Minas e Superliga: o reencontro
Dentil/Praia Clube 1x3 Itambé/Minas
O Minas não fez das suas melhores atuações na final. Tanto que esteve num momento crítico quando a Bruninha errou um levantamento no final do segundo set. Mesmo com a parcial equilibrada, o Praia estava com mais moral naquele momento depois da boa vitória no primeiro set. O curioso é que foi justamente ali que o time surgiu para a final. Macris retornou e o time engatou um ritmo parecido com o imposto no restante da campanha.
Apesar das oscilações que sofreu, o Minas, ao contrário do Praia, encontrou equilíbrio entre suas atacantes. Gabi e Natália apareceram para definir em momentos diferentes e importantes para o time, compensando a falta de uma jogada mais constante com a Gattaz e de uma maior eficiência da Bruna.
Algumas vezes durante esta temporada o Minas teve que sair de situações difíceis como as destas finais. E ele conseguiu de uma forma tranquila e consciente, sem deixar que o desespero tomasse conta das ações. Acho que isso tem muito a ver com a forma de gestão do grupo por parte do Lavarini – e com a sua personalidade – e pela consistência do grupo titular.
O Minas não teve recursos no banco capazes de mudar a cara de um jogo. Mayany sempre foi uma ótima peça de reposição (por mim até seria titular), mas não tinha este poder. O time sempre dependeu das titulares para dar a volta por cima. E conseguiu isso porque teve uma estrutura muito bem consolidada.
Este título do Minas vem premiar um projeto que vem investindo pesado nos últimos cinco anos no vôlei feminino. Depois de várias temporadas como coadjuvante, em que até se questionou a continuidade da equipe, o clube voltou, em 2014/15, a formar um time forte que, aos poucos, foi, juntamente com o Praia, combatendo e ameaçando a hegemonia do Rio.
E temos, assim, mais um ano com um campeão diferente (o que é inusitado em se tratando da última década de SL feminina) e de novo com um representante mineiro, região que tinha ficado por muito tempo sem o peso que merecia no campeonato.
Melhores da SL 18/19
Ponteiras – Gabi (Itambé Minas) e Natália (Itambé Minas)
Centrais – Carol Gattaz (Itambé Minas) e Carol (Dentil/Praia Clube)
Levantadora – Macris (Itambé Minas)
Oposto – Nicole Fawcett (Dentil/Praia Clube)
Líbero – Camila Brait (Vôlei Osasco Audax)
Craque da Galera – Carol Gattaz (Itambé Minas)
Melhor técnico – Stefano Lavarini (Itambé Minas)
MVP – Macris (Itambé Minas)
- Ter Gabi e Natália no mesmo time é garantia de título. Quarta temporada que jogam juntas, quarto título.
![]() |
Foto: Orlando Bento/MTC |
Depois de 17 anos, o Minas se reencontra com o título da Superliga. E, assim como 2001/02, este time entra pra história não só pela conquista nacional, mas também pela qualidade que demonstrou em quadra.
Daqui a alguns anos vamos nos lembrar da equipe de 18/19 como aquela que tinha Macris e Carol Gattaz num entrosamento impecável; Gabi e Natália como a melhor dupla de ponteiras da SL e o competente treinador italiano Stefano Lavarini.
Não é a toa que todos estes nomes citados acima estão na seleção do campeonato. O Minas foi o time mais regular e consistente da SL e teve o sistema ofensivo mais bem estruturado e equilibrado entre todas as equipes.
A segurança na recepção, a qualidade da Macris em sua melhor temporada, e as afiadas atacantes, que se revezavam durante as partidas segurando as demandas do ataque, foram o diferencial do Minas na SL e, especialmente, na final.
O Minas ganhou atacando e contra-atacando. O Praia tentou combate-lo defendendo e foi, das equipes da SL, que melhor conseguiu. Mas não resistiu por muito tempo, até por conta das próprias fraquezas. Enquanto o saque e o bloqueio encaixaram, o time de Uberlândia fez frente ao de BH. Mas quando dependeu do seu ataque, principalmente da virada, sentiu falta de maior qualidade em todo o processo, da recepção à definição.
Este foi um problema do Praia durante toda a SL e que se repetiu, sobretudo, neste segundo jogo, muito porque não teve à disposição a Fernanda Garay. Rosamaria substituiu-a bem no primeiro set, mas oscilou nos seguintes; Michelle não tem característica de definição, apesar de, nos dois primeiros set, ter tido papel importante na pontuação; e Fawcett não apareceu no jogo.
