Em um mês tudo pode mudar
Fluminense 0x3 Rexona/Sesc
Um pouco mais de um mês depois da final do Carioca,
Fluminense e Rexona voltaram a se encontrar, agora pela na Superliga 16/17.
Vendo a partida de estreia das duas equipes ficou difícil
imaginar como o Fluminense conseguiu bater o Rexona naquela final. Um mês se
passou e a realidade é outra. O tempo fez a diferença para que o Rexona, desta
vez, fizesse valer a sua superioridade.
********************************
Os dois times tiveram problemas na recepção, o que tem
sido a tônica da SL já há algumas temporadas. Mas certamente quem enfrentou
maiores problemas com este fundamento foi o Fluminense. O Rexona, ainda que
entregasse algumas bolas de xeque para o adversário, teve sempre maior controle
sobre suas ações de ataque.
E sobrou competência ao time do Bernardinho na
organização e aproveitamento dos contra-ataques, exatamente o que o Fluminense,
atrapalhado, não conseguiu fazer.
********************************
O Flu sofre com um poder de ataque pouco decisivo pelas
pontas. Renatinha não é mais a grande Renatinha de antes, naturalmente. Sassá
nunca foi destaque no ataque e não seria agora que carregaria esta
responsabilidade. E a Ju Costa continua, com todo respeito, levando toco atrás de toco.
Ainda que a o forte das centrais tricolores não seja o
ataque, se a Pri Heldes não conseguir prender o bloqueio adversário com as
jogadas com elas, ficará difícil para o ataque fluir.
Mas claro, para isso o passe precisa ser mais regular, o que não aconteceu nesta
estreia de SL.
A saída para o Flu é compensar com um melhor sistema
defensivo. E isso o time fez contra o Rexona com um bom volume de jogo, ainda
que pudesse ter sido mais eficiente na relação saque e bloqueio. Só que, como
disse antes, não construiu bons contra-ataques e a falta deles acabou por colaborar
para a disparidade do placar.
********************************
Sobre o Rexona, é de se destacar a regularidade e
concentração durante a partida. Provavelmente o Mundial colocou a equipe em uma
rotação mais acima dos adversários neste início de SL.
Foi bom ver a constância da Roberta e a sua tentativa de
acertar a bola com a Jucy. Ela chamou constantemente a central e arriscou até
algumas chutadas pelo meio que, inclusive, precisam de melhor entrosamento. Mas
é neste momento, sem grande pressão, que a levantadora precisa ganhar
segurança, não só com a Jucy, mas com todo o trabalho dela.
********************************
Com o duelo carioca encerrou-se a primeira rodada da
Superliga 16/17. Exceto a derrota do Minas e a falta de combatividade do Pinheiros contra o Brasília, aconteceu tudo dentro da
normalidade – até mesmo os sets perdidos pelo Praia e pelo Osasco, normais para
um início de campeonato.
Apesar de o Bauru ter se reforçado e ter potencial para
fazer uma campanha bem melhor da realizada na temporada passada, pode-se dizer
que a derrota dá uma abalada na confiança do Minas, ainda mais porque a equipe
não jogou bem. O time precisa se recuperar rápido para não se enrolar neste início
de SL e não chegar pressionado quando enfrentar os clubes
do topo da tabela.
Demais resultados da 1ª rodada da SL 16/17:
Genter/Bauru 3x1 Camponesa/Minas
Renata Valinhos 1x3 Dentil/Praia Clune
Pinheiros 0x3 BRB Brasília
Vôlei Nestlé 3x1 São Cristóvão Saúde/São Caetano
Sesi 3x1 Rio do Sul
Comentários