Das coisas que (ainda) não entendo
Primeiro, muito obrigada ao
Eduardo Araújo por nos recomendar esta entrevista da Fabíola, Jaqueline e
Luizomar. Vou aproveitar e colocar um trecho também da entrevista publicada na
revista ESPN com o Zé Roberto.
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Revista ESPN - outubro/2012
Você teve problemas de lesão,
disciplina e relacionamento entre as jogadoras. Ao fechar o time com 12,
manteve a Paula Pequeno, mas, quando chegou ao Brasil, ela reclamou que foi mal
aproveitada. Como lidar com isso?
Infelizmente, acho que foi uma
frase mal colocada, ela não parou para pensar na performance da Gray., que
entrou muito bem no lugar dela. Achei uma de respeito à Paula com uma
companheira, porque as mesmas orientações dadas ao grupo foram dadas a Paula. É
uma questãio de aproveitamento: nas veses em que ela entrou, não foi bem. A
Fernanda foi mais feliz. Gosto de frisar que, quando temos 12 jogadores do
mesmo nível, joga quem estiver melhor. Em 2008, a Jaqueline era titular e a
brigada pela outra posição era entre a Paula e a Mari. Mas a Jaque não estava
bem, acabou ficando de fora , e a Paula foi a meljhor jogadora da Olimpíada.
Você não pode ser protagonista o tempo todo. O importante não é quem joga, mas
como a equipe se define nas horas decisivas. O mais importante foi termos sido
campeões. A Paula ajudou, mas foi infeliz no comentário.
Este último foi o ciclo olímpico
mais difícil no qual você já trabalhou?
Sim, porque após uma grande
conquista é difícil continuar ganhando. Parece que se trabalho já foi cumprido.
Aparecem as acomodações, as jogadoras entram em uma zona de conforto, os
sacrifícios são deixados de lado e não pode ser assim. Nossa história mostra
que, quando cometemos esses erros, a gente sucumbe. Foi o ciclo mais complicado,
de muita briga e muitos problemas, mas graças a Deus terminou bem.
Como foi cortar a Fabíola, melhor
levantadora da última Superliga? Foi um alívio ver a Dani Lins tão bem?
Alívio, não. Porque eu sempre
disse que a Dani, das três levantadoras, era melhor tecnicamente. Faltava
amadurecer. Uma atacante você demora cinco, sete anos para construir. Uma
levantadora leva o dobro. A Dani vinha num crescente, mas precisava ter uma
personalidade mais contundente em relação às companheiras. Muitas vezes ela era
a culpada do fracasso das outras e assimilava o golpe. Já a Fernandinha sempre
teve um estilo diferente da Dani e da Fabíola: era importante para poder mudar
o ritmo de jogo. E a Fabíola não estava bem, não estava tranquila. A Dani tinha
entrado melhor: mesmo na berlinda, em uma situação complicada, não deixou de
dar força às companheiras, correndo atrás, com astral bom. Isso foi fundamental
para que a Dani ficasse. Ela mostrou para todo mundo que queria mais do que
tudo estar na Olimpíada, mas sem forçar a barra, sem falar muito e com uma
postura muito legal. Enquanto isso eu via a Fabíola toda nervosa e sem jogar à
vontade.
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Bom, para não me repetir muito
sobre o mesmo assunto, tenho duas coisas a dizer:
- Realmente a forma com a qual a
Fabíola lidou com tudo isso foi excepcional. Se até hoje nós torcedores não
conseguimos engolir o corte e voltamos constantemente a este tema, imaginem
como foi para ela lidar com tudo isso e se recuperar.
O silêncio da Fabíola garantiu a
sobrevivência da seleção. Ela poderia ter seguido o caminho da Mari, que
convocou uma entrevista coletiva e deu declarações desagradáveis. Poderia ter chutado o balde, e criado uma crise ainda maior. Mas não. Ela
jogou à favor da seleção, mesmo fora dela.
