Mundial: Brasil 0x3 EUA
Brasil 0x3 EUA
É difícil, mas temos que admitir que os EUA mereceram a vaga na final. Dói não ver a seleção novamente na decisão do Mundial e ter a chance de, ao menos, tentar o único título que lhe falta. Mas, nesta semifinal, o Brasil não fez por merecer.
O que o Brasil fez de errado? Tudo. Assim como os EUA fizeram tudo certo.
O Brasil, além de apresentar os mesmos problemas de todo campeonato na recepção e no ataque, teve ainda que enfrentar uma defesa primorosa dos EUA. Elas chegavam em todas as bolas e, mais, as tornavam aproveitáveis para o contra-ataque.
Exatamente o que o Brasil não conseguiu fazer. Defensivamente, a seleção foi muito fraca, espirrando a maioria das bolas. E, as poucas em condições de serem aproveitadas, eram desperdiçadas em erros do ataque ou mal armadas.
O bloqueio apareceu somente nos contra-ataques, quando as jogadas da Glass eram mais previsíveis. Na virada de bola, no entanto, o bloqueio passou em branco praticamente. No primeiro set, foi possível contar nas mãos as bolas nas quais o bloqueio conseguiu chegar com duas jogadoras. Na maioria das vezes, as atacantes dos EUA enfrentam um bloqueio solo ou quebrado.
Isso porque nosso saque foi, com o perdão da palavra, muito bundão. Fora a Thaisa e a Gabi, as jogadoras não conseguiram manter um padrão mais ofensivo. Larson e Hill estiveram seguras – até porque os saques chegavam fáceis em suas mãos. Não houve variação de distância ou de posição.
Enfim, acho que neste fundamento o Brasil perdeu a oportunidade de colocar os EUA sob pressão. A vantagem conquistada (e depois colocada fora através de tantos erros) no segundo set foi baseada no saque da Thaisa. No mais, os EUA jogaram à vontade e foram maduros ao gerir suas vantagens e seu jogo - coisa que o Brasil não soube fazer, infelizmente.
Agora só resta nos acostumar com uma situação bastante rara nos últimos anos: disputar o terceiro lugar. Depois de tantas decisões, vencendo inclusive os EUA, temos que aprender a digerir o mais rápido possível a derrota para nos preparar para vencer o bronze.
Ao contrário de Brasil e EUA, Itália e China fizeram uma partida com cara de semifinal: competitiva, emocionante e de qualidade.
O quarto set foi simplesmente incrível, com a Itália salvando bolas impossíveis e lutando até o final para evitar a vitória chinesa. Acho que este set foi bem o resumo da partida de um lado uma equipe precisa e disciplinada; do outro, um time muito esforçado e dedicado.
É curioso que as duas seleções que perigavam ficar de fora da semifinal e que tenham iniciado a terceira fase com derrotas acachapantes para Itália e Brasil, são as que conseguiram alcançar a final.
E ambas apresentaram um nível de defesa absurdo. A China, assim como os EUA, esteve sempre muito bem posicionada para pegar os ataques italianos. Mas a Itália conseguiu fazer frente à China com um bom saque e com uma noite bastante inspirada da Del Core.
Não foi o suficiente para parar a parceria Wei e Zhu, que passou por cima do bloqueio em quase todas as bolas. Todo o ataque chinês, no geral, também esteve especialmente preciso.
Todo mundo esperava uma final entre Brasil e Itália, que, no fim, se encontram na disputa do terceiro lugar.
Se as seleções conseguirem recuperar o ânimo, teremos uma partida equilibrada. O Brasil provavelmente vai encontrar uma defesa bem postada, vai ser difícil colocar a bola no chão. Precisa, portanto, responder na mesma moeda ou na defesa ou no bloqueio para ter chance da vitória.
Na final, quem diria, EUA e China. Duas seleções com um campeonato irregular, mas que fizeram suas melhores prestações no momento certo. Acho que a China, com a gigante Zhu, tem mais recursos quando o passe não sai na mão. Em compensação, os EUA possuem um repertório maior de jogadas. O certo é que, com o volume de jogo demonstrado por estas duas equipes, tem tudo para ser uma grande final, compensando o baixo nível da competição.
É difícil, mas temos que admitir que os EUA mereceram a vaga na final. Dói não ver a seleção novamente na decisão do Mundial e ter a chance de, ao menos, tentar o único título que lhe falta. Mas, nesta semifinal, o Brasil não fez por merecer.
O que o Brasil fez de errado? Tudo. Assim como os EUA fizeram tudo certo.
