O que se leva de 2015?
Fim de ano para a seleção brasileira. O Brasil se despede de 2015 com mais um título do Sul-americano, além de uma prata no Pan-americano e um bronze no Grand Prix conquistados no meio do ano.
Os resultados finais foram positivos, é verdade, mas saio com a sensação de que o aproveitamos mal o ano. Em parte porque não tivemos campeonatos fortes para disputar como os nossos principais adversários. E também pela mal pensada divisão dos grupos entre GP e Pan, que tanto já discutimos aqui anteriormente.
Os resultados finais foram positivos, é verdade, mas saio com a sensação de que o aproveitamos mal o ano. Em parte porque não tivemos campeonatos fortes para disputar como os nossos principais adversários. E também pela mal pensada divisão dos grupos entre GP e Pan, que tanto já discutimos aqui anteriormente.
******************************
Acho que 2015 serviu para descansar – por opção ou por obrigação – as nossas principais jogadoras, e para colocar outras para jogar. Foi bom ver certos nomes finalmente em quadra, tendo a chance de ganhar rodagem pela seleção.
Só que o resultado não foi dos mais entusiasmantes. Vimos que Natália e Gabi seguraram até bem as pontas, mas não são ameaças para as titulares. Vimos também que não temos levantadora reserva de confiança se a Fabíola não quiser/puder voltar. E que mesmo a nossa titular não é das mais confiáveis.
Para oposto, então, a falta de reserva nem se fala... 2015 foi um tormento nesta posição sem a Sheilla. Joyce foi reprovada (pela décima vez), Rosamaria pouco testada, Monique foi mediana. Só estamos bem servidos mesmo pelo meio. Tanto Ana Carol como Adenízia - e até mesmo a Jucy - tiveram boas passagens pela seleção nesta temporada.
******************************
Há pouco, portanto, o que se comemorar neste ano na seleção. Ao menos, 2015 também deixou claro as fraquezas das outras seleções. Nenhuma passa por uma fase especial ou pinta como grande favorita para Rio 2016.
Os Estados Unidos levaram a Norceca neste final de semana ao vencer a República Dominicana, mas ninguém esquece o resultado decepcionante na Copa do Mundo – o torneio mais importante do ano.
A Rússia também tropeçou na Copa. Recuperou-se ao levar o Europeu contra a Holanda neste domingo (04), mas continua uma incógnita. Quando a dupla Goncharova e Kosheleva entra realmente em quadra, como aconteceu nesta final, fica difícil pará-la. Mas quantas vezes vemos o time praticamente alheio ao que acontece, jogando sem qualquer disciplina ou envolvimento?
A China, campeã da Copa do Mundo e classificada para a Olimpíada, também não é nenhuma maravilha do vôlei atual. Depende muito da Zhu e é pouco consistente.
A Sérvia, a grande surpresa deste ano ao ser vice-campeã na Copa do Mundo e também garantir vaga para os Jogos de 2016, sentiu o peso de uma decisão na semifinal do Europeu contra a Rússia. Ainda precisa amadurecer para saber lidar com o mata-mata.
Em resumo, o Brasil chega a 2016 em uma embarcação com alguns furos que preocupam. Em compensação, as demais seleções mostraram estar no mesmo barco.
******************************
Sobre a final do Europeu
Rússia 3x0 Holanda
O resultado já era previsível. A final do Europeu mesmo foi a semifinal entre Sérvia e Rússia. Como comentei lá em cima, a Sérvia sentiu a decisão. Apesar de ter conseguido explorar bem a frágil recepção russa, não soube aproveitar os contra-ataques. Enquanto que a Rússia não perdeu oportunidades.
A Rússia mal deu chances para a Holanda na final. Kosheleva e Goncharova acertaram a mão. Já as holandesas mostraram ainda que são muito verdes. Quando abriram o placar no terceiro set, não souberam segurar a vantagem. Faltou malícia ao Guidetti para pedir tempo e esfriar o jogo, e frieza às atacantes, que têm potência e longo alcance, mas não têm as mãos muito bem calibradas.
Volta e meia o Europeu traz novidades e surpresas no pódio que depois, ao enfrentarem a dura realidade do cenário além-continente, não se confirmam. A própria Holanda já despontou como uma força que não se concretizou no início dos anos 2000. Posso estar errada, mas acho que desta vez pode ser diferente para a Holanda. Tenho a sensação que estamos vendo os primeiros passos de um grupo que pode se firmar fora da Europa no próximo ciclo.
