São Paulo tem novo dono: Sesi/Bauru
2º jogo da Final do Paulista 2018
Sesi/Vôlei Bauru 3x2 Audax/Osasco
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Sesi/Vôlei Bauru 3x2 Audax/Osasco
Não faltou emoção nem equilíbrio neste segundo e decisivo jogo final do Campeonato Paulista de 2018. Mas faltou – e muito – qualidade.
Sei que o primeiro duelo também não foi dos mais qualificados, as duas equipes cometeram erros importantes. Só que neste segundo confronto os erros passaram da conta. Sem contar que foi uma partida de altos e baixos tanto por parte do Sesi/Bauru como do Osasco. E nesta irregularidade é que residiu o equilíbrio deste segundo duelo e não exatamente na qualidade técnica.
No fim, a vitória acabou nas mãos do time que conseguiu, na reta final dos últimos sets, controlar melhor o seu jogo e errar menos.
Não que Sesi e Osasco não tenham mostrado pontos positivos. O time da casa novamente contou com o banco para mudar a cara do seu jogo. A entrada da Tiffany como ponteira, jogando ao lado da Diouf, ajudou o time a recuperar o poder de definição que havia caído no segundo e terceiro sets. Mesmo com a Tiffany em quadra (cujo forte não é o fundo de quadra), o Sesi conseguiu ganhar, também, em volume de jogo. No quarto set, o sistema defensivo (a começar pelo saque) trouxe o time de volta à luta depois de começar a parcial dominado pelo Osasco.
O Osasco também teve belos momentos de volume de jogo e contra-ataques, principalmente depois que a Paula (mais uma vez) entrou no jogo. Mas mostrou suas fragilidades justamente quando não podia mais abrir brechas para o Sesi. Lorenne travou no quarto set e deixou o Osasco sem um desafogo mais constante no ataque. Leyva entrou no seu lugar, mas pouco fez. Até mesmo porque o time já se perdia nas próprias falhas de recepção, de combinação de jogadas, de saques e ataques... Se não fosse por outras falhas por parte, desta vez, do Sesi ao final do set (e neste momento acho que o Anderson errou no timing das mudanças e no pedido de tempo), o Osasco não teria se recuperado nem chegado perto de, inclusive, fechar o set e o jogo.
Apesar de ter também cometido as suas bobeadas, o Sesi mostrou ter um pouco mais de controle do seu jogo e dos erros nos dois últimos e decisivos sets. E ao contrário do que aconteceu no Osasco, algumas jogadoras cresceram nos sets finais, casos da Tiffany e da Diouf.
É muito bom ver o Sesi/Vôlei Bauru, no primeiro ano de junção dos clubes Sesi e Vôlei Bauru, ser pela primeira vez campeão paulista. É um pontapé inicial muito positivo, que resguarda o projeto neste seu começo e dá confiança para o time almejar entrar no grupo dos grandes da Superliga 18/19. Pode parecer cedo, mas acho que o Sesi tem condições; em parte pela qualidade de grupo que tem mostrado; em outra, porque, de modo geral, as “forças superiores” estão mais acessíveis. Vamos ver onde o Sesi conseguirá se situar quando começar a SL.
Sei que o primeiro duelo também não foi dos mais qualificados, as duas equipes cometeram erros importantes. Só que neste segundo confronto os erros passaram da conta. Sem contar que foi uma partida de altos e baixos tanto por parte do Sesi/Bauru como do Osasco. E nesta irregularidade é que residiu o equilíbrio deste segundo duelo e não exatamente na qualidade técnica.
No fim, a vitória acabou nas mãos do time que conseguiu, na reta final dos últimos sets, controlar melhor o seu jogo e errar menos.
Não que Sesi e Osasco não tenham mostrado pontos positivos. O time da casa novamente contou com o banco para mudar a cara do seu jogo. A entrada da Tiffany como ponteira, jogando ao lado da Diouf, ajudou o time a recuperar o poder de definição que havia caído no segundo e terceiro sets. Mesmo com a Tiffany em quadra (cujo forte não é o fundo de quadra), o Sesi conseguiu ganhar, também, em volume de jogo. No quarto set, o sistema defensivo (a começar pelo saque) trouxe o time de volta à luta depois de começar a parcial dominado pelo Osasco.
