Liga 2018 - Brasil 1x3 EUA
Antes de tudo, é necessário dizer que este jogo não foi nada aquilo do que se esperava. Não digo pelo resultado, mas, sim, pela qualidade. Não foi um confronto do nível das (até então) duas melhores seleções da Liga das Nações. O segundo set até teve momentos em que parecia um confronto entre as últimas colocadas, tamanho o número de erros grosseiros.
O segundo set pode até ter sido uma exceção no quesito bizarrices, mas não nos erros. As duas seleções jogaram bem abaixo do que são capazes e fugindo das suas características, principalmente o Brasil.
As duas equipes viveram mais dos erros não forçados do adversário do que dos resultados das suas estratégias. Se os EUA não tivessem dado tantas oportunidades para o Brasil se recuperar e entrar no segundo set, a partida teria acabado em 3x0.
**********************************
Fiquei me perguntando durante a partida se a estratégia do Brasil no saque era para ser aquela mesma. A não ser o da Carol, o saque era sempre centralizado e entregue no colo da Hill, Larson ou Robinson. Nada de tentar deslocar a passadora ou explorar os espaços entre elas. É óbvio que, com este saque, a Lloyd recebeu quase sempre o passe na mão.
O Brasil teve sorte que, nos dois primeiros sets, que os EUA não estiveram tão acertados no ataque. Lloyd nem sempre conseguiu manter a altura nas bolas mais velozes e os ataques da Drews estavam bem marcados pelo bloqueio e defesa brasileiros – neste último caso, foi também competência brasileira.
Mas os EUA foram ganhando ritmo e o ataque fluindo com mais naturalidade do que o brasileiro. Muito mais, por sinal. Nos dois primeiros sets o Brasil teve problemas na recepção que comprometeram a virada, mas nos dois últimos não. A seleção teve ali problemas de finalização.
As atacantes que elogiávamos pelo trabalho de bola e por aproveitar o bloqueio, desta vez ou foram presas fáceis para o bloqueio norte-americano ou cometeram muitos erros. Os contra-ataques, também, que vinham sendo um ponto forte da seleção neste jogo foram mal aproveitados.
O Brasil teve sorte que, nos dois primeiros sets, que os EUA não estiveram tão acertados no ataque. Lloyd nem sempre conseguiu manter a altura nas bolas mais velozes e os ataques da Drews estavam bem marcados pelo bloqueio e defesa brasileiros – neste último caso, foi também competência brasileira.
Mas os EUA foram ganhando ritmo e o ataque fluindo com mais naturalidade do que o brasileiro. Muito mais, por sinal. Nos dois primeiros sets o Brasil teve problemas na recepção que comprometeram a virada, mas nos dois últimos não. A seleção teve ali problemas de finalização.
As atacantes que elogiávamos pelo trabalho de bola e por aproveitar o bloqueio, desta vez ou foram presas fáceis para o bloqueio norte-americano ou cometeram muitos erros. Os contra-ataques, também, que vinham sendo um ponto forte da seleção neste jogo foram mal aproveitados.
**********************************
A nossa melhor bola de ataque foi, ironicamente, as jogadas de primeiro tempo com a Carol (jogadas que o Brasil pouco utilizou nesta temporada e com a central que, teoricamente, é a mais fraca no ataque entre as três que estão jogando). Amanda foi a mais lúcida e se virou bem pelas pontas, mas ficou um tanto sobrecarregada, principalmente depois da saída da Tandara.
Está aí outro ponto que não deu para entender. Se não foi por alguma questão física, por que a Tandara não voltou para o jogo? Monique não acrescentou em nada no ataque nem em nenhum outro fundamento, parecia até meio desligada da partida. O Zé quis poupar a Tandara de um desgaste físico e/ou não expor tanto o jogo da oposta pensando num futuro reencontro com os EUA na fase final?
