Começo vencedor
Pode-se dizer que a final do Montreux foi um breve e menos intenso resumo da trajetória brasileira no torneio.
O Brasil começou a decisão com um passe que tirava a Roberta do lugar e que tornava o seu jogo mais lento, além dos erros de ataque e desperdícios de contra-ataques. Tinha dificuldade de marcar os bons contra-ataques da Alemanha, que novamente mostrou um ótimo volume de jogo.
No entanto, aos poucos, com uma boa passagem da Rosamaria no saque e graças às falhas alemãs, o Brasil foi se encontrando na marcação do bloqueio, controlando os seus erros e tomou conta do jogo, assim como fez na semifinal contra a China.
Na virada de bola não foi tão eficiente como contra as chinesas, mas resolveu melhor as chances que criou nos contra-ataques, principalmente com a Rosa.
O Brasil começou a decisão com um passe que tirava a Roberta do lugar e que tornava o seu jogo mais lento, além dos erros de ataque e desperdícios de contra-ataques. Tinha dificuldade de marcar os bons contra-ataques da Alemanha, que novamente mostrou um ótimo volume de jogo.
No entanto, aos poucos, com uma boa passagem da Rosamaria no saque e graças às falhas alemãs, o Brasil foi se encontrando na marcação do bloqueio, controlando os seus erros e tomou conta do jogo, assim como fez na semifinal contra a China.
Na virada de bola não foi tão eficiente como contra as chinesas, mas resolveu melhor as chances que criou nos contra-ataques, principalmente com a Rosa.
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O Brasil, no Montreux, seguiu a lógica do seu treinador que preferiu dar corpo a uma base de time do que fazer experimentações. Assim, evoluiu e amadureceu durante o torneio e levantou sua primeira taça no ano.
A conquista de Montreux, por si só, tem pouco valor, mas a experiência deve ter valido a pena para algumas das novatas do grupo, caso da Roberta, Drussyla e Rosamaria. Dá confiança para um início de trabalho em busca de um espaço na seleção.
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+Montreux
Seleção do torneio:
Levantadora: Roberta (Brasil)
Oposto: Gong (China)
Ponteiras: Natália (Brasil) e Nizetich (Argentina)
Centrais: Carol (Brasil) e Schölzel (Alemanha)
Líbero: Lenka Dürr (Alemanha)
MVP: Carol
A organização do torneio só considerou as seleções semifinalistas e ainda apelou para a vocação diplomática da Suíça para representar todas as nações no time das “melhores”.
Levantadora: Roberta (Brasil)
Oposto: Gong (China)
Ponteiras: Natália (Brasil) e Nizetich (Argentina)
Centrais: Carol (Brasil) e Schölzel (Alemanha)
Líbero: Lenka Dürr (Alemanha)
MVP: Carol
A organização do torneio só considerou as seleções semifinalistas e ainda apelou para a vocação diplomática da Suíça para representar todas as nações no time das “melhores”.
Assim se explica a ausência da oposto Lippman, da Alemanha, e a presença da ponteira Nizetich. A líbero alemã Dürr é que, para mim, é inquestionável. Esteve em tudo em que é canto da quadra para defender, além de ter qualidade no passe.
A Natália teve o reconhecimento pelo que fez no fundo de quadra. Apesar de ter feito uma boa final no ataque (está pegando bolas altíssimas, por sinal), ficou longe de ter um bom aproveitamento no ataque durante o Montreux.
A Carol não seria sequer minha MVP da seleção, imagina do torneio. Ela teve o mérito de, no Montreux, ter tido uma boa média nos três fundamentos que contam para as centrais (saque, bloqueio e ataque), mas foi pouco confiável. Ela me lembra a Carol Gattaz no seu início da seleção: é meio atrapalhada e comete erros bobos.
A Adenízia roubou a cena no bloqueio no Montreux, merecia ter tido o reconhecimento.
A Natália teve o reconhecimento pelo que fez no fundo de quadra. Apesar de ter feito uma boa final no ataque (está pegando bolas altíssimas, por sinal), ficou longe de ter um bom aproveitamento no ataque durante o Montreux.
A Carol não seria sequer minha MVP da seleção, imagina do torneio. Ela teve o mérito de, no Montreux, ter tido uma boa média nos três fundamentos que contam para as centrais (saque, bloqueio e ataque), mas foi pouco confiável. Ela me lembra a Carol Gattaz no seu início da seleção: é meio atrapalhada e comete erros bobos.
A Adenízia roubou a cena no bloqueio no Montreux, merecia ter tido o reconhecimento.