O Osasco também teve belos momentos de volume de jogo e contra-ataques, principalmente depois que a Paula (mais uma vez) entrou no jogo. Mas mostrou suas fragilidades justamente quando não podia mais abrir brechas para o Sesi. Lorenne travou no quarto set e deixou o Osasco sem um desafogo mais constante no ataque. Leyva entrou no seu lugar, mas pouco fez. Até mesmo porque o time já se perdia nas próprias falhas de recepção, de combinação de jogadas, de saques e ataques... Se não fosse por outras falhas por parte, desta vez, do Sesi ao final do set (e neste momento acho que o Anderson errou no timing das mudanças e no pedido de tempo), o Osasco não teria se recuperado nem chegado perto de, inclusive, fechar o set e o jogo.
Apesar de ter também cometido as suas bobeadas, o Sesi mostrou ter um pouco mais de controle do seu jogo e dos erros nos dois últimos e decisivos sets. E ao contrário do que aconteceu no Osasco, algumas jogadoras cresceram nos sets finais, casos da Tiffany e da Diouf.
É muito bom ver o Sesi/Vôlei Bauru, no primeiro ano de junção dos clubes Sesi e Vôlei Bauru, ser pela primeira vez campeão paulista. É um pontapé inicial muito positivo, que resguarda o projeto neste seu começo e dá confiança para o time almejar entrar no grupo dos grandes da Superliga 18/19. Pode parecer cedo, mas acho que o Sesi tem condições; em parte pela qualidade de grupo que tem mostrado; em outra, porque, de modo geral, as “forças superiores” estão mais acessíveis. Vamos ver onde o Sesi conseguirá se situar quando começar a SL.
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Pê ésse:
- Achei infeliz declaração da Mari PB ao final da partida. A atacante disse que o Osasco tinha jogado bem e que a Tiffany entrou (no decorrer do terceiro set pelo Sesi) e mudou a cara do jogo. “Seria uma hipocrisia dizer que ela não faz diferença”, falou Mari.
Se não soubéssemos a realidade e a polêmica em torno da participação da Tiffany no vôlei feminino, seria uma declaração normal. Peço perdão se a leitura for errada, mas me pareceu claro que a Mari se referia ao fato de a Tiffany ser transgênero e, por isso, a disputa não ser justa.
Uma avaliação um pouco torta, na minha visão. Primeiro fato: o Osasco não jogou bem. Segundo: a Tiffany não foi assim tão decisiva como pinta a Mari. Do jeito que ela falou, parece que entrou uma Boskovic, uma jogadora muito acima da média e que tomou o jogo pra ela. Mesmo com a Tiffany em quadra o Sesi demorou a se encontrar no ataque. Ela mesma não entrou bem no terceiro set. O que transformou o time, a partir do quarto set, foi o fato de ter duas redes fortes de ataque: uma com a Diouf e outra com a Tiffany (aliás, se não estou enganada, as bolas mais importantes foram definidas pela Diouf). Nada de extraordinário ou fora dos padrões, apenas bons recursos individuais que o time tem à disposição como o Osasco terá com a Hooker.
E terceiro: não foi a Tiffany que, no tie-break, errou recepção, desperdiçou saques e ataques em sequência. Foi o Osasco.
Quando a Tiffany entrou no primeiro jogo da final e não virou uma bola, ninguém lembrou da sua presença. Não estou negando as suas vantagens físicas, mas acho que esquecemos que, apesar delas, a Tiffany é apenas uma boa jogadora. Uma jogadora que tem muita força, mas é limitada nos recursos de ataque; é alta, mas lenta na defesa e pouco técnica na recepção. Acho que falta olhar mais objetivamente pro que realmente a Tiffany apresenta em quadra.
- Achei infeliz declaração da Mari PB ao final da partida. A atacante disse que o Osasco tinha jogado bem e que a Tiffany entrou (no decorrer do terceiro set pelo Sesi) e mudou a cara do jogo. “Seria uma hipocrisia dizer que ela não faz diferença”, falou Mari.
Se não soubéssemos a realidade e a polêmica em torno da participação da Tiffany no vôlei feminino, seria uma declaração normal. Peço perdão se a leitura for errada, mas me pareceu claro que a Mari se referia ao fato de a Tiffany ser transgênero e, por isso, a disputa não ser justa.
Uma avaliação um pouco torta, na minha visão. Primeiro fato: o Osasco não jogou bem. Segundo: a Tiffany não foi assim tão decisiva como pinta a Mari. Do jeito que ela falou, parece que entrou uma Boskovic, uma jogadora muito acima da média e que tomou o jogo pra ela. Mesmo com a Tiffany em quadra o Sesi demorou a se encontrar no ataque. Ela mesma não entrou bem no terceiro set. O que transformou o time, a partir do quarto set, foi o fato de ter duas redes fortes de ataque: uma com a Diouf e outra com a Tiffany (aliás, se não estou enganada, as bolas mais importantes foram definidas pela Diouf). Nada de extraordinário ou fora dos padrões, apenas bons recursos individuais que o time tem à disposição como o Osasco terá com a Hooker.
