Mundial 2018 - Brasil 0x3 Sérvia
(21/25, 18/25, 19/25)
É inevitável não usar o tufão que atingiu, na noite passada, a cidade de Hamamatsu - sede dos jogos do Brasil nesta primeira fase - como analogia para o confronto entre a seleção brasileira e a Sérvia. E, neste caso, dentro de quadra, o time brasileiro é que, infelizmente, foi a vítima do fenômeno arrasador. A Sérvia passou por cima do Brasil.
Duas estatísticas finais são o retrato da enorme diferença entre os dois times: a Sérvia fez 56 pontos de ataque contra 30 do Brasil; e deu 23 pontos em erros contra apenas 6 recebidos. Num jogo equilibrado, o número de erros seria determinante para a derrota. Só que este não foi um jogo equilibrado. O número de falhas não refletiu a perfeição brasileira, mas, sim, a imobilidade da equipe. Ou seja, o Brasil não jogou, foi uma partida de um time só.
Mesmo no primeiro set, presenteado com inúmeros erros e controlando os poucos saques que entravam da Sérvia, o Brasil não conseguiu vencer. O esforço que fazia para colocar uma bola no chão era o dobro ou triplo do adversário. Se eu achava que nossas ponteiras estavam bem fisicamente era porque não tinha visto a Mihajlovic e a Boskovic jogando. Elas, sim, estão voando.
E o Brasil não conseguiu fazer nada para amenizar o estrago da poderosa dupla servia. Nas últimas vitórias contra a Sérvia, a seleção tinha conquistado um trunfo importante. Logo de cara conseguiu anular a Mihajlovic e concentrar sua atenção somente à Boskovic. Nesta partida, não conseguiu nem uma coisa nem outra.
Terzic protegeu a Mihajlovic na linha de passe, colocando Milenkovic e a líbero Popovic para ocupar o maior espaço. As duas se saíram bem na função (até mesmo porque o saque brasileiro pouco as desafiou) e a Sérvia ganhou, assim, um poder ofensivo arrasador, que literalmente tonteou o Brasil.
Perdido na parte defensiva, o Brasil tampouco conseguiu se organizar na ofensiva. Se o passe estava controlado no primeiro set, nos demais, começou a dar prejuízo. E efeito cascata de uma jogada mal iniciada foi inevitável.
A derrota em si não afeta em nada a classificação brasileira para a próxima fase assim como não deve interferir na conquista da vaga para a terceira etapa do Mundial. O Brasil teve sorte ao cair num grupo fácil e que cruza, na fase seguinte, com outro de forças medianas.
No entanto, a derrota deixou claro que Sérvia e Brasil ocupam categorias diferentes neste Mundial e que a diferença entre elas é grande. A Sérvia me parece ter sido bastante fiel àquilo que pode entregar durante o campeonato, àquilo que se espera dela. É uma das candidatas ao título.
Já o Brasil, é difícil definir. Algumas limitações já eram esperadas, mas, mesmo se tomarmos como base a atual temporada, a seleção poderia ter entregado mais nesta partida. Com a atuação de hoje, porém, não se poderia coloca-la nem entre os times que correm por fora pelo pódio.
Uma observação óbvia:
- Que diferença fez a volta da Ognjenovic para a Sérvia!
Demais resultados da 3ª rodada da 1ª fase:
Grupo A
Duas estatísticas finais são o retrato da enorme diferença entre os dois times: a Sérvia fez 56 pontos de ataque contra 30 do Brasil; e deu 23 pontos em erros contra apenas 6 recebidos. Num jogo equilibrado, o número de erros seria determinante para a derrota. Só que este não foi um jogo equilibrado. O número de falhas não refletiu a perfeição brasileira, mas, sim, a imobilidade da equipe. Ou seja, o Brasil não jogou, foi uma partida de um time só.