Aliás, chegou um momento da partida em que o Brasil lembrou a Sérvia no confronto com as próprias brasileiras em Barueri. A seleção não se desmontou como a Sérvia, mas, na atitude, parecia que tinha largado mão de fazer um embate mais competitivo. Seja o que tenha acontecido, a última imagem que ficou foi de um time em quadra totalmente perdido e sem vislumbrar qualquer possibilidade de orientação.
Está aí outro ponto que não deu para entender. Se não foi por alguma questão física, por que a Tandara não voltou para o jogo? Monique não acrescentou em nada no ataque nem em nenhum outro fundamento, parecia até meio desligada da partida. O Zé quis poupar a Tandara de um desgaste físico e/ou não expor tanto o jogo da oposta pensando num futuro reencontro com os EUA na fase final?
Aliás, chegou um momento da partida em que o Brasil lembrou a Sérvia no confronto com as próprias brasileiras em Barueri. A seleção não se desmontou como a Sérvia, mas, na atitude, parecia que tinha largado mão de fazer um embate mais competitivo. Seja o que tenha acontecido, a última imagem que ficou foi de um time em quadra totalmente perdido e sem vislumbrar qualquer possibilidade de orientação.
**********************************
PS sobre os EUA
- Não sei onde o Kiraly quer chegar com esta experimentação, mas continuo achando um desperdício a Robinson como líbero. Não acho que ela seja assim tão técnica para liderar o fundo de quadra, principalmente no passe. Mas o prejuízo maior que vejo é não tê-la como opção nas pontas.
- Também não entendo por que a Fawcett não está neste grupo. É um tipo de oposta que os EUA não têm no momento, de bolas mais empinadas e de força. E, vamos combinar, nem Drews nem Murphy são especiais ou confiáveis. Murphy é de lua; e achei a Drews bem limitada nesta partida.
Comentários
Enfim, acredito que depois desse jogo podemos enterrar de vez o nome da Monique na seleção, né? Se for pra fazer teste, que coloque uma oposta nova que tenha chance de desenvolver (não acho que a Rosamaria seja essa jogadora, mas pode ser testada também).
Apesar de ser muito criticada por alguns, gosto mais da Kelly Murphy como oposta do que a Drews nos EUA.
Realmente o jogo teve muitos erros bobos e poderia ter sido de melhor qualidade técnica.
Enfim, achei uma derrota normal, sem grandes alardes, tanto o Brasil quanto os EUA podem sair sair vitoriosos nesse clássico, com ojá aconteceu várias vezes.
Aguardo uma bela atuação do Brasil contra o vôlei feio da Rússia amanhã.
O nível do vôlei feminino mundial está sofrível.
De primeira quero dizer que não vi nada de mais no jogo dos EUA, além da velocidade já conhecida. Pra mim a Loyd é uma Alisha Glass melhorada, mas não muda muito o estilo do jogo. A saída da Tandara momentaneamente quebrou o planejamento do Kiraly. Ficou visível que ele não sabia mais o que fazer. Parece não ter planejado isso. E por isso creio que o Zé não a fez retornar. Goste dessa atitude, pra acordar o time e as fazer se comprometer e responsabilizar com as vitórias.
O problema e que isso não aconteceu, pois Monique não funcionou e nenhuma outra jogadora se sobrecarregou como a Tandara faz. Daí a derrota. Faltou alguém para virar bola e os EUA deram diversas oportunidades para o Brasil perder. Carol entrou muito bem no lugar da Bia, que já não aconteceu desde o início da Liga, e fez o seu papel. Amanda manteve o nível, um pouco abaixo na verdade. Faltaram Drussyla e Adenízia pontuarem mais.
Achei ruim a distribuição da Roberta. Ela tem muito a evoluir nas escolhas que faz, especialmente em momentos complicados.
Suelen não entregou, mas precisa melhorar a qualidade do passe. Ela é líbero e a estratégia de vários técnicos é sacar nela, então ela precisa se responsabilizar por um passe melhor.