Comentários
Rússia seria o ápice do vôlei. Queria muito ver isso. Se observaram, hoje a Obmochaeva jogou passando e a Kosheleva ficou escondida atrás da recepção. É uma possibilidade para a volta de Sokolova e Gamova. Eu acho a Obmochaeva uma assassina. Quero muito ela aqui no Rio.
Vai ser duro para a nossa seleção, o campeonato será difícil. O que mais me preocupa é a ausência de um banco que possa ajudar nos jogos mais difíceis e nas várias situações complicadas que enfrentaremos. Outra preocupação é a falta de variações de jogadas. O jogo tá muito conhecido e equipes como os EUA, por exemplo, se focarem bem na marcação do Brasil, podem anular nosso jogo sem que haja uma saída. Há indefinição da outra levantadora também é um problema. A pastora sumiu e não vejo ninguém melhor que ela para fazer dupla com Dani Lins. E tem a Tandara. Como será que ela voltará?
Conjecturas.....
Da mesma forma considero assassinas Kosheleva, Gamova e Lioubov Sokolova
Bem disse o A II que elas tem cara de malvadas, assassinas mesmo.
Como o próprio AII e a Laura afirmaram, parece que as russas tem preguiça ou má-vontade de jogar jogos classificatórios, até por isso perderam para a Croácia por 3x0. Mas se deixarem as russas chegarem a uma final, elas se transformam e ficam praticamente imbatíveis.
É realmente impressionante o aproveitamento das russas em finais. Quem quiser derrubar a Rússia que derrube antes de uma final, pois se deixarem elas chegarem, elas dificilmente perderão uma final.
Acho que a Rússia completa com as 4 fantásticas Natália Obmochaeva-Goncharova, Tatiana Kosheleva, Yekaterina Gamova e Lioubov Sokolova, é a maior favorita às Olimpíadas de 2016.
Sobre a Natália fazer dupla com a Jaque discordo do Tie-Break. Natália nunca correspondeu na seleção a expectativa enorme gerada em torno dela. Talento sempre teve de sobra, mas depois das contusões percebo que a insegurança dela só fez aumentar, mesmo com o ZRG bancando a medalha dela em Londres. Acho que a Garay ainda á a companheira ideal pra Jaque, tem um passe melhor que a Natália e alia melhor técnica e força no ataque.
1 VAGA ao anfitrião das Olimpíadas: Brasil
1 VAGA ao Campeão da Copa do Mundo: China
1 VAGA ao Vice-campeão da Copa do Mundo: Sérvia
1 VAGA ao Pré-olímpico africano: a disputar(aposto em KÊNIA)
1 VAGA ao Pré-olímpico sul-americano: a disputar(aposto em ARGENTINA)
1 VAGA ao Pré-olímpico europeu: a disputar(aposto em RÚSSIA)
1 VAGA ao Pré-olímpico da América do Norte e Central: a disputar(aposto em EUA ou Rep.Dominicana)
1 VAGA ao Pré-olímpico da Ásia e Oceania: a disputar(aposto em JAPÃO ou KOREA)
4 VAGAS à REPESCAGEM MUNDIAL: a disputar
TOTAL 12 VAGAS
Observações:
1.O Pré-olímpico da Ásia e Oceania será disputado junto com a REPESCAGEM MUNDIAL no JAPÃO.
2.Países da Ásia e Oceania participam da Confederação Asiática da mesma forma que os países da América do Norte e da América Central participam da NORCECA.
Fazendo a análise da cada pré-olímpico:
-América do Sul:acho que dá Argentina,até porque o torneio será disputado em Bariloche na Argentina.A Argentina foi muito melhor que o Peru tanto no Grand Prix quanto na Copa do Mundo,e jogando em casa deve conseguir a vaga.Colômbia e Peru devem,então,ir à REPESCAGEM MUNDIAL,mas será uma tarefa árdua,praticamente impossível se classificar numa repescagem que envolverá as melhores seleções do resto do mundo...
-América do Norte:a REP.DOMINICANA acabou de ser CAMPEÃ MUNDIAL SUB-21,com jogadoras que já disputaram a COPA DO MUNDO pelo TIME PRINCIPAL.Portanto,é óbvio que a vaga do pré-olímpico vai ficar entre REP.DOMINICANA e os EUA que são as CAMPEÃS MUNDIAIS ADULTAS.Ou seja, será uma disputa entre as CAMPEÃS MUNDIAIS JUVENIS e ADULTAS com CANADÁ e PORTO RICO como meros coadjuvantes.De EUA e Rep.Dominicana, quem for para a REPESCAGEM MUNDIAL vai se classificar para as olimpíadas.A nota deprimente é que CUBA,TRI-CAMPEÃ OLÍMPICA,ficará novamente de fora das olimpíadas como em 2008, pois como ficou de fora das semifinais da NORCECA, não se classificou para o pré-olímpico e nem poderá disputar a repescagem mundial.
