A rodada que separou as mulheres das meninas
Vôlei Nestlé/Osasco 3x0 Genter Bauru
Ontem tivemos o encerramento do primeiro turno da Superliga 16/17. Primeiro turno que foi atípico, ao menos quando se trata da tabela de classificação. Não me lembro nas últimas temporadas termos tanto equilíbrio entre o segundo e quinto colocados, cujas posições só foram definidas na última rodada.
Porém esta última rodada acabou por assentar as coisas nos lugares com os quais já estamos acostumados e separar as meninas das mulheres. Ou seja, separou aqueles times que são aspirantes daqueles que realmente tem estofo para brigar pelas primeiras posições.
Ontem tivemos o encerramento do primeiro turno da Superliga 16/17. Primeiro turno que foi atípico, ao menos quando se trata da tabela de classificação. Não me lembro nas últimas temporadas termos tanto equilíbrio entre o segundo e quinto colocados, cujas posições só foram definidas na última rodada.
Porém esta última rodada acabou por assentar as coisas nos lugares com os quais já estamos acostumados e separar as meninas das mulheres. Ou seja, separou aqueles times que são aspirantes daqueles que realmente tem estofo para brigar pelas primeiras posições.
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O Bauru bem que deu alguns sinais de que poderia equilibrar a disputa com o Osasco, mas ficou só no ensaio. O poder ofensivo do time caiu juntamente com a queda de qualidade da recepção. As jogadas de primeiro tempo com as centrais, que tanto foram importantes no primeiro set, acabaram por ser cada vez menos frequentes e a concentrar o jogo pelas pontas.
Ficou difícil fugir do bloqueio e da excelente defesa de Osasco, que, inclusive, trabalhou com bem mais qualidade a construção dos contra-ataques, desperdiçando muito poucas bolas e sendo comedido nos erros.
Kwiek optou por começar com a Rivera no lugar da Mari Cassemiro exatamente para garantir um passe mais qualificado. Mas a dominicana, além de não ser assim tão especialista no fundamento, não colaborou no ataque, limitando ainda mais as opções da Juma. Por isso me surpreendeu a demora do treinador em colocar a Mari na partida para tentar alguma reação.
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Os papeis foram muito bem feitos pelas novas protagonistas do meio de rede. Bia tem feito uma temporada de destaque, se firmando como opção de segurança para a Dani no ataque e sendo decisiva no bloqueio. E a Natália Martins assumiu a titularidade sendo bem mais participativa do que a Saraelen.
É de se lamentar que a jovem Saraelen não tenha conseguido se firmar como titular, mas a Natália deu uma opção de velocidade pelo meio muito importante e que funcionou muito bem contra o Bauru. A central, sem dúvida, merecia o Viva Vôlei que foi dado pelos torcedores à Tandara.
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A diferença, é claro, é que o Osasco enfrentou um time mais limitado e sem grandes ambições. Apesar de ter capacidade para mostrar mais do que apresentou no confronto com Osasco, o Bauru tem feito uma campanha, até o momento, mais do que satisfatória e dificilmente ela sairá desta trajetória. Para ir além nesta temporada, o Bauru precisaria de mais recursos individuais ou de encontrar pelo caminho favoritos em crise de identidade.
Definitivamente não foi o caso do Osasco, que fez valer de forma muito explícita a sua superioridade. Mas poderá ser o do Praia se ele não se recompor deste primeiro turno bem mais ou menos que fez, encerrado de forma vergonhosa contra o Rexona.
Aliás, o segundo turno será a hora da verdade para o Praia e para o Minas. Ali saberemos se eles vão se juntar ao Rexona e ao Osasco no grupo das “mulheres” ou vão ficar com as “meninas” do Bauru e de Brasília, aquelas que querem, mas ainda não estão entre os grandes.
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Sesi-SP 0x3 Fluminense
Terracap/Brasília 3x2 São Cristóvão Saúde/São Caetano
Rio do Sul 1x3 Pinheiros
Camponesa/Minas 3x0 Renata Valinhos
- Acho que a magia do Brasília acabou. A não ser que consiga liberar o ataque pelas pontas, dificilmente conseguirá fazer frente aos grandes como fez no primeiro turno, mesmo jogando a maioria das partidas em casa.
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FELIZ NATAL A TODOS!!!
Comentários
Rexona-Sesc (1º) x Fluminense (8º),Vôlei Nestlé Osasco (2º) x Pinheiros (7º),Terracap/BRB/Brasília (3º) x Camponesa Minas (6º),Genter Vôlei Bauru (4º) x Dentil/Praia Clube (5º).
