Inabalável
Camponesa/Minas 0x3 Rexona-Sesc
O Rexona conquistou mais uma daquelas suas vitórias que, pelo placar, parecem fáceis, mas que são, na realidade, fruto de muito trabalho e aplicação tática.
Dificilmente o Minas conseguia colocar uma bola de primeira na quadra carioca. Mas para o Rexona também não foi fácil pontuar direto no ataque. A diferença é que o time de Bernardinho, além da paciência no trabalho de bola, teve atacantes muito mais decisivas.
Gabi e Monique souberam explorar o bloqueio e as brechas da defesa mineira com perfeição. Tiveram muito mais êxito do que a Buijs, que usou muito mais sua força do que habilidade. O Minas não soube marcar as variedades de golpes e recursos da Gabi, em mais uma partida de destaque.
Roberta colocou todo mundo para jogar e não teve que se preocupar com o passe. Já o Minas teve momentos ruins na recepção, principalmente em boas passagens da Carol no saque.
O Minas mais uma vez ficou naquele troca-troca de levantadoras para, no fim, nenhuma delas conseguir colocar a Hooker na partida. E a norte-americana também não se ajudou muito com algumas bolas bobas desperdiçadas.
A Naiane sem dúvida faz um jogo mais distribuído (não exatamente equilibrado) e sabe jogar com velocidade, o que faz com que a Jaque e a Rosamaria se encaixem melhor no jogo. Mas tanto o jogo dela como o da Karine foi muito bem lidos e marcados pelo Rexona.
Como se vê, a vida do Minas não foi nada fácil. Precisou correr atrás de acertar os seus problemas de ataque ao mesmo tempo em que tentava se defender da ofensiva carioca e, tudo isso, sem que o adversário desse uma brecha sequer. Por mais que o Rexona tenha cometido mais erros do que de costume, as falhas não vieram em sequência. O time sempre se recuperou muito rápido às raras quedas na partida.
E esse é o grande desafio para o Minas. Em plena semifinal, o time ainda busca alcançar a regularidade e um nível de jogo “bom”, que não é o suficiente para bater o Rexona. Se a missão já era difícil antes da série começar, agora, com uma derrota em casa, é quase impossível.
(20-25; 19-25; 18-25)
Foto: Orlando Bento/MTC
O Rexona engoliu o Minas em todos os fundamentos, mas venceu o jogo a partir do seu sistema defensivo. É só ver o desempenho do bloqueio carioca, por exemplo. O Minas é quem domina o fundamento nas estatísticas da Superliga, mas quem brilhou na partida foi o Rexona.
Foi com o bloqueio e o ótimo volume de jogo que o time conseguiu frear o ritmo acelerado em que o Minas começou o duelo. Ali o Rexona não só controlou o ímpeto mineiro como colocou o jogo em suas mãos. Cadenciou a partida trabalhando o ataque e o contra-ataque com paciência e deixando a afobação e os erros para o adversário, como sempre faz.
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Dificilmente o Minas conseguia colocar uma bola de primeira na quadra carioca. Mas para o Rexona também não foi fácil pontuar direto no ataque. A diferença é que o time de Bernardinho, além da paciência no trabalho de bola, teve atacantes muito mais decisivas.
Gabi e Monique souberam explorar o bloqueio e as brechas da defesa mineira com perfeição. Tiveram muito mais êxito do que a Buijs, que usou muito mais sua força do que habilidade. O Minas não soube marcar as variedades de golpes e recursos da Gabi, em mais uma partida de destaque.
Roberta colocou todo mundo para jogar e não teve que se preocupar com o passe. Já o Minas teve momentos ruins na recepção, principalmente em boas passagens da Carol no saque.
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A Naiane sem dúvida faz um jogo mais distribuído (não exatamente equilibrado) e sabe jogar com velocidade, o que faz com que a Jaque e a Rosamaria se encaixem melhor no jogo. Mas tanto o jogo dela como o da Karine foi muito bem lidos e marcados pelo Rexona.
Como se vê, a vida do Minas não foi nada fácil. Precisou correr atrás de acertar os seus problemas de ataque ao mesmo tempo em que tentava se defender da ofensiva carioca e, tudo isso, sem que o adversário desse uma brecha sequer. Por mais que o Rexona tenha cometido mais erros do que de costume, as falhas não vieram em sequência. O time sempre se recuperou muito rápido às raras quedas na partida.
E esse é o grande desafio para o Minas. Em plena semifinal, o time ainda busca alcançar a regularidade e um nível de jogo “bom”, que não é o suficiente para bater o Rexona. Se a missão já era difícil antes da série começar, agora, com uma derrota em casa, é quase impossível.
