De virada, pra final
Audax/Osasco 3x2 Hinode Barueri
Golden Set: 25x16
Terminado o Mundial, voltamos a encarar a realidade do vôlei brasileiro.
Na final, Osasco enfrenta o vencedor de Sesi/Bauru x Pinheiros.
Inicialmente, o Barueri parecia não ter sido muito afetado com mudanças no time titular com as chegadas das selecionáveis Dani Lins, Thaisa e Amanda. Tinha mantido sua organização e estrutura e, as três, tinham tudo para acrescentar maior qualidade e segurança à equipe. Mas individualmente, Dani e Amanda deixaram a desejar e, de certa forma, comprometeram o resultado no segundo jogo da semifinal.
Maira, a mais jovem da dupla de ponteiras, teve uma atuação mais importante no ataque e menos prejudicial do que a Amanda no passe. Já a Dani Lins está, desde a seleção, bastante burocrática quando tem a recepção a seu favor. E, nos momentos em que não a teve, no jogo de sábado, pecou na qualidade da bola da única atacante que virava, a Skow.
Golden Set: 25x16
E a realidade nos leva ao campeonato Paulista, cujo primeiro finalista foi definido neste sábado após a vitória do Audax-Osasco sobre o Barueri.
Nas últimas semanas vinha acompanhando alguns jogos do Paulista e, dentre as equipes observadas, o Osasco me parecia a mais irregular. Luizomar, para variar, lutava contra suas próprias indefinições na ponta e, apesar do troca-troca, não conseguia encontrar um equilíbrio entre a força ofensiva e a segurança no passe. Era Mari PB, Leyva e Paula Pequeno se intercalando na missão sem muito sucesso. Para dificultar, Claudinha mantinha o seu padrão de não ter nenhum padrão.
E foi assim no primeiro jogo das semifinais e no início do segundo encontro com o Barueri. O time parecia perdido e derrotado após o terceiro set contra um Barueri que, apesar de não ser nenhum exemplo de regularidade, mostrava-se bem organizado, sobretudo nos contra-ataques. Por isso, foi bastante surpreendente a virada que o Osasco conseguiu para chegar à final do Paulista.
E a virada veio, principalmente, pelo saque. Quando o fundamento começou a entrar, tirando a bola da mão da Dani Lins, o Osasco começou a crescer no bloqueio e defensivamente. Com o passe quebrado, as limitações no ataque de Maira e Amanda ficaram mais evidentes e o jogo do Barueri teve que se concentrar na oposta Skowronska, que segurou a sobrecarga até certo ponto. Depois, acabou por ser vítima do bom bloqueio da Wal.
Enquanto o ataque do Barueri se restringia cada vez mais, o Osasco foi ganhando novas opções. Paula e Leyva mostraram-se boas saídas para acompanhar a Lorenne que vinha sendo a principal definidora do time. A oposta, por sinal, fez uma ótima partida, lembrando os bons tempos de Sesi e porque sempre foi considerada uma jogadora com potencial.
Nem mesmo as trapalhadas da Claudinha com a Wal foram capazes de tirar o Osasco do caminho pra vitória. O Barueri se desestruturou fortemente por conta dos problemas de passe e foi acumulando erros atrás de erros que o tiraram da briga pelo Golden set.
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Inicialmente, o Barueri parecia não ter sido muito afetado com mudanças no time titular com as chegadas das selecionáveis Dani Lins, Thaisa e Amanda. Tinha mantido sua organização e estrutura e, as três, tinham tudo para acrescentar maior qualidade e segurança à equipe. Mas individualmente, Dani e Amanda deixaram a desejar e, de certa forma, comprometeram o resultado no segundo jogo da semifinal.
Maira, a mais jovem da dupla de ponteiras, teve uma atuação mais importante no ataque e menos prejudicial do que a Amanda no passe. Já a Dani Lins está, desde a seleção, bastante burocrática quando tem a recepção a seu favor. E, nos momentos em que não a teve, no jogo de sábado, pecou na qualidade da bola da única atacante que virava, a Skow.
Comentários
Saí regozijado com a derrota, principalmente depois que o Ruela pegou a Dani Lins no canto e tentou fazer aquilo que fez com a Claudinha. A cara de derrota dele não tem preço.
A Dani estava jogando mal mesmo, embora o passe também não estivesse bom. Interessante como a Dani deixou de jogar com as centrais, o que era uma de suas melhores marcas. Não sei o que aconteceu.
Laura, achei que você pegou pesado com a Claudinha, porque o passe também não estava tão bom em Osasco, e ela tava fazendo até um jogo objetivo, sem muita invenção. Eu tô com a impressão de que ela vai ser a melhor levantadora de novo este ano.
A Paula Pequeno foi crucial na virada e vitória. A Mari Paraíba não estava passando bem, que é sua principal função, e a Paula entrou e estabilizou tudo. Acho que não errou nenhum passe. A partir daí, incentivo da torcida e agressividade, o Osasco conseguiu se estruturar e virar o jogo.
Adorei ver Lorene, Brait e Claudinha gongando o Zé Ruela.
Acho que o vencedor do Paulista vai ser o Bauru.
O primeiro comentário também faz um questionamento que me fiz vendo essa partida: o grande diferencial da Dani Lins sempre foi usar e abusar das centrais, em especial aquela que lhe acompanha na rede. Mas mesmo com passe na mão o jogo dela ficou muito concentrado nas pontas, e não é de hoje, mesmo antes da gestação já tinha observado essa mudança. Ela que já não é um primor levantando pras extremidades perdeu aquilo que mais pesava a seu favor.
Vi o jogo do Sesi contra o Pinheiros, aquele sim me pareceu mais digno de uma possível final. Fabíola voltando a ser aquela Fabíola, Diouf aos poucos engrenando, Valquíria me surpreendendo, até Saraelem jogando bem e a cubana muito forte no ataque. Lembrando que ainda tem a Tiffany. Pelo lado do Pinheiros um time muito regular e bem treinado, se tivessem um nome de peso tipo a Jaque, elevaria o patamar da equipe. Acho que o Sesi pode dar muito trabalho nesta temporada pros grandes times.
Zé Roberto é muito ultrapassado e mão deveria continuar na seleção e Dani-se Lins deveria se enxergar e largar o osso, já que p/Zé Roberto ela é insubstituível.
Parabéns ao Luizomar e às meninas do Audax Osasco por mais uma final!
Lulu, cada vez q vejo a Brait jogar dá uma saudade dela na seleção... Ela nem está no auge e a diferença para as demais continua grande.