Retorno previsível
A Superliga teve seu começo em 2016 com uma rodada bastante previsível, num sinal de que, neste segundo turno, teremos poucas surpresas. Os favoritos confirmaram sua superioridade, inclusive o Sesi (ainda que tenha dado um sustinho depois de perder o primeiro set pro Rio do Sul).
Além do Sesi, a maior curiosidade neste retorno da SL estava no desempenho do Brasília. A equipe candanga deu sinais no final do primeiro turno que poderia ser um adversário mais complicado para vencer quando se reencontrasse com os times do topo da tabela. No entanto, apesar de um primeiro set arrasador e de ter atrapalhado a organização do Praia Clube, o Brasília não conseguiu ser um obstáculo tão grande assim para as mineiras.
Além do Sesi, a maior curiosidade neste retorno da SL estava no desempenho do Brasília. A equipe candanga deu sinais no final do primeiro turno que poderia ser um adversário mais complicado para vencer quando se reencontrasse com os times do topo da tabela. No entanto, apesar de um primeiro set arrasador e de ter atrapalhado a organização do Praia Clube, o Brasília não conseguiu ser um obstáculo tão grande assim para as mineiras.
********************************
O maior problema do Brasília é a falta de um trio de ponteiras confiável. O Manu ainda não encontrou quem melhor pode compor o ataque com a Paula. Das apresentações que vi do Brasília, prefiro a Amanda em vez da Kasy, que se mostra ainda muito insegura na hora do ataque. A Amanda parece mais maleável, até com mais recursos para atender as exigências do treinador.
E na posição de oposto, a eterna indefinição não tem ajudado em nada. Acho que, na partida de ontem, a Bárbara começou bem, mas não conseguiu ter uma sequência para deslanchar. A Macris não tem confiança nela e em nenhuma de suas opostas.
Assim, a saída do ataque acaba sempre pesando na Paula que é usada e abusada pela Macris – até, por vezes, numa insistência pouco inteligente. Entendo a dificuldade da levantadora. Ela fica limitada nas suas escolhas pela falta de competência das suas atacantes (aqui incluo também a Roberta, pelo meio, que não está conseguindo repetir a temporada passada). Só que tem certos momentos que a Macris quer ser objetiva, mas acaba sendo óbvia.
E na posição de oposto, a eterna indefinição não tem ajudado em nada. Acho que, na partida de ontem, a Bárbara começou bem, mas não conseguiu ter uma sequência para deslanchar. A Macris não tem confiança nela e em nenhuma de suas opostas.
Assim, a saída do ataque acaba sempre pesando na Paula que é usada e abusada pela Macris – até, por vezes, numa insistência pouco inteligente. Entendo a dificuldade da levantadora. Ela fica limitada nas suas escolhas pela falta de competência das suas atacantes (aqui incluo também a Roberta, pelo meio, que não está conseguindo repetir a temporada passada). Só que tem certos momentos que a Macris quer ser objetiva, mas acaba sendo óbvia.
********************************
Já o Praia estava numa maré mansa absurda no início da partida (estes trocadilhos e referências com praia são tão bobos e irresistíveis!). Muito se comentou que a entrada da Pri Daroit acertou o passe e o fundo de quadra mineiro, e não deixa de ser verdade. Ela dividiu bem a responsabilidade com a Tássia. O Brasília bem que tentou desestabilizá-la, sempre à procura dela no saque, mas não conseguiu.
Mas acho que a entrada da Claudinha também foi essencial para a recuperação do Praia na partida. Ela deu melhor ritmo ao ataque e, principalmente, colocou o termômetro da equipe no jogo, a Ramirez. Quando se acertou, o Praia engrenou não só o ataque como também o bloqueio – fundamento que, no Brasília, desapareceu depois do primeiro set.
Ainda assim, o Praia me parece muito confuso na sua linha de passe. Vejo uma ansiedade na Tássia em querer cobrir todas e todo mundo e atrapalhando o trabalho das outras e dela mesma. Mesmo a Michele não tem garantido a melhor qualidade no fundamento. O time não está bem consistente na recepção, o que o expõe demais a estas situações de “pane”, nas quais não consegue virar e precisa correr atrás do placar, como a que aconteceu no primeiro set contra o Brasília.
Mas acho que a entrada da Claudinha também foi essencial para a recuperação do Praia na partida. Ela deu melhor ritmo ao ataque e, principalmente, colocou o termômetro da equipe no jogo, a Ramirez. Quando se acertou, o Praia engrenou não só o ataque como também o bloqueio – fundamento que, no Brasília, desapareceu depois do primeiro set.
Ainda assim, o Praia me parece muito confuso na sua linha de passe. Vejo uma ansiedade na Tássia em querer cobrir todas e todo mundo e atrapalhando o trabalho das outras e dela mesma. Mesmo a Michele não tem garantido a melhor qualidade no fundamento. O time não está bem consistente na recepção, o que o expõe demais a estas situações de “pane”, nas quais não consegue virar e precisa correr atrás do placar, como a que aconteceu no primeiro set contra o Brasília.
********************************
Demais resultados da 2ª rodada do returno:
São Bernardo 0x3 Vôlei Nestlé/Osasco
Camponesa/Minas 3x1 São Cristóvão Saúde/São Caetano
Terracap/Brasília 1x3 Dentil/Praia Clube
Sesi 3x1 Rio do Sul/Equibrasil
Rexona x Concilig/Bauru (26/01)
Comentários
Tá difícil para a Paula. Vai terminar se contundindo e não aguentando sozinha. Prefiro até a Sassá do que Amanda e Cassy.
Preciso falar uma coisa: sou super a favor de jogadoras como Amanda, Cassy, a central que esqueci o nome e a Roberta jogando e ganhando experiência. Depende da metas do clube. Se é chegar o mais longe possível na Superliga, ou se é dar consistência ao time para a próxima temporada, não sei. Por que se o time não se encontrar logo, é possível que se comprometa até a classificação, e desta forma prefiro que armem o time de forma que fique mais forte no ataque.