E terceiro: não foi a Tiffany que, no tie-break, errou recepção, desperdiçou saques e ataques em sequência. Foi o Osasco.
Quando a Tiffany entrou no primeiro jogo da final e não virou uma bola, ninguém lembrou da sua presença. Não estou negando as suas vantagens físicas, mas acho que esquecemos que, apesar delas, a Tiffany é apenas uma boa jogadora. Uma jogadora que tem muita força, mas é limitada nos recursos de ataque; é alta, mas lenta na defesa e pouco técnica na recepção. Acho que falta olhar mais objetivamente pro que realmente a Tiffany apresenta em quadra.
Comentários
O que gira em torno dessa jogadora não é seu volei, e sim sua opção sexual. Ela é mulher e ponto. Se ligas tão competentes aceitam ela como mulher, pq nós temos que ser ''os do contra''?
Achei interessante vc, Laura, falar que parece que entrou uma Boskovick na quadra, eqto na realidade entrou uma jogadora boa, que errou em momentos importantes e demorou a engrenar.
Me vem a lembrança uma polemica com a Érica no inicio da carreira, que os clubes pediram confirmação se ela era mesmo mulher para poder jogar. Alguém se lembra disso?
O Sesi Bauru mereceu a conquista do campeonato paulista. Foi um time superior aos adversários, um time mais constante e que tem uma vantagem quando comparado aos concorrentes: possui um ótimo banco. O time mantém o nível quando as titulares saem. Além disso, Anderson Rodrigues tem se revelado um técnico muito interessante. Vamos ficar de olho nele e nesse time para a Superliga.
Quero também parabenizar a grande atuação do Anderson na movimentação de suas peças no tabuleiro, pondo todo elenco pra jogar de acordo com as demandas do jogo. As entradas de Arlene, Andressa Picussa, Gabi Cândido, Tifany, Edinara, Naiane, tiveram sua relevância tática e foram importantes para o encaminhamento da vitória do Bauru.
Comparado ao Kwiek, pode-se que Andrrson conseguiu, nesses dois 3x2 da final contra Osasco, ir ajustando o time durante a partida, ao passo que Kwiek só bagunçava o time e confundia as jogadoras.
A qualidade do jogo foi inferior ao primeiro jogo, mas emoção não faltou.
Sobre o caso da Tiffany, também achei deselegante o comentário da Mari. Na temporada passada, quando a Tiffany era referência de Bauru, não me lembro de uma partida que o Osasco tenha perdido (alguém se lembra?). Não achei que ela fez tanta diferença assim, aliás ela errou em momentos chave. O Sesi venceu porque erro menos nas horas decisivas e como o colega comentou ali nos momentos de decisão quem apareceu mesmo foi a Diouff. E não acho a Tiffany essa jogadora toda não. Comparando as grandes opostas do mundo ela está abaixo de todas!
A forma de encerrar essa discussão seria a FIVB trabalhar com dados numéricos: quais dados são relevantes para uma ponta/oposta? Alcance, potência de ataque, altura de bloqueio, velocidade? Qual a média das jogadoras da posição? A Tiffany se enquadra nos padrões numéricos? Se sim, ótimo deixa jogar. Se não, infelizmente tem que vetar. Pronto!
Evandro, só uma pequena correção: não é opção sexual, mas sim orientação sexual. E no caso da Tiffany nem se trata disso, é um caso de identidade de gênero.
Mari PB foi muito infeliz no comentário, tendo em vista a ótima partida que a mesma fez. Saiu de quadra sendo lembrada por esse comentário e não pela bela partida que fez
análise perfeita da Laura e muito importante ter trazido o comentário da Mari Paraíba para discussão.
Tenho a impressão que o Luizomar seria um dos responsáveis por alimentar esse tipo de comportamento em algumas meninas do Oz, é só observar nos tempos técnicos (sabe aquelas palavras soltas, frases que podem gerar várias interpretações!?):
"esqueçam de sacar na Tifany, ela passa de toque como HOMEM";
"vamos nos concentrar nas outras atacantes que estão de igual a igual com a gente...";
aliado ao preconceito inerente e falta de esclarecimento sobre o tema de cada uma além do nossa péssima formação como atleta que não sabe perder, isso pode gerar revolta, ódio, intolerância.
