Uma jogadora de primeira na segunda
Demorou, mas a Fernanda Garay já definiu seu time para a temporada 2016/17: Guandong Evergrande, da China.
Apesar do nome indicar o contrário, o Evergrande já não é tão grande assim. Depois de um passado recente glorioso, tendo Lang Ping como treinadora e boa base da seleção dos EUA, está na segunda divisão, há três temporadas sem jogar na elite do campeonato chinês.
Ao que parece, o enredo financeiro do até então atual time da Garay, o Dínamo Moscou, acabou por atrasar a “entrada em mercado” da jogadora e dificultou que ela pudesse ser realmente considerada por outras equipes da Turquia, Itália ou mesmo da Rússia para compor os seus elencos. Sem contar a parte financeira. Pelo que se sabe, Garay não é para qualquer time, tem que ter muita grana para bancá-la. Tudo isso, claro, é a impressão que dá aqui de fora, de quem não acompanhou as movimentações de perto.
Apesar do nome indicar o contrário, o Evergrande já não é tão grande assim. Depois de um passado recente glorioso, tendo Lang Ping como treinadora e boa base da seleção dos EUA, está na segunda divisão, há três temporadas sem jogar na elite do campeonato chinês.
Ao que parece, o enredo financeiro do até então atual time da Garay, o Dínamo Moscou, acabou por atrasar a “entrada em mercado” da jogadora e dificultou que ela pudesse ser realmente considerada por outras equipes da Turquia, Itália ou mesmo da Rússia para compor os seus elencos. Sem contar a parte financeira. Pelo que se sabe, Garay não é para qualquer time, tem que ter muita grana para bancá-la. Tudo isso, claro, é a impressão que dá aqui de fora, de quem não acompanhou as movimentações de perto.
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Acho que a Garay está descendo um nível na sua carreira e subindo dois, três na sua carteira. Como eu não compartilho da sua conta bancária, lamento que ela vá jogar na segunda divisão chinesa. Certamente seria melhor vê-la em quadra na Europa que, mesmo se (a depender do país) o campeonato nacional não seja de grande exigência, pelo menos tem os campeonatos continentais que possibilitam confrontos mais fortes. Além, é claro, de estar no meio de outras atletas de alto nível.
Desconheço o nível de preparação técnica e física que o Guandong Evergrande tem a oferecer, mas este também é outro receio que tenho com o destino da jogadora. É verdade que, em contrapartida, a Garay não é do tipo de relaxar e, até pelo seu histórico, tem uma ótima capacidade de se adaptar a diferentes processos de trabalho sem deixar a qualidade do seu vôlei cair muito. Esse é um dos poucos aspectos que amenizam o meu descontentamento, além do fato de que, por ter menor duração, a temporada na China pode possibilitar que a Garay venha a jogar por outra equipe ainda no início do ano que vem.
Toda minha preocupação em relação à escolha da Garay está principalmente ligada ao seu futuro na seleção. Não sei qual é a intenção dela referente ao time nacional, mas, como já comentei antes, considero-a importante para comandar o próximo ciclo. Ela está com 30 anos, mas acho que tem condições de chegar bem a uma próxima Olimpíada fisicamente e tecnicamente. Temo que a segunda divisão da China precipite o início do fim. Tomara que não.
Comentários
Espero que ela tenha infraestrutura no seu novo clube para se manter em forma, que jogue o campeonato chinês e consiga um bom clube para jogar na próxima temporada, ou mesmo nessa porque lá são apenas 5 meses.
Embalado pelo sucesso nas Olimpíadas, vejo o campeonato chinês cheio de grana em ascensão e em pouco tempo as jogadoras e o público deixarão de olhá-lo com desdém. A minha expectativa é que a China seja a nova Turquia como meca do voleibol de clubes.
Jaqueline tem sempre aquele mimimi de querer ficar perto da Familia, sendo que os clubes de SP nao tem dado espeço pra ela desde saiu do Molico(Sollys) e engravidou. No Sesi ela foi empurrada guela abaixo. E por ultimo temos a Sheilla que ainda pensa ser a melhor oposta do Mundo, só pensa, porque seu melhor volleybol ficou em 2012.
Acho essas situaçoes super desagradáveis, ir na Midia e chorar, culoar o Ranking e a CBV. As grandes atleta sempre podem escolher onde jogar e optam em jogar no exterior e receber salarios maiores. Otimo, direito delas. Eu penso que se quisessem mesmo jogar no Brasil, aceitariam um salario inferior. Nao quer desvalorizar-se? Jogue no exterior e seja feliz. Só nao fica de apelação, pfvr.
E o nosso Brasilzão segue ladeira abaixo na Superliga.
"Eu penso que se quisessem mesmo jogar no Brasil, aceitariam um salario inferior".
Mas ninguém deveria aceitar salário inferior por vontade própria, desde o trabalhador braçal que ganha salário mínimo até as grandes estrelas do esporte. Carreira de esportista de alto nível é naturalmente curta, mesmo com salários altos, não é todo mundo que no pós-aposentadoria poderá trabalhar com o esporte.
No Vôlei isso é ainda mais válido, esporte onde os clubes são bancados por empresas privadas que emprestam seu nome (ou produtos) ao nome deles e no qual equipes correm o risco de sumir do dia pra noite, mesmo tradicionais (Osasco quase passou por isso logo após um título olímpico da seleção, ou seja, no auge do interesse pelo esporte). Fora que, por isso, lealdade ao clube praticamente inexiste, fora a Fabi que joga no Rexona há uma década, jogadores/as no geral acertam por 2 anos, muitas vezes de forma anual, transferem-se para rivais com frequência e vão jogar em qualquer lugar do mundo (do Brasil a China, da Itália a Indonésia).
Ruim para a Garay é que o mercado fechou na Europa e a deixou sem opções, basicamente forçando-a a acertar com um campeonato aquém do seu talento, meu maior medo é que suma do radar. No mais, desejo-lhe boa sorte, melhor do que boa parte das estrangeiras que jogarão na primeira divisão chinesa ela é.
https://www.youtube.com/watch?v=e1UrAmw-NYI
Pra mim é bem nítido isso.