GP 2017 - Brasil 0x3 Tailândia
Se ontem o Brasil fez a sua melhor partida na temporada, hoje, contra a Tailândia, fez a pior.
Ao final da primeira semana de competição do Grand Prix, comentava que o Brasil teria o desafio de enfrentar nesta semana dois adversários com características diferentes das que a seleção vinha enfrentando no torneio e na temporada. Adversários de muito volume, o que desafiaria principalmente o ansioso e pouco definidor ataque brasileiro.
Pois o Brasil até que começou bem a partida neste sentido, com velocidade no ataque e com boa virada. Depois, porém, Natália, caçada pelo saque tailandês, não manteve uma regularidade no passe para que a seleção conseguisse fazer um jogo mais acelerado.
As atacantes também, por vezes, perderam a paciência no decorrer da partida e não usaram a vantagem da altura a seu favor.
Ao final da primeira semana de competição do Grand Prix, comentava que o Brasil teria o desafio de enfrentar nesta semana dois adversários com características diferentes das que a seleção vinha enfrentando no torneio e na temporada. Adversários de muito volume, o que desafiaria principalmente o ansioso e pouco definidor ataque brasileiro.
Pois o Brasil até que começou bem a partida neste sentido, com velocidade no ataque e com boa virada. Depois, porém, Natália, caçada pelo saque tailandês, não manteve uma regularidade no passe para que a seleção conseguisse fazer um jogo mais acelerado.
As atacantes também, por vezes, perderam a paciência no decorrer da partida e não usaram a vantagem da altura a seu favor.
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Mas o maior problema brasileiro na partida foi não conseguir trabalhar bem a relação saque e bloqueio, que tem sido a sua maior qualidade na temporada. Primeiro por mérito tailandês, mais especificamente da levantadora Tomkom. Mesmo quando o passe saía um pouco da rede ela conseguia acelerar a jogada.
Segundo, por incompetência do Brasil que só foi mudar sua estratégia de saque, sacando cruzado e mais acelerado, no terceiro set quando a Tailândia já estava com muita moral e nada dava mais certo na seleção.
Acho que o Brasil também poderia ter optado por um saque curto para restringir a velocidade e as opções da Tomkom já que o bloqueio brasileiro dançou o tempo inteiro com as jogadas da levantadora. O bloqueio brasileiro, aliás, não achou o tempo de marcação das baixinhas tailandesas em nenhum momento da partida.
Defensivamente também o Brasil deixou a desejar ao desperdiçar bola fáceis por erros técnicos na defesa ou na armação dos contra-ataques.
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A seleção mostrou dificuldade em se adaptar a um estilo de jogo diferente e encontrar saídas aos desafios da partida – e sem ninguém dentro de quadra para liderar e nortear as companheiras neste sentido. A postura que tanto elogiei contra a Sérvia, desapareceu contra a Tailândia.
O Brasil teve um dia “não” logo depois de ter confirmado uma vitória importante contra a Sérvia, o que acaba por não só quebrar um pouco a confiança da equipe como nos lembrar como o time ainda está verde.
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Demais resultados da 2ª rodada do 2º turno do GP:
Grupo D
Sérvia 3x0 Japão
Grupo E
EUA 2x3 Itália
China 3x1 Turquia
Grupo F
Holanda 3x2 Rep. Dominicana
Rússia x Bélgica
Comentários
Os erros começaram na convocação, na ausência de jogadoras como Lorenne e Paula Borgo, por exemplo.
Também não entendo como ZRG não relaciona a melhor levantadora das últimas quatro edições da Superliga (Macris) para essas etapas do Grand Prix. A ousadia de Macris, com certeza, pode fazer a diferença em jogos como esse, uma vez que ela é muito melhor do que Roberta e, especialmente, Naiane (a levantadora do time dele, Barueri, que coincidência).
Em segundo lugar, não entendo também a insistência de ZRG com as jogadoras que iniciam a partida. O time que terminou o segundo set estava muito melhor que o titular e, no terceiro set, o ZRG volta com o time que não estava jogando bem.
Enfim, ainda estamos na segunda rodada do Grand Prix, mas a inconstância dessa seleção preocupa.