O equilíbrio que quase derrotou o Sesc
Pinheiros 2x3 Sesc-RJ
Antes de começar a partida, o Paulo de Tarso disse numa entrevista que o desafio do Pinheiros contra o Sesc era ser agressivo e não cometer muitos erros. Pois o time conseguiu esse equilíbrio, fez, muito provavelmente, a sua melhor partida na temporada e quase derrotou o favorito carioca.
Prevendo os confrontos de quartas, comentei que o maior adversário do Sesc neste duelo seria ele mesmo. Pois me enganei. Nesta partida, o Pinheiros foi um grande adversário. Lembrou aquele antigo Pinheiros, que joga no limite da sua capacidade e não se assusta contra os times grandes.
O Pinheiros usou muito bem o seu melhor fundamento, o saque. Caçaram a Drussyla e deram um trabalho enorme para a Gabi cobrir a colega. Aliás, um aparte: não sei porque o Bernardinho não lança mão mais vezes (e por mais tempo) da Kasiely no lugar da Drussyla para dar um estabilidade maior à linha de passe.
Bem disciplinado, aproveitou a estratégia de saque para crescer na defesa e nos contra-ataques. O volume de jogo das duas equipes, é bom que se diga, elevou o nível de disputa.
O Pinheiros, tradicionalmente, tem dificuldade em virar de primeira. Contra o Sesc não foi diferente. O time foi conseguir maior tranquilidade neste quesito nos sets finais. Mas teve maturidade para esperar e se apoiar na sua defesa para criar novas oportunidades de ataque.
Um tipo de jogo que era comum ao Rio de Janeiro e o qual o time carioca tem lutado para encontrar nesta temporada. Desta vez, se viu um Sesc mais cuidadoso e paciente no ataque, mas principalmente mais decisivo. Fazia tempo que não se via o time tão mais seguro com a virada de bola – claro, quando a recepção funcionava.
Isso porque teve na Peña uma saída de ataque eficiente. A dominicana já se mostra mais à vontade na posição de oposta que assumiu recentemente e a sua presença tem se mostrado fundamental para um time que sofre muito na recepção. Ela e Gabi estão formando uma dupla importante para safar a equipe dos problemas de passe. Sem querer, o Sesc parece ter encontrado uma maneira de fazer o seu ataque fluir.
Para o Sesc foi sofrido, mas também foi importante que tenha enfrentado um Pinheiros tão corajoso e gigante na decisão. Isso fez com que, depois da derrota no Sul-americano, o Rio mantivesse uma sequência de jogos que o desafiasse e contestasse, de certa forma, a sua posição. E o time mostrou que, apesar da temporada tumultuada e de estar longe de jogar o seu melhor voleibol, aquele espírito vencedor permanece.
Acho pouco provável que o Pinheiros consiga repetir a atuação deste primeiro duelo no próximo encontro. O retrospecto nesta temporada nos mostra que a equipe não consegue manter uma regularidade. Tomara que, novamente, minhas previsões para o confronto estejam erradas.
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Foto: Ricardo Bufolin |
Antes de começar a partida, o Paulo de Tarso disse numa entrevista que o desafio do Pinheiros contra o Sesc era ser agressivo e não cometer muitos erros. Pois o time conseguiu esse equilíbrio, fez, muito provavelmente, a sua melhor partida na temporada e quase derrotou o favorito carioca.
Prevendo os confrontos de quartas, comentei que o maior adversário do Sesc neste duelo seria ele mesmo. Pois me enganei. Nesta partida, o Pinheiros foi um grande adversário. Lembrou aquele antigo Pinheiros, que joga no limite da sua capacidade e não se assusta contra os times grandes.
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Bem disciplinado, aproveitou a estratégia de saque para crescer na defesa e nos contra-ataques. O volume de jogo das duas equipes, é bom que se diga, elevou o nível de disputa.
O Pinheiros, tradicionalmente, tem dificuldade em virar de primeira. Contra o Sesc não foi diferente. O time foi conseguir maior tranquilidade neste quesito nos sets finais. Mas teve maturidade para esperar e se apoiar na sua defesa para criar novas oportunidades de ataque.
Um tipo de jogo que era comum ao Rio de Janeiro e o qual o time carioca tem lutado para encontrar nesta temporada. Desta vez, se viu um Sesc mais cuidadoso e paciente no ataque, mas principalmente mais decisivo. Fazia tempo que não se via o time tão mais seguro com a virada de bola – claro, quando a recepção funcionava.
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Acho pouco provável que o Pinheiros consiga repetir a atuação deste primeiro duelo no próximo encontro. O retrospecto nesta temporada nos mostra que a equipe não consegue manter uma regularidade. Tomara que, novamente, minhas previsões para o confronto estejam erradas.
Comentários
No mais, Claudinha foi substituída pela Ananda que entrou bem, e a substituição fez bem à própria Claudinha que voltou muito bem quando a Ananda já não estava correspondendo.
Bruna mais uma vez mostrando o seu valor... o saque entrou muito bem. Ela é a grande jogadora do time.
Peña já havia se mostrado esta jogadora de força... e agora na saída de rede, com a responsabilidade só de atacar, esteve ainda mais solta. Uma pena que ela dê um grande prejuízo na defesa... coisa que a Monique dava um up.
Arbitragem errando contra o time do SESC é ótimo de se ver. Acaba um pouco aquela bobagem de sempre.