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Pê ésse:
- No próximo post faremos um balanço sobre o que deu certo e o que não funcionou no primeiro torneio do ano da seleção brasileira.
Comentários
Quanto às jogadoras, a Itália fez muito bem a Adenízia, bloqueou muito e espero que continue fazendo uma boa temporada esse ano.
Roberta é uma jogadora completa em todos os fundamentos, além de levantar bem, bloqueia, saca, defende e faz bem o trabalho de cobertura. Levou algum tempo para se entrosar com algumas jogadoras, mas quando teve tempo pra isso foi muito bem. Sei que a Laura não gosta muito dela, mas eu deposito muitas esperanças na sua evolução na posição.
Carol voltou a ser aquela Carol da temporada passada e que não tinha dado as caras nessa temporada.
Rosamaria, assim como Drussyla, esteve muito inconstante, mas na reta final ela mostrou uma grande evolução tanto no ataque quanto no passe.
Natália esteve muito bem no fundo de quadra, o que sempre foi seu calcanhar de Aquiles, embora não tenha sido aquela Natália no ataque que estamos acostumados. Ouvi rumores que ela está lesionada e talvez isso explique essa queda dela no ataque. Aliás, ela hoje estava batendo as bolas a uma altura incrível.
Tandara, apesar da má partida de hoje, fez um bom torneio no ataque.
Suelen flutuou em alguns instantes no passe, mas é a melhor líbero em atividade, tirando a Fabizinha é claro. Lembrando que Camila não está em atividade.
Edinara promete, heim? Menina nova, mas abusada. Gostei dela.
Drussyla é uma promessa que se concretizará, mas precisa trabalhar mais, ainda não tem aquela regularidade necessária. Precisa ainda de muita rodagem, mesmo porque era reserva até há pouco tempo atrás. Acho que a veremos muito com a camisa verde amarela no futuro.
No mais, parabéns as meninas pelo início promissor.
Melhor Levantadora: Roberta Ratzke,Brasil. Com 57.69% de sucesso na defesa, 8.97% de ACES dentre os saques efetuados, 9.52% de sucesso no bloqueio, 44.44% de sucesso no ataque de segunda e 34.18% de sucesso na armação das jogadas.
Melhores Centrais:
Ana Carolina da Silva,Brasil. Com 42.11% de sucesso na defesa, 4.76% de ACES dentre os saques efetuados, 20.24% de sucesso no bloqueio e 51.56% de sucesso no ataque.
Marie Schölzel,Alemanha. Com 55,56% de sucesso na defesa, 4.55% de ACES dentre os saques efetuados, 25.00% de sucesso no bloqueio e 46.67% de sucesso no ataque.
Melhores Ponteiras-passadoras:
Yamila Nizetich,Argentina. Com 45.04% de eficiência no passe, 71,79% de sucesso na defesa, 4,35% de ACES dentre os saques efetuados, 25,81% de sucesso no bloqueio e 36,59% de sucesso no ataque.
Natália Pereira,Brasil. Com 58.39% de eficiência no passe, 69.70% de sucesso na defesa, 5.49% de ACES dentre os saques efetuados, 28.57% de sucesso no bloqueio e 35.47% de sucesso no ataque.
Melhor Líbero: Lenka Dürr,Alemanha. Com 57.76% de eficiência no passe, 62.16% de sucesso na defesa.
Melhor Oposto: Gong Xiangyu,China. Com 71,21% de sucesso na defesa, 7,59% de ACES dentre os saques efetuados, 30,76% de sucesso no bloqueio e 40,51% de sucesso no ataque.
MVP:Ana Carolina da Silva,Brasil.
Creio que o bom desempenho na final foi fundamental para que ANA CAROLINA fosse eleita a MVP DA MONTREUX VOLLEY MASTERS. Concordo que ADENÍZIA foi a MELHOR BLOQUEADORA do torneio, no conjunto dos fundamentos SAQUE,ATAQUE e BLOQUEIO, CAROL acabou se saindo melhor que ADENÍZIA... Imagino se JUCIELY estivesse jogando esse torneio, ela iria arrasar!!! Ana Carolina teve um desempenho melhor no ataque que no bloqueio, ao passo que Adenízia foi melhor no bloqueio que no ataque. Considerando o conjunto da obra, SAQUE, ATAQUE e BLOQUEIO, ANA CAROLINA foi eleita MVP da MONTREUX VOLLEY MASTERS.
