Ressurreição carioca
Camponesa/Minas 2x3 Sesc-RJ
Incrível.
Incrível como o Minas perdeu esta partida depois de estar a um ponto da vitória no quarto set, em que vencia por 24x20.
Incrível como o Sesc se reergueu e, de um jeito todo torto, conseguiu virar o jogo.
**********************************
Se teve um time que esteve muito abaixo das suas capacidades nesta partida foi o Sesc. E foi ele quem saiu vencedor. Como explicar isso?
O Sesc até o quarto set mais sobrevivia do que qualquer outra coisa. Depois de levar uma virada no primeiro set, tentava acertar a melhor escalação ao mesmo tempo em que corria atrás do placar. Enquanto penava para colocar a bola no chão e a Roberta acertar os levantamentos, o Minas tinha repertório que sobrava. Mesmo com a Gattaz sem estar 100%, o meio funcionava como uma boa opção. Além disso, Hooker estava inspirada e Newcombe, Rosa e Pri Daroit complementavam bem o ataque pelas pontas. Nada indicava que o Rio teria condições de recuperar a partida... a não ser que o Minas permitisse.
E o Minas permitiu. Tudo começou com um apagão no terceiro set, cometendo erros em sequência, principalmente de ataque. O problema se repetiu no quarto set, mais gravemente, na hora de fechar o set e o jogo.
O Minas estendeu uma partida contra um time extremamente traiçoeiro, que se aproveita como ninguém destes momentos para crescer.
O Minas deu espaço para o Sesc, perdido até a metade da partida, ir se acertando. Deu espaço para Gabi voltar ao jogo e ser decisiva nos dois sets finais; deu espaço para Monique voltar à equipe e se tornar a principal atacante de um time que tinha passado boa parte da partida com dificuldades na definição. Até Drussyla, que penava na recepção, conseguiu se estabilizar no passe e aparecer bem no ataque.
Deu espaço para o Sesc fazer o que melhor sabe: decidir.
Aquela maturidade para enfrentar decisões que exaltei no post sobre as semifinais não apareceu neste jogo no Minas. Não se mostrou capaz, vejam só, de comandar um placar. O time sentiu a pressão na hora de receber o saque e o braço pesou na hora de definir.
São por estes feitos que o Rio é multicampeão. Por mais problemática que seja a sua temporada, por mais que seu elenco não seja estrelar, ele nunca deixa de ser competitivo, nunca deixar de ser grande. O Rio se agiganta na hora da decisão. E o Minas acordou o gigante bem na hora que não deveria.
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Foto: Orlando Bento/MTC |
Incrível.
Incrível como o Minas perdeu esta partida depois de estar a um ponto da vitória no quarto set, em que vencia por 24x20.
Incrível como o Sesc se reergueu e, de um jeito todo torto, conseguiu virar o jogo.
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O Sesc até o quarto set mais sobrevivia do que qualquer outra coisa. Depois de levar uma virada no primeiro set, tentava acertar a melhor escalação ao mesmo tempo em que corria atrás do placar. Enquanto penava para colocar a bola no chão e a Roberta acertar os levantamentos, o Minas tinha repertório que sobrava. Mesmo com a Gattaz sem estar 100%, o meio funcionava como uma boa opção. Além disso, Hooker estava inspirada e Newcombe, Rosa e Pri Daroit complementavam bem o ataque pelas pontas. Nada indicava que o Rio teria condições de recuperar a partida... a não ser que o Minas permitisse.
E o Minas permitiu. Tudo começou com um apagão no terceiro set, cometendo erros em sequência, principalmente de ataque. O problema se repetiu no quarto set, mais gravemente, na hora de fechar o set e o jogo.
O Minas estendeu uma partida contra um time extremamente traiçoeiro, que se aproveita como ninguém destes momentos para crescer.
O Minas deu espaço para o Sesc, perdido até a metade da partida, ir se acertando. Deu espaço para Gabi voltar ao jogo e ser decisiva nos dois sets finais; deu espaço para Monique voltar à equipe e se tornar a principal atacante de um time que tinha passado boa parte da partida com dificuldades na definição. Até Drussyla, que penava na recepção, conseguiu se estabilizar no passe e aparecer bem no ataque.
Deu espaço para o Sesc fazer o que melhor sabe: decidir.
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Aquela maturidade para enfrentar decisões que exaltei no post sobre as semifinais não apareceu neste jogo no Minas. Não se mostrou capaz, vejam só, de comandar um placar. O time sentiu a pressão na hora de receber o saque e o braço pesou na hora de definir.
São por estes feitos que o Rio é multicampeão. Por mais problemática que seja a sua temporada, por mais que seu elenco não seja estrelar, ele nunca deixa de ser competitivo, nunca deixar de ser grande. O Rio se agiganta na hora da decisão. E o Minas acordou o gigante bem na hora que não deveria.
Comentários
Estão colocando a culpa da derrota na Rosamaria injustamente, o pessoal pega pesado com ela nas redes sociais, espero que o time recupera a confiança, não vai ser fácil.
Uma obs sobre os desafios: impressão minha ou o uso foi melhor evmaia rapido no jogo de uberlândia? Ficou essa impressão.
