Montreux - Brasil 3x0 Bélgica
E a primeira vitória brasileira em Montreux aconteceu. Pena que não serviu para levar a equipe às semifinais. Dos três jogos, ironicamente, este não foi o que a seleção melhor jogou. A atuação contra a Turquia foi mais completa.
Neste confronto contra a Bélgica, faltou novamente uma recepção mais segura, um bloqueio mais presente e uma distribuição mais equilibrada por parte da Naiane. Nossas centrais foram esquecidas e a Gabi foi acionada para além da necessidade. Menos mal para o Brasil é que a atacante, mesclando força e habilidade, se saiu muito bem na responsabilidade de pontuar.
Mas a Naiane, além das centrais, poderia ter utilizado mais a Rosamaria, que teve bons momentos no ataque. Achei positivo o Wagão ter deixado-a mais tempo desta vez na partida, mesmo com a dificuldade na recepção. Afinal, se para o Brasil, no Montreux, só resta ganhar rodagem, é importante para a Rosamaria ser mais testada nesta (nem tão) nova posição.
Neste confronto contra a Bélgica, faltou novamente uma recepção mais segura, um bloqueio mais presente e uma distribuição mais equilibrada por parte da Naiane. Nossas centrais foram esquecidas e a Gabi foi acionada para além da necessidade. Menos mal para o Brasil é que a atacante, mesclando força e habilidade, se saiu muito bem na responsabilidade de pontuar.
Mas a Naiane, além das centrais, poderia ter utilizado mais a Rosamaria, que teve bons momentos no ataque. Achei positivo o Wagão ter deixado-a mais tempo desta vez na partida, mesmo com a dificuldade na recepção. Afinal, se para o Brasil, no Montreux, só resta ganhar rodagem, é importante para a Rosamaria ser mais testada nesta (nem tão) nova posição.
Sem a pressão pelo resultado, o Brasil foi mais controlado nos erros. Deixou que a Bélgica, essa sim com a necessidade da vitória, é que se precipitasse e falhasse. O time brasileiro foi mais paciente e tranquilo na hora de decidir, coisa que não conseguiu contra a Turquia muito menos contra a China. A responsabilidade ainda pesa nestas meninas. Um exemplo foi a líbero Lais, que, depois de uma primeira partida ruim e nervosa, cresceu e se mostrou mais segura no fundo de quadra nos jogos posteriores.
Por isso, ainda que sem medalhas, a simples disputa do torneio deve ser valorizada. Tem um valor a acrescentar a um grupo que, por uma política do Zé Roberto na seleção principal de usar quase sempre a força máxima, tem tão pouco espaço para ter experiências como estas.
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Ainda com uma partida a disputar, pode-se dizer que o grande destaque desta seleção foi a Paula Borgo. Ela foi bem nos três jogos. No primeiro, mesmo jogando dois sets, acabou pagando o pato pelo mau desempenho da Naiane e pelo Wagão ter optado pela inversão 5x1 e não pela simples troca da levantadora. De qualquer forma, ela apresentou nas três partidas um aproveitamento muito bom no ataque. Deixa-nos esperançosos quanto ao futuro da posição de oposto na seleção principal. E quem sabe pode ter sido, mesmo sem alarde, a grande contratação do Osasco para a próxima temporada.
Estes posts sobre o Montreux têm sido críticos em relação à distribuição da Naiane. Porém, ao mesmo tempo que a critico, a defendo: não se pode esquecer que ela trabalhou com uma recepção bastante irregular, o que dificultou a continuidade de uma estratégia na distribuição, fazendo que muitas vezes ela sequer tivesse opção de escolher a jogada. Naiane mostrou que está ainda verde para a seleção principal, mas que também é uma levantadora de personalidade, de coragem, de qualidade no toque de bola e que sabe jogar com velocidade. Prefiro pensar o futuro da seleção nas mãos de jogadoras como ela, que têm muito a oferecer, do que daquelas certinhas burocráticas. O perfil dela se encaixa muito mais no estilo de jogo que o Brasil precisa para sobreviver no vôlei mundial nos próximos anos.
Comentários
Sobre a Naiane, eu gosto muito dela, acho ela melhor levantadora que a Juma. Eu sei que ela tem dificuldades e precisar melhorar as bolas com as centrais, mas vejo nela muita personalidade e boa qualidade técnica. Não vi a partida contra a Turquia, mas vi gente comentando no Twitter sobre a distribuição dela nos momentos críticos do jogo que dificultaram as chances de vitória da seleção. No jogo de hoje ela estava segura e fez uma boa partida, só senti falta de ter colocado as centrais no jogo. Pra mim, a Naiane será a levantadora da seleção daqui alguns anos, acho que ela tem boa capacidade técnica e de entendimento de jogo e que pode evoluir a cada temporada no clube e na seleção. A questão é que somos muito exigentes com as levantadoras, queremos inteligência, técnica, velocidade, criatividade, objetividade e tantas outras qualidades e num momento do jogo que elas não correspondem ao que queremos já passamos a duvidar de sua capacidade e esquecemos que uma levantadora não se forma da noite pro dia e que a maturação leva algum tempo.
Mesquita, desculpa, mas a bola de segurança da Holanda foi a Plak. A Anne deixou muito a desejar, esperava que ela fosse ser bem mais expressiva.