O mundo continua nas mãos do Eczacibasi
O mundo permanece nas mãos Eczacibasi. O time turco sagrou-se o primeiro bi-campeão Mundial ao vencer o Casalmaggiore por 3x2.
Ao contrário do ano passado, o Eczacibasi tinha a obrigação da vitória. Afinal, com o investimento que foi feito neste elento, perder o título só seria aceitável para o compatriota Vakifbank. Mas o bicampeonato veio de forma mais suada e complicada do que na temporada passada.
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O primeiro set deu a impressão de que teríamos uma final de Mundial de Clubes muito sem graça. Ainda bem que a letargia do Casalmaggiore ficou somente nesta parcial e, a partir do segundo set, aquele time esforçado, habilidoso e traiçoeiro entrou em quadra e a decisão ganhou ares de... decisão.
O Eczacibasi não fez a sua melhor prestação no torneio, é verdade, o que ajudou a equilibrar o confronto. Ognjenovic tomou algumas decisões precipitadas comprometedoras, as meios foram pouco acionadas e Boskovic e Larson estiveram com dificuldades para pontuar.
Só que num time estrelar como o turco sempre há uma saída. E a saída foi Kosheleva. A ponteira, que vinha tendo dificuldades no ataque e na recepção no torneio, foi o destaque da partida. Certamente não queria repetir o vice-campeonato do ano passado com o Dinamo Krasnodar. Por isso, carregou o time nas horas mais difíceis e fez diferença no ataque e no saque.
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O Casalmaggiore, assim como fez na estreia, tentou equilibrar a partida com um saque agressivo, o que acabou também por resultar em muitos erros neste fundamento. A recepção ganhou maior estabilidade com a entrada da Guerra no lugar da Bosseti, mas acabou por ser o fundamento responsável pela derrota no tie-break e por complicar a virada de bola italiana durante a partida. Lloyd não conseguiu usar com tanta frequência as jogadas com as centrais e acelerar as bolas como deveria para suas ponteiras mais baixas.
O esforço do Casalmaggiore, naturalmente, sempre foi maior para se manter à frente ou colado no placar. E, no tie-break, apesar da oposto Fabris do time italiano ter ido muito bem, o arsenal turco falou mais alto. Boskovic, Larson, Adams e Thaisa, além da reserva Neslihan, se juntaram à Kosheleva e foram decisivas em pontos de ataque, saque e bloqueio.
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- Depois de duas vitórias - contra o Bangkok e contra o Hisamitsu - o Rexona terminou na 5ª colocação. O time brasileiro é um dos exemplos de como o início de temporada equilibrou as disputas do Mundial. Esteve perto de vencer e eliminar o Casalmaggiore na fase classificatória e levou ao tie a partida contra o Eczacibasi, mas ganhou no quinto set contra o mediano time japonês. Quase todas as principais equipes do Mundial (Volero, Vakifbank, Casalmaggiore) tiveram estas instabilidades, nos deixando sem saber o que esperar delas. A única que sobreviveu aos altos e baixos foi a campeã. E mesmo assim teve lá seus arranhões durante a trajetória. O Mundial foi mais equilibrado do que se imaginava.
- Um outro exemplo desta paridade foi a decisão do terceiro lugar: 3x1 do Vakifbank sobre o Volero, devolvendo a derrota da fase de grupos. O Volero foi encaixotado pelo Vakif, que chegou a vencer sets por 25x14 e 25x11.
- Para acrescentar sobre a última partida do Rexona no Mundial: quase que a Jucy iguala o recorde da Carol em bloqueios na competição. Fez nove pontos no fundamento, além de ter sido super acionada pela Roberta (tarde demais, Roberta...). Jucy foi a segunda maior pontuadora do jogo, ficou atrás só da Monique que, com a Buijs apagada, assumiu o papel de desafogo do time.
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Levantadora: Lloyd (Casalmaggiore).
Oposta: Boskovic (Eczacibasi)
Ponteiras: Zhu (Vakisfbank) e Kosheleva (Eczacibasi)
Middle blockers: Rasic (VakifBank) e Akinradewo (Volero Zurich).