-África:A seleção do KÊNIA deu uma evoluída,foi CAMPEÃ da terceira divisão do GRAND PRIX e se classificou para a segundo divisão, ficando à frente de CUBA,PERU,COLÔMBIA,KAZAKISTÃO,MÉXICO e AUSTRÁLIA,que permaneceram na terceira divisão.ARGÉLIA,EGITO e CAMARÕES vão brigar por 2 vagas na REPESCAGEM MUNDIAL,porém,também terão que suar muito a camisa se quiserem se classificar nessa repescagem disputadíssima.
-Europa:Aqui a briga é feia, são 8 seleções disputando apenas uma vaga:RÚSSIA,ALEMANHA,HOLANDA,BÉLGICA,TURQUIA,CROÁCIA,POLÔNIA e ITÁLIA,mas acho que as russas levam vantagem se jogarem sério e completas. Daqui 2 seleções vão para a repescagem com grandes chances de estarem nas olimpíadas.
-Ásia e Oceania:Como grandes CAMPEÃS DA COPA DO MUNDO,as chinesas já estão tranquilas só treinando para as olimpíadas.Dessa forma,o Japão passa a ser o favorito no pré-olímpico da Ásia e Oceania,tendo que tomar cuidado com KOREA e TAILÂNDIA como pedras no sapato.KOREA e TAILÂNDIA vão disputar ponto a ponto com as 2 seleções europeias e com EUA ou REP.DOMINICANA as últimas vagas na REPESCAGEM MUNDIAL.
Gente, esquece Sokolova, quem acompanha o campeonato russo vê q a Sokolova não poe mais a bola no chão, não tem mais o vigor físico. Já Gamova, é aquela atleta q vive na sala de fisioterapia, as articulações da gigante estao enferrujadas demais, vive no tratamento e recuperação de lesões, se vir ao Rio vai ser banco e presença de luxo, mas se tiver tratada e em condições, essa sim, pode fazer estrago. A Rússia hj é altamente dependente de Kosheleva e Goncharova. É uma situação um tanto limitada pra quem quer o lugar mais alto do pódio.
Não acho q a Garay perdeu potência de ataque jogando na Rússia, além dela ter uma recepção e um saque ótimo, se fosse o Zé, manteria as mesmas jogadoras titulares do ouro em Londres.
Laura, quanto a Holanda não foi um time que me surpreendeu, não existe destaques individuais, o time precisa ter mais controle de bola na qualidade do sistema defensivo, p proporcionar contra ataques mais eficientes. A Rússia não perdoava nos seus contra-ataques ao contrário da Holanda q batia muita cabeça p armar as jogadas.
Pra mim está claro uma predileção e uma proteção à Natália, muito mais por seu potencial e possibilidades de ser do que por estatísticas.
Em parte, credito isso ao fato dela se sentir mais a vontade como oposto e não como ponteira-passadora. Nos jogos pelo Rexona na última SL em que ela atuou como oposto o rendimento foi muito melhor. Quando atuava como oposto pelo Osasco idem. Então, acho que essa ideia de colocarem ela pra passar foi meio que um limitador da Natália, além é claro das contusões. Pro próximo ciclo, já sem Sheila, seria interessante vê-la como oposto na seleção. Acredito que aí sim, a Natália dos clubes aparece defendendo a seleção também.
Sobre a Garay, acho que é outra craque, mas nas competições desse parecia fisicamente mal. Ainda bem que pouparam ela no Sulamericano, que convenhamos, não serve de parâmetro pra nada.
Sobre um atleta permanecer no auge hoje em dia é muito complicado, principalmente para os atacantes. Vejam a Mari, que pra mim foi a maior craque dessa geração, hoje com 32 anos não lembra nem a sombra do que ela já foi. Em parte, a evolução do voleibol para um jogo mais rápido e explosivo faz com que o corpo seja muito exigido e explica porque atletas com 30, 32 anos há 10 anos ainda tinham lenham pra queimar, hoje estão no fim de carreira.
Edna barbarizou! e pra variar Thaisinha jogadora de decisão, agora Lía meu Deus, péssima.
Soninha no s.caetano no banco de reserva, se ela voltar a sua antiga forma, ela e Thaisinha juntas e agora com Edna Furacão, São Caetano vai ser só bombardeio! Tirando a Lía, claro.