Acho q Kwiek podia ter colocado Mari na ponta junto com Casemiro e Thaisinha na Saida pra ver se da Rock pq falta recepção nesse time, fora q eu n consigo confiar na Juma, muito menos na Angelica.
Caso do Praia é preciso rapidamente efetivar atacantes que derrubem bola, e a recepção, Tassia mto criticada até por mim deu show no jogo contra o Rio mais falta organização no Praia. Ellen é de fases então melhor sempre começar com a Carla que é mais efetiva no ataque sempre, e outra dica quando a Claudinha não ser liga ao time põe a Ramirez como levantadora pq ela tem talento. Queria mto ver o Pinheiros e o Minas acima de Bauru e Brasília.
Brenda divando no primeiro set. Aliás, todas elas jogaram bem, até começar a dar pane geral.
Essa Paula Borgo é só isso? Pani Lins já teve Bia e Natália antes no SESI pra jogar pelo meio, me pergunto por que não rendeu como agora.
Eu sempre torço contra Rexona e Nestlé, porém torcer não adianta, né? Parece que os outros times não acreditam que possam ganhar.
Apesar de vocês estarem zoando o colega Raimundo - e considero besteira ficar achando erros em textos alheios de internet, que cada um se preocupe com o seu - meu pensamento é igual ao dele.
Quero os times citados semi-finalistas e que dois deles avancem às finais. Chega de mesmice.
Levantadoras:Macris/Brasília e Claudinha/Praia
Líberos:Brenda Castillo/Bauru e Fabi/Rexona
Opostos:Monique/Rexona e Bjelica/Nestlé
Centrais:Bia/Nestlé,Juciely/Rexona,Walewska/Praia e Fabiana/Praia
Ponteiras-passadoras:Gabi/Rexona,Paula Pequeno/Brasília,Thaís Mariely/Bauru,Michelle/Praia
Técnico:Bernardinho.
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Não concordo quando vc põe Brasília e Bauru no mesmo saco, no time de " meninas".
Acho q Brasília, com o elenco q tem, sim ,foi uma surpresa, ou melhor, uma Zebra.
Mas Bauru tem um elenco com potêncial para brigar com os favoritos, principalmente se Kiwek tiver a lucidez de tirar a RIVERA do ataque e substituir pela BRUNA. O time vai crescer com certeza.
Alguém sabe quando começa o returno?
Quanto ao Osasco, se ajustou, e está jogando redondinho.
Minhas ressalvas (tristes):
Saraelen perdeu (na bola) a titularidade, o que é uma pena, achava ela com um potencial enorme, mas acabou não vingando quando teve a titularidade nas mãos. Veremos se não recupera o status.
Paula Borgo está recebendo um caminhão de oportunidades e até agora só se saiu muito bem no paulista. Tomara que volte a ser a pontuadora do campeonato.
Valquiria pode (e deve) render mais que isso. Ao contrário da Sara, não tem substituta a altura no banco.
Alguns comentários:
O campeonato chinês é um festival de 2 toques.
Os jogos são um festival de erros e bolas extremamente altas.
Os times que tem estrangeiras tem as jogadoras mais fracas. São raros os rallies.
A Carrillo tá jogando muito! A Mihajlovic é aquela instabilidade o jogo todo, hora crava a bola e em outra isola. Robinson tá mediana e a Lowe toda hora acaba sendo substituída por uma chinesa pq não vira bola, mesma coisa da Murphy. A Hodge tem se virado bem, acho que de todas americanas é a única que está rendendo. A Pavan segue na mesma e a Havelkova tá indo bem também.
Dos jogos do italiano que eu vi, os times são bem alternados.
E do turco, só tem 3 times bons. E, mesmo assim, acho o Fener um time normal esse ano.
Bia - melhor central do primeiro turno, motivada e em excelente forma.
Nati Martins - veio pra ficar de titular; infelizmente a Saraelen ficou pra trás.
Paula Borgo - Se ela não abrir o olho vai ser banco pra Bjelica e fica a dúvida se o Brasil pode contar com ela como oposta na seleção.
Malesevic - melhor partida dela até agora, pode crescer muito mais.
Tandara - apesar de erros de passe, vira quase tudo no ataque, está numa fase excepcional.
Camila Brait - parece que está voltando a grande forma de antes.
Dani Lins - receio dela não acompanhar o crescimento da equipe com as opções equivocadas de levantamento e bolas baixas. Sou mais Carol Albuquerque de titular.
L. Mesquita, acho que esta Copa Brasil tem potencial para ser a mais equilibrada de todas. Não sei se teremos uma surpresa do nível do Pinheiros de 2015, que seria algo como o Bauru ou o Brasília ganhar, mas não duvido que Minas ou Osasco conquistem o título.
