GP - Brasil 3x1 Itália
E foi dada a largada oficial da temporada da seleção em 2016!
Um início um tanto trôpego, não? Dois sets difíceis, o primeiro e o quarto, pelos quais o Brasil não precisava passar já que estava em quadra praticamente com a sua força máxima e a Itália composta majoritariamente por suas novatas. Dá-se o desconto da falta de ritmo de competição - mal do qual a Itália não sofreu - mas, mesmo assim, não era para termos tanto equilíbrio.
A questão é que o problema que atormenta o time brasileiro não é falta de ritmo, é outro. Um problema que incomoda há mais de dois anos e só piora a cada competição: a dificuldade de definição dos ataques, principalmente pelas pontas. Na virada de bola, então, é um parto conseguir colocar uma bola no chão de primeira. Na partida de hoje, nem Garay nem Natália, as mais acionadas pela Dani Lins, tiveram bom aproveitamento.
A Natália, que poderia ser uma jogadora para mudar esta tendência, está muito contida. É verdade que alguns levantamentos da Dani não chegam bem. Mas em outras bolas que ela poderia soltar o braço, ela faz o básico. Imagino que todos nós torcedores compartilhemos das palavras do Zé Roberto num dos tempos técnicos “Vai pra porrada, Natália!”.
Como ele falou, é a única maneira de ela ganhar confiança. Natália está pouco à vontade. Se continuar assim, não irá valer a pena enfraquecermos nosso passe para termos ela no lugar da Jaque. Até porque nossa recepção tem dado prejuízo. Não foi uma boa partida do Brasil neste fundamento.
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Ainda bem que a Natália e o time todo compensaram o problema ofensivo com um bloqueio forte. Somente quando o Brasil, no segundo set, encaixou um bom saque e, consequentemente, o bloqueio se fez presente, anulando inclusive a primeira bola com as centrais que são bastante utilizadas pela Itália, é que a seleção tomou a dianteira do jogo.
Fabiana, melhor jogadora brasileira na partida, puxou o bonde neste fundamento. Foi a relação saque-bloqueio-defesa que norteou o desempenho brasileiro. Quando funcionou, o Brasil sobrava. Do contrário, como no início do quarto set onde a seleção errou uma sequência de saques, o time perdia o controle da partida.
Saque e bloqueio fizeram a diferença a nosso favor assim como a imaturidade da equipe italiana, que comete muitos erros de ataque e tem um passe bastante frágil com Sylla e Guerra. Se não fosse isso, a Itália certamente teria levado o Brasil à disputa do tie-break.
Saque e bloqueio fizeram a diferença a nosso favor assim como a imaturidade da equipe italiana, que comete muitos erros de ataque e tem um passe bastante frágil com Sylla e Guerra. Se não fosse isso, a Itália certamente teria levado o Brasil à disputa do tie-break.
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Mais do GP
- Sobre a Dani Lins, gostei de vê-la forçando as bolas com as centrais, principalmente no contra-ataques ou mesmo quando o passe não vinha bem. Não vi tantos problemas de qualidade de levantamento como quando contra a República Dominicana. Incomodou-me somente a insistência com a Garay e o “esquecimento” da Sheilla, nossa ponteira de melhor aproveitamento, em certos momentos da partida. Não sei se é uma estratégia pensada para poupar a oposto, só sei que uma maior presença da Sheilla fez falta para compartilhar o ataque com a Garay e a Natália, que penaram.
- No outro jogo do grupo do Brasil, o Japão venceu a Sérvia por 3x0. Ambas vieram com um time misto, com destaque para as velhas conhecidas Ebata e Brakocevic. Só que a japonesa está longe de ser aquela jogadora que fazia uma parceria de destaque com a Saori Kimura. A levantadora insistiu com ela, mas a atacante não deu resultado. Quem roubou a cena no ataque japonês, no fim, foi a jovem Koga. Na Sérvia, a levantadora foi bem mais monotemática e explorou a Brakocevic até não poder mais. De forma geral, foi uma partida equilibra na qual o Japão se valeu bastante dos erros sérvios.
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Mercado
Thaisa é dada como contratação certa do Eczacibasi, da Turquia. Outro reforço da equipe pode ser a Kosheleva, que se juntaria às norte-americanas Larson e Rachel Adams, às sérvias Tijana Boskovic e Maja Ognjenovic e às turcas Demir, Ozdemir e a revelação Baladin.
Timaço? Sim. E os adversários não ficam atrás. O Fenerbahce, como se sabe, contratou a Natália, a levantadora Tomkom e manteve a coreana Kim, além das turcas Uslupehlivan e a líbero Daldebeler (ambas se destacaram no Montreux). O Vakifbank renovou com a Hill, a Sloetjes e a levantadora Naz e trouxe a chinesa Zhu.
A temporada 16/17 da "Superliga" turca promete. Será que Thaisa e Natália conseguirão se sobressair nela?
