Que fase...
Rexona/Ades 3x0 Molico/Osasco
Que fase a do Molico/Osasco... Na hora que chegaram os principais confrontos do primeiro turno da SL, o time perdeu duas jogadoras essenciais: Dani Lins, contra o Sesi, e Carcaces, contra o Rexona.
Uma pena. Os desfalques acabaram por comprometer o equilíbrio dos jogos.
Uma pena. Os desfalques acabaram por comprometer o equilíbrio dos jogos.
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A história da partida contra o Sesi meio que se repetiu ontem contra o Rexona. O aquecimento não foi responsável somente por tirar Dani Lins e Carcaces do jogo, foi responsável por tirar TODO o time da partida.
A ausência da cubana, assim como da levantadora, desmontou a equipe. Primeiro, pelo motivo mais óbvio: sem o entrosamento entre Diana e as centrais, o Molico ficou sem ataque. As bolas lentas e empinadas da Diana não são as ideais para a Samara. Assim, sobrou para Mari e Ivna a responsabilidade de virar as bolas – e elas decepcionaram.
Quer dizer, não sei se “decepcionar” é a palavra certa no caso da Ivna. Sinceramente, não espero grande coisa dela e o fato de ter pipocado quando o time mais precisou dela não me surpreende. Até a Adenízia conseguiu ter uma aproveitamento melhor atacando pela saída.
Eu sei que o “pipocado” é uma palavra forte, mas a Ivna não é jogadora de decisão e de assumir a responsabilidade de carregar um ataque – coisa que uma oposto tem que fazer. Portanto, não entendi a demora do Luizomar em colocar a Gabi na partida.
Somente quando ela entrou, o Molico conseguiu ter uma saída de ataque seja na virada de bola ou nos contra-ataques. Mesmo defendendo bem, o Osasco não aproveitava as bolas de contra-ataque, o que o Rexona fez muito bem.
E aqui há de se fazer um aparte: a entrada da Gabi ajudou o Osasco a equilibrar o terceiro set. Mas a recuperação foi atrapalhada por duas marcações equivocadas do árbitro. Aí o time se perdeu novamente. Sabe-se lá como teria sido o restante da parcial se o árbitro não quisesse puxar para si tantas decisões, contrariando as dos auxiliares.
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O Molico também deixou, de novo, que a ausência de uma jogadora afetasse o desempenho dos outros fundamentos. O bloqueio inexistiu, o passe com Mari e Samara não foi legal, e o saque foi muito inconstante. A Fofão jogou a maior parte do tempo com o passe na mão.
E explorar a fragilidade da recepção carioca poderia ter sido uma boa saída para o Molico – até mesmo para aliviar a pressão que o Rexona impôs durante quase toda a partida. Os melhores momentos de Osasco foi quando ele conseguiu quebra o passe adversário.
O Rexona, ao contrário do Sesi, não é um time muito regular. Ele dá suas escorregadas no passe, comete bastante erros. Ou seja, havia um espaço a ser explorado pelo Molico.
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O Rexona, assim, acaba sempre por ter uma saída pro ataque. Um valor importantíssimo para a disputa de uma SL na qual este fundamento tem sido a principal dificuldade de muitos times.
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São José dos Campos 0x3 Dentil/Praia Clube
Maranhão/Cemar 0x3 Pinheiros
Rio do Sul/Equibrasil 1x3 São Cristóvão Saúde/São Caetano
Camponesa/Minas 1x3 Brasília
Uniara/Afav 1x3 São Bernardo Vôlei
- Nos comentários do último post, falávamos na possibilidade do Minas, com as alterações feitas pelo Quiroga, brigar pela quinta posição com Pinheiros e Praia Clube. Se tivéssemos esperado mais uma rodada, talvez não teríamos perspectivas tão positivas em relação ao clube mineiro.
Acontece que a Mari Paraíba, depois de uma boa partida como oposta contra o São Bernardo, não rendeu e deixou o time na mão no ataque. Mas não foi só isso. O Brasília foi mais qualificado, e pontuou mais no bloqueio e no saque. Não entendo como o Minas não conseguiu responder na mesma moeda.
O Brasília é um time fácil de ser marcado. Sei que o ataque mineiro não é dos mais inspirados, mas o do Brasília também não. Ele é comandado por um central, a Roberta. Quando se anula as jogadas com ela (seja por um bom saque que impeça ela ser acionada ou mesmo ajude a marcação dela, seja pelo bloqueio), o Brasília praticamente acaba.
- Na próxima e última rodada da primeira fase da SL vai cair um invicto: Sesi e Rexona se enfrentam na segunda-feira. Acho que, desta vez, o desfalque da Monique vai pesar de verdade para o Sesi.
E o Molico pode respirar aliviado: joga contra o lanterna São José dos Campos.
