Embates internacionais
As semifinais da Copa Banco do Brasil desta sexta-feira vão
colocar frente a frente boa parte da legião de estrangeiras que disputam o
campeonato nacional. Quem leva a melhor?
Já se viu no primeiro turno que o Praia Clube se perdeu sem a sua principal atacante. Álix é fundamental para as pretensões
do time mineiro tanto na Superliga como na Copa Brasil. Passa pelas suas mãos a
chance do Praia conseguir, pela primeira vez, bater o Rexona.
A mesma dependência não existe no Rexona. O time sobrevive muito bem mesmo sem a presença da Buijs, que não tem tido uma temporada de destaque. E não é preciso nem comparar com a sua antecessora Natália para se chegar a esta conclusão. A tímida contribuição no ataque nas partidas mais importantes e as falhas na recepção demonstram que, se depender do que fez até agora, a holandesa não vai deixar saudades.
Malesevic chegou ao Osasco para ser uma ponteira de
preparação e, dentro do que o Luizomar permite, tem se saído bem nesta função.
Merecia maior convicção por parte do seu treinador para que pudesse desenvolver
o seu jogo sem a sombra constante – e muitas vezes desnecessária – da Gabi. Acaba
por ter uma participação bem discreta num time em que outras jogadoras estão
roubando a atenção nesta temporada, caso da Tandara e da Bia.
Do outro lado, Hooker não precisa nem jogar para chamar a
atenção. Mas a norte-americana tem crescido de rendimento e mostrado, em quadra,
que pode chegar próximo daquilo que apresentou na temporada de 2012. Se
conseguir, além de colocar o Minas em condições de brigar por títulos, sua
passagem pelo Brasil vai ser, novamente, marcante.
Comentários
Acho que a partida mais interessante tende a ser Osasco x Minas.
Quanto às estrelas internacionais, Álix está um pouco abaixo esse ano (muito em razão de lesões) do que apresentou na sua primeira temporada aqui. Buijs é muuuito abaixo do que a Natália apresentava e, mesmo após um turno inteiro sob o comando do Bernardo, não tem apresentou 5% do que apresenta na seleção da Holanda.
Malesevic tem rendido muito mais do que na seleção sérvia (onde fazia no máx 5 pontos por partida), mas não consegue ficar 1 partida inteira em quadra sem que seja substituida pela Gabiru. Já a Hooker veio com tudo e está apresentando um vôlei (muito) acima do que era esperado dela. Até a Rosa, que era sobrecarregada pela Naiane, vem recebendo menos bolas com a efetividade da americana.
O mesmo pode-se dizer para o Nestlé, pois o time do Camponesa Minas vem cada vez mais “jogando redondinho”, ou seja, se vacilar, também vai perder.