Desta vez, o Brasil suou
Segundo amistoso entre Brasil e Polônia, 3x0 para a seleção brasileira e set extra disputado. A história foi parecida a do primeiro encontro, mas desta vez o Brasil teve que derramar algumas gotas de suor para conseguir o resultado.
Primeiro porque a Polônia, com um bom saque, dificultou a virada de bola brasileira. O Brasil empacou no primeiro e no terceiro sets em alguns momentos por causa do passe e dos erros de ataque.
Segundo, o Brasil foi mais exigido defensivamente pela Polônia que também teve bons momentos de volume de jogo. E acho que o trabalho feito na defesa e na armação e aproveitamento dos contra-ataques foi o principal ponto positivo da seleção neste amistoso.
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A Roberta distribuiu bem a partir do segundo set, inclusive nos contra-ataques, sendo objetiva ao acionar as atacantes que cruzavam com o bloqueio mais baixo das ponteiras Brzoska e Grajber e deslocando as gigantes meio de rede polonesas.
Funcionaram bem as bolas de fundo meio, nem tanto as de primeiro tempo. Essas ainda são bolas que não saem redondas e não nos passam segurança.
Claro que, tanto para a Roberta como para o time como um todo, falta um padrão, uma regularidade. Há ainda muita alternância durante o jogo, o que só poderá ser sanado com a sequência de partidas.
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Sobre as “novidades” e as "experimentações"
- A Bia foi bem no ataque, mas se mostrou com reação lenta no bloqueio da primeira bola polonesa.
- Edinara se saiu melhor no ataque na parceria com a Naiane do que com a Macris nas inversões. É de se destacar como, mesmo com participações curtas, ela não passa indiferente, sendo protagonista das disputas de bola na sua passagem pela rede.
- Imaginei que o Zé Roberto fosse optar pela Macris como primeira reserva da Roberta nestes amistosos, mas ele revezou. Desta vez, quem entrou foi a Naiane que, a meu ver, esteve bem. Em termos de entrosamento, esteve melhor do que a Macris. Só que o teste da Naiane mesmo será quando ela enfrentar uma situação de pressão.
Comentários
Apesar da necessidade de entrosamento, ainda não consigo perceber o porque da comissão técnica não testar novas jogadoras e possibilidades neste início de trabalho.
Pelos lances que vi, é INADIMISSÍVEL uma jogadora de seleção NÃO ter poder de reação durante um rally como eu vi em algumas oportunidades a Bia fazer (parece jogadora iniciante que cai no chão e fica olhando e esperando o desenrolar da jogada). FALA SÉRIO!!!
Passe estourou, defesa ruim/passe de contra ataque tem que dar opção COM SEGURANÇA para a levantadora (jogadora de meio tem que puxar!). Francamente, pra mim já perdeu ponto na disputa por uma vaga.
No mais concordo com a Laura, tenho gostado MUITO da Edinara, sempre entrando com personalidade. E vamos ao GP!
SERVIA– Mihajlovic 31, Rasic 16, Stevanovic 16, S.Malagurski 12, Bjelica 7, Lazarevic 3, Antonijevic 3, Zivkovic 2, Busa 2.
Em relação ao entrosamento da Roberta com a Bia uso os mesmos argumentos acima. Bia não estava com o grupo desde o torneio de Montreux, então, na medida em que os treinamentos se intensificarem, a Roberta acerta melhor o tempo da bola dela.
No mais, acho que o ZRG perdeu uma grande oportunidade nesses amistosos contra a Polônia. O ideal seria que ele aproveitasse essas chances para fazer testes na equipe, rodando bem as jogadoras, coisa que ele não faz. Quando ele se apega com uma coisa, ele vai com ela até o fim! Uma pena, pois, no Grand Prix, é que ele não vai fazer testes...
Percebo uma má vontade para com a Macris.
Não acho a Bia essa centralzona a nível internacional não. Talvez por nunca ter sido testada de fato no selecionado principal. Confesso que tenho uma quedinha pelo jogo da Adê, mas principalmente pelo que mostrou na primeira temporada na Itália, jogando num time mediano, com uma levantadora medíocre acho que o nome dela sai na frente pra ser titular. Também gosto muito da Thaísa, mas não sabemos ao certo como vai voltar após a lesão. Ano passado não voltou tão bem (até porque não estava 100%).
Sobre a Bia, só a acho uma boa jogadora, mas não é de decisão. Já perdi a conta de quantas vezes ela sumiu nos jogos de decisão do Osasco. Espero que mude e melhore na seleção.
Voltando às levantadoras, acho que a Roberta tem tudo para tirar até a vaga da Dani Lins. Tem evoluído muito e acho que fica mais à vontade com o jeito do Zé, mais calmo que o do Bernardinho. Sentia que o Bernardo a deixava meio nervosa e desnorteada com tantos gritos e aquele jeito dela. Agora, quando o passe sai, ela tem feito uma boa distribuição, jogando bem com atacantes com quem nunca jogou. Ponto para ela. Tô apostando nela agora. Não gosto muito do jeito dela de songa monga, mas ela tá crescendo muito. Pode nos dar muitas alegrias.
Thaísa já deixou claro que só volta à seleção quando estiver 100% fisicamente.
Como joguei nessa posição nos tempos de adolescente, sempre gosto mais de comentá-la. No caso das levantadoras, não sei como vai voltar a Dani Lins. Na minha opinião nunca foi esse assombro todo que a mídia gosta de pintar, mas das que vizualizo neste ciclo ela está (ou estava) um passo à frente. Não descarto também a Fabíola, já que pro levantador experiência conta muito e, além disso nas temporadas que ela jogou pelo Volero vinha apresentado um nível superior ao de Dani Lins. Pena que na seleção, algumas jogadoras nunca brigam em condições de igualdade.