Esquenta!
Brasil, China, Estados Unidos, Rússia e Sérvia. Todas as principais seleções já estão na Vila Olímpica. É, meu caros leitores, está chegando a hora.
E, para se prepararem para o tão esperado momento, as seleções estão fazendo uma série de amistosos. A gente tenta não dar muita bola para os resultados - sabe que os jogos servem mais para dar uma mexida nas jogadoras após tanto tempo de treinamento -, mas fica difícil não se surpreender com alguns deles.
Como o 3x2 da China contra o Pinheiros. Jogo apertadíssimo mesmo com as paulistas cometendo muitos erros. Em depoimento ao Bruno Voloch, a ponteira Suelle confirmou aquilo que vínhamos observando sobre a equipe chinesa. É um time de muita velocidade de ataque, mas frágil na recepção. E quando não recepciona bem, concentra todo o seu jogo na Zhu.
A Rússia, por sua vez, perdeu novamente para a Holanda, também por 3x2. Se mesmo em jogos de competição a Rússia nem sempre é dos times mais empenhados, que dirá num amistoso. Mas, como falei sobre a decisão do terceiro lugar do Grand Prix, a Rússia está dando espaço para a Holanda perder o respeito e encontrar os caminhos para as vitórias.
Pelo que temos visto ultimamente, das cinco seleções listadas como candidatas ao ouro a Rússia é a que chega mais enfraquecida e distante desta briga. Ainda assim, tem recursos individuais que, se inspirados, colocam o time na briga por medalha.
China e EUA, juntamente com o Brasil, são as seleções mais maduras, mas estão num grupo que pode comprometer o caminho para chegar numa disputa de medalha. A Sérvia deu um sprint no momento certo e entra com força para atrapalhar as seleções principais, mas precisa lidar com sua instabilidade e inexperiência. E ainda tem a Coreia que pode se intrometer e desencaminhar todas as probabilidades.
Falando em Coreia, ela venceu a Itália por 3x1. Um resultado dentro da normalidade.
E, para se prepararem para o tão esperado momento, as seleções estão fazendo uma série de amistosos. A gente tenta não dar muita bola para os resultados - sabe que os jogos servem mais para dar uma mexida nas jogadoras após tanto tempo de treinamento -, mas fica difícil não se surpreender com alguns deles.
Como o 3x2 da China contra o Pinheiros. Jogo apertadíssimo mesmo com as paulistas cometendo muitos erros. Em depoimento ao Bruno Voloch, a ponteira Suelle confirmou aquilo que vínhamos observando sobre a equipe chinesa. É um time de muita velocidade de ataque, mas frágil na recepção. E quando não recepciona bem, concentra todo o seu jogo na Zhu.
A Rússia, por sua vez, perdeu novamente para a Holanda, também por 3x2. Se mesmo em jogos de competição a Rússia nem sempre é dos times mais empenhados, que dirá num amistoso. Mas, como falei sobre a decisão do terceiro lugar do Grand Prix, a Rússia está dando espaço para a Holanda perder o respeito e encontrar os caminhos para as vitórias.
Pelo que temos visto ultimamente, das cinco seleções listadas como candidatas ao ouro a Rússia é a que chega mais enfraquecida e distante desta briga. Ainda assim, tem recursos individuais que, se inspirados, colocam o time na briga por medalha.
China e EUA, juntamente com o Brasil, são as seleções mais maduras, mas estão num grupo que pode comprometer o caminho para chegar numa disputa de medalha. A Sérvia deu um sprint no momento certo e entra com força para atrapalhar as seleções principais, mas precisa lidar com sua instabilidade e inexperiência. E ainda tem a Coreia que pode se intrometer e desencaminhar todas as probabilidades.
Falando em Coreia, ela venceu a Itália por 3x1. Um resultado dentro da normalidade.
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E o Brasil fez dois amistosos contra a Sérvia em Saquarema, com uma vitória para cada seleção por 4x1.
Sérvia pouco mudou, o Brasil é que fez mais trocas, mas todas elas dentro do script. Adenízia entrou ao final das partidas como central. Ela e Jucy, pelas estatísticas, foram bem, principalmente no bloqueio. A Gabi é que fez as vezes de oposto reserva.
Jaque e Natália, a combinação que tanto queríamos ver pelas pontas, começaram a segunda partida. Curiosamente, o time teve mais problemas de recepção neste jogo. A Sérvia, assim como no GP, nos pressionou bastante no saque.
A Sheilla, na segunda partida, fez somente 3 pontos em 21 tentativas. Podemos minimizar dizendo que era somente um amistoso, mas isso pode acontecer nos jogos para valer. Por mais que saibamos do talento e da capacidade de decisão da jogadora, ela não é mais a mesma atacante de oito anos atrás. Além disso, pode ter um dia ruim.
