Mundial 2018 - Brasil 3x2 Holanda
(21x25 / 25x18 / 25x27 / 25x19 / 15x7)
O 3x0 contra o Japão não é impossível de se conseguir, mas é bastante difícil se considerarmos a pressão pelo resultado e a inconstância que a seleção brasileira apresenta.
O Brasil parece ter - até mesmo pela opção pela Roberta como titular - se dado conta de que não há mais tempo para desenvolver um jogo mais variado e de velocidade e abraçou a objetividade e a simplicidade. Funcionou contra a Holanda porque a Roberta manteve um bom padrão na qualidade dos seus levantamentos, a Tandara carregou o piano em boa parte da partida e a Garay apareceu decisiva no tie-break. Tomara que o Brasil consiga pelo menos uma vez neste Mundial manter, de uma partida para outra, o que deu certo.
Demais resultados da 3ª rodada da 2ª fase:
Grupo E:
Sérvia 1x3 Japão
Alemanha 3x1 Porto Rico
México 0x3 Rep. Dominicana
Classificação:
1- Sérvia – 7V - 21 pontos
2- Japão – 7V- 21 pontos
3- Holanda – 7V - 21 pontos
4- Brasil – 6V - 18 pontos
5- Alemanha – 5V - 14 pontos
Grupo F:
Turquia 3x1 Azerbaijão
Itália 3x1 Rússia
Bulgária 3x2 Tailândia
China 3x0 EUA
Classificação:
1- Itália – 8V - 24 pontos
2- China – 7V - 21 pontos
3- EUA – 7V - 19 pontos
4- Rússia – 6V - 18 pontos
5- Turquia – 4V - 12 pontos
- Vitória maiúscula da China sobre os EUA numa partida bem jogada por ambas as equipes. O problema norte-americano foi o de definição. Teve um jogo muito concentrado na Larson, que não é a jogadora com as melhores características para isso. O Kiraly continua não abrindo mão da Murphy como oposta que, tem bom aproveitamento, mas exige uma ponteira mais definidora ao seu lado. Acho que estas trocas constantes nas pontas, sem firmar a Bartsch como titular, enfraqueceu o poder de decisão da equipe. Do outro lado, a China mostrou ótimo volume de jogo e, como sempre, deixou na mão da Zhu os pontos decisivos e ela, evidentemente, não desperdiçou.
O jogo contra a Holanda por vezes me lembrou o confronto brasileiro com a China nos Jogos de Londres 2012. O Brasil também precisava da vitória para manter-se vivo na competição e a conseguiu somente no tie-break.
Foi um jogo de transição importante, que marcou de certa forma a transformação de um time apático e perdido para um agressivo e valente. O Brasil começou a se encontrar naquela partida e a se encaminhar para o seu segundo ouro olímpico.
Só que há diferenças no contexto destas duas vitórias. Primeiro, a atuação brasileira contra a China - apesar de ter perdido o quarto set quando tinha a vitória já encaminhada - foi bem mais convincente. Segundo, o Brasil contou com a ajuda dos EUA na rodada seguinte para encaminhar sua classificação.
O Brasil contra a Holanda no Mundial 2018 não se mostrou do mais seguro desde o princípio do jogo. Sofreu com o saque holandês, bobeou defensivamente em bolas fáceis e cometeu erros decisivos que custaram uma ida ao tie-break e, consequentemente, um ponto a menos na classificação. Porém, deu mostras do quanto o grupo brasileiro pode render quando se aplica taticamente e o quanto se agiganta quando a qualidade do seu conjunto defensivo se faz valer. E individualmente, tivemos a Fê Garay fazendo a diferença pela primeira vez na competição.
Estas conquistas poderiam nos dar uma esperança de recuperação no Mundial se não fosse a derrota da Sérvia para o Japão por 3x1. Com os resultados, o Brasil precisará vencer as donas da casa por 3x0 na última rodada para se classificar para a próxima fase.
Podem-se discutir as intenções da Sérvia na partida contra as japonesas, mas a verdade é que o Brasil está nesta situação por culpa dele mesmo. Já comentamos aqui, partida a partida, os problemas apresentados pela seleção no Mundial e que fizeram com que ela perdesse pontos importantíssimos.