Mesmo no primeiro set, presenteado com inúmeros erros e controlando os poucos saques que entravam da Sérvia, o Brasil não conseguiu vencer. O esforço que fazia para colocar uma bola no chão era o dobro ou triplo do adversário. Se eu achava que nossas ponteiras estavam bem fisicamente era porque não tinha visto a Mihajlovic e a Boskovic jogando. Elas, sim, estão voando.
E o Brasil não conseguiu fazer nada para amenizar o estrago da poderosa dupla servia. Nas últimas vitórias contra a Sérvia, a seleção tinha conquistado um trunfo importante. Logo de cara conseguiu anular a Mihajlovic e concentrar sua atenção somente à Boskovic. Nesta partida, não conseguiu nem uma coisa nem outra.
Terzic protegeu a Mihajlovic na linha de passe, colocando Milenkovic e a líbero Popovic para ocupar o maior espaço. As duas se saíram bem na função (até mesmo porque o saque brasileiro pouco as desafiou) e a Sérvia ganhou, assim, um poder ofensivo arrasador, que literalmente tonteou o Brasil.
Perdido na parte defensiva, o Brasil tampouco conseguiu se organizar na ofensiva. Se o passe estava controlado no primeiro set, nos demais, começou a dar prejuízo. E efeito cascata de uma jogada mal iniciada foi inevitável.
A derrota em si não afeta em nada a classificação brasileira para a próxima fase assim como não deve interferir na conquista da vaga para a terceira etapa do Mundial. O Brasil teve sorte ao cair num grupo fácil e que cruza, na fase seguinte, com outro de forças medianas.
No entanto, a derrota deixou claro que Sérvia e Brasil ocupam categorias diferentes neste Mundial e que a diferença entre elas é grande. A Sérvia me parece ter sido bastante fiel àquilo que pode entregar durante o campeonato, àquilo que se espera dela. É uma das candidatas ao título.
Já o Brasil, é difícil definir. Algumas limitações já eram esperadas, mas, mesmo se tomarmos como base a atual temporada, a seleção poderia ter entregado mais nesta partida. Com a atuação de hoje, porém, não se poderia coloca-la nem entre os times que correm por fora pelo pódio.
Uma observação óbvia:
- Que diferença fez a volta da Ognjenovic para a Sérvia!
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Demais resultados da 3ª rodada da 1ª fase:
Grupo A
Alemanha 3x1 Argentina
Holanda 3x0 Camarões
México 0x3 Japão
Grupo B
Itália 3x0 Cuba
Grupo B
Itália 3x0 Cuba
Bulgária 0x3 Turquia
China 3x0 Canadá
Grupo C
Grupo C
EUA 3x1 Coreia do Sul
Trinidade e Tobago 1x3 Tailândia
Rússia 3x0 Azerbaijão
Grupo D
Grupo D
Rep. Dominicana 3x0 Cazaquistão
Porto Rico 3x0 Quênia
Comentários
Mas vamos à análise. Se colocarmos os pés no chão não nos chocaremos pois esta situação já foi discutida por nós aqui. A seleção é uma seleção atualmente de nível 4, ou seja, de quarto lugar.
Nossas jogadoras são baixas e sempre estarão em desvantagens contra times como a Sérvia, pois elas passarão por cima do bloqueio e nos bloquearão muito. Desta forma a defesa tem que aparecer mais. Daí a falta que faz a Jaqueline tanto na defesa como no passe. O time foi metralhado no ataque e no saque e não tinha ninguém no banco pra entrar e ajudar e as que estavam na quadra não são exímias em nada.
Sem passe perdemos o jogo de velocidade da Gabi e da Garay e perdemos as centrais, que não são essa coca cola toda. Acho que uma saída era o jogo com Tandara e Natália pelas pontas, mas com bolas altas. Fazer o jogo da Sérvia, bolão na ponta e esperar que elas virem na bomba. Essa bola acelerada pra Tandara a está impedindo de despejar toda potência que tem. Outra alternativa é a Rosa na saída com Tandara e Natália nas pontas. Já que todas estão quinando, coloca as atacantes mais porradeiras pra virar as jacas.
