A melhor da Europa
Final
Ao terminar o Grand Prix, fiz uma avaliação do que esperar das principais seleções que participaram do torneio. Na análise sobre a Sérvia, disse que não havia visto muita evolução no time, que funcionava ainda muito a base da vontade e da força de decisão da Boskovic do que da inteligência tática.
Pois neste Europeu, e especialmente nesta final, a Sérvia mostrou mais do que apenas força e vontade. Apesar de a Boskovic ter feito uma atuação de gala contra a Holanda, viu-se em quadra um time bem mais estratégico, tanto pela distribuição feita pela Zivkovic tanto pela disposição defensiva da equipe.
A Sérvia se apoiou muito no seu saque e no seu poder ofensivo para vencer a Holanda, mas ela não se resumiu a isso. Marcou muito bem as jogadas holandesas, fazendo com que o adversário tivesse sempre o dobro de trabalho para colocar a bola no chão. Enquanto isso, organizou bem os seus contra-ataques para se aproveitar do seu grande trunfo, a Boskovic.
A seleção sérvia permanece com fragilidades na recepção e a Holanda tentou se aproveitar disso. Mas, com a Boskovic, os problemas pesaram menos.
A Holanda, por sua vez, sentiu falta de uma bola mais redonda para poder acelerar o seu jogo e para Sloetjes e Buijs pontuarem com mais facilidade. Esforçou-se para desestabilizar a Sérvia, mas teve dificuldades em aproveitar as oportunidades que surgiram das falhas do adversário. O segundo set, o mais equilibrado, foi um claro exemplo disso. A Holanda teve chances desperdiçadas em contra-ataques em erros ou precipitações. E acho até que, neste momento, o treinador errou ao persistir com a inversão 5x1.
A Holanda só foi conseguir fazer seu jogo com mais tranquilidade no terceiro set, quando a Sérvia entrou totalmente desconectada da partida. E não foi a primeira vez que isso aconteceu neste ano com as sérvias. O time desacelera, erra saque e as falhas tomam conta. É difícil manter a agressividade dos primeiros sets durante toda a partida. A Sérvia precisa aprender a lidar melhor com esta dinâmica, dosar quando vale a pena arriscar no saque e no ataque e quando é melhor ser mais jogueiro.
De qualquer forma, a Sérvia começa o novo ciclo deixando claro de que vai mais além da prata no Rio; tem destaques individuais e tem conjunto para encabeçar a disputa pelos principais títulos daqui até Tóquio 2020.
Sérvia 3x1 Holanda
Quando a Sérvia venceu seu primeiro Europeu, em 2011, era apenas uma seleção que tentava conquistar um espaço na elite do vôlei mundial. Ganhou o título em um campeonato atípico, totalmente dominado pelos coadjuvantes já que as grandes forças da época, Rússia e Itália, sequer chegaram ao pódio.
Seis anos depois, o segundo título vem em condições diferentes e confirma aquilo que a Olimpíada de 2016 indicou: a Sérvia é a melhor seleção da Europa.
Seis anos depois, o segundo título vem em condições diferentes e confirma aquilo que a Olimpíada de 2016 indicou: a Sérvia é a melhor seleção da Europa.
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Ao terminar o Grand Prix, fiz uma avaliação do que esperar das principais seleções que participaram do torneio. Na análise sobre a Sérvia, disse que não havia visto muita evolução no time, que funcionava ainda muito a base da vontade e da força de decisão da Boskovic do que da inteligência tática.
Pois neste Europeu, e especialmente nesta final, a Sérvia mostrou mais do que apenas força e vontade. Apesar de a Boskovic ter feito uma atuação de gala contra a Holanda, viu-se em quadra um time bem mais estratégico, tanto pela distribuição feita pela Zivkovic tanto pela disposição defensiva da equipe.
A Sérvia se apoiou muito no seu saque e no seu poder ofensivo para vencer a Holanda, mas ela não se resumiu a isso. Marcou muito bem as jogadas holandesas, fazendo com que o adversário tivesse sempre o dobro de trabalho para colocar a bola no chão. Enquanto isso, organizou bem os seus contra-ataques para se aproveitar do seu grande trunfo, a Boskovic.
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A Holanda, por sua vez, sentiu falta de uma bola mais redonda para poder acelerar o seu jogo e para Sloetjes e Buijs pontuarem com mais facilidade. Esforçou-se para desestabilizar a Sérvia, mas teve dificuldades em aproveitar as oportunidades que surgiram das falhas do adversário. O segundo set, o mais equilibrado, foi um claro exemplo disso. A Holanda teve chances desperdiçadas em contra-ataques em erros ou precipitações. E acho até que, neste momento, o treinador errou ao persistir com a inversão 5x1.
A Holanda só foi conseguir fazer seu jogo com mais tranquilidade no terceiro set, quando a Sérvia entrou totalmente desconectada da partida. E não foi a primeira vez que isso aconteceu neste ano com as sérvias. O time desacelera, erra saque e as falhas tomam conta. É difícil manter a agressividade dos primeiros sets durante toda a partida. A Sérvia precisa aprender a lidar melhor com esta dinâmica, dosar quando vale a pena arriscar no saque e no ataque e quando é melhor ser mais jogueiro.
De qualquer forma, a Sérvia começa o novo ciclo deixando claro de que vai mais além da prata no Rio; tem destaques individuais e tem conjunto para encabeçar a disputa pelos principais títulos daqui até Tóquio 2020.