Mari foi infeliz em toda a entrevista, não suporto aquele tipo de comentário, muito recorrente entre várias atletas, treinamos horas e horas por dia, nos sacrificamos bla bla bla para granhar, ninguém gosta de perder.
ué, e o time do outro lado, tb não faz o mesmo esforço que vcs, já que o objetivo é mesmo!!!
abraços a todxs e que Tifany possa brilhar na Superliga, é importante uma trans trazer essa visilbidade, elas estão sempre a margem.
Parabéns Bauru!
Nada disso, porém, está acontecendo. Tiffany, como qualquer um de nós, é apenas mais uma cidadã tentando realizar com dignidade um bom trabalho em sua profissão.
O resto é mimimi de mau-perdedor preconceituoso.
Ponto final.
VocÊ sabia que a Tifany jogou em várias ligas pelo mundo para poder bancar a sua operação e assim transicionar por completo?
e esse é um dos principais motivos dela ter feito essa operação tardiamente.
e outra, ele teve que ficar pelo menos 2 anos parada recebendo hormônios, suporte psicológico para que de fato ela pudesse finalizar todo esse processo!
e não imaginava que pudesse voltar a jogar, então pra ela a maior vitória foi a sua transição e não jogar volei em ligas femininas.
e para finalizar: ela não precisava se aceitar um homem homossexual, porque ela não é Homem, não confunda gênero com orientação sexual, pls, não passe vergonha!
Ela é uma mulher trans! simples assim!
Tiffany errou tudo e mais um pouco no jogo anterior, por ela e pelas outras, comprometendo o jogo. Tiffany é bloqueada, é defendida e erra os golpes. Ela fez 50 pontos na partida? Não? Ela teve aproveitamento de 90%? Não? Ela errou quando não devia no tie-break? Não? Ela falou asneira de cabeça quente alguma vez, apesar de ser alvo constante do obscurantismo que parece assolar esse pobre país? Não? Foi na TV cuspir asneiras depois de perder jogo, justamente por ter perdido e errado quando não se devia? Não?
MP, vá pousar para a Playboy de novo e exibir os seus novos peitos. Porque de voleibol, de coerência e oratória e de empatia você deixa um pouco a desejar, querida.
Parabéns ao SESI-Bauru, meu time. Como é bom ter novamente um time para torcer. Uma pena somente os jogos não serem na Leopoldina.
O que desejoa Tifany é que ela seja muito feliz e conquiste seus objetivos!
O que me interessa é o vôlei da Tifany, gosto de vê-la jogar, assim como admiro ver Fabíola, Brait, Tassia, Arlene, Paula Pequeno, Walewska, Fabiana Claudino e muitas outras! Independentemente de que cor elas são, de que religião elas sigam, de que idade elas tenham ou de que clubes elas jogam , quero ver o voleibol dessas garotas e sua atitude guerreira em quadra! Gosto do vôlei da Tifany, gosto da pessoa Tifany e isso me basta! Não quero e não me acho no direito de interferir nas individualidades e na privacidade da Tifany!
Respeitem-na! Por favor!
Sim, orientação sexual ela possue uma, gênero ela tinha um do qual não gostava e fez a opção de poder mudar. A questão da cirurgia e terapia hormonal tardia , em qualquer caso, sempre traz mais riscos do que quando feitas mais cedo. Pergunte a qualquer trans com qual idade ela fez a transição. Conheço duas que fizeram aos 22 e 24 anos. Pagaram sim do seu bolso, já que também trabalhavam pra isso. Se caso você consiga ler bem e interpretar, coloquei da seguinte forma : " A Tiffany, eu vejo, claro, de longe, que ela nunca teve problema com sua orientação sexual, mas em determinado momento, ela optou por fazer a transformação e ser de fato, a partir de agora, uma mulher. Crise de gênero? Nao vejo como tal, porque ele/ela, teria optado por sua transformação muito, mas muito mais cedo do que as 30 anos. Ele como homem poderia continuar sendo gay e se aceitando assim, mas foi uma opção a mudar, mesmo sabendo de todos os ''riscos'' envolvidos."
Teria optado: significa que, se tivesse escolha, faria bem mais cedo.
E jamais disse que é um demérito ela ter voltado a jogar.
Sem mais por momento.
vitória do Sesc-Bauru, eu imagino o q ela falaria se um dia pudesse ter a oportunidade de
enfrentar uma Boscovik ou uma Egonu. Sairía chorando no meio do jogo, no mínimo... elas são
alienígenas!!!!!
