A voz da experiência (não) fala mais alto
Rexona-Sesc 3x1 Camponesa/Minas
Tivemos nesta terça-feira uma prévia do que será – salvo alguma zebra – uma das semifinais da Superliga 16/17.
Pelo que vimos,dá até para ficarmos animados com o que vem por aí. Claro que o fato de não se saber qual Minas irá aparecer para as decisões - se este contra o Rexona, combativo, com saque e bloqueios afiados, ou aquele da semana passada contra o Praia Clube – deixa a nossa animação bastante conservadora.
É bem provável que aquela expectativa que se tinha em relação ao poder do Minas na fase final não se confirme. E muito porque, como já comentei no post sobre o jogo com o Praia, o time ainda comete muitos erros.
Muito se fala também que o Minas tem um outro ponto fraco, que pode pesar contra na semifinal: a Naiane. Faz sentido. A levantadora costuma sentir a pressão. E não vive uma fase das mais primorosas tecnicamente.
Depois de ter encontrado o entrosamento com a Hooker, voltou a servi-la com bolas ruins nas últimas partidas. Contra o Rexona, não acertou uma bola de meio-fundo, todas muito baixas, e pecou na precisão também de outros levantamentos.
Só que a Naiane não está sozinha no barco.
Não tomo como exemplo somente esta partida com o Rexona, mas o próprio adversário desta rodada é uma mostra do que o Minas deveria ser. A Roberta também não tem jogado bem e tem colocado as suas atacantes em situações ruins. Mas é muito raro ver algumas delas desperdiçando o ataque.
E mais importante: as jogadoras mais experientes e capacitadas aparecem na hora certa. Quantas vezes não vemos a Jucy ir para o saque e mudar um set? A Monique e a Gabi virarem bolas decisivas?
As inseguranças e as falhas da Roberta não falam mais alto no Rexona. Não se espalham para as outras jogadoras.
Disse num post sobre a Copa Brasil que o Minas é muito a cara das suas duas jovens atletas: Naiane e Rosamaria. O time todo tem uma vibe de imaturidade e de ansiedade que se vê nas ações precipitadas de ataque, principalmente. E isso não deveria acontecer.
A influência deveria ser oposta: as mais experientes darem a segurança e a estabilidade para as mais novas. E puxarem o time na hora do aperto. Para ser justa, vimos isso um ou outra vez com a Hooker e a Pri Daroit. Mas isso deveria acontecer sempre, a voz da experiência falar mais alto.
Tivemos nesta terça-feira uma prévia do que será – salvo alguma zebra – uma das semifinais da Superliga 16/17.
Pelo que vimos,dá até para ficarmos animados com o que vem por aí. Claro que o fato de não se saber qual Minas irá aparecer para as decisões - se este contra o Rexona, combativo, com saque e bloqueios afiados, ou aquele da semana passada contra o Praia Clube – deixa a nossa animação bastante conservadora.
É bem provável que aquela expectativa que se tinha em relação ao poder do Minas na fase final não se confirme. E muito porque, como já comentei no post sobre o jogo com o Praia, o time ainda comete muitos erros.
Só conseguirá equilibrar, de verdade, a disputa da semifinal se reduzir suas falhas. Isso vale para qualquer time que enfrente o Rexona, mais ainda para as mineiras.
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Muito se fala também que o Minas tem um outro ponto fraco, que pode pesar contra na semifinal: a Naiane. Faz sentido. A levantadora costuma sentir a pressão. E não vive uma fase das mais primorosas tecnicamente.
Depois de ter encontrado o entrosamento com a Hooker, voltou a servi-la com bolas ruins nas últimas partidas. Contra o Rexona, não acertou uma bola de meio-fundo, todas muito baixas, e pecou na precisão também de outros levantamentos.
Só que a Naiane não está sozinha no barco.
Não fui contratada para defende-la e acho que as críticas feitas a ela têm toda razão. Mas quero que ampliemos nosso foco para as suas demais colegas, aquelas que, por sua experiência, deveriam dar respostas mais contundentes.
Karine, a levantadora reserva de 38 anos, o que acrescenta? Vocês podem dizer que temos uma questão de falta de qualidade que se sobressai a experiência. Certo. E, então, como entender que Hooker, Jaque e Leia, todas selecionáveis, errem em momentos cruciais, seja um ataque posto para fora ou uma recepção mal feita?
Karine, a levantadora reserva de 38 anos, o que acrescenta? Vocês podem dizer que temos uma questão de falta de qualidade que se sobressai a experiência. Certo. E, então, como entender que Hooker, Jaque e Leia, todas selecionáveis, errem em momentos cruciais, seja um ataque posto para fora ou uma recepção mal feita?
