Liga 2018 - Brasil 3x1 Tailândia
Com o Brasil já classificado para a fase final, o Zé Roberto se permitiu mudar um pouquinho a cara da seleção contra a Tailândia. Deu um descanso para a Amanda e para a Adenízia, e apostou na Rosamaria com a Gabi, pelas pontas, e na Carol, pelo meio.
As “novidades”, no entanto, não fizeram que o Brasil saísse da marcha lenta que o tem caracterizado nas últimas partidas. O time, sem muita energia e concentração, se complicou a partir do segundo set. Perdeu a pegada no saque, desperdiçando muito deles, e caiu de rendimento defensivamente, proporcionando poucos e maus armados contra-ataques.
E olha que a Tailândia desta temporada é bem mais fraca do que a de anos anteriores. Mantém, com a Tomkom no levantamento, a aceleração das bolas e a constante movimentação das atacantes em jogadas que saem do repertório comum da maioria das equipes. Mas perdeu um pouco do seu volume de jogo, está mais fácil colocar a bola na quadra tailandesa. Isso dá uma segurada naquele ritmo de jogo “vertiginoso” que caracteriza as seleções asiáticas e que tanto confunde os adversários.
A Tailândia, portanto, não foi um adversário que tenha envolvido o Brasil. Foi o próprio Brasil que foi, como aconteceu com a Bélgica, tirando o pé do acelerador e se complicando na partida. Começou com o saque que, se não errava, não conseguia tirar a velocidade da armação de ataque tailandesa; e terminou nas poucas chances armadas de contra-ataque. Se o Brasil conseguia defender em condições de atacar, muitas vezes a Roberta desperdiçava a chance com bolas mal levantadas ou escolhas erradas.
Desde a semana passada, aliás, a levantadora caiu de desempenho, tanto na precisão dos levantamentos quanto na distribuição. Na partida de hoje, se perdeu algumas vezes na estratégia de jogar mais com o meio, insistindo com as centrais em momentos em que não eram os ideais. Tanto as centrais quanto as ponteiras tiveram que, muitas vezes, se virarem com largadas ou bolas meia-força por conta de levantamentos grudados na rede.
O bom é que estas bolas não foram exatamente um problema porque a Tailândia, além de não ter um bloqueio alto, defensivamente não esteve bem. De qualquer forma, continuo a não entender por que, em certos momentos de uma partida, o Zé Roberto não opta por um troca simples da Roberta pela Macris. Sei que a levantadora reserva está lá só cumprindo tabela, que não tem chance alguma de ir ao Mundial, mas se não for para dar oportunidades à Macris, que pelo menos dê um tempo para a Roberta descansar e ver o jogo de fora.
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+ Liga das Nações 2018
- Já temos as cinco seleções classificadas para a disputa da fase final da Liga com a China. Com as vitórias de hoje, Holanda e Turquia se juntam aos EUA, ao Brasil e à Sérvia. A Turquia, sem dúvida, foi a principal surpresa desta fase classificatória. Se a Itália tivesse vindo com força máxima desde a primeira semana, talvez pegasse a vaga turca ou até mesmo a holandesa - o que seria mais interessante para a fase final, a meu ver.
- Jaqueline pode ser a jogadora convocada para compor o grupo na fase final. É o nome que faz mais sentido entre os que foram especulados (Mari PB e Bruna). Até porque ela foi a única que esteve nos trabalhos iniciais para a Liga e, conhecendo o Zé Roberto, dificilmente ele iria sair do mais comum. Agora, a discussão toda em torno de quem vai completar o elenco na fase final é um tanto inútil. Seja quem for, vai para isso mesmo: completar o elenco. As jogadoras daqui e as de lá, obviamente, estão em níveis de preparação e de jogo completamente diferentes. Ok, a Jaque pode dar uma ajuda em uma e outra passagem no fundo de quadra e até no saque. Mas o Brasil sobreviveria sem ela? Sobreviveria.
Comentários
A Roberta ainda não está com entrosamento ideal (principalmente com a Bia) mas acho que ainda leva vantagem em relação à macris, já q tem bom saque e relativo aproveitamento no bloqueio e na defesa, além de ser boa cumpridora das orientações táticas
Quanto à Jaqueline, ela pode fazer diferença no passe, espero que para o Mundial Suelen e Jaqueline sejam as líberos convocadas pelo Zé e que joguem se revezando, uma ajudando a outra.
Importante destacar POLÔNIA e ITÁLIA que tiveram um começo não muito promissor, mas que terminaram com CHAVE DE OURO fazendo belas partidas. A Polônia,por exemplo,acabou de humilhar as russas num 3x0 rápido e fácil com direito a 25x15 no último set, da mesma forma a Itália humilhou a Bélgica!
Porém, acho que, caso ela seja confirmada como ponteira substituta da Drussyla na fase final da VNL, será uma decisão contraditória do ZRG. Ela não foi convocada como líbero agora??? ZRG deveria, então, nesse caso, chamar uma ponteira substituta, dentre as jogadoras que foram inscritas para a VNL.