Ela voltou! E agora?
Nada de Fabiana. Quem foi convocada nesta segunda-feira e retorna à seleção é a Fernanda Garay.
Uma bela surpresa para a torcida que já estava conformado com a decisão da jogadora de se manter afastada do time nacional neste ano. No post anterior, comentávamos uma declaração da Garay, dada há 10 dias, descartando o retorno...
Mas, pelo jeito, a convocação foi inesperada até pela própria Garay: “Não estava esperando, mas o José Roberto me ligou convidando para voltar à Seleção e disse que, apesar do pouco tempo, ele e a comissão técnica acreditam que tenho todas as condições de brigar e estar bem no Mundial. Estou motivada, cheia de energia e disposta a ajudar a Seleção com o meu melhor.”
Uma bela surpresa para a torcida que já estava conformado com a decisão da jogadora de se manter afastada do time nacional neste ano. No post anterior, comentávamos uma declaração da Garay, dada há 10 dias, descartando o retorno...
Mas, pelo jeito, a convocação foi inesperada até pela própria Garay: “Não estava esperando, mas o José Roberto me ligou convidando para voltar à Seleção e disse que, apesar do pouco tempo, ele e a comissão técnica acreditam que tenho todas as condições de brigar e estar bem no Mundial. Estou motivada, cheia de energia e disposta a ajudar a Seleção com o meu melhor.”
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Admito que me incomoda um pouco este indecisão de algumas jogadoras e treinadores, deixando a seleção e as demais atletas do grupo na incerteza de quem estará na briga por posição e com quem se poderá contar.
No entanto, seria muito hipócrita da minha parte dizer que não foi ótimo a Garay ter mudado de ideia e que a tão criticada teimosia do Zé Roberto, desta vez, tenha sido bem empregada. O treinador declarou que conversou muitas vezes com a atleta para que ela não desse um adeus definitivo à seleção. Semana passada, resolveu tentar uma última vez convencê-la a retornar: “Passado um tempo resolvi falar com ela, porque o não eu já tenho. Tomei coragem e liguei, falando que o time precisava dela. A gente está muito feliz, ela é uma força a mais e esperamos que ela possa somar muito”.
Se não houver outra reviravolta neste caso, Garay estará no Mundial do Japão. E isso é de se comemorar – e muito!
O Brasil fica em outro patamar na disputa tendo a Garay à disposição. E é muito fácil explicar porquê:
- A seleção poderá contar com a melhor ponteira do país, no momento.
- Garay é uma jogadora experiente, acostumada a decisões.
- Sua presença equilibra o time, que ganha maior consistência no fundo de quadra e uma saída importante de ataque, amenizando a exigência para cima da Tandara.
- Resolve, em parte, o problema da posição que neste ano tem se mostrado a mais frágil da seleção. Natália, que não joga desde fevereiro, só deve voltar a saltar em setembro, poucas semanas antes do início do Mundial. Gabi começou a retomar a melhor forma somente na fase final da Liga das Nações. Como titulares na Liga, Drussyla e Amanda sofreram com muitas inconstâncias no passe e não se mostraram preparadas para serem titulares da seleção - sem contar que a Drussyla ainda teve uma fratura na mão. Não se tinha segurança com nenhuma das opções até o momento.
Ao que tudo indica, o Zé pensa na Rosa também como oposta reserva, para as inversões. Então, ela ganhou mais espaço na briga por um lugar no time. Mas, por mim, ela seria a cortada. Só não gostaria que a Drussyla ficasse de fora porque acho que é uma das únicas reservas de quem se pode esperar algo diferente, que ajude a equipe.
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Dá até para olhar para o Mundial com mais boa vontade, né? #valeuGaray
Comentários
A convocação de Fernanda Garay foi uma grande surpresa, tendo em vista as declarações recentes da atleta, mas acho que a insistência do Zé neste caso mostra a própria falta de confiança dele nas jogadoras que ele convocou. Não podemos esperar que a Fernanda seja a salvadora da pátria, mas, sem dúvida, a presença dela no Mundial dará uma segurança à nossa linha de passe, que tem sido um dos pontos mais fracos da seleção nesta temporada.
Apesar disso, acho que o grande calcanhar de aquiles desse time é a questão física. Jogadoras como Natália, Dani Lins, Gabi, Suelen, Drussyla e Thaísa, que são peças importantes, estão vindo de lesões ou de cirurgias ou de uma gravidez. Não sei se teremos tempo hábil de recuperação física dessas jogadoras, para que elas cheguem no seu melhor momento no Mundial. Caso elas cheguem, o Brasil se credencia a brigar pelas quatro vagas das semifinais...
