Tem gringo no banco
Depois de semanas de buscas e sondagens, resolvida a novela: Stefano Lavarini será o comandante do Minas na temporada 17/18.
Não existe uma tradição, portanto, de outras escolas ou outros pensamentos na competição brasileira. A Superliga tem um DNA muito brasileiro.
Aqui, ele é o estrangeiro. O time já está praticamente montado sem a sua interferência. Há uma série de jogadoras, não só no Minas, que ele não tem conhecimento ou conhece muito pouco. Coisas pelas quais ele terá que correr atrás e que requerem um bom tempo.
O meu receio é que, nesta posição de novato, Lavarini possa ser engolido pelo time, ainda mais se não mostrar resultados de cara. Tem duas jogadoras de personalidade forte que podem assumir o comando do time informalmente: Hooker e Macris.
Hooker tem o poder da bola. Criou uma identidade com o Minas e percebe-se seu peso no grupo. E Macris, mesmo na sua temporada de estreia, também pode oferecer resistência ao comando de Lavarini, pois ela não costuma dar muito ouvidos às orientações dos treinadores. Se ela não ouviu o Zé Roberto, que dirá Lavarini.
Por outro lado, Lavarini chega com um novo olhar e com um novo espírito que pode ser positivo para a competição. Ele deve saber, obviamente, quem é que manda no cenário nacional. Mas, exatamente por esta posição de novato, pode assumir uma posição mais ousada e, digamos, desrespeitosa ao status quo brasileiro.
Serão muitas novidades para digerir. Para os dois lados, aliás.
Fico na torcida para que a experiência dê certo. Acho que o Brasil, assim como a Itália, tem uma boa escola de treinadores que podem dar conta com competência das equipes daqui. Mas a troca de conhecimentos e a abertura para outras visões e modos de trabalho são sempre incentivadoras da qualidade nas competições nacionais.
Italiano, Lavarini fazia parte, desde 2010, do staff técnico do tradicional time do Bergamo, mas foi em 2012 que assumiu, pela primeira vez na carreira, o posto de treinador principal. Sob seu comando, o Bergamo venceu a Copa Itália do ano passado. Lavarini ainda trabalhou como assistente de Giovani Guidetti e da Lang Ping.
Trabalhar em uma liga estrangeira será uma novidade para Lavarini tanto quanto será para o Minas e para o vôlei brasileiro feminino receber um “gringo” no comando de uma das equipes. Na história recente da Superliga feminina, não me recordo de nenhum estrangeiro que tenha assumido o posto de treinador.
Trabalhar em uma liga estrangeira será uma novidade para Lavarini tanto quanto será para o Minas e para o vôlei brasileiro feminino receber um “gringo” no comando de uma das equipes. Na história recente da Superliga feminina, não me recordo de nenhum estrangeiro que tenha assumido o posto de treinador.
Não existe uma tradição, portanto, de outras escolas ou outros pensamentos na competição brasileira. A Superliga tem um DNA muito brasileiro.
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Este será um dos desafios de Lavarini. Apesar de a experiência da liga italiana ter dado a ele, certamente, um jogo de cintura para aproveitar da melhor forma os mais diversos estilos de jogo de cada atleta estrangeira, ali ele representava a base da qual partia todo o resto.
Aqui, ele é o estrangeiro. O time já está praticamente montado sem a sua interferência. Há uma série de jogadoras, não só no Minas, que ele não tem conhecimento ou conhece muito pouco. Coisas pelas quais ele terá que correr atrás e que requerem um bom tempo.
O meu receio é que, nesta posição de novato, Lavarini possa ser engolido pelo time, ainda mais se não mostrar resultados de cara. Tem duas jogadoras de personalidade forte que podem assumir o comando do time informalmente: Hooker e Macris.
Hooker tem o poder da bola. Criou uma identidade com o Minas e percebe-se seu peso no grupo. E Macris, mesmo na sua temporada de estreia, também pode oferecer resistência ao comando de Lavarini, pois ela não costuma dar muito ouvidos às orientações dos treinadores. Se ela não ouviu o Zé Roberto, que dirá Lavarini.
Por outro lado, Lavarini chega com um novo olhar e com um novo espírito que pode ser positivo para a competição. Ele deve saber, obviamente, quem é que manda no cenário nacional. Mas, exatamente por esta posição de novato, pode assumir uma posição mais ousada e, digamos, desrespeitosa ao status quo brasileiro.
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Serão muitas novidades para digerir. Para os dois lados, aliás.
Fico na torcida para que a experiência dê certo. Acho que o Brasil, assim como a Itália, tem uma boa escola de treinadores que podem dar conta com competência das equipes daqui. Mas a troca de conhecimentos e a abertura para outras visões e modos de trabalho são sempre incentivadoras da qualidade nas competições nacionais.
Comentários
Essa rebeldia aí num se cria nao, pois bola EU nao vejo...