Os EUA tocam em frente
Forçando a memória, só reconheço a número 14, a ponteira Michele Bartsch-Hackley, que vestiu a camisa norte-americana no Grand Prix ano passado e nos Jogos Pan-americanos de 2015.
As demais, todas caras novas. Uma parte treina com a seleção permanente, outra parte joga em ligas secundárias da Europa ou América Central.
Pois este grupo novato sagrou-se campeão da Copa Pan-americana neste final de semana. Os EUA bateram por 3x1 a República Dominicana, essa sim com sua força máxima - inclusive com o reforço da Bethania De La Cruz.
As demais, todas caras novas. Uma parte treina com a seleção permanente, outra parte joga em ligas secundárias da Europa ou América Central.
Pois este grupo novato sagrou-se campeão da Copa Pan-americana neste final de semana. Os EUA bateram por 3x1 a República Dominicana, essa sim com sua força máxima - inclusive com o reforço da Bethania De La Cruz.
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Os EUA dão o peso que a Copa Pan-amaricana merece num calendário apertado de competições que uma seleção do nível dela costuma ter. E acaba, com o título ou não, sempre saindo vencedor pelo material humano que prepara.
Boa parte do elenco campeão este ano disputou o torneio em 2016. E todo ele estará, com o reforço de algumas jogadoras mais experientes, no Grand Prix mês que vem.
Não será de se surpreender se, mais um pouco, vejamos a oposto Liz McMahon desbancando a Kelly Murphy; ou a levantadora Micha Hancock brigando de igual para igual com a Lloyd pela vaga da Glass; ou a meio-de-rede Paige Tapp incomodando a Rachel Adams.
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Os EUA têm um ritmo de renovação intenso e têm dosado bem os seus recursos nos últimos anos entre as diversas competições em que participa.
Não importa quantas destas jogadoras que surgem estão na média ou acima dela, quantas delas são Murphy ou são Hooker. O mais interessante deste processo é que existe sempre uma jogadora sendo preparada e a briga está sempre em aberto. A seleção dos EUA está sempre em movimento.
Um cenário que é positivo tanto para quem começa a sua trajetória e busca seu espaço no time como para quem já o conquistou. Óbvio que a experiência conta, mas Hill, Akirandewo e Cia sabem que não podem se fiar somente no histórico para garantir seus lugares.
Claro que a seleção dos EUA tem aspectos que não aprecio, mas ela tem algo que me agrada que é esta capacidade de “tocar para frente”. Aspecto que ganha maior valor principalmente quando temos como comparação a seleção brasileira que, por vezes, parece parada no tempo.
- Na primeira experiência do Luizomar de Moura no comando do Peru, o treinador brasileiro saiu sem medalha. Perdeu a disputa do terceiro lugar para Porto Rico por 3x1. Mas leva para casa a boa vitória nas quartas de final em cima da Argentina, por 3x2.
- Depois de uma boa campanha no Montreux, a Argentina acabou a Copa Pan-americana em oitavo. O treinador argentino resolveu poupar suas melhores jogadoras, caso da Nizetich e da Mimi Sosa, nas disputas de quinto a oitavo lugar do torneio.
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+ Copa Pan-americana
- Na primeira experiência do Luizomar de Moura no comando do Peru, o treinador brasileiro saiu sem medalha. Perdeu a disputa do terceiro lugar para Porto Rico por 3x1. Mas leva para casa a boa vitória nas quartas de final em cima da Argentina, por 3x2.
- Depois de uma boa campanha no Montreux, a Argentina acabou a Copa Pan-americana em oitavo. O treinador argentino resolveu poupar suas melhores jogadoras, caso da Nizetich e da Mimi Sosa, nas disputas de quinto a oitavo lugar do torneio.
Comentários
Talvez a renovação constante dos EUA seja o motivo deles nunca terem conquistado um campeonato olímpico, é uma potência mundial que não tem cara definida, sempre trocando as jogadoras em um rítmo frenético. Perderam pro Brasil nos jogos que antecederam Rio2016 e caíram pra Sérvia mais tarde. Não acho que o modelo norte-americano seja o ideal.
A coisa tá pra lá de FEIA pro voleibol PERUANO. Nem sediando um torneio SEM A PRESENÇA DO BRASIL 🇧🇷, pois o ZE deu prioridade à MONTREUX VOLLEY MASTERS e ao GP e abriu mão de disputar a COPA PAN-AMERICANA, e com EUA levando um time C, praticamente SUB 23 mesmo assim, jogando em ICA-PERU, as peruanas não conseguem um BRONZE ao menos. Imagina se BRASIL e EUA vão com força pra esse torneio... Vale ressaltar que o PERU estava com o time completo, sem desfalques, mas... com o LUIZOMAR no comando... Isso pode explicar alguma coisa? Talvez... Vale ressaltar que o Peru também não conta com as jogadoras do nível do NESTLE/OSASCO.
