Gamova 3x2 Brasil
E tinha uma Rússia no meio do caminho.
O que dizer? A Rússia mereceu o título novamente. Errou menos e teve a Gamova em um dia inspiradíssimo.
O Brasil foi muito inconstante na pressão que impôs no saque, na recepção e no ataque. Não achou a Gamova no bloqueio e na defesa. Aliás, hoje a “família paredão” (Thais e Fabiana) - como chama o simpático, mas às vezes irritante narrador Sérgio Maurício – ficou devendo.
Eu tinha comentado a virada de ontem, mesmo com o número de erros que o Brasil cometeu, só foi possível porque o adversário era o Japão. Contra a Rússia, as inúmera falhas brasileiras foram fatais.
Faltou ao Brasil também uma postura mais vencedora, agarrar o título com unhas e dentes, como quem dissesse “esse ninguém nos tira”.
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Cabeça erguida
Claro que o que fica por enquanto é o gosto amargo de ter novamente chegado tão perto da conquista de um título inédito.
Mas vale a pena lembrar que a equipe entrou neste campeonato com dois desfalques importantes: Mari e Paula. Logo depois da contusão das duas, todo mundo ficou reticente em relação à participação do Brasil no Mundial.
O Zé ficou com poucas opções de troca no ataque – fundamento que hoje enfrentou dificuldade. A Fabíola entrou na equipe somente esse ano e já comandou o time no campeonato mais importante. Para uma levantadora, é pouco tempo.
A final foi um grande conquista para um time que superou as adversidades. É óbvio que devido aos últimos jogos e pela tradição, a expectativa em cima Brasil foi grande. Mas se olharmos com calma a campanha que esta seleção fez, vamos observar que foi um ótimo resultado.
Perdeu para um adversário melhor, mais capaz. O Brasil poderia ter feito mais? Poderia. Mas não se pode tirar o mérito desta seleção que só chegou onde chegou por ter se superado e se recomposto apesar de todos os obstáculos que teve.
Pê ésse:
- Depois falamos das premiações individuais...
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