Para mim, sai Amanda ou Tomé (talvez até a Natália, quem sabe? se ela não mostrar melhora até lá, nem o ZRG seria bobo de levá-la).
Mas se tudo correr bem, teríamos como time titular
Natália e Garay
Adenízia e Thaísa
Tandara
Dani Lins
Suellen
Natália poderia revezar com a Gabi quando não estivesse bem, assim como a Ade e a Thaisa com a Bia
Amanda não decepcionou, até surpreendeu em certos pontos, mas também não convenceu — e já não é mais tão nova para se esperar que vá crescer muito ainda.
Aqui, porém, vou ser polêmico: entre Rosa e Tomé, ficaria com essa última. É verdade que as duas possuem a versatilidade de jogar na ponta e na saída, mas vejo que a Rosa deu muito mais prejuízo e menos segurança no passe durante essa temporada. Se for para ter um time mais forte e competitivo, iria de Tomé como oposta reserva, possibilitando também um aumento importante de rede nas inversões. Não desgosto da Rosa e espero que ela continue melhorando, pois tem muito potencial, mas são duas temporadas já jogando bem abaixo. Enfim, para ganhar, levaria Tomé. Para dar (mais) chances e experiências internacionais, a Rosa.
Herick, vc tem razão, não se ganha posição por tempo de ocupação, ainda mais qd se tem um peça de qualidade como a Garay à disposição. Só que nunca se sabe como estas situações podem ser recebidas no grupo ou como são geridas. Afinal, é uma jogadora que chega, no meio/fim da preparação, com a vaga garantida. Acho que não será um problema o caso da Garay, pela própria postura da jogadora e pelo elenco não ser tão estrelar.
Mas houve alguns casos de "chegadas de última hora" na seleção que causaram problemas. Um deles foi o da Venturini, em 2008 - que, na verdade, foi mais um tentativa, não se concretizou. A Venturini, aliás, achava que poderia ir e voltar da seleção qd quisesse... E, realmente, bola ela tinha pra voltar, mas não tinha clima no grupo, que trabalhava junto desde 2005. Colocá-la de volta, seria perder o grupo.
São 14 jogadoras pro Mundial, sendo que é obrigatório serem 2 líberos.
Então, também acredito que o Zé vá levar as 4 centrais, até mesmo pela condição física da Thaísa e os altos e baixos da Bia (que pra mim, não era nem pra ter sido titular na VNL).
Então entre ponteiras/opostas, duas terão que ser cortadas.
Óbvio que eu optaria pelos cortes de Rosamaria e Fernanda Tomé, isto se Natália tiver condições de jogos, pois se for pra ser igual Londres 2012, melhor nem ir.
Mesmo Amanda tendo sido muito criticada, eu a acho muito útil para o time, principalmente para sacar e fazer fundo.
Quanto às inversões, Drussyla vai até bem na saída, então não vejo problemas quanto a isso.
Mas e em relação às Líberos, a lesão da Suelen foi séria? Terá condições de jogar o Mundial?
Como o vôlei hoje é muito mais físico do que técnico tudo dependerá do trabalho de recuperação física daquelas que a comissão pensa para ser o time titular, ou principal já que acredito que será um entra e sai daqueles.
Enfim, dá uma vontade de torcer mais um pouquinho agora.
Londres 2012? Alguém?
E sobre a Suelen, que alguém perguntou, ela deve começar a treinar semana que vem, por enquanto tb tá na fisio.
Alysson, fiquei surpresa como está tão apertado o prazo para o retorno da Natália, pensei que a recuperação estivesse mais adiantada. Mas mesmo assim nem questionei a presença dela no Mundial pq, para o Zé, ela é peça certa. Mas vc tem razão, é de se pensar o quanto ela poderá ser útil ao time fora das condições físicas e de ritmo de jogo. Acho que o caso só não é mais polêmico que 2012 pq as opções para o lugar dela são medíocres.
Zé Roberto na verdade não testou jogadoras de verdade, pois estava esperando as veteranas recuperarem de lesões ou voltarem para a seleção por vontade própria.
Ridículo essa situação!!! Na verdade não confia nas jogadoras que tem hoje em mãos e fica aguardando as veteranas voltarem para pegar suas cadeiras cativas.
Fabiana fez uma temporada abaixo do que é capaz, além de ter falado que se aposentou de seleção. Depois, do nada, vem como uma rainha pegar o trono que Zé Roberto reservou para ela.