Libero: Fabi (Rexona)
Libero: Fabi (Rexona)
MVP: Boskovic
Uma lista correta. Por preferências pessoas, trocaria a Lloyd pela Ognenovic (Eczacibasi) e a Akinradewo pela Stevanovic (Casalmaggiore)
Uma lista correta. Por preferências pessoas, trocaria a Lloyd pela Ognenovic (Eczacibasi) e a Akinradewo pela Stevanovic (Casalmaggiore)
Comentários
Este mundial de clubes, creio eu, ainda padece de não ter encontrado sua data certa para acontecer. Digo isso por causa da lógica da competição, que é confrontar os campeões continentais para conhecermos qual é o 'melhor time do mundo'; ou seja, deveria ser o torneio que encerra a temporada! Só que não é, e acaba sendo disputado por elencos diferentes daqueles que conquistaram o direito para seus clubes estarem ali. Por conta dessa incoerência, transforma-se em pouco mais que um evento de pré-temporada, deixando de exibir todo o potencial de uma competição que confrontaria as melhores jogadoras do mundo, em jogos até mais espetaculares do que aqueles entre seleções. Espero que o presidente Ary Graça leia o blog e pense na minha sugestão: arranje umas datas antes do início da temporada de seleções, 'seu' Ary!
Quem ficar interessado, vá ao site da CBN e ouça o 'podcast' do programa CBN esportes. Adoraria saber de pontos de vista distintos que nos permitam descobrir mais entrelinhas.
Sobre o Mundial, tb não achei uma boa acontecer tão no início da temporada. Mas nos últimos anos ele aconteceu no final, em maio, e aí tínhamos equipes um tanto desgastadas tb. No Rexona no ano passado se notou um certo cansaço, além de q o time ficou um tempo parado entre o final da SL e o Mundial. Talvez o ideal fosse mais pro final do ano, em dezembro.
Confesso que estou um pouco sem paciência para ouvir o Zé Roberto. Preciso de um tempo dele. hahaha Mas vou ouvir a entrevista. Obrigada pela indicação e as informações. Eu ainda tenho meus pés atrás mesmo ele falando de estar próximo das seleções de base. O Zé fala mta coisa que não cumpre. Cada novo ciclo tem uma história. Uma vez foi o tal rodízio de levantadoras, depois de só convocar quem é titular, na outra vez de fazer time B. E, no fim, nada disso se concretizou. Só acredito vendo.
Hoje quem apareceu pro jogo provando que o VitrA tem opções de sobra foi a Kosheleva, nenhuma dentre Boskovic, Larson e Thaísa estava nos seus melhores dias, coube a russa aparecer pra resolver. Apesar da Bosko ser a estrela mais jovem tendo apenas 19 anos ela já é a 2º melhor do mundo pra mim (atrás apenas da Zhu), então a Kosheleva é pra mim a jogadora que mais tem a ganhar com a experiência internacional, pode conseguir melhor seu passe, de longe seu fundamento mais fraco e mantendo o poder no ataque. Meio fora de tópico, mas mundando de uma estrela russa pra outra, com a Koshe na Turquia e a liga russa com muito menos investimentos, eu queria ver a Goncharova no vôlei turco, podia ir pro Fener pra que eles pudessem ter um time que competisse com VitrA e Vakif e recebendo bolas na Nootsara ao invés de ficar jogando com as péssimas levantadoras russas que ainda vão acabar entortando a coluna dela, talvez no ano que vem.
O time do mundial pra mim está relativamente OK, mesmo a Akinrandewo poderia estar lá, exceção foi a levantadora, também achei a Maja a melhor do campeonato. Quanto a data, eu prefiro no final do que no começo, maioria das grandes ligas termina no começo de abril, exceção é o italiano que na última temporada foi só até o começo de maio, mas teve edições que chegou no meio do mês, fica muito colado no Montreux pra iniciar temporada de seleções, mas mesmo com cansaço, seria melhor, teríamos times mais entrosados e possibilidade de mais partidas de alto nível como a semifinal turca.
Post ficou meio grande, vou usar outro pra falar das declarações do ZRG.
O time do Eczacibasi é uma pincelada das melhores jogadoras do mundo. Só trocaria Adams pela Akinrandewo. Maja é brilhante, dá gosto de ver jogar, assim como a Tomkom. Aliás, quero ver esse duelo logo.