No Brasil, o Minas é quem manda
Final Copa Brasil 2019 -
Itambé Minas 3x1 Dentil/Praia Clube
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Foto: Rodrigo Ziebell |
É, o Minas não está dando chance para o Praia Clube nesta temporada. Segundo título em cima do seu principal rival: depois do Mineiro, a Copa Brasil 2019 – título inédito para o clube de Belo Horizonte.
E foi muito merecido. A verdade é que, com exceção do primeiro set, o Minas foi bem mais consistente durante a partida.
Dois fundamentos foram os principais diferenciais do Minas em relação ao Praia: a recepção, muito mais segura e regular, e o levantamento. Os dois aspectos, aliás, funcionaram bem desde o início do jogo. O que prejudicou o desempenho da equipe no primeiro set foi o sistema defensivo, a começar pelo saque. O Praia jogou com muita tranquilidade e teve um aproveitamento excelente no ataque com todas as suas atacantes. Surpreendentemente, o Minas esteve perdido na marcação, tanto do bloqueio como no fundo de quadra, e acabou por ser atropelado pelo rival.
Mas quando a situação defensiva se normalizou e o Minas começou a colocar um pouco de pressão para o outro lado, o Praia foi perdendo poder na sua artilharia e caindo qualidade de suas sua armações, seja na virada como nos contra-ataques. Lloyd dificultou o trabalho das suas principais atacantes, Fawcett e Garay, com bolas imprecisas, sem contar a total falta de habilidade para trabalhar a china com a Carol.
Pode não ter sido muito fora do padrão de atuações da Lloyd nesta temporada, mas se comparado com a levantadora do outro lado da rede, saltou aos olhos a diferença de qualidade. Macris teve uma atuação perfeita, tanto na distribuição como na precisão. Em um momento, chegou a usar a bola do meio fundo como bola de segurança, jogada que não vinha sendo utilizada tanta frequência nas últimas partidas.
O jogo do Minas fluiu com muito mais tranquilidade por conta da recepção e do padrão da Macris, coisa que não aconteceu no Praia, com muito mais dificuldade de colocar a bola no chão. E neste ponto acho que faltou uma ação mais rápida do Paulo Coco em substituir a Lloyd, o que só aconteceu no quarto set. Acho que era necessária a entrada da Ananda para tentar, pelo menos, ter uma regularidade nos levantamentos para Fawcett e Garay. Mas não fazer o que ele fez no final do terceiro set ao promover a inversão justamente no momento em que o time mostrava reação na parcial. Tirou a Fawcett, principal atacante do time, quando já não tinha a Rosamaria. Ou seja, reduziu o poder de ataque praticamente a uma opção, a Garay (e a Ananda nem conseguiu utilizá-la, optou pela Paula Borgo que foi bloqueada).
Enfim, a Llloyd certamente teve que trabalhar com uma recepção bem menos regular do que a Macris, mas não se pode negar que ela comprometeu algumas reações do time com escolhas erradas e a falta de precisão para ataques importantes. Contra um adversário que manteve o nível de jogo lá no alto quase o tempo todo, fez a diferença. Ainda mais que o Praia também não conseguiu puxar uma reação pela defesa. Vez ou outra até ensaiou uma recuperação com os bons saques da Carol e da Fawcett e um ou outro bloqueio, mas não encontrou regularidade.
E foi muito merecido. A verdade é que, com exceção do primeiro set, o Minas foi bem mais consistente durante a partida.
Dois fundamentos foram os principais diferenciais do Minas em relação ao Praia: a recepção, muito mais segura e regular, e o levantamento. Os dois aspectos, aliás, funcionaram bem desde o início do jogo. O que prejudicou o desempenho da equipe no primeiro set foi o sistema defensivo, a começar pelo saque. O Praia jogou com muita tranquilidade e teve um aproveitamento excelente no ataque com todas as suas atacantes. Surpreendentemente, o Minas esteve perdido na marcação, tanto do bloqueio como no fundo de quadra, e acabou por ser atropelado pelo rival.
