Vira, virou
Show de bola brasileiro na vitória contra a Rússia, por 3x0. Pela aplicação na defesa, no bloqueio, pela maturidade das atacantes, pelo poder de reação e pelas viradas no placar no primeiro e terceiro sets.
Atuação que mostrou a força do grupo, com cada jogadora tendo seu papel importante na partida, incluindo as reservas. Notou-se também o nível de entrega brasileiro à partida. Enquanto as russas pareciam desinteressadas e conformadas quando o placar era desfavorável a elas, as brasileiras foram persistentes e lutaram nos momentos que a seleção esteve em desvantagem.
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A Rússia não apresentou nada fora do esperado: atacantes potentes nas pontas, saque eficiente, mas bolas lentas e dificuldade de organizar os contra-ataques. Normalmente as bolas defendidas pelas russas não eram aproveitáveis para a armação das jogadas.
O que não aconteceu no time brasileiro. O sistema defensivo, comandado pela ótima Fabizinha, foi espetacular na partida de hoje. Se nas outras fases do GP a defesa deixava a desejar, na fase final tem sido o ponto forte brasileiro.
O temido bloqueio russo só foi começar a fazer efeito no terceiro set e, surpreendentemente, o Brasil roubou a cena nesse fundamento, pontuando duas vezes mais que a Rússia.
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Dani Lins fez uma distribuição equilibrada e mostrou tranqüilidade e maturidade. Foi um grande teste para a levantadora que fez sua melhor partida no GP.
Tenho que tirar meu chapéu para Garay, que comprovou que pode ser uma real opção para o ataque brasileiro. Natália também voltou a sua melhor forma, fazendo a diferença no saque e defesa.
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Estados Unidos 3x0 Sérvia
Ao contrário da fase de classificação, a Sérvia não foi problema para os Estados Unidos na semifinal do GP. Foi uma grande atuação norte-americana, comprovando como a equipe é equilibrada e competente em todos fundamentos.
Os EUA têm boas sacadoras e deu trabalho para a recepção da Sérvia. Tom mostrou que é uma jogadora completa e, para mim, foi a melhor da partida. Deu sustentação ao fundo de quadra norte-americano, teve ótimo aproveitamento no ataque e sacou muito bem.
Por mais que tentassem equilibrar a disputa, quando chegava no final dos sets, as sérvias não conseguiam fazer frente às americanas que cresciam nos momentos de decisão. Desta vez, a Brakosevic, bem marcada, não conseguiu levar suas colegas à vitória.
O jogo previsível da Sérvia foi presa fácil para o bloqueio dos EUA, que foi muito superior ao do adversário. Já a equipe sérvia se perdeu com as variadas opções de ataque da equipe norte-americana.
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