O PERU foi o TIMAÇO que foi nas décadas de 1970 a inicio de 1990 porque TREINAVAM EXAUSTIVAMENTE os fundamentos, principalmente o PASSE e a DEFESA. O PERU tinha um dos melhores FUNDOS DE QUADRA do mundo, se não fosse o melhor... No ataque também havia pouquíssimos erros, as jogadoras eram mais TÉCNICAS, dominavam os fundamentos. Hoje se vê um ENORME DÉFICIT TÉCNICO na seleção peruana, parece que há um erro nos treinamentos, não há um polimento nos fundamentos. A melhor jogadora deles, ANGELA LEYVA, só quer saber de ATACAR, deixando muito a desejar nos demais fundamentos, caçada no passe, não segura a pressão, muito diferente de suas antecessoras das décadas de ELITE do vôlei peruano.
Talvez falte um ponto de equilíbrio nos dois times. Elas pecam pela renovação desenfreada e o Brasil peca por morrer com um grupo fechado.
Sobre o Mundial de 2014, achei aquela final atípica, pra mim o Brasil estava mais forte que no Rio, mas por algum motivo que desconheço e não entendo as meninas jogaram mal aquela semi-final. Achei o Zé Roberto bem desequilibrado naquele dia, muito nervoso.
O Brasil só renova mesmo quando não tem outra escolha. De 2004 para 2006 saíram Venturini, Virna, Erika e Arlene. De 2006 para 2008 a seleção foi a mesma mas as ponteiras titulares foram Paula e Mari. De 2008 para 2010 saíram Fofão e Waleswka e Natalia e Fabiola ganharam a Tiularidade. De 2010 para 2012, Garay ganhou a titularidade. De 2012 pra 2014, mesmas atletas e de 2014 para 2016, Natalia veio como titular mais uma vez. O Brasil não renova a Seleção. Apenas da oportunidade para atletas que sempre estiveram no Banco. Diferente dos EUA que revelaram Hoocker, Larson, Robinson, Hill Akinrandewo, Harmotto, dentre outras, mas não conseguem aproveitar isso da melhor forma.
Quanto à renovação, não sei se vocês leram a entrevista do Zé ao Saída de Rede, mas ele toca num ponto que colabora para nossas jovens jogadoras cheguem à seleção muito mais verdes do que as dos nosso principais concorrentes: nossa SL. O nível do nosso principal campeonato é de longe muito inferior às principais ligas (turca, italiana, russa - mesmo em queda apresenta um nível melhor que o nosso) e até algumas secundárias. Então mesmo que a jogadora se destaque aqui, quando vai jogar fora sente a dificuldade. Por outro lado, não isenta a CT de colocar as meninas pra jogar em competições menos importantes. Como disse o Guilherme, o Zé só está dando oportunidade para essas meninas porque se viu sem saída.
Também sou contra uma renovação radical, até porque pra mim quem estiver jogando bem e tiver condições de estar na seleção pode estar independente de idade (vide o caso Juciele) o problema é se apegar a determinadas atletas e quando estas não rederem mais não ter ninguém para substituí-las a altura (vide casos Sheila e Jaque).
Quando as americanas, por exemplo Hill, Robson, Lloyd, entre tantas outras bem novas, surgem, já aparecem com cara de vencedora, se impondo. Não vejo isso nas atletas brasileiras. Tem muitas coisas influenciando esse baixo nível de nossas jogadoras. Tem a estatura baixa também, que não ajuda muito.
Agora tendo a achar, de forma geral, os técnicos da superliga bons. Talvez seja a base que é ruim. Não sei, temos que pesquisar.
Paulo, sobre o Mundial 2014, eu consigo entender muito melhor a derrota para a China aqui no Rio, do que aquela semi contra os EUA.
O povo adora criticar o ZRG.
Acho a renovacao dos EUA esticada demais e até nociva.
Aí podem dizer que é o jeito, é a personalidade. Pode ser também, mas são um jeito e uma personalidade que não combinam com o atleta em ação. Essa parte, digamos, psicológica, deveria ser muito discutida e treinada também.
Um exemplo fictício: pegar uma oposta dessas que ficam anos sem melhorar, indo até para o banco ou caindo para a superliga B e perguntar: vem cá minha filha, se compare com a Sheilla, o que é que ela tem que você não tem, o que é que ela faz que você não faz. o que é que falta pra você apresentar um desempenho igual ao dela? Vamos treinar, vamos melhorar. Faça uma autocrítica. O que eu, como técnico, posso fazer para te ajudar?
Se eu fosse técnico começaria a temporada assim.
O Sérgio Maurício ainda hoje chama o Théo de garoto Théo, um galalau com 33 anos.
Mesquita, e, antes da Boskovic, a Brakocevic tb tinha surgido na seleção muito nova, 18, 19 anos.
P.S. Primeira vez que comento aqui. Excelente seu blog, Laura :)