No caso do confronto com a Holanda, novamente me incomodou a falta de sentido de urgência por parte do Zé Roberto pelo resultado, assim como aconteceu contra Alemanha e México. Se a Garay tinha condições de jogo, por que poupá-la? Uma opção técnica? O treinador passou o primeiro set inteiro vendo o time dele se perder em quadra sem pedir um tempo no momento certo, sem tentar uma troca ou dar uma orientação mais incisiva. Não sei se a intenção dele era não deixar suas jogadoras mais ansiosas, só sei que muitas vezes o time deu a sensação de estar sem comando.
Ainda bem que, no segundo tempo, ele estancou logo no começo a sangria no passe com a Drussyla colocando a Garay no seu lugar. A jogadora equilibrou a recepção e ajudou a recuperar o ânimo do time.
Foi um jogo de transição importante, que marcou de certa forma a transformação de um time apático e perdido para um agressivo e valente. O Brasil começou a se encontrar naquela partida e a se encaminhar para o seu segundo ouro olímpico.
Só que há diferenças no contexto destas duas vitórias. Primeiro, a atuação brasileira contra a China - apesar de ter perdido o quarto set quando tinha a vitória já encaminhada - foi bem mais convincente. Segundo, o Brasil contou com a ajuda dos EUA na rodada seguinte para encaminhar sua classificação.
O Brasil contra a Holanda no Mundial 2018 não se mostrou do mais seguro desde o princípio do jogo. Sofreu com o saque holandês, bobeou defensivamente em bolas fáceis e cometeu erros decisivos que custaram uma ida ao tie-break e, consequentemente, um ponto a menos na classificação. Porém, deu mostras do quanto o grupo brasileiro pode render quando se aplica taticamente e o quanto se agiganta quando a qualidade do seu conjunto defensivo se faz valer. E individualmente, tivemos a Fê Garay fazendo a diferença pela primeira vez na competição.
Estas conquistas poderiam nos dar uma esperança de recuperação no Mundial se não fosse a derrota da Sérvia para o Japão por 3x1. Com os resultados, o Brasil precisará vencer as donas da casa por 3x0 na última rodada para se classificar para a próxima fase.
Podem-se discutir as intenções da Sérvia na partida contra as japonesas, mas a verdade é que o Brasil está nesta situação por culpa dele mesmo. Já comentamos aqui, partida a partida, os problemas apresentados pela seleção no Mundial e que fizeram com que ela perdesse pontos importantíssimos.
No caso do confronto com a Holanda, novamente me incomodou a falta de sentido de urgência por parte do Zé Roberto pelo resultado, assim como aconteceu contra Alemanha e México. Se a Garay tinha condições de jogo, por que poupá-la? Uma opção técnica? O treinador passou o primeiro set inteiro vendo o time dele se perder em quadra sem pedir um tempo no momento certo, sem tentar uma troca ou dar uma orientação mais incisiva. Não sei se a intenção dele era não deixar suas jogadoras mais ansiosas, só sei que muitas vezes o time deu a sensação de estar sem comando.
Ainda bem que, no segundo tempo, ele estancou logo no começo a sangria no passe com a Drussyla colocando a Garay no seu lugar. A jogadora equilibrou a recepção e ajudou a recuperar o ânimo do time.
O 3x0 contra o Japão não é impossível de se conseguir, mas é bastante difícil se considerarmos a pressão pelo resultado e a inconstância que a seleção brasileira apresenta.
O Brasil parece ter - até mesmo pela opção pela Roberta como titular - se dado conta de que não há mais tempo para desenvolver um jogo mais variado e de velocidade e abraçou a objetividade e a simplicidade. Funcionou contra a Holanda porque a Roberta manteve um bom padrão na qualidade dos seus levantamentos, a Tandara carregou o piano em boa parte da partida e a Garay apareceu decisiva no tie-break. Tomara que o Brasil consiga pelo menos uma vez neste Mundial manter, de uma partida para outra, o que deu certo.