Mas quando a situação defensiva se normalizou e o Minas começou a colocar um pouco de pressão para o outro lado, o Praia foi perdendo poder na sua artilharia e caindo qualidade de suas sua armações, seja na virada como nos contra-ataques. Lloyd dificultou o trabalho das suas principais atacantes, Fawcett e Garay, com bolas imprecisas, sem contar a total falta de habilidade para trabalhar a china com a Carol.
Pode não ter sido muito fora do padrão de atuações da Lloyd nesta temporada, mas se comparado com a levantadora do outro lado da rede, saltou aos olhos a diferença de qualidade. Macris teve uma atuação perfeita, tanto na distribuição como na precisão. Em um momento, chegou a usar a bola do meio fundo como bola de segurança, jogada que não vinha sendo utilizada tanta frequência nas últimas partidas.
O jogo do Minas fluiu com muito mais tranquilidade por conta da recepção e do padrão da Macris, coisa que não aconteceu no Praia, com muito mais dificuldade de colocar a bola no chão. E neste ponto acho que faltou uma ação mais rápida do Paulo Coco em substituir a Lloyd, o que só aconteceu no quarto set. Acho que era necessária a entrada da Ananda para tentar, pelo menos, ter uma regularidade nos levantamentos para Fawcett e Garay. Mas não fazer o que ele fez no final do terceiro set ao promover a inversão justamente no momento em que o time mostrava reação na parcial. Tirou a Fawcett, principal atacante do time, quando já não tinha a Rosamaria. Ou seja, reduziu o poder de ataque praticamente a uma opção, a Garay (e a Ananda nem conseguiu utilizá-la, optou pela Paula Borgo que foi bloqueada).
Enfim, a Llloyd certamente teve que trabalhar com uma recepção bem menos regular do que a Macris, mas não se pode negar que ela comprometeu algumas reações do time com escolhas erradas e a falta de precisão para ataques importantes. Contra um adversário que manteve o nível de jogo lá no alto quase o tempo todo, fez a diferença. Ainda mais que o Praia também não conseguiu puxar uma reação pela defesa. Vez ou outra até ensaiou uma recuperação com os bons saques da Carol e da Fawcett e um ou outro bloqueio, mas não encontrou regularidade.
O Minas pode não ser o líder da Superliga 18/19, por enquanto. Mas não há dúvida que é o time com o melhor jogo. É o mais estruturado e equilibrado. Tem solidez no fundo de quadra e na recepção e está superafiado ofensivamente, contando com a Macris e suas atacantes em ótima fase.
É muito provável que o clássico mineiro seja a final da edição desta SL. Se isso acontecer, o Praia chegará à decisão defendendo o título, mas o histórico dos últimos confrontos vai coloca-lo, na verdade, como um desafiante do Minas.
Comentários
Adoroooooo
Fiquei pensando: eu tbm tenho uma vida fora, trabalho,estudo, treino, saio de casa as 10 hr e retorno as 02hr da madrugada, e mesmo assim participo do site, vejo os jogos, comento. Não só eu, assim como você e a maioria aqui.
Não é desrespeito a ninguém, é só questão do tempo e disponibilidade da pessoa mesmo.
Vamos ser é gratos que é mais legal.
Obrigado, Laura, por tantos anos de empenho e qualidade, preenchendo uma lacuna que o Estado e a mídia especializada e rica deixam em aberto.
Vc tem um blog que a anos tem leitores fiéis e vc some do nada sem explicação ? Não é coisa de pessoa sensata a se fazer.