Fê Garay é um reforço de peso para o Mundial, mas vai chegar nessa forma física em 2020???
Natália nem em condições de jogo está, mas vai para o Mundial...
Thaísa continua lesionada.
Dani Lins visivelmente acima do peso, lenta e voltando de gravidez.
Se eu fosse jogadora e porventura convocada para a seleção eu recusaria, porque dá o sangue e da noite para o dia é substituída por alguma das veteranas rainhas, donas da seleção.
Aposto que ano que vem a Sheila volta e Tandara vai comer banco.
Depois de toda a polêmica envolvendo a saída das veteranas contra o trabalho do Aurélio Motta, eis que surgem jogadoras muito boas, novas e talentosas: PP4, Sheila, Fabizinha, Luciana, Marcelle....
Depois de um Mundial em sétimo lugar ( diga-se, com um time de idade juvenil disputando o adulto), entra Ze Roberto no comando. O que ele faz? Isso mesmo, chama as veteranas de volta, deixa esse elenco de renovação de lado e faz aquele fiasco em Atenas 2004.Nessa época Marcelle ( irmã da meio de rede dos anos 90 Ana Paula), recusa a Seleção pois alega um trabalho de quase 4 anos dedicados a seleção , para mudar de técnico e , de melhor levantadora do mundial de 2002 passou a sexta opção nos planos de Ze.
Somente em 2005 ele chama de volta ( ou seja, 2 anos depois) essas peças tão importantes e que de tantas alegrias nos deram. Se ele pudesse, com certeza, ele dependeria mais tempo desse time que ele chamou de volta.
Mas por aposentadorias, ele foi obrigado a fazer a renovação e trabalhar em cima das jogadoras, em vez de pegar tudo pronto como ele faz agora.
Justamente, faz agora o mesmo que naquela época. Atrasa o máximo a renovação, fica a merce das veteranas.Parece que ele não consegue aprender..... foi como em 92....ouro com masculino e em 96 quinto lugar em Atlanta.
Parece que ele está em vias de fazer o mesmo com o feminino....alias, depois do Bi Olímpico, não passa das quartas em 2016. E nem sabemos como chegaremos a esse Mundial.
Tornaremo-nos uma mistura de Perú com Cuba ( o primeiro esqueceu a renovação e o segundo por má politica). Aqui nao se faz renovação, embora surja celeiros de atletas e uma má politica da CBV está pondo tudo a perder.
A gente comenta sobre esse comando atual( tendencioso ) da seleção e olhando a trajetória, vemos mais títulos e finais e vices tbm que atuações medíocres. Como explicar isso? Bicampeã olímpica não é pra qualquer um e assim, a cabeça pira.Então só nos sobra a SORTE? Pra nós não,mais sim para o Comando ZRG. E aí fica pior ainda quando ele se torna então Tri campeão olimplico. Aí para jogar a toalha mesmo....
Mas permita-me fazer uma correção sobre o atribulado ciclo de Atenas, 2001 a 2004:
Após o fiasco no Grand Prix de 2001 e com discordâncias quanto ao trabalho de Marco Aurélio Motta, veteranas e bons nomes que estiveram nas OG de Sidney pediram dispensa da seleção e abriu espaço para jogadoras jovens e promissoras, outras nem tanto pois faltavam "talentos".
A levantadora Marcelle, na minha opinião, fazia parte do segundo grupo: nova, sem experiência internacional e com um jogo não adaptado ao estilo brasileiro - bolão na ponta, esse era seu jogo.
Ela nunca fez parte do ciclo olímpico inteiro, 4 anos servindo a seleção? Desculpe, mas não aconteceu.
Com o novo comando, no final de 2003, Zé Roberto optou por outros nomes, veteranas e jogadoras mais gabaritadas.
Depois da daquele jogo histórico contras as russas em 2004, Zé se viu obrigado a fazer uma renovação forçada em 2005 (tivemos muito êxito, 2 títulos olímpicos) e em fim várias jogadoras puderam aparecer na seleção.
Marcelle foi experimentada e revezava a titularidade com Carol Albuquerque e ZR preferiu optar pela segunda com o retorno da Fofão em 2006.
Ana Paula, irmã de Marcelle, não concordou com o corte e foi a impressa reclamar é a partir daí Marcelle nunca mais voltou a vestir a seleção brasileira (sim, ela pose ter recusado tb em 2007, mas acho que ZR nem a cogitou).
E a partir disso sua carreira foi pro esquecimento, indo jogar no modestíssimo campeonato francês até mais ninguém se lembrar dela.
Foi isso.
Abraç