Montreux - Brasil 3x1 China
No primeiro encontro com a China depois da Olimpíada 2016, o Brasil fez a sua melhor apresentação na temporada.
Passe, virada de bola e contra-ataque funcionaram muito bem, o que fez o jogo brasileiro fluir com certa segurança em quase toda a partida.
Parte desta segurança no ataque, principalmente na virada, se deveu à presença da Rosamaria no time titular. Rosa esteve numa jornada especial tanto na recepção como no ataque.
Passe, virada de bola e contra-ataque funcionaram muito bem, o que fez o jogo brasileiro fluir com certa segurança em quase toda a partida.
Parte desta segurança no ataque, principalmente na virada, se deveu à presença da Rosamaria no time titular. Rosa esteve numa jornada especial tanto na recepção como no ataque.
Além de poder de definição, mostrou um repertório completo de golpes, variando paralela e diagonais e explorando o bloqueio. Curiosamente, apesar de recente, tem feito uma parceria bastante entrosada com a Roberta.
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Outra jogadora que também fez bem o seu papel foi a Roberta. Foi objetiva na distribuição, aproveitando as atacantes que cruzavam com a levantadora chinesa na rede e as bolas de maior distância, além de ter caprichado nos levantamentos de contra-ataques.
Faltou e falta ainda acertar a bola de primeiro tempo com a Carol, que precisa ser deslocada um pouco do centro para não pegar as adversárias, normalmente muito maiores do que a nossa meio, paradas e inteiras só à espera de bloquear.
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Mais seguro no departamento ofensivo e mantendo o bom desempenho no bloqueio e na defesa (esta última ainda pode melhorar, principalmente nas coberturas de ataque), o Brasil conseguiu ter o comando do jogo o tempo inteiro.
A China, com uma maioria de novatas, é que teve que correr atrás. Venceu o terceiro set em duas bobeadas do passe brasileiro, que ainda é o ponto mais frágil do Brasil.
Porém, o que vimos neste jogo, ao contrário dos demais, é que a seleção não se afundou nos erros de recepção. Eles foram pontuais. O time teve maturidade para retomar o controle e se recuperar nos lances seguintes.
Acho que temos aí um sinal de evolução.
Comentários
O time como um todo mostrou uma evolução. Não tenho gostado das entradas de Naiane. Tá com medo de ousar e está fazendo o mais fácil: colocar a bola para a jogadora referência no momento.
Rosamaria nelas.. gostei muito tb da Roberta e da Tandara, só falta a Roberta acertar a bola do meio pra Carol e a bola da Natália..(que por sinal NÃO está bem)
Engraçado que a recepção do Brasil foi melhor nesse jogo.. e estavam jogando com "3 opostas"..
Se jogarmos concentradas amanhã, Vamos ganhar e ganhar confiança pro Grand Prix, que acho que não levaremos o título, mas que serve pra preparação pro mundial..
Não consigo confiar na Rosa com um bom bloqueio do outro lado, mesmo assim, não se pode tirar seus méritos no jogo de hoje.
Já que a Bia esta machucada, pq não coloca a Gabiru de ponteira pra fazer o que a Amanda tem feito? Concordo com o Voloch, adoro a potiguar, mas não tem bola pra jogar na seleção.
Veremos amanhã com um bloqueio mais alto como a coisa vai ficar.
Sendo MUITO FRANCO, sem expectativas para o GP.
Lucas você definiu bem a Roberta: o inesperado em pessoa. Levanta bem para Rosa e Tandara e mal para Carol e Natália, colegas de longa data. Quem entende que explique, por favor.
Discordo da Gabiru de ponteira. Não tem lugar pra ela na seleção nesta posição. Chega de invencionices.
Vale destacar que esse time da China, além de não ser o titular, era um time bem jovem, tanto que foi um time bastante instável nessa partida.
Quanto ao ponto negativo, destaco as entradas da Naiane (como já falaram). Parece que tem medo de arriscar, duvido que seja convocada futuramente.
Pra mim dá Brasil nessa final, mas me preocupa o GP...
Isso parece em 2005, quando após Atenas 2004, daquele time sobrou apenas 3 jogadoras: Sassá, Fofão e Walesca.
Elenco novo, instável, que muitos chamavam elas de '' amarelonas'' porque chegava numa semi ou final de campeonato importante elas perdiam.
Porém lá tínhamos as peças bem definidas: líbero Fabizinha, centrais Carol Gattaz, Walesca, Thaisa e Fabizona; pontas Jaqueline, Sassá, Paula pequeno, Mari; levantadoras Carol Albuquerque e Fofão e opostos Renatinha e Sheila.
Nesse ciclo estamos com confusão de peças, ninguem sabe quem é ponta, quem é oposta, quem é central ou quem virará libero.
Se o Zé Roberto for campeão com esse grupo aí sim vou tirar o chapéu para ele e nunca mais o contestarei. Vamos até onde ele pode ir com o grupo e o quanto pode tirar das atletas.
Obs. Quando toda a cerimônia de premiação é exibida o torneio ganha outra importância. Fiquei feliz de ver brasileiras em primeiro lugar, ganhando prêmios. Fiquei orgulhoso das meninas. Estar entre atletas de países desenvolvidos que sempre viveram bem e com mais oportunidades é motivante.