Uma Verdade Desagradável
Há 15 dias, o jornalista esportivo Marcelo Barreto, do canal Sportv, participou de uma palestra na PUCRS. O tema era “Grandes coberturas esportivas”, mas foi a resposta dele a uma questão da platéia que me chamou a atenção.
Perguntaram se ele não acha que a televisão privilegia o futebol e dá pouca cobertura aos outros esportes. No caso, a pergunta mencionava o skate e o surfe, duas modalidades com o maior número de praticantes no Brasil.
Marcelo afirmou que não adianta discutir, os brasileiros gostam mesmo de futebol. Os programas direcionados aos demais esportes, inclusive o vôlei, penam na audiência e, conseqüentemente, encontram dificuldades para conseguir patrocínio.
Citou o Momento Olímpico, programa que comandava e que acabou devido a pouca audiência. Quando trabalhava no jornal Lance! disse que eram comum as reclamações dos leitores em relação as poucas notícias sobre as modalidades olímpicas. Mas quando faziam uma pesquisa para saber quais seções do jornal o público lia menos, a desses esportes era a campeã.
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Marcelo ainda ressaltou o esforço que o Sportv e a ESPN fazem para cobrir todas modalidades. Salientou também os horários que a Globo abriu para os esportes “amadores” nas manhãs de sábado e domingo e com os quais conseguiu bons resultados.
Ele concluiu que não é culpa da mídia se o futebol tem tanto espaço. Não é a cobertura da televisão, dos jornais que vai fazer o interesse por uma modalidade crescer. O público é que determina o conteúdo da programação.
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Nem preciso dizer que a resposta dele me incomodou. O próprio Marcelo admitiu que sua visão em relação ao assunto ia contra ao que normalmente os seguidores de outros esportes pensam. A sinceridade dele tira as esperanças de vermos uma cobertura mais completa, que abranja todas as modalidades.
No fim, para nós que não nos interessamos somente pelo futebol, resta a internet como principal meio de encontro, informação e discussão. Porque os noticiários esportivos vão continuar mostrando os gols do campeonato da Ucrânia e resumindo uma partida de vôlei a um rally emocionante de 10 segundos.
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Vôlei masculino
Não dá pra perder amanhã o jogo do Brasil contra Itália nas semifinais do Mundial. É às 16h, no Sportv e na Band. Alguma dúvida que o time do Bernardinho vai comer a bola?
Comentários
Eu costumo reclamar da mídia, mas o Marcelo tocou num ponto q dá pouca margens pra discussão. Se não há público suficientemente interessado, não há pq investir na programação com outros esportes. É a regra do mercado.
O futebol tem 20 chamadas por dia e as vezes amarga 15, 16 pontos.
Eu acredito piamente que se a Globo abrisse um espaço, aos sabados, talvez, à tarde, para mostrar a Superliga, seria um produto muito viável. Mas deixar de transmitir filmes inéditos é demais para a toda poderosa.
Jogando muito superior aos outros times, sobrando, o feminino não vai ser tão mole assim não.
Patrocinar um time não significa colocar o nome na camisa, tem que ter identificação, os clubes de vôlei perdem muito nisso. Uma pena.
Achei o caminho dos grupos A e D bem mais fáceis. Os B e C, onde estão Brasil, Itália, EUA, Cuba e seleções boas europeias, só terá direito a duas vagas nas semis, enquanto Rússia, China(em péssima fase), Polônia, Japão e Sérvia brigarão por outras duas.
A fórmula do Mundial não é ruim, mas preferia uma com oitavas e quartas de final.
Pra mim, Itália, Rússia, EUA e Brasil são favoritos, Cuba e China contam pela tradição, Sérvia, Polônia, Alemanha, Holanda, Dominicana, Japão... correm por fora.
Candidadatas a estrelas: o conjunto da Itália; Sokolova, Goncharova ou Gamova; Akinradewo; Natália; Andorinhas: "Flier, Kozuch, Brakocevic, TAKESHITA..."
Hodges, Hooker, Calderón.
http://esporte.uol.com.br/volei/ultimas-noticias/2010/10/14/paula-pequeno-nao-se-recupera-e-fica-fora-do-mundial-feminino-de-volei.jhtm
Gattaz ta dentro.
Na minha opinião ele devería cortar a Brait, pq ele nunca a usa mesmo, e a Sassá tá la pra fazer fundo de quadra. No lugar da brait devería chamar uma ponteira alta, pra montar um bloqueio na ponta. O time sem Mari esta baixo nas pontas.
Achei justo o corte da Paula. Se ela não tinha condições de jogo no GP, mesmo treinando meses antes, como teria agora depois de uma contusão e apenas um mês de recuperação? Passeio por passeio ela já foi em 2006.