Ainda longe do líder
Finalmente o Praia Clube conseguiu mostrar um pouco do seu jogo contra o Rexona. Ao contrário dos confrontos do primeiro turno e da Copa Brasil, a equipe de Uberlândia entrou em quadra, deu trabalho ao adversário carioca e conquistou um set. Só que a boa exibição durou pouco.
Tivemos dois sets que retrataram uma disputa ideal entre líder e vice-líder. Mas, na realidade, vimos que o gap entre os dois ainda é grande – o que pôde ser conferido nos dois sets finais. Se formos pensar bem, o Praia só teve chance de bater o Rexona quando jogou beirando à perfeição e o adversário esteve em marcha lenta.
Não quero tirar o mérito do Praia de ter pressionado o Rexona no saque, de ter tido um ótimo volume de jogo e aproveitamento de ataque e contra-ataque. Porém, não conseguiu manter nada disso quando o Rexona recuperou seu ritmo de jogo.
*********************************
Pelo contrário. Foi o time mineiro que se atrapalhou e foi perdendo a força nos fundamentos e nos desempenhos que tinham sido destaque até aquele momento. Ou seja, quando a situação ficou espinhosa, o time mingou. Na mesma situação, o Rexona sempre cresce. E é nesse ponto que reside a diferença o primeiro do segundo lugar.
*********************************
Dentil/Praia Clube 1x3 Rexona/Ades
Renata Valinhos /Country 3x2 Sesi
Camponesa/Minas 3x1 Vôlei Nestlé/Osasco
Pinheiros/Klar 3x1 Concilig Bauru
São Cristóvão Saúde/São Caetano 2x3 Rio do Sul/Equibrasil
Terracap/Brasília 3x0 São Bernardo
- Uma pena que não tenham transmitido Minas vs Osasco, um jogo importante para a classificação. Pelas as estatísticas, o confronto foi equilibrado no ataque, concentrado na Tandara, pelo Minas, e na Carcaces, no Osasco. A diferença a favor das mineiras me parece ter sido no sistema defensivo, que começou com um saque agressivo e terminou com um bloqueio mais eficiente.
- E o Sesi, hein? Já larguei mão. Estou a ponto de achar que o campeonato ganha mais ter o Sanca entre os oito classificados para a fase final, junto com o Pinheiros, do que o Sesi.
Comentários
Eu não me preocupo com o Praia, perdeu, mas fez um bom jogo e mostrou evolução em relação às últimas partidas contra o time do Rio de Janeiro. O time como um todo foi bem, especialmente na defesa e bloqueio. A defesa brilhou e a Claudinha estava muito bem deixando o bloqueio adversário perdido. A Michele, contudo, foi completamente anulada no ataque, que diferença em relação à Monique treinada por um técnico que sabe tirar o melhor dela, e a Alix foi bem no ataque e também na recepção. Jogar bem é uma coisa, ganhar é outra.
O Rio de Janeiro, por sua vez, fez uma partida apenas razoável. No primeiro e segundo sets errou muito, mas se encontrou no jogo mantendo a frieza que o caracteriza. Gabi não jogou bem no ataque como de costume, embora estivesse muito bem na defesa e no passe, e a distribuição da Courtney Thompson para as centrais continua deficiente. Ela, que no saque e defesa é simplesmente perfeita, precisa melhorar a exatidão das levantadas e aumentar a velocidade do jogo, tanto nas bolas rápidas com as centrais como nas chutadinhas na ponta. Eu credito a ela apagão constante das centrais. Ontem nos dois primeiros sets era só bola na Natália que estava sempre enfrentando um bloqueio duplo ou triplo. Ela mudou a distribuição de bola e o time deslanchou. A Juciely quando passou a receber bolas entrou no jogo e a Carol continuou a ver navios no ataque porque a levantadora não dava bola pra ela. No bloqueio e saque, contudo, a Carol brincou de jogar. Foi para mim a jogadora mais importante do jogo porque amarelou o ataque do Praia e bloqueou bolas em momentos importantes.
O Rio de Janeiro ganhou porque tem um técnico experiente e uma equipe equilibrada e fria quando sob pressão.
O Sesi, o segundo melhor platel da Superliga, mais uma vez perdeu para tristeza de todos que gostam de volei.
Aline,
Eu continuo achando que a única equipe que realmente pode fazer frente ao Rio de Janeiro é o Osasco, as outras vão amarelar mais fácil
Agora quero ressaltar que a arbitragem brasileira é muito tendenciosa quando se refere ao Rio e os árbitros estão predispostos a marcar sempre contra os outros times. Ontem aconteceu isso várias vezes. E mesmo certo em alguns lances o Praia ainda tomou cartão. E acho que o narrador e o comentador do sportv ainda vão junto narrando e torcendo pelo Rio. Teve lances e replays que nem foram mostrados que eram a favor do Praia. A Carol tocou na rede várias vezes e não foi marcado. Não gosto disso. É muito desonesto. Talvez sim a história do jogo e do Unilever de maneira geral poderia ser diferente com uma arbitragem honesta ou num lugar onde o Bernardinho não tivesse tanta influência.
E realmente a bola da Michele foi dentro. Foi mostrado um replay tendencioso, mas não um que deixava claro o lance e assim foi e é sempre com o Rexona.
A Natália sempre se deu mal contra o Japão, por exemplo, porque a Sano ficava lá sentadinha na diagonal dela defendendo tudo, não importava a potência dos ataques. E essa meia batida é bizarra de cair. As jogadoras que defendiam na posição 1 estavam sempre erradas: ou muito para dentro, ficando atrás do bloqueio, ou muito na frente podendo facilmente serem encobertas.
Acompanho a Superliga desde sempre e Rio de Janeiro e Osasco estiveram praticamente em todas decisões simplesmente porque eram os melhores times seja por causa do plantel, da comissão técnica, da estrutura ou mesmo do patrocínio rico, mas nunca por causa da arbitragem ou da televisão. Cabe aos outros times correr atrás e fazer melhor, como conseguiu o SESi em uma oportunidade em que deixou o Osasco fora da final.
Em tempo, o cartão vermelho do Praia foi para uma jogadora que fez um gesto obsceno e/ou desrespeitoso, a televisão não mostrou, e não para o técnico do Praia.
Segunda coisa, não falo dos ataques da Natália na diagonal como demérito, não sou estúpido a esse ponto. Várias jogadoras tem sua bola principal, e a maioria é a diagonal. O demérito ao qual me refiro é dos outros times não conseguirem marcar uma jogada manjada. Ela está certíssima em atacar na diagonal se não há ninguém competente lá para defendê-la.
Acho que os árbitros poderiam utilizar mais a prerrogativa de voltar o ponto. Seria muito mais justos em vários momentos.
Engraçado acharem que não torço para o Rio.
De qualquer forma, não acho que a arbitragem ajudou tanto o Rexona assim, uma vez que o Praia ase esforçou ao máximo para se igualar a um Rexona em seus 60%.
Ansioso pelo próximo capítulo da novela do Osasco!