GP 2017 - Brasil 0x3China
Um passo para trás. Foi o que o Brasil deu no confronto com a China depois de dois bons jogos com Holanda e EUA na etapa brasileira do Grand Prix.
Podemos considerar que o primeiro adversário desta fase final é mais forte do que os enfrentados na última semana da fase classificatória. A China trouxe o reforço de Zhang - que não estava sendo sequer relacionada nas outras partidas - e entrou com o time titular campeão olímpico, com exceção da jovem central Gao.
Mas o problema do Brasil nesta partida não foi somente a qualidade do adversário. Ele jogou contra si mesmo ao involuir em alguns aspectos que foram essenciais para o crescimento do time no GP.
O Brasil foi pouco cuidadoso e errou demais. Ansioso, voltou a desperdiçar contra-ataques, tanto pela má construção como por falhas na definição. O bloqueio e, principalmente, a defesa não tiveram o mesmo brilho, com desajustes na marcação.
O saque, ao menos, funcionou muito bem, conseguiu pressionar a Zhu e comandar reações importantes no placar. Porém, deu vida curta ao Brasil na disputa, pois a recepção brasileira comprometeu novamente - e mais seriamente do que nas partidas anteriores.
Quando a China mirava a Natália no saque para tirá-la do ataque, o passe saía bom. O problema era quando mudava o foco para a Suelen, principalmente nas passagens em que ela cobre a Rosamaria na linha de passe.
Sugeri no início do Grand Prix que a seleção protegesse mais a Rosa no passe, com a Suelen dividindo melhor a quadra com a Natália, mas, sinceramente, do jeito que a líbero está se saindo neste fundamento, está sendo pior para o Brasil.
Nestas condições e sem a Roberta poder acionar com frequência as centrais (que é um aspecto que falta o time desenvolver nesta temporada), nossas ponteiras tiveram uma carga maior de responsabilidade e não conseguiram manter a regularidade necessária para provocar disputas de bola mais duradouras.
A derrota não é o X da questão aqui, mas sim a atuação do Brasil. A seleção jogou contra dois adversários: a China e os próprios erros.
Podemos considerar que o primeiro adversário desta fase final é mais forte do que os enfrentados na última semana da fase classificatória. A China trouxe o reforço de Zhang - que não estava sendo sequer relacionada nas outras partidas - e entrou com o time titular campeão olímpico, com exceção da jovem central Gao.
Mas o problema do Brasil nesta partida não foi somente a qualidade do adversário. Ele jogou contra si mesmo ao involuir em alguns aspectos que foram essenciais para o crescimento do time no GP.
O Brasil foi pouco cuidadoso e errou demais. Ansioso, voltou a desperdiçar contra-ataques, tanto pela má construção como por falhas na definição. O bloqueio e, principalmente, a defesa não tiveram o mesmo brilho, com desajustes na marcação.
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Quando a China mirava a Natália no saque para tirá-la do ataque, o passe saía bom. O problema era quando mudava o foco para a Suelen, principalmente nas passagens em que ela cobre a Rosamaria na linha de passe.
Sugeri no início do Grand Prix que a seleção protegesse mais a Rosa no passe, com a Suelen dividindo melhor a quadra com a Natália, mas, sinceramente, do jeito que a líbero está se saindo neste fundamento, está sendo pior para o Brasil.
Nestas condições e sem a Roberta poder acionar com frequência as centrais (que é um aspecto que falta o time desenvolver nesta temporada), nossas ponteiras tiveram uma carga maior de responsabilidade e não conseguiram manter a regularidade necessária para provocar disputas de bola mais duradouras.
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Já se esperava que a partida contra a Holanda seria a decisiva para garantir a vaga para a semifinal. O cenário não mudou, portanto. Mas a desconfiança do que este time pode apresentar voltou a rondar as nossas expectativas. Vamos ver se, novamente sob pressão, a equipe reage positivamente.
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Sérvia 3x2 EUA
A Sérvia tinha tudo para fechar a partida em três sets, mas deu uma relaxada e acabou tendo que decidir a parada no tie-break.
Os EUA também conseguiram usar a seu favor o fato de terem uma boa defesa e um jogo mais acelerado e técnico, o que tirou a paciência das sérvias.
No fim, o poderoso arsenal ofensivo da dupla Mihajlovic e Boskovic fez a diferença. Os EUA não encontraram, na partida,uma parceira ideal para a Bartsch no ataque.
A Sérvia tinha tudo para fechar a partida em três sets, mas deu uma relaxada e acabou tendo que decidir a parada no tie-break.
Os EUA também conseguiram usar a seu favor o fato de terem uma boa defesa e um jogo mais acelerado e técnico, o que tirou a paciência das sérvias.
No fim, o poderoso arsenal ofensivo da dupla Mihajlovic e Boskovic fez a diferença. Os EUA não encontraram, na partida,uma parceira ideal para a Bartsch no ataque.
Comentários
Agora, a resposta para a pergunta de um milhão de dólares, só quem tem é a comissão técnica: por quê ZRG tem um banco de reservas à sua disposição se ele se recusa a mudar o time, exceto para as inversões e as entradas da Amanda (que deu, sim, segurança ao passe brasileiro enquanto estava na partida) para sacar?
Sinceramente, capaz de o Brasil vencer da Holanda amanhã, se classificar para as semifinais, chegar às finais e vencer, e todo mundo se esquecer que o time, na maior parte do Grand Prix, jogou de maneira péssima!