E, no fim, a Fabíola, quem mais poderia se beneficiar com os amistosos, jogou muito pouco. O Zé Roberto colocou-a somente em quatros sets, sendo dois deles tie-break. Não sei se isso foi um sinal de que ela ainda não está na sua melhor condição física ou se foi simplesmente uma opção do Zé.
A Sheilla, na segunda partida, fez somente 3 pontos em 21 tentativas. Podemos minimizar dizendo que era somente um amistoso, mas isso pode acontecer nos jogos para valer. Por mais que saibamos do talento e da capacidade de decisão da jogadora, ela não é mais a mesma atacante de oito anos atrás. Além disso, pode ter um dia ruim.
E, no fim, a Fabíola, quem mais poderia se beneficiar com os amistosos, jogou muito pouco. O Zé Roberto colocou-a somente em quatros sets, sendo dois deles tie-break. Não sei se isso foi um sinal de que ela ainda não está na sua melhor condição física ou se foi simplesmente uma opção do Zé.
Só sei é que, se quisermos manter em alta nossa expectativa pelo ouro, o melhor é não olharmos muito para o banco de reservas.
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Vocês sabem que o Papo de Vôlei é pé quente. Nasceu em 2008, um mês antes dos Jogos. Mas a blogueira aqui, sem entregar a idade, acompanha o vôlei feminino desde 94. Ou seja, vi a épica briga entre brasileiras e cubanas em 1996; o time guerreiro de 2000; a tragédia do 24x19 em 2004; o show de bola de 2008 que garantiu o primeiro ouro; e aquela montanha-russa de emoções que foi 2012.
O Brasil já viveu de tudo em Olimpíadas.
E nós, aqui de fora, já vimos de tudo. Sabemos que nem sempre o mais provável acontece. Por isso numa espera por Olimpíada as doses de entusiasmo e medo vêm na mesma proporção. O sucesso e o fracasso andam muito perto um do outro. Em Atenas, um ponto separou o maior vexame do vôlei feminino brasileiro de sua primeira final olímpica. Oito anos depois, o que tinha tudo para ser a pior campanha da história transformou-se na mais emblemática participação olímpica.
No caminho brasileiro destes Jogos nada indica que teremos problemas para chegar, ao menos, na semifinal. O time não é dos mais fortes, mas tem o conjunto e a experiência a seu favor. Construiu um bom momento durante o GP e pega uma tabela favorável. Mas adivinhação não é palavra que combina com Olimpíada.
Muito menos com esta edição que promete ser muito equilibrada. Nenhuma seleção entra como favorita e a diferença entre as cinco candidatas ao ouro é pequena.
Toda esta enrolação é só para dizer que conto com vocês para dividirmos nossas ansiedade, surpresas, celebrações e decepções (espero que não relacionadas ao Brasil) em mais uma Olimpíada. Agora, a Rio 2016!
Comentários
Vamos torcer!
Welmer, depois do GP, estou mais tranquila e confiante no time. Tanto tecnicamente como psicologicamente. Realmente é uma seleção mais calejada por tudo que viveu. Ainda assim, sempre fico com receio de alguma reviravolta. Acho que eu é que não superei o trauma de 2004! hahaha
Paulo Roberto, me parece que as meninas tão bem preparadas psicologicamente. Meu medo era que, por ser aqui no Brasil, elas teriam muitas distrações. Mas algumas delas já avisaram que vão ficar fora de redes sociais, a Jaque falou que não quer nem a família por perto para se concentrar e etc. Acho que elas estão focadas.
Mesquita, acho difícil a Rússia ganhar o ouro por tudo isso que vc citou. Acho que ela pode se complicar com as asiáticas na classificação tb. Mas não a descarto com tanta facilidade... Sei lá, Rússia é meio traiçoeira. Prefiro me vacinar!
Nossa seleção tem pontos fracos e limitações, quando nosso passe não funciona, nossas centrais não jogam e nossas atacantes não conseguem se virar com bola alta na ponta e nem atacar com bloqueio triplo na frente. Esse é o meu medo, pois somos uma seleção muito dependente de passe A para virar bola.
As demais seleções favoritas conseguem se virar com bola alta na ponta quando o passe não é bom, já o Brasil não.
A seleção que mais tenho medo é a Americana, é o melhor time do mundo, elas perderam o GP, mas isso não quer dizer nada. O diferencial da seleção Americana é o técnico e a comissão técnica que são os melhores em estudar os adversários e isso me preocupa.
