Do Carioca ao Mundial
O campeonato carioca não costuma ser tema de comentários aqui no Papo. Afinal, o Rexona reina absoluto. Ou melhor, reinava.
Nesta quinta-feira, o Fluminense quebrou a hegemonia do time do Bernardinho e levou o título com uma vitória por 3x2.
Isso não credencia o tricolor a ser uma potência na Superliga, mas é sempre saudável termos times que, volta e meia, possam mudar o roteiro já conhecido. Fora que, conquistar um título em cima do campeão brasileiro, dá moral e suporte ao projeto do Fluminense para, quem sabe, atrair mais atenção e investimentos mais adiante.
Nesta quinta-feira, o Fluminense quebrou a hegemonia do time do Bernardinho e levou o título com uma vitória por 3x2.
Isso não credencia o tricolor a ser uma potência na Superliga, mas é sempre saudável termos times que, volta e meia, possam mudar o roteiro já conhecido. Fora que, conquistar um título em cima do campeão brasileiro, dá moral e suporte ao projeto do Fluminense para, quem sabe, atrair mais atenção e investimentos mais adiante.
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Do outro lado, os torcedores do Rexona estão preocupados. Não com a perda do título em si, mas pelo vexame que o time periga fazer no Mundial, jogando contra equipes de mais alto nível.
Entendo a preocupação. A principal arma que o Rexona poderia usar no Mundial seria a força do conjunto, o que é difícil de se conseguir assim, tão no início da temporada. O torneio acontece na última metade de outubro e, até lá, o Rexona não terá partidas suficientes para conseguir esta harmonia.
As individualidades farão a diferença no Mundial e, neste quesito, o Rexona certamente não é dos times ali mais bem servidos. Na final do Carioca, o Rexona sequer pôde contar com boas atuações de duas importantes jogadoras: Roberta e Gabi. Dizem que elas comprometeram com maus levantamentos e constantes tocos, respectivamente. E o Bernardinho insistiu com a Monique como oposto e não utilizou a Helô, única jogadora com potencial (ainda a ser confirmado) para carregar um time nas costas.
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Segundo, não acredito que o time irá passar vergonha. Claro que este é um conceito que para o torcedor quer dizer uma coisa, para quem está de fora, outra. Mas acho que o Rexona tem condições de passar para a semifinal. O adversário das cariocas para a classificação no grupo será o Casalmaggiore. O time italiano chega com a pompa de ser o campeão europeu batendo o estrelar Vakifbank. Porém, o que o levou ao título não foram as individualidades, mas o bom conjunto. E, assim como o Rexona, dificilmente a equipe estará redondinha para disputar o Mundial com força.
É um confronto aberto. Ficará difícil, aí sim, fazer frente ao Eczacibasi no grupo assim como ao Vakifbank, caso haja um encontro na semifinal. Pode ser que aí o Rexona não veja a cor da bola. Mas o que é perfeitamente compreensível e, na minha visão, nada vexatório.
Em terceiro e último lugar, a Supercopa, sim, pode ter repercussão no restante da temporada e sobre o território no qual o Rexona reina. É uma disputa na qual as cariocas têm mais a perder do que ganhar. Afinal, correm o risco de terem a soberania quebrada pela segunda vez consecutiva em uma semana. E, agora, pior: para um rival importante no caminho para a conquista da Superliga e que tem sido, até aqui, freguês nas decisões.
Quer dizer, pode ser o início do fim de uma supremacia. Seria um começo bastante turbulento para quem ultimamente não tem tido seu trono ameaçado.
Comentários
Não dá para exigir muito, já que vão enfrentar verdadeiras seleções mundiais.
Quanto ao Rexona, esse é um mundial bem difícil, o melhor cenário é um terceiro lugar, o pior é terminar 1-2 ganhando apenas do PSL All-Stars e eliminado na primeira fase. O Casalmaggiore é o atual campeão europeu mas é um time similar ao carioca, muito mais conjunto, tanto que o favoritismo é dos dois turcos, que são verdadeiras seleções mundiais, se der a lógica a final é entre eles.
O duelo contra os italianos é vencível, problema é que no geral os pontos fortes do Rexona na SL viram fraquezas no mundial porque é um time baixo. O jogo de meio do Rio é uma força na SL com Carol e Jucy, no mundial vai sofrer de novo, enfrentando times que tem ponteiras quase 10 cm mais altas que as meios de rede do Rio. Contra o Eczacibasi, porém, periga, não ver a cor da bola, aquilo é um timaço, Kosheleva, Boskovic e Larson contra Gabi, mais Thaísa pelo meio, vai ter que tirar leite de pedra o Bernardinho.
Sendo assim, Supercopa é provavelmente mais importante, Mundial a condição é clara, Rexona é azarão, Supercopa servirá pra saber onde a equipe está posicionada no cenário nacional e quanto o Praia pode ameaçá-las.
Tem que ver se a Buijs se adaptará ao time e conseguirá render. Particularmente acho que o time perdeu em qualidade com a chegada dela, mas veremos como desenrola.
No Mundial, um terceiro lugar já é de se comemorar.