Por fim, foi tudo o que sempre falamos. As centrais não são decisivas e tem a tal da Tandaradependência, o que é terrível. Time de uma jogadora só não ganha campeonato.
Agora também inventaram a síndrome do 4° set. Um time favorito como o Brasil não pode perder o foco como fez nesses dois últimos jogos. Interessante, que não senti uma pressão do banco, do Zé, para uma mudança de atitude. É como se tudo estivesse no script.
A Fabi tem muita dificuldade de criticar os erros de suas ex-colegas do Rio de Janeiro. Por isso não faz uma análise melhor. Critica Tandara, Rosamaria, Suelen, mas morde a língua para falar de Roberta, Drussyla, Amandinha, Gabi, etc. Fica feio e fica um hiato entre ela e outros dois, que não concordam com ela.
A Fabi aprendeu uma nova palavra, capital: erro capital, ponto capital, bloqueio capital, sequência capital, capital capital, aff.
Enfim.... Estou curiosa para ver amanhã como será a postura do time brasileiro contra as russas, que vêm passando por uma renovação necessária e com um time jovem e que veio pra VNL para ganhar experiência.
Dani/Fabíola
Gabi/Natali/Drussyla/Garay/Mari Pb
Tandara/Rosa
Juciely/Thaísa/Carol
Jaqueline/Suelen
Titulares:
Fabíola/Tandara
Garay/Gabi
Juciely/Thaísa
Jaqueline
Sei que o pessoal acha desrespeito, mas acho que a Jaqueline vai ser uma grande Líbero. Ótimo passe, ótima defesa e é muito raçuda.
Vamos ver o que o Zé vai aprontar...
Ainda não vi o jogo, mas pelo que li acho que o Zé não quis expor a Tandara a um desgaste ainda maior, pois conhecendo um pouco dele, se quisesse ganhar ela ficaria em quadra mesmo sem um braço. E se eu fosse o técnico nessa partida, teria colocado todo o time reserva em quadra desde o início, não para esconder o jogo, mas sim para tentar surpreender e tbm evitar desgastes desnecessários.
Aproveitando a oportunidade, muito se fala na "Tandaradependência", mas se formos analisar as outra grandes seleções, todas elas tem uma jogadora carregadora de piano, exceto os EUA.
Itália tem a Egonu, Sérvia Boskovic, China Zhu, Holanda Sloets.
Gostaria de saber sua opinião a respeito.
A Mara não dá mesmo. Nem em clube ela dá para ser titular. Não ataca. Se ainda fosse fodona no bloqueio justificava, mas não é.
Robstter, ter uma jogadora carregadora de piano é ruim sim, pois isso não ganha campeonato. Ainda mais o Brasil, que sempre jogou no coletivo. Nem um desses times que tem apenas uma jogadora carregadora de piano ganha nada em nível mundial.
Todos os Grand Prix que os EUA ganharam e o Mundial 2014 foi no coletivo, sem pianista.
Todos os títulos do Brasil foram no coletivo, inclusive nos ouros olímpicos, com jogadoras se alternando em momentos decisivos. Sem pianistas.
Cuba ganhava no coletivo. Todas as jogadoras eram boas, sem pianistas.
Não se iludam em dizer que a China ganhou o Rio só por causa da Zhu, porque seria burrice. Um time com Wey, Xu, Hui, Gong, Zhang, Ding, Yuan, etc., não precisa só de Zhu. O time se apoia nela, mas o elenco é bom. Todas carregam o piano. Quando tianha uma única boa, Wang, não ganhou nada.
Rússia quando ganhou tudo foi no elenco: Gamova, Sokolova, Godina, Artamanova, etc.
A Coreia não ganha nada: tem pianista Kim. Holanda, Sloetjs, não ganha nada. No tempo de Flier, nada. Itália, Egonu, nada. Polônia nunca ganhou nada pois só tinha Skowronska. Dominicana, De la Cruz, nada.
