"As meninas não se acreditam!"
Optei por este título no post porque achei a frase dita pela narrador do Sportv após a conquista do Sul-americano pelo Sesi marcante. Não só pela criatividade gramatical (vamos chamar assim...), mas porque dá o tom do que a maioria das pessoas esperava deste jogo: a vitória do Molico/Osasco.
Acontece que esta derrota do Osasco pode contrariar as expectativas, mas não chega a ser surpreendente. Ela já vinha sendo ensaiada por ambas as equipes desde a final da Copa Brasil. Desde lá, o Osasco caiu de rendimento, suando para ganhar de times mais fracos na Superliga e manter a sua invencibilidade. Já o Sesi vinha no sentido contrário, numa recuperação extraordinária, que transformou um time sem nexo num dos mais aplicados taticamente do campeonato.
Então, apesar das meninas “não se acreditarem”, foi um vitória muito trabalhada por elas e pelo Talmo.
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O Osasco não esteve numa boa noite, mas isso não desmerece em nada a atuação perfeita do Sesi, que encurralou o adversário. A equipe do Luizomar ficou perdida em quadra, sem saber como lidar com as dificuldades no placar.
Enquanto o aproveitamento do ataque do Sesi foi excelente (a Ivna chegou a impressionantes 70%), o mesmo não se pode dizer do Osasco. Um tempo técnico do Luizomar ilustrou bem as dificuldades do time quando ele disse que as meninas do Sesi viravam os ataques mesmo com um passe B. Já as do Osasco travavam, dando oportunidades de contra-ataque para as adversárias.
O Sesi estudou e marcou muito bem o Osasco. Além do paredão formado pelo bloqueio, a defesa esteve muito atenta também – o mesmo não se pode dizer do Osasco que teve uma atuação muito fraca nos dois fundamentos.
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Esta reviravolta do Sesi é incrível – a la seleção brasileira em Londres. O time cresceu exatamente quando acumulava derrotas inexplicáveis e um sem número de jogadoras contundidas, sem conseguir formar o grupo titular. No meio dessa confusão, a equipe ressurgiu e no embalo trouxe novamente as boas atuações de Fabiana, Ana Beatriz e Dani Lins e a afirmação da Ivna como oposta.
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A maior dor do Osasco não está, certamente, na perda do título do Sul-americano, mas sim pelo o que ele representava: o ticket de entrada para o Mundial. O clube e patrocinador lutaram para que o campeonato ocorresse pensando, claro, no Mundial. Agora têm que esperar por um convite. Sediar o evento, no fim, foi um tiro no pé. Trouxe para a competição o único time em condições de vencer o Osasco. Coisas do esporte...
O título se foi, mas a Superliga está aí e ela por si só vale mais do que o Sula. A derrota no torneio continental serve de alerta para um time que vinha cambaleando no nacional, ainda que líder invicto.
O Luizomar insinuou uma reclamação ao calendário das competições ao final da partida de ontem. Este novo cronograma é um aprendizado para os clubes brasileiros. Os times têm que ver que não dá para ganhar tudo nem estar 100% em todas as competições. Têm que estabelecer as suas prioridades.
O título se foi, mas a Superliga está aí e ela por si só vale mais do que o Sula. A derrota no torneio continental serve de alerta para um time que vinha cambaleando no nacional, ainda que líder invicto.
O Luizomar insinuou uma reclamação ao calendário das competições ao final da partida de ontem. Este novo cronograma é um aprendizado para os clubes brasileiros. Os times têm que ver que não dá para ganhar tudo nem estar 100% em todas as competições. Têm que estabelecer as suas prioridades.
Comentários
Embora seja um torcedor apaixonado pelo Osasco me sinto na obrigação de reconhecer que o SESI foi superior e fez um excelente trabalho.
Porem não acredito que o SESI tenha alguma chance de vencer times como Rabita, VakifBank ou Fenerbahce. Ainda falta um pouco de experiencia.