De fato, esperava bem mais do campeonato chinês. Bem mais! São jogos de força, onde raramente tem rally, pq a defesa é quase inexistente. E não estou falando de 1 time ou 1 jogo, foram em todos os VTs que assisti.
Ontem assisti Besiktas x Eczacibasi. A levantadora Nilay, do Ecza, é terrível. As bolas, que raramente chegam boas pra ela, os bloqueios chegam duplos. A Thaisa só recebe bola com bloqueio duplo. A Kosheleva recebe umas bolas tão altas que nem sei como não batem no teto. Já no Besiktas, improvisaram a Rousseaux no passe, e foi um festival de aces nela, coitada.
Procurei jogos da Garay no Guangdong e não achei nada, então não sei como ela está, nem a quantas anda o time.
Assisti 2 jogos do campeonato russo e é de chorar, nem tem como comparar com os outros. Os times principais, Kazan e Moscow, estão muito abaixo esse ano. A Garay faz muita falta pro Moscow e o Kazan tá muito estranho depois da saída da Gamova.
1º - Rio de Janeiro / Rexona SESC: sempre mais do mesmo, no bom sentido da palavra. Favorito disparado mesmo não apresentando um grupo tão forte quanto nas temporadas anteriores. O Rio dá chances e mais chances aos adversários, mas não sei o que acontece com eles que não conseguem aproveitar. Parece que já entram conformados com a derrota. O Rio tem maturidade suficiente pra reverter placares adversos, haja visto as frequentes viradas durante os sets. Elas não se abatem. E Bernardinho representa a definição de time vitorioso.
2º - Osasco / Vôlei Nestlé: apesar dos apagões característicos das osasquenses, acho que essa temporada o time resgatou algo que fazia tempo que perdera: a GARRA e a GANA por vencer. Apesar das deficiências claras no passe e alguns problemas de levantamento, o time se mostra com muita vontade dentro de quadra, vendendo caro o ponto para os adversários. Acho também que essas meninas estão mais "leves", com um relacionamento melhor entre si, característica que grupos anteriores não apresentavam. O que preocupa no time é a falta de comando técnico, muitas vezes perdido em quadra, como, por exemplo, a insistência do Luizomar na entrada da Gabiru para qualquer erro que uma passadora cometa, além da incapacidade para reverter situações adversas (instruções que beiram o ridículo).
3º - Brasília: como a Laura disse no início da Superliga, acho que o time já apresentou o que tinha de novidade para essa temporada. Não acredito que elas consigam surpreender novamente os grandes. O meio de rede está excepcional com as experientes Roberta e Vivian, pois Macris (mais uma vez fazendo um ótimo campeonato) arrisca qualquer levantamento de passe B e C e elas correspondem. O problema do time é a falta de peça de reposição, pois um dia que os extremos da rede estejam ruins (como aconteceu com Amanda e Paula nas últimas rodadas), não tem um desafogo para virar, pois nem considero Andreia uma oposto, já que não vira bola nenhuma. O que será que aconteceu com essa menina?
5º - Praia Clube - a decepção dessa primeira fase. O maior investimento disparado e um retorno que, até o momento, envergonha o patrocinador. Como muitos já citaram, o problema do time é a linha de passe e isso vem desde a temporada passada. É um desperdício você contar com Walewska e Fabiana e não poder utilizá-las. Se o time já mostrava que seu problema era a recepção, por que não investir em jogadoras que suprissem essa necessidade? Tassia me lembra outra líbero, Michele Daldegan. Muito fraca na posição. Carla e Elen nunca foram exímias passadoras, o ponto forte de cada uma sempre foi o ataque. Dito isso, culpa da comissão técnica que não montou um time melhor do que o da temporada passada. Falando nisso, os tempos técnicos do Piccinin são tão ruins, se não foram piores, que os do Luizomar. Vôlei feminino é muito imprevisível e eu posso queimar minha língua, o Sesi nos mostrou isso em 13/14, mas se continuar desse jeito o time não passa das quartas.
6º - Camponesa Minas: uma grande incógnita. Com os reforços da Jaque e da Hooker, muita coisa pode mudar e o time pode aprontar pra cima dos que estão a sua frente. Vejo a Naiane um pouco abaixo do que rendeu nas temporadas passadas, principalmente com as jogadas de meio. Só faz a china com a Gattaz e a Mara passa praticamente em branco. Se quer chegar à final, tem que começar a rodar bola pelo meio e perder a síndrome Ju Carrijo, com medo de levantar para certas posições. Rosamaria dando show também.
Feliz ano Novo para você Laura e para todos do blog. Abraço!