A 12ª estrela
Brasil 3x2 Itália
Foi a terceira vez que
Brasil e Itália se enfrentaram para uma decisão do Grand Prix. De todas elas, a
de hoje foi a que a Itália mais esteve próxima do título. Jogou melhor a maior
parte da partida. Mas é difícil lutar contra a estrela brasileira que sempre
brilha nos GPs e que levou o Brasil ao seu 12º título do torneio.
Estrela, aliás, que brilhou especialmente nesta edição. Brilhou na última etapa classificatória, em Cuiabá, quando o Brasil precisava de três vitórias para se classificar ao Final Six; brilhou, depois, no 14x10 que a China virou no tie-break e que levou o Brasil para a semifinal; e, por fim, brilhou na final de hoje, quando a seleção estava dominada pela Itália e buscou uma recuperação surpreendente no terceiro set.
E, para se fazer justiça, a estrela desta final tem um nome estampado: Zé Roberto. Colocou a Rosamaria e, justamente ela, comandou, com seu saque, a virada do terceiro set. Tanto reclamamos do conservadorismo do treinador e ele, hoje, não teve medo de mudar. Além da Rosa no lugar da Drussyla (que até não estava mal), tirou a Suelen, que não dava ritmo à defesa, para apostar na Gabi; usou a Carol para melhorar o bloqueio no lugar da Adenízia; e, demorou, mas lançou mão da Macris para substituir a perdida Roberta para, depois, recolocar a levantadora titular, desta vez, mais centrada.
Estrela, aliás, que brilhou especialmente nesta edição. Brilhou na última etapa classificatória, em Cuiabá, quando o Brasil precisava de três vitórias para se classificar ao Final Six; brilhou, depois, no 14x10 que a China virou no tie-break e que levou o Brasil para a semifinal; e, por fim, brilhou na final de hoje, quando a seleção estava dominada pela Itália e buscou uma recuperação surpreendente no terceiro set.
E, para se fazer justiça, a estrela desta final tem um nome estampado: Zé Roberto. Colocou a Rosamaria e, justamente ela, comandou, com seu saque, a virada do terceiro set. Tanto reclamamos do conservadorismo do treinador e ele, hoje, não teve medo de mudar. Além da Rosa no lugar da Drussyla (que até não estava mal), tirou a Suelen, que não dava ritmo à defesa, para apostar na Gabi; usou a Carol para melhorar o bloqueio no lugar da Adenízia; e, demorou, mas lançou mão da Macris para substituir a perdida Roberta para, depois, recolocar a levantadora titular, desta vez, mais centrada.
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Não foi uma boa partida
do Brasil, deve-se dizer a verdade. Teve dificuldade de tirar o passe da mão da
habilidosa levantadora italiana Malinov, levou pontos demais da Caterina
Bosetti, uma atacante mediana, desperdiçou muitos contra-ataques com escolhas erradas
de jogadas ou maus levantamentos, e perdeu muita virada de bola por erro de
distribuição.
Jogou bem o primeiro set, quando contou com muitos erros da Itália, e o tie-break. Se não tivesse achado aquela recuperação no terceiro, provavelmente estaria com a prata no peito agora. Mas não só de talento se faz um campeão. Camisa, resiliência, sorte e a bendita estrela também fazem parte da composição. E o Brasil colocou tudo isso pra jogar na hora certa.
Jogou bem o primeiro set, quando contou com muitos erros da Itália, e o tie-break. Se não tivesse achado aquela recuperação no terceiro, provavelmente estaria com a prata no peito agora. Mas não só de talento se faz um campeão. Camisa, resiliência, sorte e a bendita estrela também fazem parte da composição. E o Brasil colocou tudo isso pra jogar na hora certa.
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O título não deve esconder
as dificuldades que o time teve durante todo o GP e o quanto precisa se
aprimorar para combater as seleções que continuam à frente do Brasil neste
início de ciclo olímpico. Mas é importante para este grupo que a conquista seja
muito celebrada, pois dá confiança a um trabalho que começou desacreditado.