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E mais importante: as jogadoras mais experientes e capacitadas aparecem na hora certa. Quantas vezes não vemos a Jucy ir para o saque e mudar um set? A Monique e a Gabi virarem bolas decisivas?
As inseguranças e as falhas da Roberta não falam mais alto no Rexona. Não se espalham para as outras jogadoras.
Disse num post sobre a Copa Brasil que o Minas é muito a cara das suas duas jovens atletas: Naiane e Rosamaria. O time todo tem uma vibe de imaturidade e de ansiedade que se vê nas ações precipitadas de ataque, principalmente. E isso não deveria acontecer.
A influência deveria ser oposta: as mais experientes darem a segurança e a estabilidade para as mais novas. E puxarem o time na hora do aperto. Para ser justa, vimos isso um ou outra vez com a Hooker e a Pri Daroit. Mas isso deveria acontecer sempre, a voz da experiência falar mais alto.
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Pê ésse:
- É muito raro a Gabi sair de uma partida substituída por causa do seu desempenho. Drussyla a substituiu muito bem, mostrando segurança no passe e ataque. É a segunda partida consecutiva que a Gabi é pressionada no passe e não responde bem.
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Demais resultados da 10ª rodada:
Sesi 0x3 Pinheiros
Dentil/Praia Clube 3x0 Fluminense
Terracap/Brasília 3x1 Genter Bauru
Rio do Sul 3x0 São Cristóvão Saúde/São Caetano
Renata Valinhos 0x3 Vôlei Nestlé
Comentários
Tão dizendo que querem ficar em 6° pra não ter que pegar o Rio nas semis.. será?
Mas é uma observação pertinente. Acho q, no caso da SL, dos clubes, o público é pequeno mesmo. A RedeTV tem obtido resultados pífios de audiência com o vôlei. Acho q é um público restrito aquele que é fiel, de assistir toda e qualquer partida dos clubes. No caso das seleções, acho q movimenta e interessa mais pessoas.
Mesquita, disse q poderemos ter um confronto interessante e até equilibrado a depender do Minas que apareça em quadra. Para bater o Rexona, aí são outros 500.
Concordo com o Anônimo quando fala sobre a deficiência da escola de base do vôlei brasileiro, sobretudo o feminino. Passaremos por um ciclo complicadíssimo em termos de seleção e talvez o próximo também não seja fácil. O que me assusta é que parece que as pessoas que gerem o vôlei não estão enxergando certas coisas. Temo que podemos ser o próximo Peru da vida.
Enfim, mais uma SL e mais uma vez tudo indica que o Rexona será campeão.
1_ Não estão sabendo jogar com bolas ruins, sem passe. Não estão usando recursos para consertar um levantamento mal feito, que vamos combinar, é o que mais temos visto nesta temporada. A coisa está sofrível. As jogadoras do Rio usam recursos, jogam a bola pro lado de lá, tentam bloqueio e defesa, pra gerar um contra ataque e aí vem a outra parte.
2_ Os times nitidamente perdem a paciência com o time do Rio, que está defendendo tudo, até mesmo as centrais estão defendendo bem já há algum tempo. Lógico, quem jogou/joga vôlei sabe que isso irrita, mas pra ganhar tem que manter a cabeça no lugar e jogar do mesmo jeito que o Rio joga.
Psicológico nesta temporada tá ganhando jogo.
As principais características de um bom levantador são:combatividade,determinação,poder de decisão,coragem,persistência,entrosamento com os companheiros,visão de jogo,domínio do ataque,sentido de penetração e cobertura,antecipação,visão panorâmica e de profundidade,drible do bloqueio,agilidade e velocidade de reação.
Um levantador inteligente sabe ler o jogo rapidamente e põe em prática as melhores jogadas para driblar o bloqueio,escolhendo-as de acordo com as oportunidades dadas pelo adversário.Um bom levantador deve servir a bola bola para jogadores mais bem posicionados em relação ao bloqueio,confundir o adversário,consertar passes ruins, orientar,organizar a equipe.Ele é o “cérebro” da equipe.É ele que de acordo com as características do bloqueio adversário escolhe a jogada necessária para superá-lo.
Logo,nada adianta ter toque bonito se a DANI LINS fez a festa do bloqueio adversário sobrecarregando determinadas jogadoras e fazendo uma distribuição previsível.É claro que quem ousa menos,erra menos,mas tira sua responsabilidade de fintar o bloqueio e joga o pepino para a atacante. Nesse sentido,não acho a DANI LINS a melhor. Mesmo errando na precisão, prefiro as levantadoras que tentam uma distribuição mais variada e inteligente,como MACRIS e ROBERTA na SUPERLIGA e FABÍOLA na EUROPA.