Sem uma pressão constante na relação saque-bloqueio, o Praia perdeu combatividade ao longo da partida. Conseguiu uma ótima reação no quarto set, mas morreu exatamente na falta de poder de definição do ataque.
Daqui a alguns anos vamos nos lembrar da equipe de 18/19 como aquela que tinha Macris e Carol Gattaz num entrosamento impecável; Gabi e Natália como a melhor dupla de ponteiras da SL e o competente treinador italiano Stefano Lavarini.
Não é a toa que todos estes nomes citados acima estão na seleção do campeonato. O Minas foi o time mais regular e consistente da SL e teve o sistema ofensivo mais bem estruturado e equilibrado entre todas as equipes.
A segurança na recepção, a qualidade da Macris em sua melhor temporada, e as afiadas atacantes, que se revezavam durante as partidas segurando as demandas do ataque, foram o diferencial do Minas na SL e, especialmente, na final.
O Minas ganhou atacando e contra-atacando. O Praia tentou combate-lo defendendo e foi, das equipes da SL, que melhor conseguiu. Mas não resistiu por muito tempo, até por conta das próprias fraquezas. Enquanto o saque e o bloqueio encaixaram, o time de Uberlândia fez frente ao de BH. Mas quando dependeu do seu ataque, principalmente da virada, sentiu falta de maior qualidade em todo o processo, da recepção à definição.
Este foi um problema do Praia durante toda a SL e que se repetiu, sobretudo, neste segundo jogo, muito porque não teve à disposição a Fernanda Garay. Rosamaria substituiu-a bem no primeiro set, mas oscilou nos seguintes; Michelle não tem característica de definição, apesar de, nos dois primeiros set, ter tido papel importante na pontuação; e Fawcett não apareceu no jogo.
Sem uma pressão constante na relação saque-bloqueio, o Praia perdeu combatividade ao longo da partida. Conseguiu uma ótima reação no quarto set, mas morreu exatamente na falta de poder de definição do ataque.
***************************************
O Minas não fez das suas melhores atuações na final. Tanto que esteve num momento crítico quando a Bruninha errou um levantamento no final do segundo set. Mesmo com a parcial equilibrada, o Praia estava com mais moral naquele momento depois da boa vitória no primeiro set. O curioso é que foi justamente ali que o time surgiu para a final. Macris retornou e o time engatou um ritmo parecido com o imposto no restante da campanha.
Apesar das oscilações que sofreu, o Minas, ao contrário do Praia, encontrou equilíbrio entre suas atacantes. Gabi e Natália apareceram para definir em momentos diferentes e importantes para o time, compensando a falta de uma jogada mais constante com a Gattaz e de uma maior eficiência da Bruna.
Algumas vezes durante esta temporada o Minas teve que sair de situações difíceis como as destas finais. E ele conseguiu de uma forma tranquila e consciente, sem deixar que o desespero tomasse conta das ações. Acho que isso tem muito a ver com a forma de gestão do grupo por parte do Lavarini – e com a sua personalidade – e pela consistência do grupo titular.
O Minas não teve recursos no banco capazes de mudar a cara de um jogo. Mayany sempre foi uma ótima peça de reposição (por mim até seria titular), mas não tinha este poder. O time sempre dependeu das titulares para dar a volta por cima. E conseguiu isso porque teve uma estrutura muito bem consolidada.
Este título do Minas vem premiar um projeto que vem investindo pesado nos últimos cinco anos no vôlei feminino. Depois de várias temporadas como coadjuvante, em que até se questionou a continuidade da equipe, o clube voltou, em 2014/15, a formar um time forte que, aos poucos, foi, juntamente com o Praia, combatendo e ameaçando a hegemonia do Rio.
E temos, assim, mais um ano com um campeão diferente (o que é inusitado em se tratando da última década de SL feminina) e de novo com um representante mineiro, região que tinha ficado por muito tempo sem o peso que merecia no campeonato.
*****************************************
Melhores da SL 18/19
Ponteiras – Gabi (Itambé Minas) e Natália (Itambé Minas)
Centrais – Carol Gattaz (Itambé Minas) e Carol (Dentil/Praia Clube)
Levantadora – Macris (Itambé Minas)
Oposto – Nicole Fawcett (Dentil/Praia Clube)
Líbero – Camila Brait (Vôlei Osasco Audax)
Craque da Galera – Carol Gattaz (Itambé Minas)
Melhor técnico – Stefano Lavarini (Itambé Minas)
MVP – Macris (Itambé Minas)
- Ter Gabi e Natália no mesmo time é garantia de título. Quarta temporada que jogam juntas, quarto título.