- Engraçado como é difícil para o
Zé explicar o corte da Fabíola. Ele elogia a Dani, a Fernandinha, mas falar o
que o levou a cortar a Fabíola é complicado. Na entrevista, ele conta que a
levantadora não estava à vontade, nervosa. Se ele acreditasse no talento dela,
teria a mesma paciência que teve com a Dani Lins. Não adianta, não dá pra
justificar quando há um peso e duas medidas. Durante este processo, o treinador
sempre usou critérios diferentes para avaliar a Fabíola e as demais.
Comentários
É interessante como nenhuma jogadora fala detalhadamente da campanha olímpica, o único que fala e se deixar fala durante horas é o ZR ele claro esta aproveitando para fazer o nome dele ficar ainda mais forte, a poucos dias atrás ele foi eleito o 3 esportista mais influente no Brasil.
Nas entrevistas dele, ele pinta um quadro, eu como gosto do vôlei e sempre que posso vejo entrevista das jogadoras assim como vcs somos, todos viciados em vôlei!!
Eu comecei a ver algumas coisas interessantes, as poucas que falaram alguma coisa, falaram rápido, não entraram em detalhes e não exaltaram o ZR!
Por exemplo a Jaque e o Murilo no programa de frente para a Gabi, antes do programa o ZR declarou para a imprensa que o Murilo e o Sidão foram muito importantes para a Jaque e a Dani, pois ajudaram elas nas olimpíadas.
A Gabi como uma boa apresentadora que é comentou sobre o assunto perguntando se eles se viam muito durante as olimpíadas, tanto a Jaque como o Murilo falaram que era quase impossível eles se verem já que quando elas estavam treinando eles estavam jogando e vice e versa, o Murilo disse que os homens ficavam no segundo andar e elas no primeiro e a concentração era total, parece que eles se viram uma vez no refeitório e bem rápido, contrariando oq disse o ZR.
Em uma outra pergunta da apresentadora a mesma faz a seguinte pergunta qual o treinador é melhor o Bernardo ou o Zr, a jaque por questão ética fala que são iguais e o Murilo fala sou meio suspeito para falar já que gosto muito do Bernardo e nunca trabalhei com o ZR, mas conheço as histórias, por isso eu escolho o Bernado.
Tem a entrevista da Fabizona no final das olimpíadas falando sobre a reunião com o ZR, a mesma nunca mais declarou nada a respeito.
Tem a Sheilla no programa do Jo mostrando a medalha e estranhamente falando muito pouco da campanha e o Jo não perguntando quase nada sobre isso.
Tem a ade no arena ela não leva a medalha de ouro olímpica, somente leva a medalha paulista e quando questionada ela afirma não foi ZR e nem treinamento a reação veio de dentro ela fala isso bem rápido e no final da entrevista.
Quanto a Fernandinha existem alguns boatos que acaba vendo em fóruns como por exemplo o pai da fernanda é amigo pessoal do Zr e por isso que ela acabou sendo encaixada outros falam que a Amil precisava de uma jogadora famosa da atual geração para melhorar a imagem do elenco e o fato é que metade das jogadoras da Amil estão na seleção B.
O ZR não vai na Band sports pq a emissora foi uma das poucas a contestar o treinador no caso da fabiola e pq um repórter da emissora conseguiu a lista final das jogadoras que iriam para as olimpíadas com o COB, deixando o Zr na época em uma saia justa, já que o mesmo falava para as jogadoras que todas tinham chance, quando na vdd a lista já estava feita!!
Mas pra mim pessoalmente o pior caso foi o da Brait que foi para londres com a desculpa que caso ela não estivesse na lista seria membro da comissão técnica, oq nunca aconteceu e a Brait também foi dispensada no aeroporto ganhando como premio um almoço no restaurante da vila e indo embora poucas horas depois chorando!!!
Espero que se a CBV confirmá-lo como técnino para o próximo ciclo, que o obrigue pelo menos a treinar um time masculino, ou então ir pra fora do país. Se não, espero que os grandes nomes da seleção (Thaísa, Fabiana, Sheila, Jaqueline) tenham peito para boicotar o trabalho dele, assim como a geração de Ana Moser boicotou o Wadson de Lima e nos idos de 2000 a Fofão liderou o boicote ao Marco Aurélio. Quem sabe a Jaque e a Thaísa não puxam a fila.