Toda vez que querem fazer o jogo em cima de uma única jogadora o time passa anos sem ganhar nada. No masculino a mesma coisa. Todos os campeões são coletivos: Brasil, EUA, Rússia, etc.
Então, acho Tandaradependência terrível, e não combina com nosso estilo coletivo de jogo.
Contra a China, o Zé Roberto fez de tudo para quebrar o tabu de não vencê-las desde as olimpíadas, foi um jogo demorado, tenso e muito desgastante, mas o TABU foi quebrado!
Já contra os EUA, não tinha TABU, ao contrário, se as YANKEES nunca foram campeãs olímpicas até hoje, foi justamente porque o Brasil não deixou: em finais olímpicas, as norte-americanas são freguesaças das brasileiras.
Como para vencer os EUA, seria necessária mais um tie break, o Zé não quis desgastar muito a equipe com dois tie breaks seguidos e não fez de tudo para ganhar a partida. Mas creio que para as finais veremos o Brasil dando o máximo.
Também concordo que todas as esquipes tem a sua "MAIOR PONTUADORA" de costume, e isso não é privilégio só do Brasil...
Ahãm!
Essa é a transição para uma possível mudança de discurso?
Povo engraçado, e incoerente.
Enfim, não entendi porque dar ritmo e experiência para Monique e não para outras convocadas que poderiam contribuir bem mais - em especial, para Macris. Uma das menos aproveitadas, mas uma das mais talentosas e capazes de dar uma cara diferente ao jogo brasileiro. Infelizmente, parece mesmo que já se decidiu que ela não vai ao Mundial...
Quanto aos EUA, acredito que o time possui a melhor levantadora entre todas as seleções competitivas, e também o maior conjunto ofensivo - tanto nas pontas quanto no meio de rede. Inacreditável é a escalação das opostas. Tudo bem que a Hooker tem problemas (graves) de comportamento, mas a ausência da Fawcett é inexplicável. Não conhecia a Drews até a temporada passada, mas fiquei espantado com a péssima atuação dela na Copa dos Campões - cheguei à conclusão de que ela só poderia ter sido convocada por falta de outras opções e que nunca mais a veria. Ledo engano. Já a Murphy considero muito melhor quando inspirada, mas é outra cuja convocação beira o absurdo considerando o fato de ela ter ficado uma temporada inteira sem jogar. Se não a Fawcett, porque não usar a Bartsch como oposta? Ela já não é uma exímia passadora mesmo e contribuiu muito mais no ataque. Tem algo que não estou vendo? Rs
O jogo Brasil x China deixou as jogadoras bem esgotadas, física e mentalmente p/ em menos de 24 horas de recuperação encarar em pé de igualdade as americanas. Não posso categoricamente afirmar q o Brasil nao deu valor a partida e preferiu se poupar em função da retirada de Tandara, e deixar Monique, Rosa Maria e Mara jogar. Essa partida pouco vai mudar no resultado da semana das finais. Tudo bem, q Tandara joga muito pra si e pouco pro grupo, mas nao acredito ter sido um castigo do Zé nela. Acho q foi mais uma estratégia do q qqr outra hipótese.
Acho Carol mais eficiente q a Bia no ataque e mais entrosada com a Roberta do q com a Bia.
A canhota Andrews tem muita velocidade de movimento de braço , difícíl defender, mas só ataca todas na diagonal, q ta deixar a paralela livre pra ela, e ver como ela se sai.
Contra a China só ganhou por motivo do arbitro favorecer um ponto para o Brasil que não existiu, apesar do video check. Contra os EUA, não vou comentar muito pois vi pouco o jogo, mas ter Amanda como uma das maiores pontuadoras, é algo de se estranhar, outra coisa em dois sets Tandara fez 5 pontos, aproveitamento de 25%. Será que o Brasil não queria ganhar dos EUA?