O pior é que neste jogo até a Garay, que geralmente mostra um nível acima, foi tragada pelo nosso mal jogo. Errou muitos passes, não defendeu nada e não atacou bem.
Thaísa deveria estar desde o princípio, mas não para atacar, para bloquear e compor o bloqueio. Ela entrou e Dani começou a encher ela de bola, logo ela foi bloqueada. Aliás Dani tem essa mania de encher a jogadora que entra de bolas.
Bia não pode ser titular. Não vamos a lugar algum com ela.
Sinceramente, não acho que tenha mais para onde evoluir. O time é esse, o jogo é esse. Só tentaria a formação mais forte de ataque com passe ruim.
Tendo dito isso, acho que, tendo em vista o desempenho recente da seleção, ninguém esperava outro resultado que não a vitória sérvia. O Brasil não encontrou seu jogo hoje e acho que ficou perdido em quadra na preocupação de tentar marcar Boskovic, sem sucesso. Foi um jogo para esquecer e para aprender com os erros para evitar que situações como essa ocorram nos demais jogos do torneio.
Foi a primeira partida da seleção no Mundial 2018 que eu vi e a impressão continua negativa. Acho que o Brasil precisa aproveitar esse grupo mais fraco em que caiu para ganhar ritmo de jogo e confiança para as fases seguintes.
Eu sou torcedor do Osasco, mas admiro o trabalho feito do lado do Rexona/Sesc/Unilever/Rio. No vôlei, a altura ajuda, mas não ganham jogo. O nosso jogo sempre foi caracterizado pela aplicação tática ao extremo: Enquanto as estrelas mundiais murcham quando não fazem o seu melhor, o jogo brasileiro acha recursos, para viabilizar o controle do jogo. Em outra palavras, o nosso jogo não é criar o antígeno, mas achar o antídoto, para o veneno alheio.
De fato, passamos por uma incerteza em posições e material humano. Não temos mais os talentos em massa que dispúnhamos em uma era recente. Entretanto, o nosso time pode e vai compensar isso com muita tática e disciplina.
Observem quantas vezes o Rio teve times teoricamente inferiores, mas com muita aplicação tática...e venceu? Com um time baixo, desafiou os melhores do mundo no Mundial. É possível! Eu sei, eu sei: Zé Roberto não é Bernardinho, mas vamos confiar que pode dar certo.
O problema da seleção agora, me parece ser muito mais psicológico do que a técnica propriamente dita. É um time que carrega o peso da camisa bicampeã olímpica. Acho que o Zé deve conversar com as jogadoras sobre o que ele e a comissão técnica esperam de cada uma no sentido de contribuição. Vou continuar as minhas orações..hahah
Como a Fabizona faz falta junto com o desempenho da Thaísa das antigas. Porque a Thaísa atual deixaría no banco ou só p/sacar.
Também concordo quem disse q a Bia não devia ser titular.
Roberta esta nítidamente a frente da Dani Lins, mas quando ZRG faz inversão ela perde a Tandara e fica com a Rosamaria q só faz afundar o time. Esse tipo de jogo Rosamaria nunca devería entrar e Tandara nunca sair.
Acredito q ao invés de Rosamaria-toco, se a inversão fosse com a Drussyla surtiría muito mais efeito, improvisando na posição.
Alguém viu algum vulto da Natália nesse jogo?
A Sérvia errou 23 vezes, correto?! O Brasil fez 21, 18 e 19 pontos nos 3 sets, ou seja, o Brasil somou 58 pontos... SÓ QUE DE 58 PONTOS, TEMOS QUE SUBTRAIR OS 23 QUE FORAM EM ERROS DA SÉRVIA (RESUMO: A SÉRVIA NOS DEU 23 DE GRAÇA). ENTÃO, NA VERDADE, O BRASIL FEZ 35 PONTOS!!!!