O Brasil sempre foi um time que se valeu muito mais do seu conjunto do que das suas individualidades. E iniciar o ciclo fazendo isso novamente valer, frente a seleções com jogadoras fora de série, como Egonu e Boscovic, é, sem dúvida, um bom começo.
O Brasil sempre foi um time que se valeu muito mais do seu conjunto do que das suas individualidades. E iniciar o ciclo fazendo isso novamente valer, frente a seleções com jogadoras fora de série, como Egonu e Boscovic, é, sem dúvida, um bom começo.
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As melhores do Grand Prix:
Ponteiras: Ting Zhu
(China) e Natália (Brasil)
Oposto: Boskovic (Sérvia)
Centrais: Bia (Brasil) e
Milena Rasic (Sérvia)
Levantadora: Ding (China)
Líbero: Monica De Gennaro
(Itália)
MVP: Natália (Brasil)
- Senti falta da Tandara na premiação individual. E escolheria a Malinov como melhor levantadora.
Comentários
Parabéns a todas que vieram do banco também e contribuiram muito pra esse titulo! O Brasil conseguiu 2 viradas incríveis tanto no primeiro qto no terceiro sets com a participação das jogadoras do banco!
SERVIA e ITALIA podem ter MIHAJLOVIC, BOSKOVIC e EGONU e nós temos BIA que deu TOCO em TODAS essas girafas nos momentos crucias dos jogos!!!
O zrg tirou onda nessa fase final. Espero que essa lucidez o acompanhe daqui pea frente.
Uma oposto reserva que funcione na inversão.
Vou ficar nesse aspecto, porque para mim isso resume o quanto um time tem de pensar coletivamente (iremos ganhar, mas juntos), e que as atletas que estiverem cansadas, desanimadas, brigadas com o tecnico e etc podem sair do time, porque ele caminha sozinho.
O Brasil é sim maior que qualquer ego.
Tivemos 12 atletas nos jogos Rio2016. Apenas 2 (repito: duas) se apresentaram para defender o Brasil nesse novo ciclo olimpico. Algumas pediram dispensa oficialmente, outras quiseram sair por cima, outras se aposentaram. Cada uma fez uma escolha. Mas duas ficaram, e agora o time, com esse titulo, vai ainda mais para frente.
Ninguem é maior que a seleção brasileira. Nenhuma jogadora. Venturini, por ex, achou que era a bolacha do pacote, maior até que a camisa amarela, e ficou sem o ouro olimpico. É tao individualista, que sequer é lembrada para o hall da fama do volei. Poderia ter sido mais humilde. Mas quis ser maior que o seu talento nato.
O mesmo vale pra Thaisa. Só volta se trocar de tecnico? A camisa amarela não vale nada, isso? Não aceita ser substituida pela Juciely, como no Rio2016? Ainda crê que seja uma estrela da posição, isso, sem substituta? Acho melhor se aposentar logo, porque de centrais (fora as 3 do WGP, temos ainda Juciely, contundida) estamos bem servidos. E o principal: temos um time. Não um conjunto de jogadoras excelentes numa boiada perdida. E um time que aceita trocas imediatas.
Esse time me lembra muito o discurso do Zé em 2005: time de operárias. Ele até ameaçava pedir que as jogadoras cortassem o cabelo. Carol Albuquerque trocava de posição com a Marcelle, Sheilla e Renatinha trocavam tb, Paula, Jaqueline e Sassá se revezavam na ponta, e o time caminhava. Junto.
É disso que eu gosto. Sem estrela e vaidade. Se mantiver esse espirito, seja nos treinamentos ou nos jogos oficiais, vai longe.
Por exemplo: no segundo e terceiro sets, a Natália quinou tudo que tinha direito no passe e não estava correspondendo no ataque (aliás, no ataque até aquele momento só Bia e Tandara respondiam) aí, quando a Drussyla (que não acho isso tudo que pintam por aí) errou um passe foi substituída. No final do 3ª set a Adenízia fez os três últimos bloqueios (dois inclusive em cima da Egonu) óbvio que estava cheia de moral, o bloqueio obviamente ia marcar ela, Roberta (que ignorou a central o jogo quase todo) solta duas bolas pra ela, a defesa pega e no 4º ponto ele a substituiu pela Carol (ainda bem que não prejudicou). Roberta com uns levantamentos bizarros e ele bota a Macris quando já não tinha mais jeito.
