A Superliga dos 21 pontos
Enquanto a fase final do Grand Prix não vem, vamos falar da decisão da CBV em adotar sets de 21 pontos na próxima Superliga.
Bom, há dois aspectos que devem ser analisados nesta história toda: a consequência da mudança no lado técnico; e o que está por trás desta nova regra.
Pode ser que a tendência da FIVB seja mesmo mudar a regra e todas as competições oficiais tenham sets de 21 pontos. Mas a realidade é que ainda não mudou.
Não acredito, portanto, que a adoção da nova pontuação favoreça os atletas daqui e, sobretudo, as seleções brasileiras. É uma nova referência, outra forma de conduzir o jogo.
Faço aqui um exercício de imaginação: os 21 pontos exigem uma decisão de set mais rápida, a margem diminuiu para a recuperação. Assim, pode ser que os jogadores brasileiros, adaptados com a nova fórmula, sejam mais eficientes em cada set, mas percam o “fôlego” nas competições internacionais que mantenham os 25 pontos. Ou seja, se prejudiquem na forma de gerenciar o placar em relação aos adversários.
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Agora, o mais importante disso tudo é o porquê da decisão da CBV. Todos já devem ter lido a declaração do treinador do Sada Cruzeiro, Marcelo Mendez: “Fue una imposición de la CBV por pedido de la Rede Globo”.
Não vejo nada de mal quando algum esporte tenta se atualizar, mudar suas regras em acompanhamento às transformações da modalidade. O próprio vôlei fez e faz isso muito bem.
O problema é que a redução para os 21 pontos está mais ligada à vontade de “espetacularizar” o esporte e encaixá-lo nas grades de programação das emissoras do que do aprimoramento do vôlei. Querem modelar o esporte para se adaptar à TV e não vejo, sinceramente, quais são os benefícios.
Não sou ingênua a ponto de achar que o esporte não precisa
de apoio da mídia para se sustentar. Mas, no caso brasileiro, o que a Globo dará
em troca aos clubes da SL com esta mudança? A
mesma quantidade de jogos transmitida? Não falar o nome do patrocinador? Final de jogo único? Os
clubes vão receber pelos direitos de transmissão?
A exigência da Globo colocou a CBV, e o vôlei, à mercê da emissora, que, até aqui, não deu
nada em contrapartida.
Comentários
Mas gostei da mudança. Andava achando os sets de 25 pontos meio arrastados, especialmente quando o desnível técnico entre as equipes é grande.
A verdade é que, pra mim, desde que se acabou com a vantagem (pois é, sou do tempo ainda dos sets de 15 pontos com vantagem), na década de 1990, as mudanças nas regras do vôlei têm me incomodado bem menos...
Ainda mais porque jogo vôlei pela escola e participo de vários campeonatos e estou tendo que fzer fisioterapia por causa de uma tendinite!
Àcho que os sets de 25 pontos realmente estão muito longos e muito desgastantes para os atletas. A exigência das articulações do ombro, joelho, tornozelo e coluna são muito grandes, pois temos que saltar a todo momento para sacar, atacar, bloquear e também ficar se jogando ao chão para defender.
A gente sai toda dolorida das partidas!
Graças a Deus vai diminuir um pouco a duração dos sets!
É muito fácil pra quem é apenas torcedor criticar a diminuição dos sets, pois ficam ou na arquibancada ou no confortável sofá de casa somente assistindo os jogadores se matando dentro de quadra.
Vale lembrar que temos vários desfalques nos times devido a excesso de contusões, Tandara e Natália são os exemplos mais recentes.
Mas eu concordo com um dos anônimos. Se for por causa de tempo de duração, como já sabemos que é, acho essa mudança uma enorme babaquice. Alguns dos maiores eventos esportivos tem duração de mais de duas horas, agora a nossa querida Rede Globo pede para mudar uma regra só para atender seus interesses. Agora, gostaria de saber se a Globo vai passar a transmitir mais jogos com esse novo regulamento? Com certeza não vai. Resta-nos esperar e ver quais as consequências que essa regra causará no nosso voleibol.
Luiz Felipe e Ana, vcs falam de benefícios legais pro esporte, pra quem joga e assiste. Pode ser mesmo q faça bem ao vôlei, não duvido. Aí seria legal discutir sobre o assunto. O que me incomoda são duas coisas: 1º o fato do Brasil ser o cobaia; 2º q a mudança está mais ligada a questões de negócio do q de qualidade do vôlei.
Na LIGA EUROPEIA, masculina e feminina, também foram adotados os 21 pontos que foram aprovadíssimos pelos atletas!
Portanto é um fenômeno MUNDIAL e não apenas GLOBAL(da Globo). KKKKKKKK
Esqueceu de mencionar os horários matutinos bizarros; 9 às vezes 10 horas da manhã de Domingo q a toda poderosa impoe p a transmissao dos jogos. Enquanto no futebol eles sao capazes de encurtar uma novela p transmitir uma partida em horário nobre.
Crowley.
O técnico italiano Giovanni Guidetti que treina o VakıfBank Istambul e a seleção Alemã, espera poder contar com a Mari para o Campeonato Mundial.
Na época em que Mari esteve no Fenerbahçe e morava perto de Giovanni Guidetti em Istambul, eles mantinham contato constante. Como são amigos, Guidetti pediu que Mari pudesse representar a seleção alemã, assim que tivesse liberada para isso, já que Mari tem descendência alemã da família Steinbrecher.
Mari estaria liberada para atuar pela Alemanha a partir de 01 de Julho de 2014, uma vez que sua última partida pela seleção brasileira foi em 01 de Julho de 2014, contra a Turquia, no Grand Prix-2012.
Como, pelas regras da FIVB, para jogar por outra seleção, a jogadora tem que passar por um período de 2 anos afastada da última seleção, e os Campeonatos Mundiais da FIVB costumam ser no segundo semestre, geralmente em Novembro, Mari tem totais condições de jogar o Mundial de 2014, que acontecerá na Itália.
Porém, isso deve ser uma norma mundial e não só Global - foi boa a tirada do anônimo. hehehe
A custo de, como bem frisou a Laura, a seleção brasileira ser prejudicada por suas jogadoras estarem acostumadas as normas da Plim Plim.
PS: Pelo sorteio o primeiro adversário do Brasil nas finais do Gran Prix será os EUA.
Jogão!
Parem de opressão...
Esssa SL vai ser babado, gritaria AND confusão!
Ainda não tenho uma posição definida. Por isso acho legal termos essa experiência para saber se será melhor para o esporte.
Vale ressaltar que a liga europeia também foi realizada com set de 21 pontos e agradou, de forma geral, os atletas, as emissoras e a torcida.
Assim, não dá para ser radicalmente contra somente porque a ideia é proposta pela rede globo. Aliás, não dá para comparar a transmissão e o poder de difusão da globo com as outras emissoras. É como comparar uma mercedes com um fusca.