Prometeram e entregaram
Meus amigos, que semifinais! Como é bom ver dois jogos tão disputados, ainda que o nível técnico não tenha sido dos mais altos.
A rivalidade entre as equipes deu uma cor especial aos confrontos, que foram nervosos, de muitos erros, mas também de muitas reviravoltas, destaques e superação. Enfim, tudo o que se esperava desta fase da competição e que, há tempos, não se via.
Vamos a eles: (senta que lá vem textão!)
A rivalidade entre as equipes deu uma cor especial aos confrontos, que foram nervosos, de muitos erros, mas também de muitas reviravoltas, destaques e superação. Enfim, tudo o que se esperava desta fase da competição e que, há tempos, não se via.
Vamos a eles: (senta que lá vem textão!)
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Vôlei Nestlé 3x2 Rexona-Ades
Prevendo como seria este duelo, comentei num dos últimos posts que o Rexona teria que ter mais de um dia ruim para poder ser superado e não chegar à final. Pois bem, o primeiro dia ruim ele teve. Pior. A Natália, melhor jogadora do time, teve uma de suas piores atuações (e olha que ela ainda foi uma das maiores pontuadoras do jogo. O nível de exigência com ela é grande).
Calma, torcedores do Osasco. Não vou tirar o mérito da equipe paulista nesta vitória, pelo contrário. O Osasco foi um dos causadores deste dia ruim por ter feito uma marcação excelente do jogo previsível da Thompson e ter anulado, logo de cara, a Natália. A ponteira “saiu” do jogo pela forte marcação que recebeu e também se desestabilizou na recepção. A câimbra pode ter sido um fator que tenha piorado o seu jogo, mas o principal foi o adversário.
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Se o Rexona não teve Natália, o Osasco teve Carcaces. A cubana passou por cima. Mas quero destacar como co-responsável deste desempenho da Carcaces, a Dani Lins. Se a levantadora mantivesse a toada dos primeiros sets, concentrando as bolas com a cubana, mais cedo ou mais tarde o Rexona iria achar a marcação sobre ela. Mas a Dani - com uma Camila “Bright” segurando a recepção e cobrindo todo mundo que fazia o fundo de quadra com ela - foi fazendo uma distribuição mais homogênea, jogando com Thaisa, Gabi, Adenízia, Lise e deixando a Carcaces para os momentos decisivos – nos quais ela não perdeu viagem.
A entrada da Roberta no lugar da Thompson deu outra cara ao Rexona. Ela aliviou a pressão sobre a Natália ao colocar todas as jogadoras para atacar e ganhou na Gabi a principal resposta. A ponteira assumiu a responsabilidade de virar que até o momento vinha sendo da Natália. Só que a jovem levantadora cometeu alguns erros que deram moral à pesada marcação do Osasco. Um deles foi a insistência com a primeira bola da Jucy, simplesmente engolida pela Thaisa, sempre parada e pronta para dar o bote na sua rival. Foi até covardia esta disputa especificamente. Jucy sequer ameaçava um toque quando ela subia para o bloque da Thaisa.
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Nos sets nos quais ficou atrás, o time deu sinais de que “daria uma de Rexona” e viraria o placar. Até porque o Osasco não foi dos times mais regulares, também se complicou na recepção e deu pontos em erros de ataque. Mas a equipe carioca ficou mesmo no ensaio, pois, nos momentos importantes, não entrou em ação.
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Dentil/Praia Clube 3x2 Camponesa/Minas
Admito que, em certos momentos, achei que o Minas levaria esta partida. Explico. O Praia Clube desperdiçou tanto, mas tanto contra-ataque, por passes ruins para a Claudinha ou por bobeada das atacantes, que pensei que seria “punido pela bola”. Algo que no futebol se conhece pelo “quem não faz, leva”. Com o tempo, no entanto, as bobeadas foram trocando de lado, como comento a seguir.
Acho que esta é uma partida mais difícil de explicar o resultado. De forma geral, foi uma partida com muitas oscilações por parte de ambas as equipes. A impressão que tenho é que nenhuma delas conseguiu aplicar uma estratégia consistente do início ao fim do jogo. O Minas, por exemplo, teve um saque de altos e baixos, que por vezes desestabilizava a Tássia - que assim como a Camila Brait tem que cobrir o mundo todo na recepção, mas, ao contrário da líbero paulista, não tem a mesma qualidade – e, por outras, ou dava pontos em erros ou deixava a Claudinha jogar à vontade.