O Brasil, além de apresentar os mesmos problemas de todo campeonato na recepção e no ataque, teve ainda que enfrentar uma defesa primorosa dos EUA. Elas chegavam em todas as bolas e, mais, as tornavam aproveitáveis para o contra-ataque.
Exatamente o que o Brasil não conseguiu fazer. Defensivamente, a seleção foi muito fraca, espirrando a maioria das bolas. E, as poucas em condições de serem aproveitadas, eram desperdiçadas em erros do ataque ou mal armadas.
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O bloqueio apareceu somente nos contra-ataques, quando as jogadas da Glass eram mais previsíveis. Na virada de bola, no entanto, o bloqueio passou em branco praticamente. No primeiro set, foi possível contar nas mãos as bolas nas quais o bloqueio conseguiu chegar com duas jogadoras. Na maioria das vezes, as atacantes dos EUA enfrentam um bloqueio solo ou quebrado.
Isso porque nosso saque foi, com o perdão da palavra, muito bundão. Fora a Thaisa e a Gabi, as jogadoras não conseguiram manter um padrão mais ofensivo. Larson e Hill estiveram seguras – até porque os saques chegavam fáceis em suas mãos. Não houve variação de distância ou de posição.
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Agora só resta nos acostumar com uma situação bastante rara nos últimos anos: disputar o terceiro lugar. Depois de tantas decisões, vencendo inclusive os EUA, temos que aprender a digerir o mais rápido possível a derrota para nos preparar para vencer o bronze.
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China 3x1 Itália
Ao contrário de Brasil e EUA, Itália e China fizeram uma partida com cara de semifinal: competitiva, emocionante e de qualidade.
O quarto set foi simplesmente incrível, com a Itália salvando bolas impossíveis e lutando até o final para evitar a vitória chinesa. Acho que este set foi bem o resumo da partida de um lado uma equipe precisa e disciplinada; do outro, um time muito esforçado e dedicado.
É curioso que as duas seleções que perigavam ficar de fora da semifinal e que tenham iniciado a terceira fase com derrotas acachapantes para Itália e Brasil, são as que conseguiram alcançar a final.
E ambas apresentaram um nível de defesa absurdo. A China, assim como os EUA, esteve sempre muito bem posicionada para pegar os ataques italianos. Mas a Itália conseguiu fazer frente à China com um bom saque e com uma noite bastante inspirada da Del Core.
Não foi o suficiente para parar a parceria Wei e Zhu, que passou por cima do bloqueio em quase todas as bolas. Todo o ataque chinês, no geral, também esteve especialmente preciso.
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Final: China x EUA
Terceiro lugar: Brasil x Itália
Se as seleções conseguirem recuperar o ânimo, teremos uma partida equilibrada. O Brasil provavelmente vai encontrar uma defesa bem postada, vai ser difícil colocar a bola no chão. Precisa, portanto, responder na mesma moeda ou na defesa ou no bloqueio para ter chance da vitória.
Na final, quem diria, EUA e China. Duas seleções com um campeonato irregular, mas que fizeram suas melhores prestações no momento certo. Acho que a China, com a gigante Zhu, tem mais recursos quando o passe não sai na mão. Em compensação, os EUA possuem um repertório maior de jogadas. O certo é que, com o volume de jogo demonstrado por estas duas equipes, tem tudo para ser uma grande final, compensando o baixo nível da competição.
Comentários
P.S.: Ganhar o bronze em cima das italianas terá um gostinho muito especial, embora não tanto quanto o título. Vou ficar feliz com uma vitória sobre as italianas. Ah, amanhã sou China desde criancinha.
O Brasil errou tudo e elas acertaram tudo.
Acontece, mas que uma grande pena é.
Essa geração tinha tudo para conquistar o Mundial.
Bola pra frente.
As Italianas o mesmo, excesso de confiança, quando fora reagir já era tarde de mais.
Crowley.
Não fico tão triste assim com a SFV desde Atenas 2004. Agora é fato que a SFV nunca soube lidar com a pressão de ser a principal (ou única) grande favorita. Foi assim em Atenas e o filme se repete aqui. Nos mundiais de 2006 e 2010 dividiu o amplo favoritismo com a Rússia e em Londres foi como incógnita. O único grande título em que o Brasil confirmou o favoritismo dentro de quadra foi em Pequim.
Um mal dia, acontece.
Cabe a quem está no comando saber o porquê.
Continuam todas grandes jogadoras e campeãs.
É isso aí.
É uma pena enorme não terem conseguido - chance igual sabe-se lá quando aparecerá novamente.
Enfim, as derrotas também fazem parte dos campeões.
Só gostar na vitória é fácil.