Vamos torcer para a seleção, mas eu ainda acho que o ZR deveria ter renovado um pouco melhor em algumas posições, pois não temos banco de reservas. Na minha opinião falta uma oposta reserva nata, levar 4 centrais é desnecessário e a Gabi não é jogadora de seleção, ela compromete muito devido a baixa estatura.
No mais, aguardo o melhor. Tomara que a Gabi e Ade consigam se virar em cada situação.
Vocês viram que Thaísa se machucou levemente e o ZR já quer colocar ela no jogo contra Camarões? Acredito ser melhor colocá-la só contra a Argentina, time fraco que serviria pra ela perder o nervosismo de estreia
Me pergunto como ficará a cabeça dela durante uma partida que durar cinco sets. Total falta de senso de todos os envolvidos. Essa convocação foi a pior de todas. Eu gostava da Fabíola, ela me conquistou junto com a Garay quando bateram no Osasco naquela final do Paulista e desde então torci por ela. Porém essa situação é esdrúxula demais. Depois do corte desastroso e atrapalhado de 2012 ela tinha que ter criado vergonha na cara e ter ela própria dito não ao inescrupuloso ZR. Agora, de repente, ela é imprescindível para a seleção feminina? Após aquele mico ao qual foi sujeitada? Mais uma incoerência pra lista já grande do técnico.
Penso que uma levantdora jovem deveria estar sendo preparada já para assumir a posição quando a Dani sair, a Naiane ou mesmo a própria Roberta, por que não? Sentir esse clima olímpico e adquirir experiência no torneio mais importante.
A única reserva que terá de fato utilidade é a Jaqueline - que ao meu ver nem seria reserva, as extremidades poderiam ficar com Jaque, Garay e Natália. Se a Sheilla continuar instável do jeito que tá... Foi super mal no amistoso. Se a Sheilla fica nessa situação, como vai ser resolvida a questão? Vai entrar Adenízia ou Gabi pra ficar de oposta titular? Piada.
Bom, resta agora torcer para dar tudo certo... De novo.
E experiência pode ser anulada por um adversario disciplinado e treinado. Sem contar que sucesso no passadi nao garante sucesso no futuro.
Quanto a ficarem focadas, uma coisa é dizer que vai se afastar das redes sociais, outra é ficar de fato fora das redes, sequer logadas em suas contas.
E os jogos só vão começar mesmo quando um time apertar o BR ao ponto de ter um set ameaçado. E depois quando o set seguinte tambem for pela mesma rota.
Sou torcedor do BR, mas reconheço que existe chance da maionese desandar, e isso especialmente porque nosso maior adversário são as próprias limitações.
Vai Brasil! Mas cuidado, não deixem nosso pior adversário nos dominar porque nós mesmos não nos dominamos.
Já Adenízia, eu nem comento que é para não piorar minha cefaleia... Mas eu entendo pq ela vai para a olimpíada, afinal, alguém tem que levar o CD da Aline Barros...
A Fabíola qualquer coisa que fale a respeito dela, vem os defensores atirando 200 pedras, dizendo que ela está perfeitamente bem fisicamente, extremamente rápida, super em forma, e que a gravidez não atrapalhou em nada. Engraçado, então pq Zé Roberto não colocou ela em todos os sets nos dois jogos contra a Sérvia? Não era treino? Se era treino o resultado não importa!
Gabi é aquela coisa, joga muito na Superliga, mas não é jogadora de seleção. Mas, fazer o que, depois de amanhã ela estará lá, competindo...
Gente, o negócio é o seguinte, tivemos 4 anos e não 4 dias, para montar um time, se não tivemos competência para isso, não é agora faltando 48 horas que o milagre vai surgir - apesar de que sempre tem o CD básico kkkkkk
Minha torcida é que o Brasil saia em primeiro no grupo, pegue o mais fraco do outro grupo, e que EUA caia logo nas quartas de final ou na semi final, vamos rezar para isso kkkk
Acho que eu torço mais para que EUA caia antes de chegar na final do que qq outra coisa kkk
Esse é meu pensamento. O BR é favorito sim, apesar de o próprio ZRG afirmar que EUA esteja melhor. Ele preparou-se para o BR ganhar na Rio 2016. Apostou na experiência e no momento técnico das jogadoras, testou pouco as jogadoras que seriam potenciais para 2020, porque para ele interessa a Rio 2016, agora.
Queiramos ou não, ele tem uma filosofia específica para cada Olimpíada, e a segue com grande foco. E é isso que me faz pensar que talvez depois da Rio 2016 ele parta para outros projetos.
Mudando de assunto, contra Camarões seria legal não correr riscos, então possivelmente a escalaçao seja de alguma surpresa.