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O Minas, como um todo, foi perdendo a paciência com a troca de bola e tentando decidir de qualquer maneira, o que acabou resultando em falhas bobas e a perda do quarto set, quando se encaminhava para a vitória do jogo. Isso, aliás, não é de hoje no Minas. É um comportamento fácil de se entender quando se tem jovens jogadoras como Naiane, Rosamaria e Carla. Mas com exceção da última, quem cometeu este pecado da precipitação foram as mais experientes do time.
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Acho que as defesas, incluindo a armação dos contra-ataques, não foram o forte deste confronto – ao contrário do duelo entre Osasco e Rexona. A virada de bola, ainda que com recepções instáveis, foi mais tranquila para os dois times. O Minas levou certa vantagem na defesa até o momento que contou com a Leia em quadra. Mas depois da saída da líbero, ainda sem um saque muito agressivo, o bloqueio e a defesa passaram em branco contra as inspiradas Ramirez e Álix. O Praia cresceu, tendo na contestada (inclusive por mim) Natasha a estrela do bloqueio e a Michelle, o destaque no fundo de quadra.
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Enfim, este é um duelo cujo resultado para mim continua imprevisível, pois as equipes que fazem parte dele são... imprevisíveis.
Comentários
Sobre o segundo jogo, achei, depois do 1º set, que o Minas ganharia a partida. O time de BH parecia menos afoito e com um volume de jogo bom. Mas no decorrer da partida o time da capital começou a oscilar, principalmente na recepção, e colocou o Praia no jogo. A partir de então os times começaram a se alternar no comando da partida, com quem tivesse o saque em mãos em vantagem. No final, o poderio ofensivo do Praia fez diferença e ajudou o time a sair com a vitória. Espero outro jogo equilibrado em BH.
P.S.: Sobre o comando técnico de Osasco, quero destacar a atuação do Jefferson Arosti. Ele parece mais preparado que o Luizomar para comandar o time. Nas paradas, ele consegue passar as instruções de forma clara e tem uma postura mais calma que a do Luizomar. Gostei de vê-lo no comando da equipe.
Nestlé x Rexona: Nestlé fez o que deveria ter feito a temporada inteira - entrou com raça, vontade. Era nítido que o time estava com uma postura diferente ontem, com uma torcida aluciinada a impulsionando. E aí o Rexona foi testado nos seus maiores defeitos: recepção inconstante, levantadora com jogo previsível e oposta que não tem poder de decisão nos momentos decisivos. Natália, válvula de escape do time, foi muito bem marcada pelo block e defesa. Aliás, Brait ontem teve atuação digna de líbero de seleção, cobrindo uma parcela enorme da quadra para deixar Carcases livre e defendendo como nunca. Dani ainda não está 100% no levantamento, mas protagonizou grandes lances e foi um monstro na defesa, sem contar que foi decisiva logo no block.
Praia x Minas: Minas deu uma grande bobeira em não fechar o 4º set. Deixou o time do Praia crescer principalmente na defesa, o que começou a inibir as atacantes do MTC e fortaleceu o contra-ataque do Praia. Cláudia fez uma boa partida, mas o Minas não soube se aproveitar das suas chutadas baixas para a Alix. Quantas largadas óbvias caíram do lado do time da capital? Em um jogo dessa magnitude, esses detalhes são (e foram) decisivos. Naiane também não fez uma boa partida tanto tecnica quanto taticamente. Ela quase não joga com o meio, até hoje não acertou muito bem a bola da Mara (não que ela seja grande atacante, mas precisa de bolas melhores para tentar desafogar as pontas) e quase não levanta chinas mais abertas. O jogo começou a ficar óbvio para o Praia, que contou com uma Michelle inspiradíssima no fundo de quadra.
Tudo pode acontecer sexta-feita, tomara que presenciemos grandes jogos novamente.
1º Mesmo com Luizomar de Moura de volta ao banco de reservas do Vôlei Nestlé, o auxiliar Jefferson Arosti foi o treinador “principal”. A vez do fiel escudeiro dar as cartas. Ao fim do jogo, ele se emocionou e chorou.
2º Segundo relatos do repórter Alexandre Oliveira, do SporTV, que estava à beira do quadra, Bernardinho chegou a chamar um torcedor para a briga na virada do terceiro para o quarto sets. Eles discutiram ainda com a terceira parcial em andamento, a câmera flagrou o técnico desferindo xingamentos e o clima ficou quente. Segundo Alê, o torcedor estava ao lado do noivo de Thaisa. Em quadra, a central foi muito importante nas viradas de bola pelo meio.
Em relação ao primeiro também fiquei emocionado, pois imagino a pressão do auxiliar Arosti e toda a responsabilidade que está em suas mãos. No segundo, para mim nenhuma novidade a atitude do técnico carioca, pois já presenciei inúmeros chiliques dele rsrsrs
Agora, vamos aguardar sexta-feira!