Comentários
Agora, falando sobre o Minas: foi o time que melhor investiu para a temporada, foi o time a ser batido desde o início e era o time que estava um patamar acima de todos os outros. Lavarini faz a diferença como técnico. Vou sempre falar isso, mas o cuidado e o respeito com que ele trata suas jogadoras é algo único e que poderia servir de exemplo aos técnicos brasileiros. Ele tinha suas jogadoras nas mãos e elas renderam o seu máximo também por causa dele, tenho certeza. Natália e Gabi são a melhor linha de passe do Brasil, mesmo com os erros de Natália. Carol Gattaz é uma MONSTRA, incrível como ela consegue se manter jogando em alto nível, mesmo quase chegando aos 40 anos. Bruna Honório é constante e não compromete. Léia é uma ótima líbero. A Mara é o elo mais fraco, mas compensa com sua vibração. Mas, o mais importante: o Minas tem banco, tem peças de reposição. Ontem mesmo, a Bruninha e a Malu entraram muito bem.
Mas, queria destacar, em primeiro lugar, a Macris. Que jogadora maravilhosa! Que pessoa maravilhosa! Sou fã dela e da pessoa que ela é. A Macris amadureceu muito, como pessoa, e isso se reflete na sua postura em quadra. Sinto que ela é o tipo de levantadora que precisa sentir a confiança do técnico, que precisa sentir liberdade para agir da maneira que ela acha ser a certa. E isso ela encontrou no Lavarini. Mesmo não fazendo uma partida brilhante, a Macris, quando voltou, no terceiro set, foi outra jogadora. A Macris fez uma temporada maiúscula e mereceu o prêmio de Melhor Jogadora da Superliga 18/19. Estou muito orgulhosa dela!
Espero que o Zé Teimoso entenda essas características da Macris e a respeite, para que ela possa contribuir com a nossa seleção da maneira que ela pode. Será muito frustrante chegar a temporada e vê-la bancando para a Roberta ou sendo sacada do time na primeira ousadia que fizer. Zé, por favor, te pedimos isso! Respeito a Macris!
Parabéns ao Minas pelas contratações certeiras, montaram uma equipe para ser campeã e assim foi!
Gabi, Macris e Gataz e até mesmo a Natália deram, o nome nesta temporada. Destronando até mesmo o poderoso Eczacibaci.
A expectativa é que a seleção ganhe com isso. Alguém pfv põe na cabeça daquele técnico que a macris merece titularidade na seleção meu pai???
Macris/ Natinha
Gabi/ Garay ou Natália
Carol/ Gataz
Tandara
Seria um bom time. Quem sabe até capaz de bater de frente com Sérvia e China,pram mim favoritos em qq competição que disputem hoje em dia, devido o plantel de jogadoras de altíssimo nível inclusive no banco.
Minas foi um dos times mais caros, e que teve a melhor campanha. Título merecido. E que técnico e pessoa maravilhosa que o Lavarini é (aprende aí, Zé Roberto).
1 - Força na cabeça!
2 - O Minas na frente no placar, no segundo jogo a torcida do Praia gritando " Eu acredito"
Lavarine pede tempo e termina a fala também com " eu acreditooo! " morri.
Obs- Laura, você vai fazer algum post comentando os pedidos de dispensa da seleção,a convocação da vnl e as suas expectativas para a competição?
Corre nos bastidores que quem pediu a dispensa da Claudinha do Praia foi o Paulo Coco e o mesmo forçou a contratação da Lloyd. Isso explica ele insistir tanto com ela e esquecer a Ananda no banco
Sem linha de passe nao da pra fazer milagre Jesuis!!
Em teoria, teriam que sacar perfeitamente bem para tirar o passe da mão da Fabíola. Teria na reserva Milka, que tem um bom bloqueio, lembrando muito a Mayhara e se nada der certo colocar a Gabiru na ponta pro ataque.
Ao contrário do ano passado, o Bernardinho está montando um excelente time neste ano:
Fabíola
Tandara
Lara/Milka (acho que a Juciely vai ser banco)
Amanda/Drussyla
Natinha
É um time com muito potencial!
O passe chegando na mão da Fabíola, ela vai saber o que fazer e sair da mesmice que as maioria das atuais levantadoras tem no repertório. Colocando muito as centrais, deixando Tandara de boa para não desgastar ela desnecessariamente e fazendo Drussyla e Amanda se entrosarem cada vez mais.
Vamos falar de Mercado?
Nacional e Internacional?
https://www.melhordovolei.com.br/mercados/feminino.html
Abs