Laura,
gosto muito do seu blog, espero que volte logo. Abç
Evandro, me desculpa. A verdade é que estou cansada. Passei boa parte destes 10 anos do Papo dormindo pouco para assistir e escrever sobre os jogos que aconteciam de madrugada (dos jogos mais importantes aos mais furrecos); horas em lan houses para não deixar de atualizar o blog quando estava num lugar sem internet; postando de aeroporto enquanto esperava voo; atrasando minhas tarefas no trabalho para escrever para o Papo; encaixando minhas férias em dias que não perdesse jogos importantes... E tantas outras histórias de bastidores para manter meu compromisso com o blog. E fiz tudo isso pq queria e gostava,e pq sabia que, a certa altura, tinha um compromisso com os leitores. Só que, antes de tudo, também tenho um compromisso comigo mesma. O blog começou como uma atividade terapêutica, literalmente. Precisava fazer algo que gostasse e encontrar pessoas que compartilhassem do mesmo gosto que eu pelo vôlei feminino.
Porém, nos últimos meses, o blog tem sido uma obrigação chata. Tem sido difícil escrever pq me sinto repetitiva e sem nada de interessantes para comentar. Tô sem saco até para me justificar do pq ou não vou comentar os jogos. Além disso, não tenho a mesma disposição de antes para lidar com as demandas profissionais e pessoais com as do blog.
Sei que tem muita gente que acompanha o Papo e que, de certa forma, estou deixando na mão. Por isso posterguei a pausa o máximo que pude. Mas cheguei no limite - muito incentivada, aliás, pelos teus comentários. Preciso de um tempo para recuperar o gosto de assistir aos jogos e a vontade de comentar os acontecimentos do vôlei.
Acho que você deveria ter um pouco mais de cuidado com estes comentários. Como o Anderson falou, vc não sabe o que se passa na vida dos outros para saber o pq das coisas.
Ah, e já q vc quer explicações, sobre o Mundial de Clubes foi o seguinte, vou te dar os detalhes: viajei a trabalho naqueles dias dos jogos da fase de grupos. Passava o dia fora do hotel e só conseguia ver os jogos, que eram de madrugada, no final do dia qd estávamos mais próximos dos jogos da rodada seguinte. Achei que não faria sentido ficar postando análises praticamente atrasadas e que (minha experiência já comprovou) seriam muito pouco lidas. Não passou pela minha cabeça que ia causar tanta indignação.
Até mais (ou não)! Vou lá em busca da minha maturidade e sensatez.
Você já se perguntou quantos leitores entravam aqui todo dia para ver uma análise sua e comentar a respeito ? Volto a dizer de novo, questão da EMPATIA. Se colocar no lugar do outro e ver a análise que ele fez/faz sobre algo.
É muito fácil sempre querermos nos esconder atrás de desculpas, ser protegido pela carência, de não afetivo mútuo de outras pessoas. Mas esquecemos que, antes de nos escondermos atrás dessas desculpas, podemos sim, vir e colocar os pontos que estão estafados para que se haja uma compreensão de todos.
É facil dizer: pessoas, estou cansado, ok? Provavelmente não postarei tão logo sobre Mundial, sobre Superliga, enfim. Não ficar tempos sumido sem comentários nenhum. É difícil aceitar as criticas? SIM. Só que a maioria acha mais fácil vir depois do leite derramado com desculpas para ver se consegue consertar tudo.
Aquele jornal preferido que você lê todo dia, aquele site que você entra toda hora, aquele canal de TV que você assiste com frequencia parasse de uma hora pra outra, o que você pensaria ? Você acha que seria legal que esses se manisfestassem sobre o que ocorreu, certo ?
Aqui não é diferente. Simples assim.
Pedi satisfação da sua vida ? Em nenhum momento. Apenas coloquei o que houve com o blog que está a tempos desatualizado. Não aceita criticas? Não crie blogs, nao escreva para jornais. Você sempre estará em foco do acontecido e sua opinião será colocada em primeiro plano.
Sim, meu ultimo comentário aqui. Até tirei o blog dos favoritos para não visitar mais. Quando o próprio autor não consegue aceitar uma crítica e saber analisar ela, é porque o negócio tá feio e o nível descendo ladeira abaixo.
Sem mais por momento e ponto final.