Acho que o time que fez a sua parte e já conseguiu a classificação antecipada,pode e deve poupar suas principais jogadoras em jogos que não valem mais nada pra esse time na fase de classificação,visando os play-offs.Vantagens:
1.Depois do desgaste da fase de classificação vc premia suas titulares com um merecido descanso antes do mata-mata;
2.Evita contusões ou desgastes físicos e psicológicos em jogos que não valem mais nada para a classificação do time;
3.Você dá ritmo de jogo às reservas,afinal com ritmo de jogo elas podem entrar melhor numa substituição,caso sejam utilizadas nos paly-offs.
4.Você tem chance de testar novas formações em um jogo real e não só em treinamentos.
5.Hoje os times são muito estudados e marcados,vc não deve usar todos os seus trunfos na fase de classificação,deve ter cartas na manga para os momentos decisivos,lembram-se da CHINA RIO 2016,não é???
No vôlei mascuLino RIO-2016,se a ITÁLIA vencesse e desclassificasse o CANADA na última rodada,a nova classificação do GRUPO A seria ITÁLIA,EUA,BRASIL e FRANCA,desta forma em vez de pegar o BRASIL apenas na FINAL,a ITÁLIA cruzaria com o BRASIL na SEMIFINAL,ou seja estaria dificultando o seu caminho e provavelmente não estaria nem com a PRATA OLÍMPICA hoje.
Lang Ping e Zoran Terzic pouparam titulares,testaram e deram rodagem a várias reservas no GRAND PRIX,ao passo que o Zé entrou pra ganhar o GRAND PRIX e pouco mudou o time de 2012 pra cá,das 12 campeãs olímpicas de LONDRES,8 estavam no RIO-2016,o Zé ficou com o time mais manjado e estudado das OLIMPÍADAS e também o mais bem marcado.O resultado todos sabem:CHINA e SÉRVIA finalistas e BRASIL sem medalhas.
O CRUZEIRO assim que garantiu matematicamente a PRIMEIRA COLOCAÇÃO jogou contra SESI E TAUBATÉ,adversários diretos pelo título,poupando titulares e dando ritmo aos reservas,e de uma certa forma,também escondendo o jogo de seus adversários diretos.
O FENERBAHCE poupou TODAS AS GRINGAS na última rodada contra o ST-RAPHAEL.As estrangeiras KIM,NATÁLIA,TOMKOM e MARET GROTHUES não começaram o jogo como titulares,só as turcas.
Na COPA DO MUNDO de FUTEBOL,também sempre vejo os times já classificados antecipadamente, poupando jogadores na última rodada da fase de classificação, eles não tem obrigação nenhuma de ajudar outro time a se classificar,afinal de contas tem o mata-mata pela frente e a jornada até o título ainda é longa e desgastante.
O BRASÍLIA é um time que pouco usa suas resrvas,o jogo contra o São Caetano é chance que o Anderson tem de dar um descanso para suas titulares e observar suas reservas num jogo oficial,buscando até alternativas para os paly-offs.Está nas mãos do BRASÍLIA manter essa SEXTA posição e se livrar de um cruzamento com o REXONA numa semifinal.Acho mais vantagem enfrentar PRAIA ou NESTLÉ que o BRASÍLIA já venceu no primeiro turno.
E o REXONA?Teria a obrigação de ajudar o NESTLÉ a ser segundo colocado,claro que não!Acho mais importante pensar nas próximas fases que agora são play-offs de 5 jogos e não mais 3 e poupar suas jogadoras.
então qual o motivo de sempre falar o Rexona não ganhou foi o outro time que errou mais, errou pois a estratégia utilizada foi errada, consequentemente perdeu por ter do outro lado um time mais qualificado e que sabe jogar sem a bola em mãos, não concorda?
Vi nos comentários que o Rexona ganhou do time do Osasco, Praia, Minas, São Caetano, Bauru, porque esses times erraram demais, sendo assim, não precisa o Rexona jogar é só deixar os outros times errarem.
Estratégias são elaboradas para serem seguidas, quando os comandados não as seguem, simples sai do time, como o Bernardo fez com a Logan Tom, colocando Gabi. A Norte Americana achou que era a estrela e nem no banco na final ficou. Isso é respeito ao comandante. Se não segue leva bronca
No mais, é isso.
O que acho legal daqui, deste espaço, é isso. Temos pontos de vistas diferentes, torcemos para times diferentes, discordamos uns dos outros as vezes, mas mantemos o respeito.
Mas a qualidade da troca de bola e do controle de erros do Rexona - e tantos outros atributos que o fazem um equipe única - são óbvios. E, é claro, quem está por trás disso é o Bernardinho. Acho que comentei na temporada passada que só tirando o Bernardinho da SL para que as coisas fiquem mais equilibradas - ainda que isso signifique baixar a qualidade do campeonato. O cara é outro patamar.