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Quanto ao meu Osasco, infelizmente as ponteiras não estão funcionando muito bem, a Caterina em si tem feito o papel dela de preparação, as vezes bate umas bolas bonitas mas ainda não tem nivel pra ser titular em time como o Osasco. Sania esta complicado, gosto dela como jogadora mas ela é extremamente emocional, isso o jogo de ontem demonstrou, ela teve dificuldade de virar umas bolas e fica nervosinha. A Sanja pra mim esta longe de cumprir o papel a qual foi contratada. Me agradou apenas no jogo contra o Rio.
Esse jogo só mostra como no cenário atual ninguém é imbativel e qualquer resultado esta em aberto.
Ontem, o time inteiro jogou mal. Fabiola, pra mim, até o segundo set estava tentando puxar o time, mas não conseguiu e no terceiro set sucumbiu a postura apática do time. Sheilla, não sei o que acontece com ela, tá jogando mal e não dá sinais dentro da partida que pode se recuperar, espero que essa derrota dê uma chacoalhada nela e ela volte a praticar seu melhor voleibol. As nossas centrais não tinham muito o que fazer, estavam muito marcadas, uma vez que as atacantes de extremidades não estavam virando nada. Agora, fiquei muito surpreso com a substituição do Luizomar no segundo set, pra mim, naquele set Sanja vinha bem e virando bolas, aí Luizomar coloca a Gabi?! Se o Sesi conseguiu essa vitória, pode-se colocar parte dessa vitória na conta do time osasquense, que jogou muito mal.
Não posso tirar os méritos da equipe do Sesi, que vem numa crescente e jogou um voleibol de alto nível. Torci muito durante aquela fase ruim do time para que elas se recuperassem e hoje está aí, o time é campeão Sul-americano e tem vaga garantida no mundial.
Essa é a grande graça da final em jogo único: tudo pode acontecer! Agora, num possível encontro nas semifinais da Superliga, não acredito que Osasco seja eliminado.
Se o Sesi estava em ascensão e o Osasco, se não em declínio, um tanto quanto fastioso, não era uma possibilidade absurda como há 2/3 meses.
Porém, 3x0 nem o mais otimista torcedor se acreditaria.
Enfim, vitória linda, como todas as voltas por cima são e mais uma vez fica a bela lição que sempre é possível uma volta por cima.
Se se trabalhar e se se acreditar. Rrsrsrs
PS: A Ivna merecia uma chance na seleção, hein?!
PS2: A derrota do Osasco é um alento para a superliga.
Quanto mais equilibrado o campeonato melhor para nós.
Zé Henrique
A impressão que ficou é que o Molico vai ter que remar tudo de novo pra voltar a ter uma aparência de time, de grupo.
Talmo fará quando tiver de volta a Daroit, a Ju Costa e a Mari, mas a experiência de subversão da ordem vigente que ele acidentalmente promoveu está muito interessante. Quanto ao Osasco, além do muito já falado por aqui acrescento que, na minha visão, foi fundamental para a derrota do time a nada habitual fraca atuação da Camila Brait. Fabíola sofreu com uma recepção insegura, com muitas bolas espetadas na rede, a ponto de obrigarem que ela invadisse por duas vezes tentando salvar um levantamento, além de poucos passes de contra-ataque aproveitáveis. Sem jogo com as centrais, deveria aparecer o jogo da Sheilla, mas ela parecia evidentemente desconcentrada como provam seus sucessivos erros de saque. Por fim, a substituição da Sanja pela Gabi pôs a jovem baixinha para encarar uma assustadora Ivna na rede, em duelo absolutamente desigual e com resultado óbvio. Uma tempestade perfeita que desabou sobre a equipe de Osasco mas, não me levem a mal, foi o melhor resultado para o vôlei feminino brasileiro. Isso porque se o SESI continuasse como estava os boatos sobre corte no investimento ou até extinção do time feminino soariam cada vez mais verossímeis. Agora, campeão sul-americano e podendo levar a marca Skaff, ops, SESI para o torneio mundial, as perspectivas melhoram muito.
Sou sou Osasco
Sou sou Osasco
Campeão Mundial
Nada mais me interessa
Nós fazemos a festa
#GoMolico#21vitórias#invicto#campeãoMundial
Fala sozinha que nem vou perder tempo te respondendo