Enfim, pelo menos mostrou que não teve medo de mudar a equipe. Ele deu uma entrevista dizendo que há muitas críticas à Natália. No meu ver as críticas não são à Natália em si, mas sim aos critérios do técnico em relação às outras jogadoras. Parece que ele faz uma distinção e isso incomoda.
Mais uma vez, parabéns ao grupo. Os dois últimos parágrafos do post da Laura resumem bem o sentimento.
Alguém aí sabe das premiações em dinheiro? Não vi os famosos cheques.
No mais eu gostei da seleção, foi como o Zé Roberto disse, "não temos uma jogadora como Boskovic, Egonu ou Zhu, mas funcionamos como um time", algo mais ou menos assim...
Espero que essa geração continue com esse espírito aguerrido, voluntarioso, uma ajudando e dando forças à outra, com humildade, e como o Zé bem colocou, sem aquilo de "eu tenho que jogar no lugar do fulana porque sou melhor" (confesso que me lembrei da prepotência da Venturini rsrsrs).
E a Bia já fazendo seu nome. Custou a jogar pela seleção adulta, quando finalmente foi, recebeu críticas, mas jogou muito, vibrou bastante, fez muita diferença.
Não sei se você entendeu meu comentário. A questão não é a Natália, mas os critérios do técnico. Falei sobre um dado momento do jogo, como exemplo de como os critérios do Zé são controversos e difíceis de se entender, não sobre o jogo ou sobre a qualidade da jogadora como um todo. A Natália que apareceu nos dois últimos jogos do GP foi próximo da jogadora que se espera na posição e condição dela: regularidade. Se essa regularidade vai se manter durante o ciclo é uma incógnita. Embora ainda acho que ela se sairia melhor se tivéssemos uma ponteira ponteira com maior segurança no passe pra dividir a responsabilidade (talvez com o retorno da Garay ou da Gaby).
Pra mim, quem melhor se saiu das "veteranas" foi a Tandara. Embora com uma chuva de erros na fase classificatória, encontrou seu melhor voleibol nos jogos decisivos e assumiu uma postura de liderança. Essa postura em especial me agradou bastante. Das "novatas" considero que a Bia foi quem melhor se apresentou quando solicitada.
Tandara merecia um reconhecimento por ter sido decisiva quando o Brasil mais precisou. Ainda que não fosse de MVP, que fosse de melhor oposta.
Bia foi uma grata surpresa. Não deveria ser. Bernardinho, autoridade no assunto, cravou que ela era uma central a nível de seleção. Ela provou que sim.
Natália foi a melhor ponteira da fase final. Não tem o mesmo poder ofensivo da Zhu, mas tem se mostrado completa e eficiente no fundo de quadra como deve ser uma ponteira-passadora. Aliás, uma ponteira clássica é raridade no mundo hoje em dia. Mihajlovic e Zhu estão mais para opostas disfarçadas de ponteira. Os incríveis 75% de aproveitamento na recepção atestam o crescimnto da Natália no fundamento, sem falar na defesa. Essa implicância com ela já expirou.
Parabéns ao Brasil que, de uma eliminação virtual, já com as malas prontas para voltar para casa, sagrou-se campeão, coroando uma trajetória vitoriosa nesse tradicional torneio.
A minha seleção do GP seria:
CENTRAIS: BIA e CHIRICHELA
PONTEIRAS: NATALIA e ZHU
LEVANTADORA: OFELIA MALINOV
OPOSTA: BOSKOVIC
LIBERO DE PASSE: MONICA DE GENARO
LIBERO DE DEFESA: BRENDA CASTILLO
MVP: BIA
No mais, acho que Tandara deveria ter sido a MVP. E gostei da Bia como 1ª central, fez um belo campeonato.
Também manteria a Suelen como líbero principal.