Copa dos Campeões - Brasil 2x3 Japão
Poderia ter sido um 3x0. Pro Japão, claro. Não fosse aquela reação brasileira no segundo set, quando o Japão vencia por 24x21 e travou na rede de dois, a partida teria sido uma lavada japonesa – uma merecida lavada, por sinal.
Se o Brasil vencesse a partida, por estes acasos do esporte, não saberia justificar. A seleção fez muito pouco por si. Com exceção do quarto set, quando o bloqueio finalmente fez valer a sua superioridade física, o Brasil não mostrou nada de bom. Nada que tivesse uma continuidade.
Teve somente breves momentos em que o saque entrava e em que a defesa mostrava volume. A única constância do time foi a dificuldade imensa em colocar uma bola no chão e de entregar o passe na mão da Roberta.
O Japão não venceu esta partida com mais tranquilidade porque é um time, ao contrário das suas formações anteriores, que erra demais. No segundo set, aquele em que poderia ter matado o Brasil, entregou 11 pontos. A maioria destas falhas aconteceram no ataque. Foram elas que mantiveram a seleção brasileira viva para além do que merecia nesta partida.
Se o Brasil vencesse a partida, por estes acasos do esporte, não saberia justificar. A seleção fez muito pouco por si. Com exceção do quarto set, quando o bloqueio finalmente fez valer a sua superioridade física, o Brasil não mostrou nada de bom. Nada que tivesse uma continuidade.
Teve somente breves momentos em que o saque entrava e em que a defesa mostrava volume. A única constância do time foi a dificuldade imensa em colocar uma bola no chão e de entregar o passe na mão da Roberta.
O Japão não venceu esta partida com mais tranquilidade porque é um time, ao contrário das suas formações anteriores, que erra demais. No segundo set, aquele em que poderia ter matado o Brasil, entregou 11 pontos. A maioria destas falhas aconteceram no ataque. Foram elas que mantiveram a seleção brasileira viva para além do que merecia nesta partida.
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Não sei explicar exatamente o que provocou este bloqueio brasileiro contra as asiáticas neste ano. Neste primeiro momento, levanto uma hipótese, relacionada ao estilo de jogo destas seleções e à imaturidade do time verde-amarelo.
Acho que a China se destoa um pouco daquilo que tradicionalmente se espera dos times asiáticos pelo físico e pelo perfil das jogadoras, mais fortes, altas e não tão técnicas quanto as japonesas e tailandesas. Mas todas estas seleções têm um ritmo de jogo - acelerado e de maior tempo de bola no alto - que exige do adversário uma regularidade de concentração e uma consistência nos fundamentos que o Brasil não apresentou nesta temporada.
Agora, difícil explicar como a Rússia, um time bem mais capenga do que o Brasil neste sentido, conseguiu bater o Japão, por exemplo. Talvez porque tenha feito valer a sua superioridade física, principalmente no bloqueio, coisa que o Brasil não fez.
Só espero que os resultados deste ano não respinguem no próximo. Ou seja, que o Brasil não comece a criar um respeito exagerado contra a Tailândia e, principalmente, contra o Japão que, pelo que alcançou este ano, já perdeu toda a reverência e todos os receios que tinha ao nos enfrentar.
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Pê esse:
- Tirei o chapéu pro o Zé Roberto quando ele começou o terceiro set com Amanda e Monique. Para mim, estas substituições, sobretudo a entrada da Monique, deveriam ter sido consideradas até antes. Agora, não duram nada estas “ousadias” do Zé. Convicção zero. Tá certo que a Amanda também não se ajuda ao ficar duas vezes no menor bloqueio – que já é baixo – do Japão. Mas a Monique poderia ter continuado. Se tinha uma partida em que ela poderia acrescentar era essa. As japonesas se complicaram com o ataque dela no final do segundo set. Fora que ela poderia ajudar no fundo de quadra numa partida em que a Tandara estava tendo dificuldades na defesa. O Zé tem paciência demais com umas, e de menos com outras...
- Suelen é líbero e entrega três pontos, no início do tie-break, em erros de passe.
- A treinador japonesa, Nakada, já virou uma personagem. Não comanda os tempos técnicos, mal fala com suas jogadoras e dificilmente sai daquela expressão fechada. A televisão japonesa não tirou os olhos dela.