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Demais resultados da 3ª rodada da 2ª fase:
Grupo E:
Sérvia 1x3 Japão
Alemanha 3x1 Porto Rico
México 0x3 Rep. Dominicana
Classificação:
1- Sérvia – 7V - 21 pontos
2- Japão – 7V- 21 pontos
3- Holanda – 7V - 21 pontos
4- Brasil – 6V - 18 pontos
5- Alemanha – 5V - 14 pontos
Grupo F:
Turquia 3x1 Azerbaijão
Itália 3x1 Rússia
Bulgária 3x2 Tailândia
China 3x0 EUA
Classificação:
1- Itália – 8V - 24 pontos
2- China – 7V - 21 pontos
3- EUA – 7V - 19 pontos
4- Rússia – 6V - 18 pontos
5- Turquia – 4V - 12 pontos
- Vitória maiúscula da China sobre os EUA numa partida bem jogada por ambas as equipes. O problema norte-americano foi o de definição. Teve um jogo muito concentrado na Larson, que não é a jogadora com as melhores características para isso. O Kiraly continua não abrindo mão da Murphy como oposta que, tem bom aproveitamento, mas exige uma ponteira mais definidora ao seu lado. Acho que estas trocas constantes nas pontas, sem firmar a Bartsch como titular, enfraqueceu o poder de decisão da equipe. Do outro lado, a China mostrou ótimo volume de jogo e, como sempre, deixou na mão da Zhu os pontos decisivos e ela, evidentemente, não desperdiçou.
Comentários
Como eu comentei no post passado, o Terzic poupou algumas titulares e o Japão derrotou o time misto da Sérvia por 3x1. Brasil tem que vencer o Japão por 3x0 e com uma boa diferença nos pontos average para passar de fase.
O Zé tá mais perdido que as jogadoras. Aliás eles também desequilibra o time. É comovente a tentativa das meninas em se manterem vivas, o choro final da Tandara, etc. Mas eu queria mesmo, com a melhor das intenções, que o Brasil saísse agora ou não pegasse pódio para o Zé Roberto sair.
Eu acho ótimo essa objetividade para um time que é limitado. Pra mim a formação ideal seria com Garay, Tandara e Natália (odeio ela), mas esta última não corresponde e só faz bizarrice. Poderia tentar ela na saída e Tand na entrada. Até que saíram umas bolinhas com a Bia o que ajudou muito o time.
O Zé tá mais perdido que as jogadoras. Aliás eles também desequilibra o time. É comovente a tentativa das meninas em se manterem vivas, o choro final da Tandara, etc. Mas eu queria mesmo, com a melhor das intenções, que o Brasil saísse agora ou não pegasse pódio para o Zé Roberto sair.
Eu acho ótimo essa objetividade para um time que é limitado. Pra mim a formação ideal seria com Garay, Tandara e Natália (odeio ela), mas esta última não corresponde e só faz bizarrice. Poderia tentar ela na saída e Tand na entrada. Até que saíram umas bolinhas com a Bia o que ajudou muito o time.
Holanda perde por 3 sets a 0 para a Sérvia - como têm um saldo de pontos pior do que Brasil e Japão, as holandesas precisariam torcer contra as brasileiras para se classificarem à terceira fase.
Holanda vence um set contra a Sérvia - as holandesas estariam classificadas por levarem a melhor no saldo de sets. Assim, Brasil e Japão disputariam a última vaga.
Brasil vence o Japão por 3 a 0 - O Brasil terminaria a classificação com o mesmo número de vitórias, de pontos e saldo de sets que as japonesas. Mas, como têm um saldo de pontos melhor que as rivais, as brasileiras avançariam à terceira fase da competição.
Japão vence um set contra o Brasil - vencer um set contra as brasileiras classifica as japonesas para a terceira fase do Mundial. Isso porque as donas da casa já garantiriam um saldo de sets melhor que o das brasileiras. O suficiente para eliminar o Brasil da competição.