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+Europeu
- A Turquia levou o bronze ao vencer o Azerbaijão por 3x1. Uma pena que a seleção da casa não tenha saído com uma medalha. Mas a boa campanha azeri manteve a tradição do Europeu de ter quase sempre uma seleção outsider entre os primeiros colocados.
- Seleção do campeonato:
Ponteiras: Mihajlovic (Sérvia) e Buijs (Holanda)
Centrais: Eda Dündar (Turquia) e Veljkovic (Sérvia)
Oposta: Slöetjes (Holanda)
Levantadora: Dijkema (Holanda)
Libero: Valeriya Mammadova (Azerbaijão)
MVP: Boskovic (Sérvia)
- A Turquia levou o bronze ao vencer o Azerbaijão por 3x1. Uma pena que a seleção da casa não tenha saído com uma medalha. Mas a boa campanha azeri manteve a tradição do Europeu de ter quase sempre uma seleção outsider entre os primeiros colocados.
- Seleção do campeonato:
Ponteiras: Mihajlovic (Sérvia) e Buijs (Holanda)
Centrais: Eda Dündar (Turquia) e Veljkovic (Sérvia)
Oposta: Slöetjes (Holanda)
Levantadora: Dijkema (Holanda)
Libero: Valeriya Mammadova (Azerbaijão)
MVP: Boskovic (Sérvia)
Comentários
Elas merecem as conquistas recentes e, agora, estão firmando cada vez mais o time como uma das melhores seleções atuais. Como Laura bem disse, elas ainda precisam melhorar em alguns aspectos, especialmente na recepção, mas são muito constantes e contam com três jogadoras diferenciadas: Boskovic, Mihajlovic e Rasic.
A italiana Miriam Sylla e a levantadora sérvia Ana Antonijevic foram acusadas injustamente de doping por clembuterol. A suspeita era de contaminação alimentar, já que na CHINA, onde ocorreu as finais do GP, usa-se CLEMBUTEROL na criação de suínos.
A Federação Internacional de Voleibol,FIVB,inocentou a levantadora sérvia Ana Antonijevic da acusação de uso de clembuterol, o doping, durante as finais do Grand Prix. Testes mais precisos concluíram que o clembuterol, estava presente nas carnes consumidas em Nanquim, na China, o que tornou a suspensão inválida e injusta.
Logo, Ana Antonijevic foi IMENSAMENTE INJUSTIÇADA!!! Hoje ela poderia SER CAMPEÃ EUROPEIA, mas tiraram da Ana Antonijevic o direito de ganhar essa MEDALHA DE OURO!!!
Agora que já acabou o EUROPEU quem vai corrigir essa INJUSTIÇA???
Francamente acusar atletas de DOPING INJUSTAMENTE e impedi-los de conquistar campeonatos é o FIM DA PICADA!!!
Vaias, muitas vaias para a FIVB: UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!
A MINHA SELEÇÃO DO CAMPEONATO É A SEGUINTE:
MVP: Tijana Boskovic,SÉRVIA
LEVANTADORA: Laura Dijkema,HOLANDA
OPOSTAS: Polina Rahimova,AZERBAIJÃO
PONTEIRAS PASSADORAS: Natalya Mammadova,AZERBAIJÃO e Brankica Mihajlovic,SÉRVIA
CENTRAIS: Stefana Veljkovic,SÉRVIA e Eda Erdem Dundar,TURQUIA
LÍBERO DEFENSORA: Valeriya Mammadova,AZERBAIJÃO
LÍBERO PASSADORAS: Hatice Gizem Örge,TURQUIA
A grande sacada para o próximo ciclo olímpico será: a seleção que trabalhar melhor o passe e volume de jogo. Esse ciclo está meio escasso de ponteiras de preparação de qualidade, que mantêm uma constante e não oscilem tanto de jogo para jogo. E por isso a China tem estado forte nos últimos campeonatos... uma equipe que passa, defende, ataca e dá sequência de contra-ataque. E olha que nem fazem isso de uma maneira tão excepcional, mas sim da maneira básica. Que Zhu joga muita bola, isso todos nós já estamos cansados de saber. Mas ela não faz isso sozinha, aliás, o time auxilia bastante, tem centrais rápidas, tem uma oposta que nunca sai com alta pontuação, mas tem um jogo linear, sem oscilações e sem muitos prejuízos e uma levantadora ousada, que sabe o que fazer e como fazer, mas nada excepcional. Aliás, se formos avaliar, acho o jogo chinês bastante previsível, pois sempre que as partidas apertam, é certeza que Zhu vá receber bolas para atacar. E o mesmo acontece quando a China sofre vários pontos em sequência... se Zhu está no fundo é bola na pipe pra ela. Se está na rede, é bola na entrada pra ela também.
Enfim, a Sérvia soube trabalhar em cima do seu favoritismo e fez o básico, jogou bem e estão de parabéns, obviamente. É um grande time. Mas eu ainda não acho que entram como uma equipe que vai vencer o Mundial de 2018. Foi um Europeu relativamente fraco. Com grande poderio de ataque e só.
Além disso, Natalya Mammadova ajudou muito mais seu time no passe que Anne Bujs.
Mas concordo que Anne BUJS foi matadora nesse Europeu, no ataque ANNE BUJS se consagrou e esteve entre as mais eficientes e maiores pontuadoras!