Laura tocou no ponto. Chamo isso de espírito decisivo. O Minas não teve esse espírito e com todo o respeito ao duodecacampeão Rio, ontem ele venceu como um presente gentil ofertado pelo dona da casa e não pelo seu já conhecido poder de reação. Estava lá e não consigo ver diferente disso. Bastava uma bola bem feita no 4º set, um ataque (muito dependente de Hooker). Estava tudo bem até ali, Mayane substituíra bem a Gattaz, Daroit (razoável) virando duas bolas importantes na reta final, bloqueio pesado, mas a cabeça explodiu. Para um time que já vencera o Rio nesta temporada duas vezes, acredito que seja possível o Minas dar a volta (confiança e o espírito decisivo já demonstrado) por cima e vencer pelo menos uma lá. O Rio não entrará em quadra como no ano passado, quando perdera as duas seguintes em casa, vai tentar matar em 3x0 jogos – porque no ano passado foi como uma “surpresa” que não quererão que aconteça.
Sobre o Sesc é isso aí. Time jogueiro, raçudo, sabe que é limitado mas se aproveita das falhas dos adversários para crescer. Marca clara da mão de Bernadinho. Um gênio!
Monique arrasou e deu nome. Gabi também. Parabéns para as duas e para o técnico, que sabe dirigir uma equipe como ninguém.
Acho que todos os toques da Roberta são irregulares, mas os árbitros não marcam.
Duas partidas emocionantes, quatro grandes equipes, um vencedor: SESC/RJ.
Sem dúvida, uma vez q no confronto Praia x Osasco, percebia-se, a despeito do espírito de luta do time paulista, a vitória iminente do time do triângulo mineiro. No entanto, não foi fácil. A entrada de Amanda e a troca de posição entre Fabi e Wal permitiram estabilização do passe e bloqueio dos ataques da Leyva na entrada. A Leyva teve q encarar Nicole e Fabi, ficando Mari com Wal e Claudinha, daí resultou em enorme dificuldade do Nestlé de pontuar. Apesar do Viva Volei ter sido entregue para Fê, para mim, o grande nome do jogo foi Fabi, pois qdo ela entrava no jogo era um terror para o time paulista.
No outro confronto: inacreditável! Eu tinha certeza da vitória do time das alterosas. Tudo levava a crer: time bem distribuído, Hooker voando, torcida empolgada, o adversário errando tudo e apático, a principal jogadora adversária sem marcar um ponto sequer, porém ao final: vitória carioca. Não acreditei. Meu coração mineiro parou incrédulo, difícil degustar tal derrota. Mas, vamos aos fatos: Bernardo é Bernado, primeiro apostou na Gabi e foi revezando a ponteira até que ela recuperasse a confiança e fosse decisiva como sempre, e como essa garota é fantástica, não se abalou com a péssima atuação; depois, promoveu o retorno de Monique, inicialmente na inversão, para verificar sua condição, e, então, em definitivo. Vale ressaltar sua postura, percebeu q gritar naquele momento só iria piorar a situação. É um mestre.
Por fim, cumpre registrar a dupla Bruno Souza e Carlão, narrador e comentarista, dá um show, melhor dupla de narração de volei, precisos, emocionantes, sem favoritismo.
Abrs.
Concordo contigo Sérgio, já assisti várias partidas in loco, tanto feminino qto masculino, e os toques são absolutamente parecidos. Não há diferença marcante entre os toques da Roberta. Macris, Dani, Fabíola, Carol, Juma, Naiane e, só para citar uma estrangeira, Carli Lloyd. Alguém cismou com Roberta e Bruninho, e isso ficou no imiginário popular. Acontece q, com a velocidade atual dos jogos, a arbitragem flexibilizou esse fundamento. Não veremos mais o toque clássico da Fofão. Ela era tão impressionante, que uma partida, acho q era contra o Osasco, a arbitragem marcou dois toques dela em um levantamento absolutamente iguais às demais levantadoras, ela se revoltou, mas percebia a diferença do toque refinado dela para as outras.
Atualmente, somente uma jogadora se aproxima da Fofão, a líbero Suellen. Porém, há de se considerar q Su levanta em contra-ataque.
Isso só pode ser inveja!
Obrigado.
No final vingada com a vitória.
Esse mesmo técnico, aquele que já mentiu sobre uma gripe do próprio filho em partida vexatória pela seleção?
O Brasil e Bulgaria já estavam classificados para a próxima fase e o jogo contra a Bulgaria não valia nada!
O Brasil estava com apenas um levantador, o Bruno, desde o início do Mundial. Marlon se recuperava de colite ulcerativa e não estava liberado pelos médicos para jogar contra a Bulgaria.
Sem reserva, Bruninho foi o jogador brasileiro que mais atuou no Mundial sem ter substituto disponível porque Marlon não estava liberado ainda. O Bruno está visivelmente cansado por não ter o Marlon pra revezar com ele nas inversões do 5x1. Após a BATALHA contra a Polônia, Bruninho admitiu que “faltou gás”. Théo foi o escolhido para ser o levantador contra a Bulgaria porque jogava de levantador antes de virar oposto, Bruno foi poupado, inclusive a pedido dos demais jogadores por estar gripado e não valer a pena desgasta-lo mais ainda num jogo que não valia nada! Além disso Théo estava motivado a voltar à sua época de levantador nessa partida que não valia nada e era apenas um AMISTOSO tanto para Brasil quanto para Bulgaria!
No final das contas o Bruno foi poupado e o Brasil foi Campeão Mundial. E não vejo problema nenhum em poupar jogadores quando já se está classificado e a partida não vale nada, e voltar com os jogadores em partidas realmente eliminatórias!
Parabéns ao Bernardinho por saber quando poupar alguém!!!
Ou será que alguém tem como questionar a capacidade técnica do Bernardinho para decidir quem ele vai poupar dependendo da importância do jogo?