Mas, não se pode (e não devemos) ignorar o PÉSSIMO trabalho que a comissão técnica tem feito neste torneio! Digo e repito: ZRG é um técnico ultrapassado e teimoso! Acho que ele só está na seleção até hoje porque ainda sonha em ganhar um Campeonato Mundial, que é o título que falta à seleção feminina. Mas, ele tem que aprender a DESAPEGAR!
DESAPEGA, ZRG!
E, independente do que aconteça nos próximos jogos, desde o último jogo da seleção brasileira na Rio-2016, sou FORA, ZRG! Não dá mais para aturar esse técnico!
Acho que não foi a China que ganhou, e sim o Brasil que só foi pro jogo definitivamente no meio do 3° set. No primeiro set point brasileiro a bola não deveria ter sido para a Rosa e sim para a Tandara, e isso aconteceu duas vezes. Mais a frente a própria Tandara foi bloqueada. Não podemos julgar muito a Roberta, pois o passe não ajudou em nada a levantadora brasileira. Do mais, a China de 2017 é o Brasil de 2013 com a base campeã olímpica.
P.S.: Estou gostando muito do jogo da Yuan. E Laura, a Xu não está na seleção chinesa esse ano por quais motivos? Pois ao meu ver ela é a melhor central da China.
Se não tem confiança na Drussyla, que coloque a Amanda pra tentar segurar o passe com a "Sun Eli" (jogou pra China hoje) e liberar mais a Natália pro ataque. Esta mais do que provado que internacionalmente, ou se joga com passe na mão e bolas de velocidade, ou com jogadoras altas para estourar no ataque e bloquear.
Definitivamente com a Natália em quadra, a Rosamaria não tem espaço.
Será que o ZRG lembra o que a Lan Ping fez? Tirou uma oposta, colocou uma ponteira passadora e liberou a Zheng (ponteira) SÓ PARA ATACAR. E...... o resto é história.
Mas politicamente falando, o ZRG fica no comando.
Cabe ressaltar que o trabalho na nossa base caiu DEMAIS, tanto no masculino como no feminino.
Mas como sou brasileiro e não desisto nunca..... é ganhar amanhã e tentar ir pra semi.
Rindo até agora
Kkkkkkkkkkkk
Enfim, estou já cansada de ficar falando de como o Zé é engessado nestas coisas. Como a Kamila falou, ele não sai do script das inversões e da Amanda no lugar de uma central.
Robstter, não consegui descobrir o motivo da Xu não estar jogando. Ela fez uma Olimpíada sensacional, tb acho q é a melhor central da China.
A Roberta realmente errou nas suas escolhas ao final do 3º set.
Roberta fez o que a comissão pediu, não é de hoje que o Zé insiste em forçar o jogo na levantadora adversária, no Mundial de 2006 ele mandou levantar para a Jaqueline (que estava com a levantadora na rede) e esqueceu completamente das outras opções. Como aconteceu hoje, naquele mundial, a ponteira não conseguiu rodar e o Brasil perdeu. Particularmente eu prefiro a melhor atacante do meu time contra um triplo do que uma atacante mediana contra um simples, mas hoje falta na seleção esta "melhor atacante". Tandara não tem regularidade para isso e pela bagagem da jogadora, não terá, sempre foi característica dela empatar a quantidade de pontos e de erros, apesar de ter evoluído bastante nós últimos meses.
O jogo evoluiu bastante e algumas táticas da década de 1990 não funcionam mais, como por exemplo sacar apenas em uma jogadora o jogo todo, que de vez em quando ainda vemos na seleção feminina. Lang Ping deu uma aula sobre isso na Rio 2016, "se a tática não deu certo, muda", mas como ja falado acima, o Zé morre abraçado com a tática e jogadoras escolhidas.
Por fim, só fazendo um desabafo, hoje a Boskovic mesmo rodando tijolo até da arquibancada, quando errava levava bronca do Terzic como todas as outras, aqui no Brasil íam falar "coitadinha, só tem 20 anos, não tem experiência", principalmente se forem os comentaristas do sportv.
Mas neste jogo, além dos erros, óbvio, teve duas coisas que eu detestei na partida...
A primeira foi a árbitra da Espanha (se não me engano, Susana Rodriguez), errou muito em favor da China. Beleza que tem o desafio, mas ela errou em situações que não dava pra pedir o challenge.
Outra coisa foi a tentativa incessante no bloqueio triplo. Me corrijam se eu estiver enganado, mas eu só vi o block triplo fazer 1 ponto, que parece que foi com a Tandara.
Achei que foi uma insistência desnecessária em tentar bloquear a Zhu principalmente, pois ela estava simplesmente passando por cima e a defesa estava desfalcada.
E pra finalizar, Amanda precisa ser testada como titular, pra equilibrar a recepção. O time está muito frágil e todas as vezes em que ela entrou pra sacar e fazer fundo, ajudou muito o Brasil neste fundamento.
A China joga em alto padrão e por isso dominam atualmente, a Sérvia e Holanda também, porém, mais que isso elas tem jogadores de definição capazes de virar bolas tortas e garantir o ponto final de um set apertado. Tivemos chance contra a China pra vencer o 3º set e não viramos, principalmente a Rosamaria. No vôlei é fundamental o equilíbrio em todos os fundamentos, mas, contar com boas viradoras de bola independente de opostas ou ponteiras é muito bom.
Nossas últimas Superligas tem mostrado que estrangeiras tem assumido essa função de virada de bola.