Em busca da coroa
O grupo é seletíssimo. Matera, Bergamo, Cannes, Tenerife e Vakifbank. São poucos os clubes da Europa que podem registrar na sua história a conquista de três importantes títulos no mesmo ano: o campeonato nacional, a Copa nacional e a Champions League.
A conhecida tríplice coroa é para poucos. Com apenas cinco anos de existência, o Conegliano está tentando entrar para este seleto grupo.
O primeiro passo foi dado com a vitória sobre o Modena por 3x0 na final da Copa Itália neste domingo.
No campeonato italiano, o time segue líder, nove pontos a frente do Casalmaggiore. Na Champions já está garantido no Final Four.
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O caminho é longo e disputado, mas há motivos para o Conegliano acreditar na "coroação" em 2017.
Até o meio da temporada era difícil imaginar que o Conegliano pudesse fazer frente aos super elencos turcos. Apesar de ter saídas importantes no ataque com as centrais De Kruijf e Folie e a revelação mexicana Samantha Bricio se destacando pela ponta, o time precisava mais.
Após desclassificação prematura dos seus times chineses, as norte-americanas Fawcett e Robinson (essa retornando ao seu clube da temporada passada) chegaram para reforçar o grupo. Não são nenhuma Kim ou Zhu, mas elevaram o nível de competitividade da equipe. E mais: deram opções de sobra para Davide Mazzanti compor diversas formações.
O também comandante da seleção italiana, ao contrário do que acontece aqui, parece não ter se atrapalhado com tantas opções. Encontrou uma forma de aproveitar os reforços, deixando o time bastante ofensivo, sem perder a organização e qualidade do fundo de quadra que já apresentava. Em semelhança ao Rexona, somente duas jogadoras ficam responsáveis pela recepção, Robinson e a excelente líbero De Gennaro. Ortolani e Fawcett ficam livres para atacar. Bricio,doente, pode voltar para reforçar este poder ofensivo.
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O Conegliano está descobrindo a forma de manter o equilíbrio entre o bom conjunto e o valor das individualidades. Uma versão melhorada - com mais recursos e jogadoras mais diferenciadas - do Casalmaggiore campeão da Champions ano passado.
Na Itália, o Conegliano já venceu tudo que podia: campeonato italiano 15/16, Supercopa 2016 e agora a Copa Itália. Conseguirá acrescentar um título continental ao currículo?
Comentários
Não sei o que acontece, mas nos jogos que eu vi da Robinson no chinês, ela estava sofrível, agora o que eu vi no Conegliano, ela estava numa forma incrível. Talvez tenha demorado um pouco mais a ganhar ritmo de jogo, fato é que ela acrescentou muito ao time na ausência da Brício.
P.S.: Laura, me permita te corrigir. A Fawcett estava na China na temporada passada, nessa ela rescindiu com o Sariyer para voltar à Itália. Ou foi uma confusão com a Faucette que é companheira da Garay por lá?
De qq forma, o encontro entre os italianos pode acontecer naturalmente pelo sorteio q foi feito. Assim como entre os turcos, caso o Vakif passe pelo Volero. O cruzamento ficou assim: o vencedor de Modena e Moscow pega o Conegliano; o de Eczacibasi e Fener pega o Vakif ou o Volero.
Torcendo pro Volero tb, mas acho MUITO DIFICIL, elas passarem pelo Vakif..
Acho que passam Vakif, Fener e Modena
Eu não concordo com este tipo de atitude. Mas vamos por partes.
* Naquele jogo que a seleção masculina entregou eu achei errado pelo simples fato de que se uma seleção quer ser a melhor do mundo, ela não tem que ficar escolhendo adversários. Se o time/seleção quer ser o melhor, tem que enfrentar qualquer um, seja em que momento for do campeonato. E o Bernardo entregou o jogo pra não enfrentar adversário X. Isso pra mim foi errado.
* No caso daquela ladainha "não altera em nada a posição do time na tabela", mas se afeta a posição de outros times porque time X decidiu não se importar com a tabela pra se beneficiar em um cruzamento futuro, isso pra mim é injusto também.
Brasileiro que disser que isso não é nada de mais, tem que criticar a decisão da equipe feminina dos EUA em Londres 2012, que poderia ter eliminado o Brasil, mas não, jogou como tem que ser jogado. Não entregou o jogo. O resto todos sabem.
Enfim. Eu discordo de ENTREGAR JOGO, eu acho isso injusto.
No caso da Champions League, se as equipes já estavam classificadas e os confrontos definidos pra próxima fase, problema nenhum em colocar as reservas pra jogar, já que não altera em nada as posições de ninguém.
Hey, calminha, please. Eu só discordei do que você disse com a justificativa de achar isso injusto. Minha mentalidade, meus princípios. Eu sei que cada um que cuide do seu, mas foi exatamente por isso que eu citei o caso de Londres 2012, pois se os EUA tivessem entregado aquele jogo, só pra eliminar o Brasil, seria duramente criticado e com razão. Eu não acharia isso correto.
Qual é, pregam tanto pelo Fair Play e achar certo entregar jogo pra se beneficiar.
Como eu disse, se quer ser time grande, grandes jogadoras, etc., não pode ficar escolhendo adversários. Se quer ser grande, tem que enfrentar os melhores independente do momento.
Veja o exemplo da Itália nos Jogos Olímpicos do Rio, colocou os reservas em um jogo no intuito de eliminar um dos grandes (Brasil e/ou França) e na final pegou justamente o Brasil.
E é esse o ponto que eu tenho destacado: Agir de má fé em um esporte que cobram Fair play.
Defendo sim o jogo limpo, se é atitude de 3° Mundo, beleza.