Pá Pum - Sérvia 3x0 Rússia
Pela segunda Olimpíada seguida, a Rússia cai nas quartas de final. Desta vez, porém, a eliminação foi rápida e indolor. Quer dizer, as russas não devem concordar comigo neste último adjetivo. Mas elas estiveram tão fora de jogo que não devem nem ter tido tempo ainda de assimilar a dor da derrota. A partida não durou sequer 1h30 (para ser mais específica, mal passou da primeira hora: 1h09).
A Rússia simplesmente foi patrolada pela Sérvia no primeiro set. Fica difícil para qualquer seleção colocar-se de pé depois de uma derrota por 25x9. O time russo tentou, reagiu no final do segundo set e fez um terceiro mais equilibrado.
Só que a Sérvia não recuou na pressão no saque. A linha de passe russo comprometeu, primeiro com Shcherban, depois com Voronkova. O melhor momento da Rússia na partida foi exatamente quando a líbero reserva Ezhova entrou no fundo de quadra. No mais, era Kosheleva e Goncharova tentando ir atrás do estrago feito na recepção.
Desestruturada, a Rússia não conseguiu bagunçar a casa sérvia. Com exceção de uma rede no terceiro set que travou, o ataque da Sérvia fluiu muito bem. A dupla Mihajlovic e Boskovic tirou o protagonismo da dupla de atacantes russa.
A vitória foi muito semelhante à conquistada contra a China, na qual a Sérvia não tomou conhecimento de quem estava do outro lado. Jogou, é verdade, sem grande pressão, o que permitiu melhor controle dos erros.
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A Sérvia consegue, assim como a Holanda, a sua primeira classificação para uma semifinal olímpica. Depois de vários ensaios, finalmente consegue entrar no primeiro pelotão do vôlei internacional. E acho que tem condições de se manter nele.
Já a Rússia dá adeus a um ciclo para ser esquecido. Marichev mostrou não ter qualquer comando sobre as jogadoras muito menos coerência nas suas escolhas. O time russo viveu estes quatro anos sempre na expectativa de contar ou não com Sokolova e Gamova e esqueceu de andar para frente.
Todo o respeito que se prestou à Rússia neste ciclo foi muito mais referente ao seu passado e às duas jogadoras fora de série que têm, Kosheleva e Goncharova. É um desperdício tê-las na mesma geração e formar um time tão pouco competitivo como se mostrou a Rússia. Pelo bem do vôlei e da nossa rivalidade favorita, seria bom tê-la verdadeiramente de volta ao campo de batalha nos próximos anos. Um time que imponha respeito pelo o que é, não pelo que foi.
Comentários
Brankica é uma ogra e passou várias bolas pelo bloqueio russo puramente na força bruta. Um monstro no ataque essa mulher. A levantadora tem uma característica que deveria ser inerente à posição: ousadia. As meios fazem pontos de bloqueio. O saque é sempre muito forte. O contra-ataque é eficaz. Foi um show de poderio ofensivo hoje.
Estou torcendo para que a Sérvia ganhe dos EUA na outra chave e seja finalista. Acho que merecem. Esse time estadunidense não me desce. Essas jogadoras que ficam mascando chiclete parecendo umas cabritas, usando óculos pensando que tá na praia e, pior, dançando no chiqueirinho com aqueles passinhos ridículos são coisas que me irritam nesse time. Se a Sérvia vir agressiva como foi hoje, acredito que tenham chance sim, por que não? Se jogares soltas têm tudo para vencer!
Do outro lado, claro que torço para as meninas do Brasil chegarem à decisão. E aí vai ser um espetáculo ver a linha de defesa que pega tudo brasileira contra a ofensiva potentíssima sérvia.
Credito a ela não o fracasso em si, mas o segundo set e grande parte do quinto.
Depois eu estava "errado" em pegar no pé dela... Tava nada! Rs
Que pena... Tristeza demais...
Não consigo dormir. A adrenalina e a tristeza ainda estão altas. Acho que paro de torcer para uma modalidade assim. Dói demais.
Quando tiver o post eu vou criticar sim. É das críticas que se parte para a melhora. Mas para começar posso dizer que penso, entre diversas coisas, como o Alysson Barros.
Poderia escrever um livro neste momento sobre o jogo.
Parabéns para a Sheila e para a Fabiana, que estão deixando a seleção (essas são as que tenho certeza). Nossas heroínas e campeãs. Obrigado por tanta alegria que me deram. Obrigado por tudo.
Parabéns seleção, mas devo dizer que não jogaram bem.
A Dani Lins foi péssima e a Nathalia no segundo e quinto set me tirou do serio...
Não sei em qual canal vocês assistiram o vôlei eu vi pelo sportv, o Marcos Freitas que é um grande admirador do trabalho da Dani Lins até ele perdeu a paciência com ela, não só pelos levantamentos ruins, mas principalmente pela péssima distribuição das bolas, levou uma eternidade para usar as centrais, ZR morreu abraçado a Dani Lins e a Nathalia levou uma eternidade para tira a ultima no segundo set para colocar a Jaque.
Faltou uma inversão de 5 x 1 descente e o ZR não levou uma oposta, vai ter gente falando, mas a Fabiola estava fora de forma, então não levasse!!, ai vai ter gente falando que o mesmo levou para compensar pela cagada que ele fez na olimpíada passada, mas ele não fez o mesmo favor com a Brait, que muitos esquecem que essa foi dispensada no aeroporto de Londres e como premio de consolação ganhou um almoço na vila olímpica na época, a vdd é que ele não quis chamar a Claudinha por orgulho, já que o mesmo chamou ela de burra.
Oq eu senti nessa olimpíada é que elas estavam unidas, inclusive com o ZR, coisa que não aconteceu na olimpíada passada, é uma geração vitoriosa e hoje esforço e garra não faltaram... a técnica da china deu uma surra tática no ZR, e o mesmo não conseguiu se adaptar as mudanças feitas no time adversário.
É uma geração talentosa que se despede e causa preocupação, já que na minha visão a nova geração não possui o mesmo nível, enfim não foi feita uma transição de sucesso.
Concordo c/ André, Léia amarelou, Dani Lins pecou recorrentemente na distribuição.
Tem q tirar o chapéu p/ Lang Ping além de ser certeira nos pedidos de desafio ( aprenda Sr. Marichev, pior técnico q a Rússia já teve). Fez substituiçoes inteligentes. O ZRG também fez.
A derrota do Brasil era uma possibilidade real contra a China, não foi uma surpresa.
Mas dentro das possibilidades o Brasil jogou o q tinha p/ jogar. Não jogou abaixo.
Meninas te amamos!