O troco
Playoff Champions League - 2º jogo
Fenerbahce 1x3 Eczacibasi
(31-29; 14-25; 25-27; 23-25)
Depois de perder no primeiro encontro com o Eczacibasi no campeonato turco, o Fenerbahce aparentava ter encontrado a forma de bater o super estrelado rival. As disputas no returno do turco, na Copa da Turquia e na primeira rodada do playoff da Champions tinham sido todas equilibradas, mas com um final feliz para a equipe de Kim e Natália.
É que, nestas ocasiões, o conjunto e a maior regularidade do Fener falaram mais alto do que os destaques individuais do confuso Eczacibasi. Na decisiva partida classificatória para o Final Four da Champions, porém, o Fener não mostrou a mesma coesão.
É que, nestas ocasiões, o conjunto e a maior regularidade do Fener falaram mais alto do que os destaques individuais do confuso Eczacibasi. Na decisiva partida classificatória para o Final Four da Champions, porém, o Fener não mostrou a mesma coesão.
O time não deixou de fazer um jogo equilibrado contra o Eczacibasi e poderia até ter saído vencedor, mas fugiu um pouco do padrão de qualidade de jogo que vinha apresentando.
Pra falar a verdade, uma prévia dos problemas de hoje já tinham sido apresentados na primeira partida do Playoff. A diferença é que lá o Fener conseguiu também explorar as muitas instabilidades do Eczacibasi. Desta vez, porém, o "instável" da partida foi o próprio Fener.
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A principal arma do Eczacibasi foi o seu saque. Foi um fundamento no qual o time arriscou e, por consequência, errou muito. Mas foi um risco que, posto na balança, valeu a pena porque desestabilizou seriamente a linha de passe do Fener.
A recepção não deu segurança para as viradas de bola e impediu diversas vezes que o time engrenasse uma recuperação ou mantivesse uma vantagem no placar. Tomkom e a levantadora reserva não conseguiram quebrar, assim, a presença forte do bloqueio do Eczacibasi – com destaque para a Thaisa, inclusive - que, defensivamente, esteve muito atento.
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Sem ter um aproveitamento tão bom quanto o seu adversário no ataque, o Fener poderia ter respondido com maior volume de jogo ou mesmo no bloqueio. Mas também não conseguiu desestabilizar a confiança da armação ofensiva e das definições do Eczacibasi.
Tudo porque não manteve um padrão de jogo do início ao final. Tinha boas passagens de saque com a Natália, por exemplo, para depois vir uma sequência de erros no fundamento. Defendia bolas difíceis e logo depois bobeava numa cobertura de bloqueio, e etc.
Do outro lado, não se pode deixar de falar da excelente partida feita pela Boskovic. Com a Kosheleva sacada no segundo set para dar lugar a Baladin, o rojão pelas pontas ficou todo nas mãos da sérvia. E ela foi decisiva tanto no ataque como no saque.
A recepção do Eczacibasi ficou longe daquelas atuações horrorosas que nos acostumamos a ver. Até mesmo porque a protagonista destas cenas (Kosheleva) foi tirada do time no segundo set. O time teve seus momentos de erros, mas que pesaram bem menos do que ao Fener, uma equipe mais dependente de velocidade e sem a Kim num dia tão inspirado como a Boskovic.
Do outro lado, não se pode deixar de falar da excelente partida feita pela Boskovic. Com a Kosheleva sacada no segundo set para dar lugar a Baladin, o rojão pelas pontas ficou todo nas mãos da sérvia. E ela foi decisiva tanto no ataque como no saque.
A recepção do Eczacibasi ficou longe daquelas atuações horrorosas que nos acostumamos a ver. Até mesmo porque a protagonista destas cenas (Kosheleva) foi tirada do time no segundo set. O time teve seus momentos de erros, mas que pesaram bem menos do que ao Fener, uma equipe mais dependente de velocidade e sem a Kim num dia tão inspirado como a Boskovic.
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A jornada do Fener na Champions acaba aqui, mas o duelo contra o Eczacibasi não. Os times voltam a se encontrar pela semifinal do campeonato turco. Mais confrontos equilibradíssimos por vir.
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Força, Thaisa!
Eu era criança quando vi uma das piores cenas da minha vida na televisão. Era um jogo de vôlei e um atleta teve a mesma lesão que hoje a Thaisa teve a infelicidade de ter. O jogador chegou a desmaiar de tanta dor e aquilo me impressionou muito.
Hoje não foi diferente. Literalmente passei mal em ver a cena. Não só pela lesão, mas também por ver Thaisa “abandonada” em quadra, chorando e gritando de dor, com as companheiras impressionadas e assustadas com o acontecimento sem coragem para lhe dar um apoio.
Ainda não se tem muita informação sobre a lesão, mas não é preciso ser nenhum especialista para saber que a temporada da Thaisa acabou. Além do grave problema no tornozelo, ela terá que lidar com uma nova cirurgia no joelho, no qual o tratamento de uma lesão foi irresponsavelmente postergado pela sua equipe.
Ou seja, a temporada no exterior, tão necessária para que a jogadora se renovasse, acaba por ter um final triste com efeitos que não sabemos o quanto poderão ser decisivos no restante de sua carreira.
Não duvido da capacidade de superação e determinação da Thaisa e é nela que confio para que se recupere e volte a ser a jogadora de alto nível que sempre foi. Fica aqui minha torcida!
Comentários
Foi isso o que aconteceu :(
Força Thaisa !
Quanto à Thaisa, tive momentos de agonia assistindo o jogo. Apesar da tragédia anunciada, é sempre muito chocante isso. Lembro da epoca que a Mari também se contundiu na Turquia (porém pelo Fener), tive uma sensação bem parecida com a de ontem. Que sirva de lição para outra jogadoras de não ficar jogando no sacrifício, pois uma hora pode acontecer algo pior. E que a Thaisa tire uma folga agora, se recupere por completo e volte 100%.
Lembro que qd recebi a notícia sobre a lesão no joelho (ruptura parcial do ligamento lateral do joelho esquerdo e de parte do menisco), já em fevereiro, pensei logo q era um perigo continuar jogando e que não havia razão para tanto sacrifício. O Eczacibasi sobreviveria mto bem sem ela naquele momento.
Vejam bem, ela se lesionou em 20/01. Jogou logo depois dia 24 pela Champions. Aí deu uma parada e voltou ao final de fevereiro, dia 22/02 para enfrentar o Vitra, um mês depois da lesão.
Depois pensei que estava dando pitaco demais num assunto no qual não tenho conhecimento. No fim, minha primeira impressão de que a coisa toda não estava certa, infelizmente, acabou se confirmando. :(
É verdade, George. Os atletas têm esta coisa - que não deixa de ser bonita - de jogar no sacrifício, de se doar. Mas a verdade é que não havia motivo para isso no caso da Thaisa. Ela deveria ter se colocado em primeiro lugar e o clube ter sido muito, mas MUITO mais responsável e cuidadoso com a saúde dela.
Wilson, que bom te ler aqui de novo! Pena é que seja numa situação triste...