SE A GENTE PEGA 35 PONTOS E DIVIDE POR 3 SETS, DÁ 11 PONTOS EM CADA SET!!!
Senhor Jesus! Isso é pontuação de Quênia, Casaquistão, Porto Rico...
Se a Sérvia NÃO TIVESSE DADO 23 PONTOS, os sets seriam: 25 x 11, 25 x 10, 25 x 12... desse nível!!
E não é que a Amanda fez falta? Quem teve "cabeça" para explorar o bloqueio gigante das sérvias na VNL?
E como bônus ainda saca bem.
Quem diria, Zé cortou a menina e ela viu da arquibancada o time pipocar feio.
Tá difícil. Somos uma seleção mediana nesse campeonato. Até a segunda fase vamos, sem dúvidas, mas top 6 não sei não.
Se não der, é hora de juntar os cacos e tentar rever tudo...
QUE VENHA BERNARDINHO!
Derrota totalmente esperada diante da situação que a seleção chegou ao mundial. Falta de lucidez no comando técnico, falta de talento do mesmo nível da geração anterior, falta de uma levantadora pelo menos regular, falta segurança na linha de passe, falta de uma central mais completa, enfim falta tudo.
Concordo com tudo Laura e como alguém disse aí se continuar desse jeito pegar o top6 pode considerar medalha de ouro pra esse grupo.
Errar até no max 5 pontos por set, é ainda considerado jogo de alto nível técnico.
Então teríamos assim: 25x16 25x15 25x17.
O q ainda assim não diminuiría a vergonha.
Não acredito que o Brasil consiga perder para Alemanha e Japão. O retrospecto com equipes asiáticas em 2017 foi PÉSSIMO, mas em Campeonatos Mundiais não lembro de derrota para Japão... Já a Holanda eu não sei, pois o Brasil não conseguiu bloquear ou defender nenhuma vez a Boskovic da Sérvia, então a Slöetjes poderá passar tranquila, fazendo uns 20 pontos também...
Enfim, acho que chegaremos na Terceira Fase, só o que ninguém conta é que passaremos dela.
Gente, infelizmente uma parte do processo de renovação se perdeu no caminho. Isso é fato! Só não vê quem não quer.
Não temos mais passadoras do quilate de Jaqueline, Sassá, Fabizinha. Não tem mais atacantes igual Mari, Paula Pequeno, a própria Jaque, Sheila. Não temos mais centrais igual Walewska, Fabiana. Não temos mais levantadoras como Fofão.
Deveria ter sido feito um garimpo nos times da Superliga e das jogadoras que estão fora do país. Não sei quantos times temos na Superliga, se são 12, 14, mas será que com 20 atletas em cada um destes times, por exemplo, não consegue formar uma seleção de 12 jogadoras?? VAI ME DESCULPAR, MAS CONSEGUE SIM! Podem falar que a Superliga do Brasil está abaixo das Ligas estrangeiras, mas ALGUÉM ME EXPLICA COMO NO MASCULINO ACABAMOS DE GANHAR PRATA COM VÁRIOS JOGADORES NOVATOS EM SELEÇÃO PRINCIPAL? ALGUÉM ME EXPLICA? Da mesma superliga onde saíram Thales, Maique, Lucas Loh, Kadu Barreto e Douglas Souza (já campeão olímpico, mas com apenas 23 anos), tenho certeza que existem jogadoras no feminino que poderiam ter sido testadas em 2017 e 2018.
Gente, convenhamos, TEMPO PARA TESTAR JOGADORAS EXISTE SIM! Tempo não é problema, pois a Olímpiada foi em 2016. De lá pra cá já se passaram 2 ANOS! NÃO FORAM 2 DIAS E SIM 2 ANOS...
ATÉ A OLIMPÍADA DE TÓQUIO SERÃO MAIS 4 ANOS SEM TESTAR JOGADORAS? VAI SER ISSO MESMO?