Invencibilidade mantida
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Foto: Daniel Vorley / ECP |
Depois de conquistar duas importantes vitórias contra Bauru e Minas, era de se
esperar que o Pinheiros fosse o primeiro grande obstáculo que o Praia Clube enfrentaria na
Superliga. Mas a expectativa de que as equipes pudessem fazer um confronto equilibrado foi frustrada
logo no primeiro set, cujo placar foi um vergonhoso 25 a 7 para as mineiras.
O Pinheiros teve uma dificuldade absurda na virada de bola no primeiro
set que se repetiu, num grau menor, nos seguintes. A entrada da levantadora
Bruninha, assim como aconteceu contra o o Minas, deu um pouco mais de
velocidade, mas não foi o suficiente para dar fluidez ao ataque paulista. Até
porque o Praia Clube esteve desde o primeiro set com um bloqueio pesadíssimo
para cima das ponteiras do Pinheiros que, volta e meia, cometiam o erro de
enfrentar o paredão. O resultado, obviamente, foi muita bola voltando no pé.
Quando o Pinheiros entrou mais na partida, apresentando maior volume de
jogo, o Praia Clube respondeu com tranquilidade na troca de bola, trabalhando
sem afobação e sendo mais eficiente nos contra-ataques, principalmente com a
Garay, numa noite bastante inspirada tanto no ataque como no bloqueio.
O que mais se pode destacar do Praia foi exatamente esta sobriedade e
controle sobre o seu jogo, evitando erros bobos. A recepção não foi muito
exigida, mas deu conta do recado na maior parte do jogo, deixando a Claudinha à
vontade na distribuição.
Do
outro lado, a recepção do Pinheiros fez suas levantadoras correrem a
quadra toda. Pela segunda vez na SL, o Paulo de Tarso experimentou a
Ivna como ponteira ao lado da Vanessa e, pela segunda vez, não deu
certo. O treinador acaba tendo que acionar Mari
Casemiro ou Maira para consertar os estragos no passe, mas elas não são
exatamente uma solução garantida para os problemas. E, desta vez, as
substituições não deram a estabilidade que o
time precisava para fazer seu jogo.
A equipe paulista até ensaiou algumas “entradas” na partida, em que
parecia que ia equilibrar a disputa, mas os erros, principalmente de saque,
quebraram a possibilidade de uma sequência mais regular.
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Seria interessante ver como o Praia reagiria sob pressão, coisa que o
Pinheiros não conseguiu fazer. Se de um lado foi bastante positivo o
autocontrole e a agressividade que apresentou na partida, o histórico recente ainda
nos faz questionar o quão firme o time mineiro está nesta sua postura e atitude
quando se deparar com um desafio maior.
De qualquer forma, a invencibilidade foi mantida e três pontos
importantes foram conquistados num campeonato em que adversários diretos do
Praia, caso de Minas e Vôlei Nestlé, já deram seus tropeços.
Comentários
Eu ouvi direito, ou o narrador do SPORTV comentou ontem, durante a transmissão, que a Fabiana retornaria à seleção feminina de vôlei? Como eu assisti ao jogo apenas da metade para o final, e não vi nenhuma repercussão na imprensa on line, optei por confirmar com vocês aqui.
Abraços!
Rodrigo, verdade, os ataques das centrais não foram bolas de segurança. Gostei tb da atuação da Amanda, mas acho q o essencial para a boa atuação dela foi o desempenho da Claudinha que a acionou nos momentos certos e levantou bolas bem à feição da atacante, mais rápidas.
Com todo respeito, quem deixou o time na mão, foram o técnico e o passe, em especial com a líbero. Tire o passe da levantadora e tire as orientações que um mentor deveria passar à ela, e você estará tirando as armas dessa levantadora. Foi assim que vi a Claudinha na temporada passada, uma levantadora sem armas, mas não que ela tenha deixado o time na mão, pelo contrário, técnico e falta de passe deixaram ela na mão.