Considerando o DESEMPENHO DA FINAL 3X0 contra a ALEMANHA, as brasileiras tiveram o seguinte desempenho na decisão:
PASSE:
1. Suelen 88.89% de sucesso
2. Amanda 66.67%
3. Natalia 50.00%
4. Rosamaria 31.25%
No passe, nossa líbero SUELEN beirou à perfeição no fundamento nessa final contra as alemãs, ao passo que ROSAMARIA sofreu muito no fundamento, mas tentou compensar no ataque.
DEFESAS:
1. Natalia 10
2. Tandara 8
3. Roberta 7
4. Suelen 6
5. Rosamaria 4
6. Adenizia 2
7. Ana Carolina 1
7. Edinara 1
O quarteto NATÁLIA, TANDARA, ROBERTA e SUELEN defendeu muito bem, superando as alemãs no fundamento.
ATAQUE:
1. ANA CAROLINA 71.43% de sucesso
2. EDINARA 60%
3. ADENÍZIA 57.14%
4. NATÁLIA 50.00%
5. ROSAMARIA 47.83%
6. TANDARA 25.00%
Excelente partida de CAROL no ataque com mais de 70% de sucesso no ataque, quem teve dificuldades foi Tandara, que não foi muito bem no ataque, mas ajudou bastante na defesa.
PONTOS DE BLOQUEIO:
1. ADENÍZIA 5
2. NATÁLIA 3
2. ANA CAROLINA 3
4. ROSAMARIA 1
4. ROBERTA 1
4. TANDARA 1
ADENÍZIA, CAROL e NATÁLIA juntas marcaram 11 dos 14 bloqueios brasileiros, que bloquearam mais que as alemãs nessa final.
ACES:
1. ROSAMARIA 3
ROSAMARIA FOI a única a marcar ACES pelo seleção brasileira na final.
Sempre acompanho o blog, mas meus parabéns.
No que diz respeito a Adenízia.
Acho ela ótima no meio de rede, mas fica limitada no ataque por causa da qualidade dos levantamentos da Roberta.
Sobre a Rosamaria, adorei vê-la jogar com garra.
Sobre Natália, quero ela na Saída de rede(justamente por pegar a bola muito alto) e a Tandara que não tem o mesmo alcance mas tem muita explosão iria jogar na ponta.
Treinar o passe de Rosamaria e Tandara para ver se elas se encaixam na ponta sem virar alvo de saque e comprometer.
No que diz respeito a posição de Líbero, como a Suelen emagreceu e ganhou muito mais agilidade! Está de parabéns! Mas ainda torço pela volta da Brait, que no meu ver, é a Líbero de maior qualidade no passe e na defesa que poderíamos trabalhar nesse ciclo.
Edinara agradou o Zé, ele deu bastante oportunidade a ela que não decepcionou.
Mara jogou pouco porque Adenízia tem cadeira cativa, e Carol teve preferência por ter um saque muito bom
Drussyla perdeu confiança ao ver a Rosa tomando a titularidade, nas vezes em que substituiu a Natália, não fez nada demais voltando logo para o banco. Ela é muito nova e essa foi a estreia na seleção adulta, tem futuro e merece desconto.
Vocês viram a Roberta jogando a bola para fora da quadra duas vezes hoje? Já vi ela fazendo o mesmo na Superliga, tenta passar a bola para o outro lado e acaba errando feio jogando a bola muito pra fora, muito esquisito.
Natália tem um semblante estranho, parece que está com dor, desconforto ou insatisfação de estar em quadra, deve estar com a mão machucada mesmo, ajudou muito hoje.
Gostei muito da atuação do nosso time!!
Brasil tem muito a evoluir, mas como início de temporada e novo ciclo, o time está de parabéns pelo título la na Suíça.
Rosa jogou muito na semifinal e também nessaa final. Para eu a melhor jogadora do Brasil no torneio foi a Ade.
Parabéns Zé Roberto. Confio em seu trabalho.
Só queria ver a Natália como oposto passadora.
O que acha Laura? ?
Desde o início dos amistosos contra a República Dominicana, o time estava muito desencaixado, errando muito passe, levantamentos imprecisos, mas com o início do Torneio de Montreux vimos elas evoluírem.
Roberta melhorou muito a precisão das bolas pra Tandara, me lembro que isso era questionável desde o Grand Prix do ano passado, mas agora podemos dizer que ela tem mais acertado do que errado. E também foi bom ver o entrosamento dela com a Rosamaria beirando a perfeição.
O time melhorou tanto que elas já estão até mais soltas, rindo mais, comemorando mais, isso que é gostoso de se ver na seleção brasileira.
Edinara tem muito futuro. Adorei vê-la na seleção. Que continue assim.