O que vc disse sobre 2008 ser o ano que teóricamente seria a pior campanha. Não tem nem base isso, muito pelo contrário... o ano foi de renovação, de safra nova, de jogadoras com biotipo diferente, fortes, nosso volei com características diferentes, mesclando agilidade e destreza pra jogar com bola lentas nas pontas,quando passe não saia. amadurecimento de nossas centrais, que são as melhores da história, nunca tivemos meios tão fortes e decisivas, seleção que tinha quem virasse bola alta na ponta, coisa que eu era pivete e me perguntava nas transmissões, o pq nossa seleção não atacava aquelas bolas altas e lenta nas pontas como as europeias... Além de otimas passadoras na reserva, a Jack e a sassa...(que quase foram campeãs do mundo em 2006 como titulares me corrijam se tiver equivocado) enfim, a questão de uma única oposta naquele ano, como um colega mencionou, por favor, todo mundo sabe que mari também joga de oposto, era uma seleção versátil, ainda tinha o coriga, a valeskinha, que além de ser uma excelente meio, ainda passava igual a wall, e sem contar no EXORCISMO do fantasma insistente da levantadora que nos deu dois terceiros lugar, e a retomada de frente,da já consagrada e respeitada no mundo, Fofão, enfim, poderia predicar e muito sobre aquele ciclo renovado, mas não há nada do que os meu co religionarios não saibam. Laura, você tem algo contra a renovações? você acha sinceramente que essa historia da rodagem internacional conta? E quando deve acontecer esse ganho de experiência internacional? ele se ganha na seleção somente? ou vc acha que a migração pra outras ligas contribuem para esse amadurecimento,e o que dizer das seleções que mais renovaram no mundo, as finalistas do último mundial, uma cambada de meninas que conseguiram o feito que segundo a maioria, a geração que as antecederam eram melhores, principalmente no caso das americanas, mas que não chegaram ao lugar mais alto do pódio? Enfim, sem mais.
PS: Johnny, é pecado mesmo para alguns criticar o todo poderoso, coerente, formador de base,o cara ético dentro do grupo, o técnico da seleção, ele é o cara, tira leite de pedra, só pega sucata e transforma em 0 KL, ele é multi paciente com o plantel que gere, sempre respeita todo mundo, e botou ordem no grupo em londres. Hahahah quem conhece a peça sabe qie o buraco é mais em baixo. Sei como é caro companheiro, angalera cae em cima mesmo.
Vamos aguardar essa olimpiada, mas eu não to tão confiante como uma galera por ai não. China e EUA tem seleções melhores que a nossa e tem mais potencial para chegar a final.
Li nas pressas aqui no trabalho, entendi.
Como assim esse banco é melhor donque o de pequim, vc realmente perdeu muoto daquele ano.
Alem do que eu e outr amigo citou sobre, veja por exemplo a Thaisa foi a melhor central daquele ano, se não me engano ela jogou o grand pix de titular. Só um exemplo a mais....
Em Pequim tínhamos a Jaque e Thaisa no banco, satisfeitos? Não vejo a Adenízia fazendo nada além da animação espiritual e carregadeira de toalhas e gatorade. A Gabi que foi levada pra ser figurante e ganhar digamos "experiência" para 2020, menti?
Do banco só podemos aproveitar Jaque e olhe lá a Juciely... a Fabíola é uma incógnita.
Hoje só temos figurantes e a palhaça de circo oficial. E uma atleta que acabou de ter um filho.
Torcer para tudo dar certo mais uma vez...
E outra, a Sheila continua plena e graciosa porque nenhuma colega de posição foi o suficiente competente e profissional para tomar o lugar dela. De Joycinha a Tandara, passando por Monique e todas as possíveis improvisações que têm sido feitas, a Sheila, mesmo quebrada, sobra. Podem falar da Paula ou da Helô, mas dificilmente um técnico brasileiro faria as levaria, não é o estilo deles. As jovens sempre são preservadas, para o bem ou para o mal.
O Zé também ganhou o ouro de Barcelona, com muitos revesamentos de posição com ponteiro bloqueando no meio e central e ponteiro atacando na saída também. Acho que isso vai acontecer de novo agora. Ele vai entrar com o time titular, mas estará mais abertos para mudar rapidamente, daí a convocação como foi.
Já falei da importância da Adenízia dentro de quadra e nos bastidores. Não me levam a sério.
Mas vamos ver. E se os EUA caírem antes da final, não será surpresa, pois elas não são nem nunca foram essa coca cola toda.
Beijos e que a paz do espírito olímpico esteja convosco!
Obrigado.
Bora meninos comentando.....
http://rio2016.fivb.com/en/volleyball/schedule#/d20160806
No coments....
Na boca do povo a china é quase imbatível mesmo. Mas só foi a Holanda precionar, e trabalhar o volume de jogo que elas sentiram... aí o caminho, não baixar a cabeça.