O Brasília voltou?
Vôlei Nestlé 3x1 Terracap/Brasília
Foto: João Pires/Fotojump
Aquele Brasília do primeiro turno voltou?
Se pegarmos como base o equilíbrio que se mostrou na partida contra o Osasco, podemos dizer que sim. O time comandado por Anderson desafiou o dono da casa com um bom saque e bom volume defensivo.
Se pegarmos como base o equilíbrio que se mostrou na partida contra o Osasco, podemos dizer que sim. O time comandado por Anderson desafiou o dono da casa com um bom saque e bom volume defensivo.
Deu gosto de ver a postura com que o Brasília entrou em
quadra, se desdobrando para se manter páreo a páreo – e até, em alguns sets,
superar – o poder de ataque do adversário. Este espírito se assemelha àquele
visto no primeiro turno e que fez a equipe candanga surpreender os favoritos.
Só que, de lá para cá, houve pouca – para não dizer
nenhuma – evolução. O Brasília de hoje é
exatamente o mesmo do primeiro turno. Ou até pior, se levarmos em consideração
que, ultimamente, ele tem concentrado muito seu jogo pelas pontas e
desperdiçado aquelas que eram as suas melhores opções de ataque, as jogadas com
as centrais.
E o Brasília continua com pouco poder de definição pelas
pontas, contando somente com alguns momentos inspirados da Paula e carregando a
responsabilidade na Amanda que, apesar de estar fazendo uma surpreendente SL,
não deveria ser a carregadora do piano.
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Embora tenha demonstrado um bom volume de jogo, o
Brasília ainda perdeu oportunidades nas fallhas de cobertura dos seus ataques ou na
qualidade da primeira bola da defesa para a continuidade das jogadas. No
cuidado da armação dos contra-ataques, o Osasco foi superior.
Até mesmo porque a Dani Lins pode pegar qualquer bola e
jogar para a Tandara que a atacante resolve praticamente tudo. A mesma
tranquilidade não tem a Macris. Mas exatamente por isso, acho que a levantadora
do Brasília não deveria inventar. Ela faz umas jogadas muito arriscadas nos
contra-ataques que, invariavelmente, não saem em boas condições para as
atacantes.
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Falando em Tandara, é ótimo vê-la novamente jogando bem.
Depois de duas temporadas apagadas, está nos fazendo relembrar a razão porque sempre
temos tanta expectativa por ela na seleção - mesmo que nunca concretizada.
Em cada time que passa (em condições físicas normais),
ela toma conta do ataque. Na maioria deles (caso do Sesi, por exemplo), a
concentração do jogo na Tandara era uma necessidade. Agora não. O Osasco tem
uma série de opções de boa qualidade no ataque para equilibrar a distribuição. Contra
o Brasília, Malesevic apareceu muitíssimo bem na hora do aperto do quarto set.
A semifinal da Copa Brasil já mostrou que o time
sobrevive sem ter a Tandara e esta deveria ser uma lição para que evoluísse na
Superliga. Mas a Dani voltou a apelar frequentemente para a Tandara.
Essa é uma das razões pelas quais acho que o Osasco ainda
joga abaixo do seu verdadeiro potencial. É muito desperdício, poderia ter um jogo bem mais rico.
Outra razão é aquela sua inconstância característica. Na
partida contra o Brasília, colocou o adversário na disputa por erros de saque e
de finalização. A sorte do Osasco é que, pelo jeito, sua maneira de ser está contagiando até o líder da SL.
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Demais resultados da 5ª rodada:
Rexona-Sesc 3x2 Pinheiros
Dentil/Praia Clube 3x0 Sesi
Camponesa/Minas 3x0 Rio do Sul
Renata Valinhos 0x3São Cristóvão Saúde/São Caetano
Dentil/Praia Clube 3x0 Sesi
Camponesa/Minas 3x0 Rio do Sul
Renata Valinhos 0x3São Cristóvão Saúde/São Caetano
- Mais um 3x2 para a conta do Rexona num segundo turno bem mais ou menos da equipe carioca. Mais uma vez o time baixou a guarda na recepção e na concentração. Se isso já foi suficiente para o Sanca reagir, imagina para o sempre guerreiro e melhor qualificado Pinheiros.
A gente sabe que, quando chega a hora de decidir, o Rexona coloca a cabeça no lugar. Contra Sanca e Pinheiros, equipes contra as quais é bastante superior, isto bastou. Mas com estas inconstâncias, o Rexona deixa rastros da sua fragilidade que, se Praia e Minas não desprezarem, podem servir de pistas importantes para uma virada de jogo nesta SL.
Comentários
O Brasília atingiu sem ápice antes da hora, agora enquanto os principais times tem margem técnica pra crescer, o time candango não tem como melhorar seu padrão de jogo.
Estou gostando de ver a ascensão do Minas cresceu muito desde a chegada Hooker e agora com a Jaque voltando à forma parece ser a equipe com maior limite pra crescimento. Tomara que tenhamos surpresas nos playoffs.
Jaque fez 12 pontos e está com melhor ritmo de jogo,se crescer bastante vai ser titular no lugar da pri daroit que tá jogando muito.De repente entrar substituindo a Rosa quando ela estiver apagada.
Terracap-bsb agora vai ter que segurar a amanda,jogando muito bem : imagina ela no lugar da michelle no praia?Passa bem,ataca bem e saca muito também.Deveria ter saído do rexona faz tempo.
Sobre o Brasília, além de esquecer as centrais, o outro ponto crítico é a falta de uma oposta que pontue. Eu não consigo entender como uma jogadora que não pontua pode ser titular absoluta. O time pode ser eliminado, mas ela estará lá. Não consigo entender o que se passa entre os técnicos e a Andréia.
Gente, o que poderíamos fazer para que mais jogos fossem exibidos pelas emissoras? Não tá passando quase nada. O próximo jogo televisionado será só no dia 16 agora. O Sada Cruzeiro exibiu uma partida que não passaria na tv em seu site e foi advertido pela CBV. O Sada tá brigando com a CBV, mas esta diz que a Globo não deixa???????????????????????????????
Será que tem algo que podemos fazer?
http://saidaderede.blogosfera.uol.com.br/2017/02/12/sada-cruzeiro-transmite-partida-da-superliga-e-recebe-advertencia-da-cbv/
Destaque negativo do jogo vai pra Andreia, constantemente bloqueada e erra bolas fáceis na defesa. Não consigo entender como não testam as outras jogadoras, tanto a Lê (que entrou rapidamente) e a Sabrina.