- Erika Araki é a Dani Scott do Japão. Desde o Mundial de 2006, está em todas as principais competições. Pela energia e regularidade, deve chegar aos 40 anos em quadra e na seleção.
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Demais resultados da rodada:
China 3x0 Coreia
EUA 3x2 Rússia
Comentários
Como por exemplo, no jogo passado contra as chinesas. Como também nas quartas na Rio 2016. Ainda não vi a partida de hoje, mas arrisco a dizer: como hoje também. E como em todas as outras em que atuou?
E fica com aquela cara de bonachona de quem não tá nem aí pra nada, às vezes dando risadas das coisas, enquanto todas as outras jogadoras estão concentradas e sérias, muitas vezes tensas.
Vinte e oito anos nas costas. A imaturidade que você mensuona no texto é refletida de modo ímpar em nossa capitã e MVP de todos os torneios que joga. Se brincar vai ser MVP de novo desse.
Hoje, finalmente, consegui assistir ao jogo. Incrível como o Brasil virou freguês do Japão nesse ano. Também estou impressionada em como o Brasil não tem tido paciência para jogar contra as equipes asiáticas. O jogo contra o Japão tem que ser jogado ponto a ponto, com calma e paciência, as atacantes têm que explorar o bloqueio, evitar largar... Saber o momento certo de definir e colocar a bola no chão, porque elas defendem tudo.
Ah, sou fã da Erika Araki: essa é uma das melhores centrais que já vi jogar!
Entretanto, o que me chamou a atenção mesmo foi a postura da técnica japonesa: a mulher NÃO fala, não reclama, não grita, não esbraveja, não elogia, não faz nada. Ela é técnica decorativa?? rsrsrsrs
Alysson, é só uma questão do que se espera de cada uma. Apesar de ter melhorado no fundamento, a Natália não é especialista em passe e, durante todos estes anos, tem dessas coisas: faz uma jogada genial e logo depois comete uma besteira. Se ela não deveria ser titular, se o Zé insiste nela por demais, é outra discussão que, volta e meia, aparece por aqui. No início do ano, já tinha escrito que a Natália não passa a confiança q uma capitã ou uma jogadora de referência do time deveria ter. Acho tb que ela está recebendo responsabilidades maiores do que as suas capacidades (depois de terminada a temporada vou falar mais disso). Ainda assim, me irrito mais quando ela comete erros bobos no ataque do que no passe, pq o forte dela não é o passe.
Ao contrário da Suelen que, como líbero, deveria ser a primeira jogadora a dar segurança neste fundamento. Esperava mais dela no passe, até por sua qualidade técnica. Entre defesa e recepção, as funções de uma líbero, ela sempre foi melhor na recepção. E não foi só nesta partida que ela cometeu erros seguidos de passe. Erros que dão pontos, que sequer dão continuidade na jogada. Se não podemos contar com a líbero na recepção, vamos contar com quem?
Aquela técnica do japão foi uma jogadora importante no passado? É incrível o quanto a tv japonesa foca ela o tempo todo. A mulher parece ser uma celebridade . Kkk
Nem quando a Sheilla jogava no japão era tão visada pelas câmeras.
Além disso, a postura de Zé Roberto e sua comissão técnica tem que ser avaliada urgentemente. Postura essa que custou as Olimpíadas no ano passado. Nunca vi TANTA TEIMOSIA em um técnico só. Tá tudo errado, tudo! Espero que em 2018 as coisas possam melhorar pois temos que comer muito feijão com arroz para o título inédito no Mundial, além de aprender a voltar a ganhar da China e do Japão (e da Tailândia rs).
No Brasil se tem o péssimo costume de ver única e exclusivamente o resultado, mas se esquece de como chegou lá.
Se "esqueceria" que passamos para a fase final do GP na bacia das almas, tendo que jogar tudo em Cuiabá. "Esqueceria" que só fomos para a semi após um milagre da China (que havia nos atropelado). Mas como vencemos, pronto, não importaria mais.
Nas finais do GRAND PRIX MACRIS foi muito útil nas inversões, e NAIANE? O ZÉ não confia nela para as inversões então o que ela está fazendo no JAPÃO???