Comentários
O time da Sérvia jogou com o time reserva, senti falta de ver em quadra Brankica Mihajlovic, Maja Ognjenovic, Jelena Nikolic, Milena Rasic, Tijana Boskovic e Suzana Cebic, principalmente da Mihajlovic e seus ataques espetaculares. A ponteira novata Sarina Koga foi o nome do jogo no ataque junto com a líbero Kotoki Zayasu que fez defesas fantásticas.
Primeiro set bem fraco, com varios erros. Mas ao longe da partida vi que é falta de ritmo de jogo mesmo. Gostei bastante da Sheilla e da Brait (depois do 1º set). Acho que a Naty ta muito travada mesmo, Laura. O bloqueio foi muito bem e a tendência é que seja um dos nossos destaques nas olimpiadas.
Quanto as transferencias, vale lembrar que vai ser uma batalha de egos no Eczacibasi, Thaisa deve jogar somente na champions, pois na turquia é comum as centrais ficarem de fora da rotação do campeonato local. Kosheleva e Thaisa não são coadjuvantes e tem o temperamento forte, vide as declarações sempre polemicas de ambas, o fato de alguém ter que ficar de fora na superliga pode minar a química do time. Resta saber se isso vai influenciar no rendimento na champions também.
QUE ALIVIO , EU ESTAVA COM MEDO DELA DEMORAR A PEGAR RITMO , PELA IDADE E POR NÃO TER JOGADO MUITO NA TEMPORADA PASSADA, MAS COMO ELA MESMO DISSE, ACABOU FAZENDO BEM. DANI LINS TEM UM PROBLEMA, TEM HORA QUE ELA FORÇA UMAS JOGADAS AINDA MAS QUANDO É NO CONTRA ATAQUE , TIPO, ELA INSISTE, MAS ENFIM, TÁ JOGANDO UMA BOLA ATÉ REFINADA E RÁPIDA . E A ROBERTA O POUCO QUE ENTROU JÁ SE PERCEBE QUE A VAGA É DELA. A JUCY GOSTO MUITO DO JOGO DELA, NÃO TEM JEITO DE COMPARAR COM A FABIANA, SERIA ATÉ MESMO INJUSTO, EU ACHEI QUE ELA JOGOU BEM, FICOU DEVENDO UM POUCO NO BLOQUEIO, MAS ELA É BEM DINÂMICA. HJ ESTOU TORCENDO MUITO PRA QUE A CAROL JOGUE EU
ACHO ELA EXCELENTE , E EM MELHOR FASE QUE A ADENIZIA, VAMOS AGUARDAR, A BRIGA ESTÁ BOA.
AGORA NATH, ELA TA SOBRECARREGADA NA RECEPÇÃO , QUANDO ELES MIRAM NELA, ELA NÃO RENDE NO ATAQUE ISSO ACONTECE ATÉ MESMO NO REXONA . TEM QUE TRABALHAR ISSO, MAS EU AXO ELA TITULAR, OU ELA OU A GABI , A JACK LESIONADA , TEM QUE RECUPERAR BEM ,MAS NÃO GOSTEI DAS ULTIMAS DUAS TEMPORADAS.A GARAY ATACA SUPER BEM, MAS SE DEPENDER DA RECEPÇÃO , ESTAMOS FRITOS, MAS PENSANDO BEM, EM 2008 PAULA E MARY VOAVAM NO ATAQUE E FICAVA A DESEJAR NA RECEPÇÃO. BRAINT SE RECUPEROU BEM NOS 3 ULTIMOS SETS, SE ASSUSTOU UM POUCO NA RECEPÇÃO , MAS ELA É CRAQUE, NÃO ME PREOCUPARIA COM O SEU RENDIMENTO .E SE FALANDO DE MERCADO, SE COGITA A SHEILA NO PRAIA , SERÁ??? AGORA NATY E THAISA ESCOLHERAM BEM, TEM TUDO PARA ARREBENTAR .
Sobre a titularidade da ponta, se a Jaque voltar bem fisicamente meu voto é dela (rsrsrs). Muitos criticam a Jaque no ataque, mas não podemos nos esquecer que a partir da final de Londres ela cresceu nesse fundamento também, voltando com bom aproveitamento na seleção em 2014 e segurando o piano no Minas na temporada de clubes. Na última temporada os problemas físicos limitaram até o fundo de quadra dela que é sua principal virtude.
Agora achei que o tom que o ZRG usou com algumas jogadoras foi meio excessivo pra esse início de temporada na seleção. As poupadas dos esporros mais duros como sempre foram só Dani e Natália, mesmo quando cometiam erros de juvenis. Acho que o emocional já tá começando a pesar sobre as meninas e não sei ao certo como a CT está lidando com isso, epro que seja só a primeira impressão.
Bom, pelo menos fisicamente as meninas parecem estar bem.
A Laura resumiu bem o que eu já venho falando a tempo, o nosso ataque esta pouco efetivo. Nossas atacantes não conseguem virar de primeira e demoram para pontuar. Algumas vezes, o passe não funciona ou a Dani levanta mal, mas na maioria das vezes o problema é das atacantes. Precisamos evoluir MUITO nessa parte, pois as outras seleções estão com ataques potentes e viram de primeira numa boa.