Comentários
O jogo entre Rexona-Ades e Molico/Nestle foi um jogo bem mais-ou-menos. Desde o princípio, pude perceber que a Ivna não seria a melhor opção naquela noite: A Oposta não aguentou a pressão e até chorou. Aliás, acho que ela representa muito bem o sentimento da equipe de Osasco: nervosismo. Durante todo o clássico, o elenco paulista se mostrou frágil psicologicamente e nem mesmo jogadoras como as centrais Thaísa e Adenízia puderam puxar o time... O passe foi triste, o bloqueio teve atuação apagada e, principalmente, o ataque foi muito, mas muito abaixo do que o normal.
Eu realmente não entendo até que ponto é vantajoso ter a Samara no time titular. A ponta se mostra vulnerável no passe, toda vez que seu ataque não funciona. Além disso, a Samara é muito pouco agressiva no ataque e, definitivamente, não consegue sustentar uma passagem de rede sozinha. Adenìzia teve que migrar para a saída de rede na tentativa de receber alguma bola;Mais uma vez,Diana se mostrara insegura e muito, mas muito nervosa. O Luizomar chegou até mesmo a comentar - "Vamos perder o jogo por causa de ataque...?". Acho que ele se referia á falta de atitude do trio de ponteiras para encarar um adversário que apresentou muitas flhas na recepção também e, concordando com a Laura, um conjunto menos coeso do que o Sesi.
Os pontos favoráveis ao Osasco foram, mais uma vez vou falar aqui, a atuaçao da Mari que pode render mais. Não sei se pelo que já vi a Mari jogar ou simplesmente pela esperança de ter uma boa jogadora no elenco, sinto que a Mari ainda pode render mais e brigar com a Ivna pela vaga de Oposta.
A mesma briga fica por conta da Gabi. A baixa ponteira deu uma aula no terceiro set e foi quem de fato sustentou a equipe de São Paulo na partida. Fica aí uma lição para a Samara e a Ivna serem mais confiantes e mais corajosas na hora que o time precisa delas.
Do lado do Rio, uma atuação boa. Boa. A Bruna teve uma boa atuação, mas talvez "boa" não seja o suficiente contra o Sesi. Eu concordo em parte com você, Laura. Penso que os mais fortes conjuntos da Superliga estarão em quadra e que de fato a Monique fará falta para o Sesi. Entretanto, a oposta carioca não me passa toda essa confiança de que ela poderá desequilibrar o confronto.
Ontem, a Fofão, não sei se por opção ou não, usou muito as pontas que estão voando. Talvez tenha sido uma estratégia para tentar surpreender o Sesi no próximo jogo.
No mais, é esperar e ver como a Superliga vai se desenrolar. É interessante ver como outras possibilidades podem aparecer, clássicos podem parecer simples jogos e simples jogos podem se complicar para os chamados Gigantes.
Esse realmente foi um duelo de gigantes, D.Moscou da Goncharova e Flier contra o Krasnodar da Fabíola, Garay, Kosheleva e Sokolova.
A princípio a diferença principal entre os dois times era a superioridade do bloqueio do D.Moscou, contra o frágil bloqueio do D.Krasnodar.
Goncharova sambava fácil.
Mas no decorrer da partida Garay e Fabíola fizeram um estrago na recepção do Moscou q tornou a partida mais equilibrada.
O resultado quem quiser conferir pode assistir aqui:
http://youtu.be/E_5CKOLnQqQ
Outra coisa bem interessante lá é a quantidade de pessoas da terceira idade torcendo e vibrando como a garotada daqui.
Eles gostam bastante da Garay e da Fabíola.
No inicio eu não achei q o vôlei russo era coisa pra Garay, jogadoras quase todas acima de 1.90m, e aquele voleibol russo clássico: bolas lentas empinadas altíssimo no teto do ginásio p as atacantes. Garay levou muito blok mas compensou com saque boa recepção e ataque eficiente em momentos decisivos.
O Queiroga, há que se admitir, não tem receio de experimentar. Na vitória contra o bom São Caetano, na última rodada do turno da SL, testou, nos 3 e 4 sets, Ju Nogueira, na função de oposto... Enfim, ainda está à procura da melhor formação. Problemas típicos de time com algum potencial, mas montado durante a competição. Ainda assim, sou mais Mari PB depois Ju Nogueira e por último Lia nessa função. Mas parece certo que o destino do Minas será mesmo enfrentar Rexona, Sesi ou Molico nas QFs.
Ivna até gostaria, mas não consegue ser aquela oposto capaz de decidir uma partida decisiva, quando o time está sem passe, sem bons levantamentos, etc. Tem potência, mas faltam cabeça e técnica. Quanto a Mari, uma pena concluir que ela não deve mesmo conseguir voltar à velha forma no ataque. Acho que ela mesma já admite isso. Acho que até o pique para a seleção alemã ela deve ter perdido...
Bom Natal!