadra e a todo o time do REXONA!
A JUCIELY é um MONSTRO DE ATACANTE, acabou com o NESTLÉ com o jogo pelo meio!!!
CARA! acho que já disse tudo. E ela realmente precisava disso após a cirurgia.Voltando ao assunto, daí eu leio aqui um companheiro me dizendo que o osasco teria fechado em três parciais diretas, que desatino...até parece que não assiste vôlei FEMININO. Esse argumento baseado no placar não tá dizendo nada. Pra avaliar uma partida destas ponha aí outras variáveis companheiro,para só então, podermos analisar. Primeiro que um set só acaba no vig. Quinto ponto, ou passando disso com dois pontos de diferença, segundo, essa oscilação da parcial é mais que normal pra ambos os lados, aí onde mora o perigo, as oscilações do vôlei feminino ... vocês esqueceram que este mesmo Rexona ano passado contra o Pinheiros fez o dec. Quarto ponto no quinto set equanto davamos a partida por vencida, com o time ainda do wagao, com miseros sete pontinhos, a equipe paulista sobrevivel até o dec. Segundo ponto? E os jogos em que o Rio foi busca os placares? Minha gente bombeou o Rexona vira, empacota e leva (Poderia citar outros jogos de seleções até, mas já foi tão batido).Lá elas sabem trabalhar o EMOCIONAL, estamos falando da principal característica delas, o jogo emocional,sabem jogar com o 24x19tanto a favor, tanto quanto e principalmente contra.
O praia terminou a fase classificatória em segundo circunstancialmente e não por meritos.
Mas a verdade de modo algum pode ser negada e salta aos olhos nessa semifinal. Embora cometa pecados imperdoáveis em momentos decisivos do jogo, como a sequencia de bolas levantadas para Gabriela no fim do terceiro set quando seu time tinha tudo pra fechar, Dani Lins é sim, hoje em dia, a melhor levantadora brasileira disparada, não existe ninguém com seu refinamento técnico, ninguém capaz de inverter bolas em grandes distâncias como ela, ninguém com a experiência que ela acumulou. Pra mim em Osasco o que lhe falta é comando, orientação sobre qual melhor jogo fazer, quando ela joga bem, como fez no primeiro jogo, é capaz de desequilibrar. Já Natália teve que enfrentar mais desconfiança do que a própria Dani, e depois de todos os problemas pelos quais passou, afunda na quadra toda a má vontade demonstrada por tantos, ao longo de quase uma década. E hoje, como todo mundo que compreende voleibol profetizou, é com sobras a melhor jogadora brasileira em atividade. E será uma das melhores do mundo, podem apostar, Daqui a 131 dias!
Abraão, acho que as críticas à Natália eram sobre as oportunidades que ela tinha enquanto estava quebrada e sem jogar nada devido às cirurgias, barrando outras jogadoras em melhores condições que nestes 3 ou 4 anos não tiveram oportunidades justas na seleção. Um exemplo é ela ter ido para a Olimpíada no lugar da Mari e ser campeão Olímpica sem méritos. Ruim por ruim, a Mari estava melhor e também poderia entrar para passar.
Sobre o seu desempenho também não há nada de novo. O talento dela é nato e é por isso que é campeão em todas as categorias que passou e já era muito boa em osasco como oposta, dando inclusive um campeonato ao time jogando muito na final e acabando com o rexona, batendo a mão no chão e tudo. Isso fez o olho do Bernardo crescer nela pois via que poderia barrar o rexona aqui. Não sei por quais motivos ela foi para o Rio, mas o Bernardo foi bem esperto pois desestruturou o osasco e garantiu uma jogadora que desequilibra no seu time.O Bernardo a lapidou e melhorou o passe. Em contrapartida ela ataca mal na saída agora.
Mas voltando e resumindo as críticas eram pertinentes sim. Pri Daroit, por exemplo, Ellen, Neneca, etc. não tiveram tantas oportunidades na seleção, algumas tiveram chance 0.
Deixo claro que não tenho nada contra a jogadora, pelo contrário, mas que ela foi protegida, foi.
NEIIIIII (mil corações, saudades)!!!!!
Poise, poderia citar também a Sabrina, enfim, pensando bem essas meninas que foram pro sesi... rapaz, olha a Neneca, tinha feito ótima superliga na temporada anterior, mudou de time, ficou na reserva, contudio a mão e adeus, que desperdício. mas é isso, Nei não desapareça.
Ps:
Laura me reporto exclusivamente à vc neste último parágrafo para me desculpar se por vezes pareço ser, e sou, intolerante com algumas opiniões. Mas fico tão chateado com certos comentários, acho que alguns leitores não entendem o serviço que você presta a nós que amamos vôlei, perdão por algumas vezes não saber demosntrar minha indignação com mais paciência. Ademais você sabe o quanto sou seu fã.
Beto, este não é você. Parece que tá chateado com algo e descontando no Abraão. Abraão, sabemos que os fãs de vôlei são apaixonados e os comentários muitas vezes refletem esta paixão, igual a quando as pessoas estão apaixonadas e vão metendo os pés pelas mão e fazendo besteiras. No caso Natália, eu acho que quando se chamava ela de promessa era muito mais por frustração por ela não estar apresentando aquilo que todos sabiam que ela era capaz, associado a insistência em mantê-la na seleção durante muito tempo sem mostrar serviço. Daí os comentários muitas vezes maldosos. E esta dúvida sempre surge quando algum grande atleta faz uma cirurgia e fica a incógnita de se ele vai voltar ao nível anterior. Já vimos muito isso. Atualmente tem o caso do Murilo que operou o ombro e foi questionado se voltaria a ser como antes. Eu acho que a falha, ou o que gera os comentários, é quando os técnicos os mantém lá como se estivessem 100%, entrando pra sacar ou comprometendo o jogo. Na Liga Mundial do ano passado o Murilo não virava uma bola na rede sobrecarregando o Lucarelli e isso gerava a polêmica. O mesmo com a Natália.
Aff, chega.
É isso galera, vamos ser felizes e aproveitar que hoje tem mais dois jogões pra gente.
Ney estava pensando nisso, não somente na questão da final em si, mas nos jogos, na superliga... logo logo não vamos mais sentir aquela anciedade gostosa, aquele friozinho na barriga que sentimos no trabalho ou nos estudos em dia de jogo, rezando pra chegar a noite, pena. Já tô com saudades!
Não sei você, mas também sou fã do masculino e torço horrores também. Então estou sempre ansioso, rs.
E o Osasco ficou no caminho né. Vamos esperar o post.