É muita cegueira , é muita idolatria a certas formas de pensar, porque caí num senso comum, e quando estamos num senso comum, não precisamos pensar, questionar, apenas concordar, porque existe outro no comando colocando e ditando a opinião por nós.
Vamos analisar cada caso, vamos questionar, debater. E vamos parar com preconceitos sexistas, idatistas, racistas e homofóbicos. Você , na sua profissão, quer ser reconhecido independente a idade, sexo, ideologia, cor e orientação sexual sua.
O mesmo acontece aqui.
Tive um devaneio: Assim como é na Itália, a Superliga poderia ter um time de jogadoras de seleções de base até 23 anos ele seria o técnico.
Agora comentemos erros conceituais e de definições. Não podemos nunca nos referirmos à Tiffany como homem. Ela nunca foi homem, ela nunca jogou como homem; ela jogou entre homens.
Os termos homem e mulher são reservados para a questão de identidade, como a pessoa se sente, considerando que esses papeis são ensinados socialmente. E quem nos ensina faz correlação do papel que a pessoa deveria exercer com o órgão sexual com o qual nasce. Logo, tradicionalmente quem nasce com pênis deve ser homem e quem nasce com vagina deve ser mulher, e começa o processo educativo.
Mas nem sempre, esses pares casam. É o caso da Tiffany: ela é mulher sempre foi, mas nasceu num corpo incompatível com sua identidade de gênero, daí a necessidade da cirurgia para ajuste do corpo. Embora tenha sofrido a educação para ser homem, sua experiência humana na Terra era de mulher, sentia como mulher, ela é mulher.
Agora fica difícil para uma criança conseguir expressar isso e convencer seus pais disso e pedir uma cirurgia. Ainda mais e for pobre. Ainda mais num país de ignorantes como o nosso.
Vamos estudar gente, é o melhor que nós fazemos.
Mudando de assunto, não tem nada mais baixo, vulgar, antiético e desagradável do que ouvir o narrador se referir às idades das jogadoras mais velhas. É osso viu.
Será que Mari PB teria coragem de disputar o Campeonato Turco ou o Campeonato Italiano e enfrentar essas opostas gigantes, com muita força física e ataque poderoso?
Pelo jeito, foi acertado mesmo que Mari PB não fosse convocada pra seleção, já que no Mundial provavelmente ela iria amarelar ao ver opostas gigantes de 1,90m e ataque poderoso!
quanta falta de interpretação de texto...
Ela, Tiffany Abreu, antes de fazer a transição jogou em clubes mundo afora com um objetivo: ter dinheiro para poder fazer a cirurgia e se sentir, em fim, de forma completa, como mulher.
completamente de acordo com outro Anonimo (rs), Tiffany sempre foi mulher.
abraços
As denominações homem e mulher são reservadas para as identidades de gênero que as pessoas adotam e independem dos órgãos genitais, ou seja, do sexo.
Então há casos em que o sexo coincide com o gênero esperado, da norma, da maioria. Assim haverá pessoas com pênis que se tornarão homem e pessoas com vagina que se tornarão mulheres. A esse grupo é reservada a denominação cis, homem cisgênero e mulher cisgênero.
Entretanto haverá pessoas com pênis que se tornarão mulheres e pessoas com vagina que se tornarão homens. A esse grupo é reservada a denominação trans, homem transgênero (Thammy Gretchen), e mulher transgênero (Tiffany).
Mas o que determina é a experiência individual, como a pessoa se sente no mundo. Não adianta forçar que o gênero seja compatível com o sexo. Só produziremos pessoas infelizes assim. Pensemos nas pessoas hermafroditas, que nascem com os dois genitais. Em seu desenvolvimento elas escolhem qual seu gênero. Se vão ser mulheres ou homens. Não adianta interferência externa, a pessoa sabe o que é. Pode haver dúvidas na infância ou adolescência, principalmente pela desinformação, preconceito e pressões externas, mas a pessoa vai descobrir quem é.
A sexualidade humana é muito rica e diversa e isso deveria ser celebrado, não combatido, visto como feio, sujo, pecado, abominação ou crime. Tudo isso nos faz humanos e nos diferencia dos outros animais.
Existem ainda outras formas de se experienciar a existência. Tem pessoas que não se veem nem como homem ou como mulher.
A final do Mineiro vai ser hoje, quarta 7 de novembro às 20:00, entre o Praia e o Minas.
Com transmissão ao vivo por esse canal do youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=5ZCZaPo-nKA