Comentários
O Minas é muito dependente da Hooker, o que acaba tornando escassas as opções da Naiane. A Jaque só levou toco atrás de toco. A Rosamaria não é nem de longe a jogadora de meses atrás, raramente consegue pontuar. Uma andorinha só não faz verão, não contra o Rexona.
Além do mais, como já era de se esperar, o Rexona defendeu absurdamente bem no jogo de hoje, fez inveja até à seleção japonesa.
Quanto à série de jogos, pra mim já era para as mineiras, a esperança era o Minas vencer hoje para almejar algo. Só torço para que esses dois próximos jogos sejam equilibrados.
Gostei muito do jogo da levantadora do Rexona, ela simplesmente tava defendendo todas as bolas da Hooker, muito bem posicionada, fazendo com que, óbvio, sua confiança fosse lá para o alto e distribuísse o jogo com maestria.
As bolas foram levantadas no tempo certo, colocou as Centrais para atacar bolas de 1° Tempo com velocidade e simplesmente sacou muito, quebrando por diversas vezes a recepção do Camponesa.
Acho que o Paulo Coco não fez bem em trocar Naiane por Karine. O jogo da Naiane tava mais redondo, as bolas pra Hooker estavam em melhores condições. Depois que ela foi pro banco e voltou, simplesmente voltou perdida.
Roberta tava pegando quase todas as diagonais da Hooker..
Parabéns ao Rio.. e espero um jogo melhor na próxima partida..
O Rexona/Sesc-RJ fez sua melhor partida na temporada no quesito técnico. Na parte tática, um show de estudo e aplicação perfeita do combinado em relação ao jogo do adversário.Trabalho minucioso e perfeito do Bernardo e Comissão Técnica do clube. Temos que considerar, ainda, que o Camponesa-Minas é um ótimo time em valores individuais, provavelmente, superior até ao Rexona/Sesc-RJ. Falta um pouco de espírito de equipe e mais entrosamento tático. Psicologicamente, está muito dependente da Hooker, que como dito anteriormente em comentário do L. Mesquita, é uma fenomenal atacante de bolas bem levantadas, mas cai bastante se não for assim.
No outro jogo, a partir do segundo set, o bom, mas também instável time do Volei Nestle/ Osasco, não precisou jogar. Bastava a bola passar para o outro lado, seja por ataque forte, meia-força ou apenas largadas, que caia na quadra do Dentil-Praia. Parecia jogo de profissionais contra iniciantes no esporte, todos os gestos técnicos e básicos eram mal executados pelas jogadoras do Praia. Condição psicológica zero. Realmente vergonhoso o desempenho. Individualmente e completo, com Fabiana e Waleuska, o time tem muito potencial. Na prática, desaba emocionalmente assim que enfrenta alguma dificuldade.
Com a Dani Lins o Bernardo fazia a mesma coisa, em nenhum momento deixava de pegar no pé dela para que ela se superasse. Enquanto que na seleção o Zé gritava pra ela "EU VOU TE TIRAR", no clube o Bernardo extraía o melhor dela e pedia que ela se acalmasse.
Não gosto de algumas atitudes do Bernardo, assim como a maioria, mas temos que concordar que ele faz uma diferença absurda na vida de um(a) jogador(a) de vôlei que quer melhorar como atleta.
A Naiane não consegue. Jaque podia aparecer mais.
Agora só para pontuar. O árbitro, o mesmo de sempre, Espicarlsky, não marcou um ponto de toque no bloqueio que daria ao Minas o empate no fim do primeiro set. Além disso deixou vários 2 toques passarem da Roberta. Também marcou uma invasão por baixo que não existiu acho que da Rosamaria.
O Minas paga o preço de se estruturar apenas no fim do campeonato. Não tem a mesma consistência do Rio e suas 7 jogadoras-líbero.
Diferença dela.. é pq é comandada pelo melhor técnico do mundo.. EU não queria ela na seleção não..
O que tem a ver uma coisa com a outra?
Ah, e só pra destacar, neste ano que perdeu, a oposta era a Sheilla, jogadora de bola rápida, com quem a Fabíola nunca adquiriu entrosamento conveniente.
Yano,
Ter toque de bola refinado não quer dizer que saiba distribuir bem jogadas, que sabe defender bem, que joga para o time, uma jogadora tem que ter todos esses aspectos para estar em uma seleção, pois reune não apenas uma qualidade mas sim um conjunto. Veja quem lidera o racking de maior pontuadora, de melhor defesa, de melhor passe, não quer dizer que seja um super time.