Fonte: https://globoesporte.globo.com/volei/noticia/servia-poupa-jogadoras-perde-para-o-japao-e-complica-a-vida-do-brasil-no-mundial.ghtml
Sérvia fez anti-jogo, Brasil ta fora do Mundial.
Esperar amanhã para ver o q será! Só Deus sabe!
A Rússia já saiu do campeonato. A equipe campeã em 2006 e 2010 saiu sem ficar no final six. Parece que Brasil e Rússia estão iguais, com exceção que o passe da Rússia ainda consegue ser pior que o nosso! Ah, e a defesa russa, mas isso a vida inteira foi horrível.
1 set perdido e estamos fora! Incrível como o Brasil foi descendo ladeira abaixo... Quando ninguém imagina derrota para Alemanha, México e Japão, o Brasil vai lá e consegue perder! Perdeu set para o México, perdeu um jogo para a Alemanha.
Gente, não tinha cenário melhor para o Brasil entrar entre os 6 melhores. Sério! Não tinha caminho melhor... Mas, infelizmente, entramos nesse poço
Fico me perguntando o que a Thaísa foi fazer no Mundial, bem como Natália e Gabiru!
Se Thaísa está machucada e Natália também está machucada, porque pegaram a vaga de outras jogadoras que poderiam estar ali contribuindo? Não consigo entender!
A Roberta foi tão criticada, tão criticada, e está jogando melhor que Dani Lins. Atualmente eu comparo a Dani Lins com Fernanda Venturini em 2004 na Olímpiada, ou seja, uma levantadora que está vivendo de nome. Dani brilhou na Olímpiada de 2012, de lá pra cá, o que ela fez? Qual a evolução da levantadora?
Natália é uma jogadora com 29 anos de idade. É tratada como uma pérola de 17 aninhos! Um atleta com 29 anos está formado e se não está pronto, é tchau! Simples assim...
Tudo que o torcedor brasileiro fala, parece que os comentaristas do SPORTV estão FINGINDO não ver! É incrível a quantidade de elogios que o time brasileiro recebe: "nenhuma seleção do mundo tem uma Garay", "nenhum time tem 4 centrais como as brasileiras", "ninguém tem uma Adenízia com tanta garra e animação"... Pelo AMOR DE DEUS, será que acham que somos cegos, surdos e mudos? Temos senso crítico ao ver um time brasileiro perder para Alemanha!
Enfim, FORA ZÉ ROBERTO, por essa água de Jesus! kkkkkkkk
Eu assisti ao jogo Sérvia x Japão e também não acho que foi "entregue". A única titular efetivamente poupada foi Boskovic. A partida foi bem disputada a partir do 2 set, tanto que o placar 25-23 se repetiu três vezes. No mais, é um direito do técnico preservar a sua principal arma ofensiva num campeonato longo e desgastante. Elas tinham essa margem porque conquistaram com méritos fazendo um campeonato até então, quase perfeito. O Terzic não deve favores a seleção brasileira que se complicou sozinha quando permitiu a virada da Alemanha, quando deixou escapar um set para a semiamadora equipe do México e quando foi incapaz de administrar uma vantagem de 8x1 para fechar um set contra a Holanda. Se vencer o Japão amanhã e passar para a próxima(torcerei para que isso aconteça) será por méritos próprios. Se for eliminada será por demérito e culpa dela própria.
Há outros pontos que gostaria de salientar. Não entendi ontem a insistência em sacar na líbero quando o alvo óbvio era a Anne. Não entendi a inércia do Zé em ver a equipe se perder em quadra tendo dois tempos para pedir sem tomar nenhuma atitude. Também não entendi por que razão ele deixou a Garay no banco se ela estava em condições(físicas) de jogar. Ou porque quando a equipe deu aquela pane na recepção ele tirou a Gabi, a única jogadora que estava segurando o passe, para colocar a Natália. Se tivesse que substituir alguém que fosse a Garay que estava quinando tudo naquele momento. Queria saber o que se passa na cabeça do Zé.
Amanhã será guerra. Vai ser difícil, mas eu sou um eterno otimista, apaixonado por voleibol e vou torcer para a nossa seleção até o fim.