Não sei onde li, mas lembro que o Zé falou que sempre acreditou na Dani e que teve uma conversa particular com ela na qual choraram juntos. Depois disso, pensei: "Ele não poderia ter feito isso com as duas (Fabiola e Dani), e não ter a necessidade de chamar uma terceira levantadora?"
Pra mim, a Fabiola não tinha que ter ganho a vaga pela grande Superliga que fez, mas sim pelo grande Campeonato Mundial que fez, até hoje não entendo porque ela não foi titular pela seleção em 2011, acho que pelo fato dela jogar no Pinheiros e a Dani na Unilever.
Por mais que ele tente explicar o corte da Fabiola, sempre vai haver dúvidas. E acho que pra ele foi um alívio sim, ver a Dani conduzir a Seleção ao ouro olímpico.
Concordo com o EDUARDO ARAUJO que o caso da CAMILA BRAIT foi traumatico ser trocada pela NATALIA que toda a comissao tecnica e as demais jogadoras sabiam que estava sem condicoes de jogo foi muito doloroso, ainda mais pq BRAIT estava no auge da forma e contribuiu muito no GRAND PRIX nos jogos em que se revezava com a FABI. Alem disso NATALIA nao conquistou sua vaga dentro de quadra, uma vez que nao jogou nem a SUPERLIGA nem o GP, a vaga dela foi na peixada. A medalha de OURO da NATALIA foi a mais injusta dessas OLIMPIADAS,essa medalha deveria ser da BRAIT!
Sem duvida o Zé tem seu valor, não é qq um q ganha três ouros olímpicos. Sem contar q ele sempre monta times de qualidade. É competente e tem estrela.
Acho q nós estamos pegando tanto no pé dele é pq td q ocorreu antes da Olimpíada foi pouco questionado e falado pela imprensa. Ele ficou meio q protegido. E qd venceu, aí mesmo q as mancadas foram esquecidas.
Mas entendo o q vc diz, e concordo.
Renato, não tenho dúvida q iria "bombar", mas sinceramente não sei se consigo organizar e manter o bolão. Me manda um e-mail e conversamos: papodevolei@gmail.com
Abraço.
É fácil explicar como ser campeão sem se fazer um grande trabalho. A olimpíada é a prova disto.
O Brasil tem uma ou mais jogadoras entre as cinco melhores do mundo em suas posições. Sheila Jaque Garay Thaisa Fabizona e até Dani e Fabizinha. Com um time desses se não atrapalhar o técnico já esta ajudando. E foi o oposto do que o ZRG fez até as vesperas do jogo contra a Turquia, ATRAPALHOU! ( E isso foram palavras da sua capitã).
Quando as meninas se reuniram e decidiram lutar com o coração e com fé pelo ouro, e decidiram fazer isso por elas e por aqueles que estavam aqui torcendo enquanto milhoes torciam contra, ai nem mesmo o técnico pode impedir a medalha!
Voleibol hoje em dia é um jogo estudado minuciosamente, as atletas assistem e comentam exaustivamente jogos e sabem exatamente o que as adversárias vão fazer. assim foi o que fez os EUA no grandprix e mundial, praticamente anulou a tática Brasileira. E é ai que entra a competencia do técnico. Pois se o setor ofencivo não consegue superar a defesa adversária, a preparação defensiva em cima dos pontos fortes adversários deve prevalecer. Com Fabiana e Thaisa não conseguimos parar as americanas, nossa libero e ponteiras não conseguiam subir bolas. Claro durante os videos enfadonhos do ZRG todos dormem pois o técnico apenas os exibe, sem fazer um estudo aprofundado junto as atletas, por que? As táticas aparecem magicamente em sua cabeça durante o jogo, mas o time não treinou aquilo então seja o que Deus quiser e a corcunda permitir!
Moura Brasil